Edição 1.383 - 3 a 8 de novembro de 2022 n Poucas horas após confirmada a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais, no último domingo (30/10), a Jovem Pan News deu início a uma grande reformulação em seu elenco, começando pelo anúncio das demissões. A emissora, que ganhou destaque pelo forte alinhamentocomogoverno Bolsonaro, completou um ano de operação no final de outubro. u Oprimeiro a ser desligado, ainda na noite de domingo, foi Caio Copolla, que havia retornado ao Grupo JovemPan emnovembro do ano passado, após uma passagempela CNN Brasil. Segundo apuração de Ricardo Feltrin, do Splash/UOL, vários motivos teriam contribuído para a demissão do comentarista, entre eles sua recusa em participar com regularidade dos programas da emissora, e uma grave acusação envolvendo uma ex-namorada do bacharel em direito. u Na manhã da segunda-feira (31/10) foram anunciadas as saídas de Augusto Nunes, que estava no Grupo JP desde 2016, e do escritor e comentarista Guilherme Fiúza. Vale lembrar que ambos eram extremamente alinhados com as narrativas do bolsonarismo, e defensores das atitudes do presidente. u Na contramão dos perfis de Copolla, Nunes e Fiúza, também foi desligado o jornalista Guga Noblat, uma das poucas vozes dissonantes e críticas a Jair Bolsonarono dia a dia da emissora. Vale destacar que ele estava afastado desde a semana passada “por não ter defendido a rádio na história da censura”, como afirmou em suas redes sociais. u Caso parecido teria ocorrido com o repórter Maicon Mendes, igualmente desligado na segunda-feira. Segundo Gabriel Vaquer, do Notícias da TV, a demissão dele também teria ocorrido pelo posicionamento e reportagens tidas como “de esquerda” pelos comentaristas da emissora. u Carla Cecato, que estava afastada desde o início de outubro, quando decidiu participar da campanha de reeleição de Jair Bolsonaro, não deverá retornar à emissora. O engajamento dela na campanha fez comque se tornasse alvo de críticas em relação à sua credibilidade, em especial pela grande quantidade de notícias falsas que compartilhou em seu Instagram, chegando inclusive a ter seu perfil marcado pela plataforma como não confiável para informações jornalísticas. u Emnota no Painel nessa terça- -feira (2/11), a Folha de S.Paulo informou que, quest ionado sobre as mudanças, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, dono do grupo, disse em reuniões internas que não vai mudar a orientação ideológica do grupo, mas que “a desobediência civil não sairá do meu bolso”. Ele se referia a penalidades que a Pan poderá sofrer caso comentaristas do canal descumpram decisões judiciais e continuem fazendo acusações a Lula. n ACNN estreou nessa segunda- -feira (31/10) o CNN Mercado. São quatro boletins de cinco minutos cada, distribuídos ao longo da programação, apresentados pelos analistas de economia Thais Herédia e Fernando Nakagawa, comparticipação de Priscila Yazbek. Na pauta estão comentários avançados na análise dos resultados das eleições e formação do novo governo sob a perspectiva da economia. u Yazbek, que cobre o setor desde 2012, assume o recém- -criado posto de correspondente internacional de economia, com base em Paris. Ela passa a cobrir a economia global e o mercado financeiro no exterior, trazendo informações de ummundo globalizado e com as economias cada vez mais conectadas, para que o público brasileiro esteja bem informado sobre os rumos da economia no País. E participa logo cedo, trazendo a abertura das bolsas no exterior. Diante da mudança, o programa CNN Money ganha o reforço da apresentadora Muriel Porfiro. u A programação do CNN Mercado é: 9h25, em break no programa CNN Novo Dia; às 12h25, em break no Live CNN; às 14h55, em break no Visão CNN; e às 17h50, no final do CNN 360. Os dois primeiros são apresentados por Herédia e os dois últimos por Nakagawa. Toda a programação é transmitida multiplataforma. Jovem Pan faz cortes após resultado das eleições CNN estreia boletins sobre economia. Priscila Yazbek é nova correspondente internacional da emissora Thais Herédia Fernando Nakagawa Priscila Yazbek Kelly Queiroz
Edição 1.383 página 2 Últimas n A Agência Pública e seu diretor e editor Thiago Domenici foram alvo de ataques virtuais e de ameaças de agressão física na última semana. Omotivo foi uma retaliação à reportagem “Matar e quebrar urnas”: evangélico líder de motociata incentiva crimes no Telegram, que expôs diálogos divulgados em um grupo de extrema direita no aplicativo de mensagens. u Assinada por Domenici, a matéria reproduziu áudios enviados em um chat do grupo por Jackson Villar da Silva, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), nos quais afirma que vai provar “fraude nas urnas” e que “cientista político tem que apanhar”. Silva também faz declarações preconceituosas contra a população baiana, além de estimular ameaças a eleitores dopresidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). u Os diálogos aconteceram no grupo Nova Direita 70 Milhões, entre os dias 3 e 23 de outubro. Com a repercussão do furo, a Pública e o autor da reportagem entraramnamira dos criminosos que continuaram a usar o grupo para desferir ataques: u “Ah, então é você pilantra (sic). Olha a cara desse safado rapaz. Cabra desse temque ir atrás dele. Olha a cara desse mano, olha a cara desse cretino. Vou mandar pra um amigomeu aqui, (inaudível) Praia Grande, né? Serginho, você conhece esse cara aí? Serginho, você conhece esse cara, aí? Conhece esse vagabundo aí, Serginho? Vai ver o cara desse se encontrar comigo pessoalmente, pra ver se ele é esse cabra mesmo, mostrar pra ele como é que se dá uma pisa num cabra safado. Tava com medo, né? Vai engolir seu celular, seu vagabundo. Como tem gente sem vergonha, rapaz”. u Em nota, a Abraji solidarizou- -se com o jornalista e com a Pública, que, segundo a entidade, “em 11 anos de existência se notabilizou por trabalhos premiados no Brasil e no mundo”. Thiago Domenici e Agência Pública são alvo de ameaças Jackson Villar da Silva, de camiseta branca, ao lado do candidato ao Governo de São Paulo Tarcísio de Freitas O planeta, as empresas e o jornalismo vão parar para acompanhar a conferência do clima no Egito E o MediaTalks, como fez na COP26, vai analisar a cobertura da imprensa, as tendências e os impactos que o evento trará para a sociedade. Diretamente de Londres, com a participação de correspondentes brasileiros no exterior, mostrando as diferentes realidades. E mais o depoimento de executivos e empresários sobre como o mundo corporativo está se preparando para esse novo tempo. Fechamento Editorial e Comercial: 14 de novembro Entrega das artes: 18 de novembro Circulação 27 de novembro Especial Informações: Vinícius Ribeiro [email protected] e 11-99244-6655
