Jornalistas&Cia 1381

Edição 1.381 página 5 “O pai do jornalismo de tecnologia no Brasil está offline”, escreveu Bruno Romani para a edição do Estadão. Emhomenagema ele, o jornal, em suas versões impressa e digital, mostrou a enorme contribuição desse paulista de Monte Alto (SP) ao jornalismo, em especial em temas como tecnologia e inovação, quando ali atuou, entre 1967 e 2012. Ele saiu, até com algumamágoa, pelos tantos anos de contribuição, mas acabou voltando e nos últimos quatro anos coma coluna MundoDigital na Rádio Eldorado FM. E esteve na ativa praticamente até o fim, pois a última participação dele na emissora foi em 14 de outubro. Não é demais lembrar sua generosidade, tão falada por amigos e colegas nas redes sociais, comprovada em participações nas mais diversas atividades, inclusive sindicais. Difícil esquecer a sua participação em encontros e congressos dos próprios jornalistas, levando sua mensagem e seu conhecimento sobre tecnologia. Era um show de deixar a todos boquiabertos. Com o olhar voltado sempre para o futuro, Ethevaldo descreveu o desenvolvimento de diversas tecnologias no Brasil e nomundo. Em 15 de fevereiro de 1993, mais de dois anos antes da estreia da internet comercial no Brasil, ele escreveu no Estadão: “O mundo assiste a uma nova revolução no mundo da informática e das telecomunicações: a revolução das redes de voz e de dados. Ela é o resultado da crescente capacidade de comunicação dos computadores”. “Dar conta do nível de pioneirismo do Ethevaldo é difícil − ele já era um repórter interessado na cobertura de tecnologia na década de 1960”, disse o jornalista e colunista do Estadão Pedro Doria. “Ninguém na imprensa brasileira via a área como algo que precisava ser coberto de forma sistemática. O Ethevaldo via. Quando o ‘ jornalismo de informática’ começou a surgir, nos anos 1980, Ethevaldo já era um veterano de duas décadas”. Mas destacamos também o apoio que ele sempre deu à saga e à memória do inventor brasileiro do rádio, Roberto Landell de Moura, divulgando os feitos científicos pioneiros do padre gaúcho. Provavelmente, foi um dos primeiros jornalistas paulistas a lembrar do padre inventor em seus artigos, reportagens e livros. Quando publicou os livros Grandes personalidades das comunicações, em 2001, Revolução digital, em 2007, e Para compreender o mundo digital, em 2008, incluiu referências ao cientista brasileiro pioneiro das telecomunicações. Em 29 de setembro de 2000, assinou um artigo no Estadão intitulado Marconi não inaugurou o Cristo Redentor em 1931. Além de ter levado, injustamente, a fama de inventor do rádio, Marconi, que na verdade inventou o telégrafo sem fio, também aparecia na história nacional como responsável pela iluminação do Cristo Redentor, por meio de um impulso elétrico acionado desde a distante Roma. Ironicamente, o País que não reconhece em seus livros didáticos que Padre Landell é o verdadeiro “Pai do rádio”, estava concedendo uma deferência especial ao italiano... Graças ao trabalho de Ethevaldo, ficou-se sabendo, anos mais tarde, que os sinais enviados por Marconi não puderam ser captados por problemas meteorológicos. O plano B entrou em ação: um dos engenheiros ligou a chave comutadora em paralelo, que estava prevista para uma emergência, e salvou a festa. E Marconi foi ficando com a fama, mais uma vez, pelo que não fez! n O jornal Correio da Manhã, que tem sede no Rio de Janeiro, passa a circular na próxima segunda-feira (24/10) também em Brasília. Serão 10 mil exemplares com 16 páginas no formato standard e oito páginas do caderno de cultura no formato tabloide, que terá 16 nas edições de final de semana. Na redação, abriu quatro vagas de editor em Brasília, para economia, cidade, e duas na política, ainda em processo de seleção. u Impresso em gráfica própria, terá distribuição em bancas e para formadores de opinião, em todos os gabinetes dos Três Poderes, hotéis e embaixadas. O dono do jornal, Cláudio Magnavita, conta: “Toda a verba de marketing foi para a circulação”, que deve ser dirigida e restringir- -se ao Plano Piloto. E prossegue: “Não concorro com o Correio Braziliense nem com o Jornal de Brasília, não circulo em Ceilândia” nememcidades satélites. u Ele considera a principal vantagem do CM o fato de ser impresso numa gráfica com pequena capacidade, o que permite fechamento à 1h da manhã, A contribuição de Ethevaldo ao resgate da saga de Landell de Moura Por Hamilton Almeida e Eduardo Ribeiro Landell e sua invenção Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro Correio da Manhã será lançado em Brasília na próxima semana Gráfica do Correio da Manhã em Brasília conitnuação - Nacionais

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