Edição 1.383 página 3 conitnuação - Últimas n Termina nesta quinta-feira (3/11) o primeiro turno de votação para a primeira edição do Prêmio +Admirados da Imprensa de Tecnologia. Com patrocínio de Hotmart e iFood, além do apoio de divulgação da Press Manager, a premiação vai eleger os jornalistas TOP 25 +Admirados, alémde Colunista, e veículos nas seguintes categorias: Agência de Notícias, Canal Digital, Newsletter Especializada, Podcast, Site, Veículo Especializado em Consumo (B2C), Veículo Especializado em Negócios (B2B) e Veículo Geral. u O mecanismo de votação é o mesmo utilizado nas demais eleições da série +Admirados: dois turnos de votação, em que o primeiro turno é de livre indicação e no segundo o eleitor poderá escolher entre os nomes finalistas em todas as categorias. u Para votar basta preencher um breve cadastro e fazer até cinco indicações por categoria. Importante ressaltar que não é necessário indicar em todas as categorias nem ter cinco indicações para cada uma delas. Todos os votos, ainda que parciais, serão computados.Osegundo turnocomeçará na próxima quinta (10/11). Termina a votação para os +Admirados da Imprensa de Tecnologia Nacionais n O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), por sua Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira), e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) prestaram solidariedade a Luan Araujo, jornalista negro perseguido e atacado pela deputada Carla Zambelli. u No último sábado (29/10) a deputada empunhava uma arma de fogo e entrou em um bar dos Jardins, área nobre da capital paulista, atrás do jornalista. u Emnota, as entidades afirmam que, apesar de não estar desempenhando trabalho jornalístico durante a agressão, “é dever do Sindicato, da Cojira e da Fenaj se colocarem à total disposição do profissional. Não podemos tolerar o ódio e a violência, materializados nas políticas do governo Bolsonaro, que facilitaram a circulação das armas de fogo”. u As entidades estão em contato com os advogados de Luan Araujo. A deputada Zambelli de arma em punho Entidades prestam solidariedade a jornalista negro atacado por Carla Zambelli Tuitão do Daniel Por Daniel Pereira (daniel07pereira@ yahoo.com.br), especial para J&Cia (*) Batizado há 46 anos no Grupo Estado, Daniel Pereira passou por Rádio Bandeirantes, TV Record, coordenou a Comunicação do Governo de SP na ECO-92 e foi assessor de imprensa no Memorial da América Latina. Publicou em 2016 O esquife do caudilho e acaba de concluir O último réu. Quem foi à missa que o padre Bento celebrou na manhã de domingo do segundo turno da eleição saiu com a pulga atrás da orelha. O padre adorava metáforas em latim para falar da efemeridade da vida e da hipocrisia humana. Naquela manhã, iniciou a homilia com sua citação preferida: sic transit gloria mundi (Toda glória do mundo é passageira). Pediu que Deus iluminassementes e corações de seus fiéis na hora de votar e tascou, enigmático: não sabemos quemganhará, mas, certamente, de um dos lados haverá choro e ranger de dentes. Na missa do domingo seguinte, ao comentar o resultado das eleições, fez a homilia mais curta de sua vida: cinis et nihil aliud (Agora é cinzas e nada mais). Agora é cinzas
Ao assistir as apresentações dos cases , você concorre a ingressos para o 26º Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas, que acontecerá em agosto de 2023, na Unibes Cultural, em São Paulo. Serão sorteados seis ingressos ao longo do evento. Acesse o site, confira a programação e faça a sua inscrição!!! Link de acesso: https://bit.ly/3gmxo51 Vem aí, o Mega Brasil Benchmarking 2022, com o tema central “Ações empresariais e impactos sociais”.
Edição 1.383 página 5 De Londres, Luciana Gurgel Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. Três dias depois de Elon Musk confirmar a conclusão da compra do Twitter com o simbólico “the bird was freed” (“o pássaro está solto”), uma das mais conhecidas ONGs dedicadas a combater discurso de ódio nas redes lançou um apelo por doações para combater o que ela acha que vem por aí. O e-mail é assinado por Imran Ahmed, diretor-geral do Center for Countering Digital Hate (CCDH), voz respeitada na batalha contra o que classifica como poder excessivo das grandes redes digitais. No apelo, ele disse: “Se você quiser ver como seria o distópico ‘Hellscape’ de Elon Musk para o Twitter, basta olhar para as últimas 72 horas”. Hellscape foi a palavra usada pelo bilionário para dizer que a rede social não viveria um “liberou geral”. Para o CCDH, não é bem assim. Ahmed aponta como sinal preocupante a volta do partido neonazista Britain First à plataforma, depois de ter sido banido em 2017 por discurso de ódio contra muçulmanos. OCCDH listou tambéma controvertida manifestação de Elon Musk sobre o atentado dirigido à presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi. Para a organização, “o homem responsável por fazer cumprir as regras quebrou as regras”. Por mais que Elon Musk seja uma figura notável nos negócios e seu compromisso com a liberdade de expressão seja em tese louvável, é difícil defender o bilionário depois de ele dar visibilidade a uma teoria da conspiração sobre o ataque, referindo-se ao conteúdo de um “site de noticias” notório por desinformação. Ao escrever que “existe uma pequena possibilidade de que as aparências enganem”, Musk falou com mais de 113 milhões de pessoas, número astronômico de seguidores que amealhou. A postagem foi apagada, mas “não antes de dar à desinformação seu tempo no centro das atenções”, nas palavras de Imran Ahmed. O CCDH listou outros sinais de mau tempo à vista. Um deles foi um aumento de 500% no uso da “palavra com N” no Twitter em um período de 12 horas após Musk anunciar a compra, registrado pelo Network Contagion Research Institute. A palavra que nem se escreve é o pior xingamento a pessoas negras na língua inglesa. A ONG não é a única a se preocupar como futuro do Twitter. A Repórteres SemFronteiras temse manifestado regularmente sobre os riscos ao jornalismo. Assimque o negócio foi concluído, a RSF distribuiu umcomunicado pedindo queMusk “tenha omáximo de cautela em sua reestruturação”. E afirmou que “o jornalismo não deve ser vítima colateral de suas decisões de gestão”. Twitter sob Musk: o futuro incerto da rede social mais relevante para política e jornalismo O texto salientou a demissão de executivos envolvidos com as políticas de moderação, alertando que, “à medida que as redes de desinformação se aproveitam do algoritmo do Twitter e de sua mecânica de comunidade, demitir os funcionários responsáveis por manter esses problemas sob controle pode ter consequências catastróficas”. Para o CCDH, Elon Musk sinalizou que o Twitter “agora não tem regras, enviando uma mensagem de que extremistas, abusadores, fraudadores e comerciantes de desinformação podem operar impunemente”. O limite entre liberdade de expressão e abuso ou risco para a sociedade não está demarcado, e jamais será. Elon Musk tem seguidores que apoiam sua visão de um Twitter mais livre, embora alguns dos mais famosos sejam figuras controvertidas como Donald Trump. Ainda é cedopara apostar no que vai acontecer com a rede social. O bilionário que agora assumiucomoCEO, dispensando intermediários para tomar decisões, é conhecido por bravatas. Muitas vezes isso faz parte do show dele, mas da cabeça de Musk nada pode ser descartado. Um dos riscos que o Twitter enfrenta é perder a relevância, se usuários importantes começarem a deixar a plataforma. Até agora isso não aconteceu, e talvez não aconteça como um movimento significativo, porque o Twitter é único. Não é a rede social de maior audiência, mas é de longe a de maior influência em política e jornalismo. As alternativas são poucas. Uma das que despontou nos últimos dias é a Mastodon, uma rede meio estranha em comparação ao padrão a que a maioria dos internautas está acostumada. Criada na Alemanha, ela é descentralizada, sem fins lucrativos e os usuários se conectam escolhendo um servidor temático. A apresentação diz que “seu feed deve ser preenchido com o que mais importa para você, não com o que uma corporação acha que você deveria ver”. A intenção pode ser louvável, mas reduz a oportunidade de interagir com outros assuntos que não sejam os do seu próprio interesse e descobrir coisas novas, ainda que algumas não sejam boas. E os números são insignificantes. Segundo o The Guardian, cinco dias depois da compra do Twitter por Musk ela ganhou 70 mil usuários. Mesmo que não faça dinheiro com o Twitter − até porque como homem mais rico do mundo ele não precisa muito disso −, Elon Musk já inscreveu seu nome na história da mídia digital. O tempo dirá se para o bem ou para o mal. Elon Musk Fox News Dsndrn-Videolar, por Pixabay
Edição 1.383 página 6 conitnuação - MediaTalks Confira os episódios em: Jairo Marques (Folha de S.Paulo) Caê Vasconcelos (UOL) Luciana Barreto (CNN Brasil) Nayara Felizardo (The Intercept BR) Luciene Kaxinawá (Amazônia Real) Erick Mota (Regra dos Terços) Multa à Wikipedia − Um tribunal da Rússia condenou nessa terça- -feira (1º/11) a Wikipedia por não remover conteúdos relacionados à guerra na Ucrânia, segundo informações da agência de notícias russa Interfax. A Wikimedia Foundation, dona da plataforma, foi multada em 2 milhões de rublos (cerca de R$ 166 mil) por não retirar do ar páginas com “informações falsas” sobre o conflito. Vladimir Medeiko, diretor da Fundação Wikimedia em Moscou, disse à agência de notícias AFP que a decisão do tribunal “será contestada na Justiça” e “ninguém removerá” as páginas. Fake em anúncios − O TikTok e o Facebook permit iram a veiculação de anúncios com fake news sobre as eleições dos Estados Unidos, enquanto o YouTube barrou todos os conteúdos pagos que continham desinformação. O experimento fez parte de um novo estudo conduzido pela ONG Global Witness, em parceria com a Universidade de Nova York. Apesar do bom desempenho do YouTube, os pesquisadores destacam que a atuação contra fake news eleitorais da plataforma nos EUA contrasta com suas ações no Brasil: anúncios semelhantes aos usados no estudo foram aprovados e disseminados na rede para os brasileiros. Pesquisa semelhante realizada pela ONG em agosto no Brasil teve 100% dos anúncios com desinformação eleitoral aprovados no Facebook e, agora em outubro, também no YouTube. Namoro entre aves − Como as diferentes espécies de animais se comunicam e interagem? Esse foi o tema do concurso de fotografia da Royal Society of Biology de Londres, que anunciou os vencedores da competição de 2022. Os trabalhos premiados foram selecionados entre mais de 1,2 mil imagens. As duas melhores retrataram demonstrações de amor de casais de aves. Na categoria Jovem Fotógrafo do Ano, George Lanstone-Futcher, de 11 anos, registrou papagaios-do-mar namorando. Já a Fotógrafa do Ano na categoria principal, Agnieszka Florczyk, capturou a imagem de um casal de mergulhões-de- -pescoço-vermelho durante a época de acasalamento. Quebra de sigilo − Em decisão incomumem favor do Starbucks e contra um sindicato, uma corte federal nos EUA alarmou os que se preocupam com a quebra do sigilo das fontes dos jornalistas, pilar da liberdade de imprensa porque permite denunciar más práticas ou crimes sem expor quem os revela. A StarbucksWorkers United, organização por trás da sindicalização da rede Starbucks na região de Buffalo, em Nova York, foi condenada a entregar todas as suas comunicações com jornalistas para a empresa. A Starbucks disse que essa decisão os ajudará a descobrir “desinformação” que os dirigentes sindicais teriam disseminado sobre suas práticas. Acusadas de espionagem − Duas jornalistas que participaram da cobertura da morte da jovem Mahsa Amini, que desencadeou indignação e protestos populares em todo o Irã, foram acusadas pelo governo de serem agentes estrangeiras trabalhando para a CIA, agência de inteligência dos EUA. Niloofar Hamedi, primeira a noticiar a história, e Elahe Mohammadi, que cobriu o funeral, estão presas desde a repercussão da morte de Amini. A jovem de 22 anos morreu sob custódia da polícia da moralidade após ser detida por usar o tradicional véu (hijab) demaneira considerada incorreta. Aomenos 41 jornalistas já foram presos durante as manifestações que eclodiram no Irã no último mês. Em resposta, a ONG Repórteres sem Fronteiras formalizou uma denúncia à Organização das Nações Unidas contra a repressão vivida pelos profissionais de imprensa no país. Esta semana em MediaTalks Agnieszka Florczyk/Society of Biolog
Edição 1.383 página 7 EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação (*) Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Oaumentodecasosde racismo em todo o País é notório nos últimos anos. De acordo com dados do Anuário da Segurança Pública, os casos de racismo no Brasil tiveramumaumento de 31%. Dos assassinatosocorridos em2021no País, 77,9% das vítimas eram negras. Leia a nota na íntegra no link. Tendo como tema principal o aumento de ataques a mulheres jornalistas em 250% (dados da Abraji), amesa, em19/11, buscará discutir como para jornalistas negras o cenário é aprofundado diante das microagressões já existentes e que ganham novos contornos. Nomes como Nayara Fernandes, responsável pelo podcast Resumão, do G1, e Lechette Baron, da União Internacional das Mulheres Periodistas, já estão confirmados. O evento presencial será em São Paulo, no galpão ZL, com transmissão online gratuita. Saiba+. Conferência internacional promovida pela Rede JP terá roda de conversa entre mulheres jornalistas Nota contra as agressões sofridas por jornalistas e comunicadores negros Nayara Fernandes Parceiro: Apoio: De Londres e de São Paulo, notícias, ideias e tendências em jornalismo, informação, desinformação e plataformas digitais Oferecimento (MediaTalks Partner):
Saiba mais em: revistapiaui.com.br 10h 12h 14h 16h 18h CONVERSA COM O YOUTUBE: ATILA IAMARINO Entrevistadores: Patricia Muratori e Bernardo Esteves FORO DE TERESINA AO VIVO com Thais Bilenky, José Roberto de Toledo e Fernando de Barros e Silva BRANDON FELDMAN YouTube(EUA) Entrevistadores: Pedro Doria (Meio) e Ana Clara Costa (piauí ) JESSIKKA ARO Rádio Yle (Finlândia) Entrevistadoras: PatríciaC.Mello (Folha de S.Paulo) e Flavia Lima (Folha de S.Paulo) ANNA BABINETS Slidstvo(Ucrânia) Entrevistadoras: Dorrit Harazim (O Globo) e Thais Bilenky (piauí ) O JORNALISTA E O DITADOR Entrevistadores: Alana Rizzo (YouTube) e Breno Pires (piauí ) JULIA GAVARRETE El Faro (El Salvador) Entrevistadores: Ricardo Gandour (ESPM) e Consuelo Dieguez (piauí ) NICHOLAS JOHNSTON Axios (EUA) Entrevistadores: Aline Midlej (GloboNews) e José Roberto de Toledo (piauí ) ALEJANDRA INZUNZA Dromómanos(México) Entrevistadores: Bernardo Mello Franco (O Globo) e Fernando de Barros e Silva (piauí ) ADAM ELLICK The New York Times(EUA) Entrevistadores: Natuza Nery (GloboNews) e André Petry (piauí ) DOMINGO – 04/12 SÁBADO – 03/12
Edição 1.383 página 9 AGRO n Lançado em2020, o programa Tech & Startups, do canal AgroMais, ganhou novo formato e periodicidade. A atração, que era exibida ao vivo diariamente, de segunda a sexta-feira, com entrevistas de CEOs e empresários que contavam suas trajetórias de sucesso ligando tecnologia ao campo, passará a ser semanal, exibida toda terça-feira, a partir das 18h, e contará com novos quadros e entrevistas. A apresentação seguirá com Raissa Lomonte. u “Recebemos muito feedback de empreendedores e produtores rurais que nos acompanham diariamente pra saber as tendências do agronegócio digital, conhecer novos produtos e quais os melhores investimentos dentro do universo das startups”, explica Raissa. “Com o novo formato, vamos exibir mais reportagens e mais entrevistas em um só programa. É um formato mais dinâmico e com mais cases de sucesso para todos se inspirarem”. E mais... n A revista Negócios da Comunicação divulgou a relação dos finalistas da 8ª edição do Prêmio Especialistas, iniciativa que reconhece o conjunto da obra de jornalistas em 27 setores de atuação. Nesta edição, são duas TOME NOTA Estágio – n TOP 5 entre os +Admirados da Imprensa de Agronegócio 2022, Alessandra Bergman (Campo e Batom) foi destaque do quadro Cinco Perguntas, do site gaúcho Coletiva.net, onde falou de sua carreira e vida pessoal. Confira. PELAS REDAÇÕES Tech & Startups ganha novo formato Raissa Lomonte categorias ligadas ao Agro. Em Pecuária, os escolhidos foram Fabiano Reis (Canal do Boi), Nelson Araújo (Globo Rural) e Sidnei Maschio (Terraviva). E em Agricultura concorrem Kellen Severo (JovemPan), Luiz Patroni (Canal Rural) e Mauro Zafalon (Folha de S.Paulo). A votação online segue aberta até 13 de novembro. n Em evento promovido em 18/10, no Museu do Ipiranga, em São Paulo, foi lançado oficialmente o Brasil Agribusiness, novo hub de comunicação, conteúdo, negócios e entretenimento sobre o agro brasileiro. A iniciativa, promovida pelo DC Set Group, está dividida em pilares: Comunicação, em que serão apresentadas as principais iniciativas do Agro; Conteúdo, para ampliar o entendimento e potencializar a visibilidade do setor; Negócios, que promoverá e fomentará a integração entre os principais players domercado; e Entretenimento, comexperiências para aproximar o Agro do dia a dia das pessoas, por meio de apresentações artísticas, gastronomia e moda. u “Nossa missão é criar experiências para melhorar o entendimento das pessoas em relação ao Agro, dando visibilidade a tantas iniciativas interessantes que existem, mas que estão desconectadas”, explica Carla Tuccilio, CEO do Brasil Agribusiness. “Queremos ser uma ferramenta que reúne todo o ecossistema do Agro brasileiro, gerando conhecimento, conexões e experiências para seus players”. Carla Tuccilio 100 ANOS DE RÁDIO NO BRASIL Por Álvaro Bufarah (*) A polêmica da liberdade de expressão Diante de tantas polêmicas debatidas nas eleições de 2022, pelo menos duas envolveram emissoras de rádio. Uma em que houve uma denúncia de que algumas rádios não transmitiram as inserções dos programas do presidente Jair Bolsonaro e outra em que a Rádio Jovem Pan foi impedida de citar alguns termos para classificar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva. No primeiro caso, a denúncia não se sustentou, porém o segundo rendeu muitas discussões sobre se a ação do Supremo Tribunal Federal foi ou não censura. Para alguns o simples fato de impedir um meio de comunicação de usar determinadas expressões é censura antecipada. Para outros, a questão está no fato de que se a informação que será veiculada é “fake” não se caracteriza como “liberdade de expressão”. Embora pareça claro, a expressão tem sido evocada para vários fins e me parece que nos distanciamos da realidade ao tentar esticar essa justificativa como um remédio para todos os processos de comunicação.
Edição 1.383 página 10 (*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo. Para tentarmos entender melhor as definições e os limites dessa expressão tão utilizada em nossos dias entrevistamos o dr. Marco Antonio da Costa Sabino, professor e pesquisador especializado no tema “Liberdade de Expressão”, escritor e ex-conselheiro do Conar, e pesquisador pela Universidade Columbia, dos Estados Unidos, em projetos de censura judicial. Jornalistas&Cia − Embora pareça óbvio, do ponto de vista prático, para que os ouvintes e os leitores entendam, afinal o que é liberdade de expressão? Marco Sabino − Liberdade de expressão é a possibilidade de você expressar e manifestar ou materializar o seu pensamento em todas as formas, suportes ou ferramentas que sejam legitimamente estabelecidas na sociedade e lícitas. Então, a ideia da liberdade expressão é a ampla possibilidade de você tirar da cabeça aquilo em que está pensando e permitir que outras pessoas conheçam aquilo em que você está pensando. J&Cia − O contraponto a isso é censura. A partir do que o senhor acabou de explicar sobre a liberdade de expressão, o que seria censura prévia e qual o seu limite? Sabino − Antes de falar sobre censura prévia, é importante falar sobre a censura e, primeiro, desmistificar algo que ficou entre nós, na sociedade, arraigado como um fenômeno nocivo, um fenômeno pernicioso. Veja a Constituição da República. Ela, em alguns momentos, especificamente, não apenas veda a censura, mas a joga na lata do lixo jurídico. Não é possível censura, não há censura prévia, não existe licença para comunicação, paramanifestação de pensamento. Manifestações de pensamentos ideológicos, artísticos, culturais, científicos, de comunicação. Não existe isso, pelomenos do ponto de vista jurídico. Mas nem toda a censura é ruim. Você imagina, por exemplo, as crianças navegando na internet. Existem alguns dispositivos que se chamam controle parental. Você imagina se eu não tivesse a possibilidade de acionar o controle parental e os meus filhos estivessem submetidos a todo e qualquer conteúdo que trafega na internet? Nem todo esse conteúdo é apropriado para crianças e para adolescentes. Então, se eu não tivesse esse controle parental, como é que seria eles serem submetidos a esse conteúdo inapropriado sem esse controle parental no fim do dia? Ele é uma hipótese de censura. Então, nem toda censura é ruim. O professor Walber Dalton, responsável pela biblioteca de Harvard, que escreveu vários livros sobre censura, é um historiador e trata de censura. Ele próprio diz que às vezes a censura tem um bom motivo, um motivo legítimo. A censura é relacionada ao controle das ideias, ideias moralmente defensáveis, ideias lícitas, artísticas, bem-humoradas. O controle dessas ideias sem um justo motivo, que é normalmente ligado à vida em sociedade, ao contrato social, esse é muito ruim. E essa censura pode se dar de diversas maneiras. Uma delas, como você disse, é a censura prévia. O que é censura prévia? Censura prévia é você, antes da manifestação do pensamento, submeter essa manifestação do pensamento a uma terceira pessoa para avaliar se esse pensamento pode ou não ser materializado sob qualquer ponto de vista. A Constituição veda expressamente qualquer espécie de censura, emespecial a censura prévia. Portanto, a censura prévia é algo muito mais ligado a uma censura analítica, a uma censura oficial que é realizada antes da manifestação daquele determinado pensamento. E isso é terminantemente proibido pela Constituição brasileira. J&Cia − Nas redes sociais temos a publicação de áudios, vídeos, textos, imagens etc. muitos deles descontextualizados, alterados, manipulados e veiculados em série, tendo como pretexto a liberdade de expressão. Qual o limite nesses casos? Sabino − A análise desse tipo de situação demanda e requer contexto. Recentemente publiquei um texto em que defendi que a mentira é protegida pela liberdade de expressão. Explico: uma situação é eu e você, sentados emumbar, assistindo a um jogo de futebol e eu criar umamentira para justificar uma posição sobre o meu time. Você vai achar que o que eu estou falando é mentira, mas eu acredito piamente que aquilo é verdade e não necessariamente o que eu estou falando corresponde aos fatos. No futebol é assim: as pessoas contestam títulos, contestam a origemdos times, contestam gols, contestamqualquer coisa. Então, isso, evidentemente, está protegido pela liberdade de expressão. Por quê? Porque faz parte de uma cultura e não há dúvida nenhuma de que a finalidade da liberdade de expressão é tambémuma finalidade cultural, uma finalidade identitária. Mas, quando um influenciador, umcomunicador, umcandidato a cargo públicomente deliberadamente para uma audiência específica e de forma premeditada, com a intenção de manipular a opinião do outro, esse conteúdo não está protegido pela liberdade de expressão. E quando essematerial é retirado do ar, de um site, de uma emissora de TV ou rádio, não é censura. Mas, sim, a necessidade de preservar a ética e o contrato social para a boa convivência. Você pode ler e ouvir esse e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas podem ser ouvidas em formato de podcast no link. Marco Antonio da Costa Sabino
Edição 1.383 página 11 Comunicação Corporativa n Luciana Sobral, diretora de comunicação e public affairs da Janssen, que está na organização há pouco mais de cinco anos, vive suas últimas semanas de Brasil. Em janeiro, vai para uma nova posição na Janssen dos Estados Unidos, e muda-se com família para lá. Luciana já esteve na Pfizer, onde liderou a comunicação externa por mais de 11 anos, e foi por mais de oito anos repórter do Diário de S.Paulo. Brasília n Judson Müller, que atuou por um ano e meio na Brasscom, até maio, está atualmente na TIM, como consultor sênior de relações institucionais e governamentais. Paraná n Estela Midori Matsumoto assumiu em outubro a coordenação de marketing e comunicação da locadora de veículos Unidas, empresa que absorveu a concorrente Ouro Verde, onde ela atuava desde agosto de 2021. Estela foi por 11 anos e meio do Grupo Boticário. n Tatiana Gentil, head de PR, que estava na Globo há nove anos, deixou a organização em outubro e começou, na sequência, como especialista em mídia na Web Summit, que organiza festivais globais de tecnologia. n Renata Victal deixou a sociedade da VCRP Brasil e abriu sua própria agência, a Bixcoito Digital. Pós-graduada emComunicação Empresarial pela USP e com 22 anos de carreira, ela já esteve na grande imprensa, em redações como Jornal do Brasil, O Dia, Extra, Folha de S.Paulo e IstoÉ Dinheiro; também foi assessora direta de Graça Foster na Diretoria de Gás e Energia da Petrobras. Agora centra esforços na construção de reputação de empresas via PR e no marketing digital. O e-mail de contato dela é [email protected]. Internacional Luciana Sobral, da Janssen, assumirá nova posição na empresa nos EUA Luciana Sobral Judson Müller Estela Matsumoto Rio de Janeiro Tatiana Gentil deixa a Globo e começa na Web Summit Tatiana Gentil Bruna Simoni Rio Grande do Sul n Bruna Simoni, ex-RBS, onde esteve por quase quatro anos e meio, deixou o Grupo Panvel, após um ano e três meses de casa, e começou em outubro como head de pessoas e cultura naDialog–Comunicação Interna. São Paulo Renata Victal funda a Bixcoito Digital Renata Victal
Edição 1.383 página 12 conitnuação - Comunicação Corporativa E mais... n Bianca Doriguello e Simone Medina Wassen integraram-se recentementeàequipedeprodução de conteúdo da Arabella Agency. Bianca, ex-Betc Havas e que foi coordenadora de brandmarketing na Tino por dez meses, assume o cargo de gerente de redes sociais; Simone, que foi anteriormente copywriter na Super Cérebro por três anos emeio, é a nova redatora especializada em digital. n Ana Julia Colavitti, gerente de marketing de influência, deixou a Index, onde esteve por mais de seis anos e meio, em duas passagens, e começou em setembro como gerente de mix e varejo na Iguatemi S/A. n Beatriz Ces, que foi coordenadora de RP da Approach, onde ficou por quase cinco anos, está agora na FSBcomocoordenadora de comunicação da SulAmérica. n Camila Nobre integrou-se ao time da Ágora Assuntos Públicos e Comunicação Estratégica, contratada como diretora de contas. Ex-SmartPR, ela estava, por último, na LeanFactor Global Communications, como gerente-geral Brasil. Bianca Doriguello Simone Wassen Ana Julia Colavitti Beatriz Ces Camila Nobre n Danielle Schiavo, que ficou por quase três anos e meio na NR-7, até maio, está agora na Nova PR, e ali atua como coordenadora de atendimento. n Fábio Santos iniciou em setembro nova jornada na SPMJ, como executivo sênior. Em seu trabalho anterior, foi por quase oito anos e meio gerente de comunicação na Néctar Comunicação. n Giovanna Castro deixou em agosto a Fato Relevante, onde era executiva e redatora e esteve por cerca de dois anos, e atualmente trabalha como repórter freelancer no Estadão, após ter ali participado por três meses do 1º Curso de Jornalismo de Saúde, realizado pelo Programa de Focas. n Hugo Sppezapria, executivo de PR, deixou em outubro a Hill+Knowlton Brasil, onde esteve por dois anos e três meses, e começou como analista de marketing na Lalamove, dedicado à produção de conteúdo multiplataforma B2B e B2C. n Julia Siqueira deixou a Index, onde começou como estagiária e era atendimento júnior em fashion PR (ali esteve por umano e oito meses, até outubro), e foi para a Edelman, como analista júnior para o atendimento exclusivo à Avon. n LarissaMassaro, que gerenciou a comunicação do Airbnb por pouco mais de um ano e meio, até julho, começou em agosto como gerente de comunicação para podcasts no Spotify. Ela também passou por Ideal H+K Strategies e FleishmanHillard. n Lucas Rezende, assessor de comunicação, deixou a Approach, em que esteve por um ano e quatro meses, até outubro, e na sequência integrou-se ao time da Motim, como especialista em relações públicas. Danielle Schiavo Fábio Santos Giovanna Castro Hugo Sppezapria Julia Siqueira Larissa Massaro Lucas Rezende
Edição 1.383 página 13 n Mariana Costa, ex-SKY, que ficou por um ano e três meses na DirecTV Latin America, até julho, está agora como gerente de produto digital na Eletromídia. n Murilo Sarro deixou a Máquina CW, onde esteve por poucomais de três anos e meio, até setembro, e na sequência integrou-se ao time da RPMA, na função de assessor de imprensa. n Paula Del Trejo S. Paiane deixou a RPMA, onde esteve por um ano e quatromeses, e regressou emoutubro para a InPress Porter Novelli, em que já havia atuado por quase três anos, entre 2018 e 2021. Ela é atualmente consultora de comunicação sênior. n Rodrigo Sérvulo, coordenador de contas de RP, deixou a SmartPR após cinco anos e está agora como gerente de comunicação Latam na Adyen. n Tayla Carolina deixou a Sing Comunicação e começou em agosto como executiva na NR7. n Yonara Santana começou em outubro como executiva sênior na BCW Brasil. Antes, foi por pouco mais de dois anos e meio analista sênior da Machado Meyer Advogados. Entraram em licençamaternidade n Catherine Almeida, gerente global de comunicação de RHna AstraZeneca, emCambridge, Inglaterra, na empresa desde julho de 2017, à época em São Paulo. n MillaDelfino, gerente sênior de comunicação corporativa Latam na Fico, em São Paulo, na empresa desde novembro de 2019. Mariana Costa Murilo Sarro Paula Del Trejo Rodrigo Sérvulo Tayla Carolina Yonara Santana Catherine Almeida Milla Delfino Dança das contas n A FSB conquistou a conta da Linx, empresa especializada em tecnologia para o varejo e software de gestão. Vai cuidar das estratégias de comunicação ‘prigitais’, como a agência passou a denominar as soluções integradas de RP e digital, e do atendimento à imprensa, relacionamento com jornalistas e influenciadores, e posicionamento dos porta-vozes da marca no LinkedIn. u A Linx faz parte da plataforma Stone Co, que já é cliente da FSB. A agência vai trabalhar cada uma das marcas com equipes independentes, mas sempre buscando a sinergia. No atendimento, Andrea Salmeron ([email protected]). n Nova conta chegando também à Pub, dirigida por Ricardo Bonatelli (Bona), a do Distrito, plataforma de inovação de apoio aos negócios, por meio do uso de novas tecnologias e capacitação de executivos para a nova economia. Informações com Ana Claudia Camara, sócia-diretora de PR, pelo 11-95551-7657. n A A4&Holofote passou a responder pelo atendimento à imprensa e RP do Grupo MM Eventos Full Experience. Camila Barbieri será a gerente da conta, com direção de Almir Soares e Claudia Kucharsky. n Também a Seven PR tem novidade em carteira: a conta da GoCache, plataforma de segurança para aplicações web que oferece serviços em três frentes: segurança, performance e visibilidade. No atendimento, Thiago Tertuliano, com coordenação de Márcia Britto. n Outra agência com cliente novo é a V3Com, que foi contratada pela Romanha Alimentos, localizada emPinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e que tem uma linha com 140 produtos. n Na Magnitude PR o novo cliente é a healthtech QBem, especializada em dados para melhorar o sistema de saúde. Informações com a diretora Adriana Veronez (11-96711-3723 e adriana.veronez@magnitude comunicacao.com.br) n A EfeMais Comunicação, do Rio de Janeiro, dirigida por Flávia Domingues (flavia@efemais. com), assumiu a assessoria de imprensa e de redes sociais do evento cultural Ilumina Zona Oeste. A agência está há nove anos no mercado, tem sede em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, e especializou-se emcomunicação de impacto social. Essa contratação faz parte do compromisso do evento de privilegiar fornecedores locais. conitnuação - Comunicação Corporativa
Edição 1.383 página 14 conitnuação - Comunicação Corporativa HÁ 10 ANOS APERFEIÇOANDO O MERCADO DE COMUNICAÇÃO VOCÊ TEM QUE ESTAR AQUI! A MAIOR FERRAMENTA DE ENVIO DE RELEASES DO BRASIL! MAIS DE 55 MIL JORNALISTAS NO MAILING DE IMPRENSA! O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO PARA CONTRATAR? n OGrupo BCWBrasil, integrado por Máquina CW e BCW, está apresentando aomercado, neste início de novembro, a recém-lançada plataforma Analytics, que vai expandir de forma consistente sua atuação na área de business intelligence, aí incluídos o desenvolvimento de novos indicadores de reputação, maior integração dos atuais índices e uma atuação transversal na organização. u Segundo a VP de Inovação AdéliaChagas, a organização fez umdosmaiores investimentos da história para integrar as soluções de indicadores de reputação: “Além de aprofundar a cultura data driven localmente queremos amplificar nossa atuação, sendo um hub de soluções e boas práticas regionalmente. Já fornecemos indicadores de reputação para atuais clientes emoutros países da América Latina e fazemos treinamentos internos voltados à implementação da cultura de dados. O futuro vai nessa direção”. u A nova plataforma foi desenvolvida por um time multidisciplinar e está hospedada na nuvem. Com ela, as duas agências do Grupo BCW poderão aprofundar o uso das soluções de reputação nas três fases do ciclo de vida da comunicação – desenvolvimento da estratégia, acompanhamento das ações e mensuração de resultados –, além de contribuirem para a disseminação da cultura data driven nos clientes. u Uma das novas iniciativas que o Grupo passará a disponibilizar ao mercado será o Indicador de Reputação Consol idada, reunindo informações de seu tradicional IDM (que mensura a reputação na imprensa) comum novo índice que desenvolveu, focado nas redes sociais, o iDW (Índice de Desempenho naWeb). u Outras informações com Gabriela Reimberg (gabriela. [email protected]). n A Coalizão Verde, nascida da fusão do portal Neo Mondo, presidido por Oscar Lopes Luiz, e do site 1 Papo Reto, fundado e dirigido por Rosenildo Ferreira, cresceu e acaba de receber a adesão do site O Mundo Que Queremos, iniciativa liderada por Alexandre Mansur e Cássia Christe. Os três projetos têm na agenda ESG a razão essencial da existência e, reunidos, somam forças no objetivo de conscientizar e fazer avançar a temática, emespecial nomundo corporativo. E mais... n A Cause realizará em 7/11, a partir das 9h, a quinta edição do Fórum de Marketing Relacionado à Causa, e o fará em parceria com ESPM, Ipsos e Instituto Ayrton Senna, mais o apoio do Grupo MOL. O tema é O papel do marketing de causas no ESG. O evento terá formato híbrido, com transmissão online e a parte presencial marcada para o prédio da ESPM, na Vila Mariana, em São Paulo. u Na abertura, o Ipsos apresentará o relatório Reputation Council 2023, demonstrando a visão de líderes de opinião do mercado sobre o papel das empresas em áreas como diversidade, sustentabilidade, inclusão e os principais desafios corporativos para o próximo ano. O evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas aqui. Pingo nos is – n O nome correto da empresa para onde foi Leandro Brasil, citado em nossa edição anterior, é a Airbus | Helibras. Pelas instituições n A Aberje realiza em 7/11, das 10h às 11h30, em formato apenas virtual, o 1º Lab de Comunicação do Agronegócio, com as participações de Eliane Uchoa (Cargill), Ricardo Voltolini (Ideia Sustentável) e Rogério Melo (UPL), e mediação de Nicholas Vital (ABMR&A). O evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas aqui. Eliane Uchoa Ricardo Voltolini Rogério Melo Nicholas Vital Curtas Grupo BCW lança plataforma tecnológica e avança em business inteligence Parceria reúne três projetos editoriais da agenda ESG na Coalização Verde
Edição 1.383 página 15 Por dentro da Comunicação Pública A Sociedade Brasi leira de Administração Pública (SBAP) realiza, em 7 de novembro, a premiação dos melhores artigos do IX Encontro Brasileiro de Administração Pública, realizado de 5 a 7 de outubro, na Fundação Getulio Vargas, em São Paulo. O autor do trabalho premiado em cada categoria receberá da SBAP o reconhecimento público e os seguintes prêmios: certificado de distinção eletrônica conferido a ele(a), ao seu orientador e ao seu Programa de Pós- -graduação; inscrição gratuita na próxima edição do Encontro Brasileiro de Administração Pública; e convite para publicação do trabalho em formato de e- -book pela Editora SBAP. O Grupo Temático de Gestão da Comunicação foi liderado pelo di retor da ABCPúbl ica Jorge Duarte e pelos membros da Associação Kárita Sena e Leandro Heringer. O evento será transmitido pelo sbap.org.br/ebap. As pessoas interessadas poderão se candidatar até 10 de novembro. A oferta de trabalho é para pessoas commestrado ou equivalente em comunicação, relações públicas, jornalismo ou áreas relacionadas. Um diploma universitário em combinação com dois anos adicionais de experiência qualificatória pode ser aceito no lugar do diploma de mestrado. Requisitos: mínimo três anos de experiência profissional em nível nacional ou internacional no desenvolvimento e implementação de estratégias de relações públicas, comunicação ou advocacy; experiência profissional no desenvolvimento e implementação de campanha de advocacy na área de direitos humanos, igualdade de gênero, justiça social etc.; experiência profissional no desenvolvimento de conteúdo paramídias sociais e sites; experiência profissional com asmúltiplas entidades envolvidas, incluindogoverno, sociedade civil e setor privado; e proficiência em inglês, português e espanhol. Requisitos desejáveis: conhecimento de outra língua oficial de trabalho das Nações Unidas. Saiba mais sobre o processo seletivo aqui. AOrganização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgaram o resultado da chamada para projetos de comunicação popular e comunitária em saúde no Brasil. Os projetos selecionados estão relacionados às áreas: enfrentamento da COVID-19 e suas consequências; estímulo à vacinação; combate às fake news; segurança alimentar; saúde mental; vigilância em saúde; geração de renda; e diversidade sociocultural. Dos 138 projetos inscritos, 15 serão contemplados com um financiamento de até R$ 45 mil, e serão executados e concluídos até março de 2023. Ao longo do processo, os responsáveis pelas propostas selecionadas participarão de oficinas de trocas de experiências sobre variados temas em comunicação em saúde, e contarão com o apoio de assessores sociotécnicos no desenvolvimento de suas iniciativas. Confira o resultado aqui. Está disponível na plataforma de ensino UNA-SUS o curso Comunicação Efetiva com a Pessoa comDeficiência Auditiva e Surda na Atenção Primária em Saúde. A oferta educacional, com carga horária de 180 horas e disponibilidade de 10mil vagas, é destinada a profissionais de saúde, gestores que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) e demais interessados. O conteúdo conta com os seguintes recursos educacionais: vídeos, podcasts, e-books, infográficos interativos, material em PDF e questionários. A habilitação lança o desafio de buscar novas perspectivas para a identificação das diversas possibilidades de comunicação que uma pessoa com deficiência auditiva ou surda pode ter. A capacitação é oferecida pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde. As matrículas, que tiveram início em 5 de agosto, seguem abertas até janeiro de 2023. (Com informações do Ministério da Saúde) Você já pode se inscrever para a oficina Comunicação pública: estratégias no ambiente digital, que será realizada no dia 16 de novembro, às 13h30, durante o VIII Encontro Nacional dos Tribunais de Contas (VIII ENTC). Uma das condutoras da oficina será a jornalista Aline Castro, diretora de comunicação da ABCPública. O encontro é promovido pela Atricon, em conjunto com os Tribunais de Contas do Município do Rio de Janeiro (TCMRJ), do Estado (TCE-RJ), Instituto Rui Barbosa, Abracom, Audicon e CNPTC. A programação do dia 16 de novembro prevê, até omomento, outras três oficinas: Tribunais de Contas e a Lei de Responsabilidade Fiscal; Resultados doGrupo de Trabalho da Atricon sobre igualdade de gênero; e Ferramentas tecnológicas para controle externo na área ambiental. Durante o VIII ENTC também serão apresentados os resultados da avaliação do Marco de Medição deDesempenho dos Tribunais de Contas e do Programa Nacional de Transparência Pública. O encontro, que ocorrerá em formato híbrido, é voltado aosmembros e servidores de Tribunais deContas e interessados nos debates sobre o aprimoramento do Sistema de Controle Externo. Para mais informações, clique aqui. Prêmio SBAP 2022 − Teses & Dissertações ONU Mulheres seleciona analista de comunicação Comunicação e saúde: Opas e Fiocruz anunciam resultado de chamada pública Capacitação para comunicação efetiva com pessoa com deficiência auditiva e surda Comunicação pública: estratégias no ambiente digital: inscrições abertas
Edição 1.383 página 16 Inteligência Artificial Por Marcelo Molnar, consultor e sócio-diretor da Boxnet Acredito que todo profissional de comunicação adoraria poder saber o que passa na cabeça de seu público-alvo. Na verdade, esse poder deve ser o desejo de muitas atividades e profissões. Em ambientes com múltiplos estímulos e enormes quantidades de dados disponíveis concorrendo pela nossa atenção, possuir recursos que permitam identificar como a mensagem está sendo absorvida na mente das pessoas revolucionaria todas as atividades de geração de conteúdo. A novidade é que essa possibilidade está mais próxima do que imaginamos. Recentemente, no bioRxiv, cientistas anunciaram a criação de um algoritmo de Inteligência Artificial (IA) que permite ler pensamentos. Por meio de uma técnica não invasiva, em conjunto com a ressonância magnética funcional, uma mulher e dois homens na faixa de 20 a 30 anos foram submetidos a 16 horas de podcasts e programas de rádio enquanto passavam pelo escaneamento do cérebro. O algoritmo comparou padrões no áudio com os padrões na atividade cerebral dos participantes. O bioRxiv é um repositório aberto de fontes de divulgação e desenvolvimento de pesquisas direcionado às ciências biológicas, fundado em novembro de 2013 e hospedado pelo Cold Spring Harbor Laboratory (CSHL). Antes da fundação do bioRxiv, muitos biólogos dividiam- -se sobre a questão de ter um ambiente de acesso livre a qualquer cientista, preocupados em ter suas pesquisas “roubadas” pelos concorrentes. Porém, vários geneticistas compartilham seus artigos e usam essa plataforma para publicitar suas teorias e descobertas. Esse algoritmo, então, pode determinar qual história cada participante ouviu a partir de suas atividades cerebrais. A metodologia ainda não é perfeita, mas mostrou que é possível rastrear o fluxo de sangue oxigenado com bastante precisão, apesar de os sinais elétricos liberados pelas células cerebrais serem muito mais rápidos do que o fluxo sanguíneo. Experimentos desse tipo não ocorrem somente em laboratórios e ambientes controlados. Diversos países, em variados segmentos, desenvolvem atividades similares. Algoritmos de IA que leem pensamentos Apesar de parecer estranho, há mais de três anos escolas chinesas vêmutilizando dispositivos de escaneamento cerebral em seus alunos. O objetivo é monitorar a atenção dos estudantes em sala de aula. Os professores conseguem identificar, em tempo real, o quão focado um aluno está, de acordo com o mapeamento do cérebro. Os níveis de atenção são sinalizados pelas cores que aparecem nos próprios dispositivos. O azul indica que o aluno está relaxado, o amarelo significa que o aluno está focado e o vermelho, extremamente atento. Nem todos estão felizes e alguns pais acham que estão tratando seus filhos como robôs. Por outro lado, alunos com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), com dificuldades para se concentrar, podem ter acesso a esse dispositivo como um sistema de neurofeedback, para sinalizar momentos de baixa performance. Outros gostariam de experimentar por mera curiosidade. Fato é que essa tecnologia dominará muitas áreas de estudo do processo de desenvolvimento do conhecimento humano normal. Devemos estar preparados para interações com as máquinas e com os novos recursos que surgirão em um curto espaço de tempo. Um dos pontos sobre os quais devemos refletir é o da importância e do envolvimento dos profissionais de comunicação no manuseio das informações. Os benefícios são inegáveis, mas também existem riscos nessas tecnologias. Sabemos que há lavagem cerebral em toda a história do homem, e ninguém que tenha sofrido lavagem cerebral acreditará ou aceitará que sofreu tal coisa. Todos aqueles que a sofreram, usualmente, defenderão apaixonadamente os seus manipuladores, clamando que simplesmente lhes foi “mostrada a luz…” Apesar dos avanços na engenharia, nos processamentos quânticos, na biotecnologia e tantos outros campos científicos, a comunicação é a área que mais influencia e impacta nossa existência como espécie humana. Precisamos desenvolver especialistas apaixonados e dedicados na construção de regras envolvendo a interação entre as pessoas e as máquinas. Não podemos negar e nem tampouco rejeitar. Urge a participação ativa, consciente e responsável de profissionais de comunicação nessas áreas disruptivas da tecnologia.
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