Edição 1.386 página 2 Últimas n Levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) detectou 504 casos de ataques à imprensa entre 1º de janeiro e 17 de novembro de 2022. Os números representam um aumento de 11,3% em relação a todo o ano passado, que registrou 453 casos. u A Abraji chama atenção para o aumento no número de casos graves. A entidade registrou 153 episódios de agressões físicas, intimidações, ameaças e apreensão e/ou destruição de equipamentos, além dos dois casos de assassinato em decorrência do trabalho jornalístico – de Givanildo Oliveira, em fevereiro, e o de DomPhillips, em junho. Esses dados mostram um aumento de 89% no número de casos graves de ataques à imprensa, emcomparação a 2021. u Cerca de 30% dos ataques totais estão relacionados às eleições. Entre os últimos dias de outubro e as primeiras semanas de novembro, foram detectados 50 casos de agressões, intimidações e hostilidade à imprensa, a maioria conectada aos atos antidemocráticos contra a vitória de Lula. Segundo omonitoramento da Abraji, 2022 tornou-se o ano mais violento para a imprensa desde quando o levantamento começou a ser feito. Em 2019, ano da primeira coleta sistemática de dados, foram registrados 130 ataques. Houve umaumento de 287,7% entre aquele período e 2022. Confira mais dados do monitoramento aqui. n O repórter Victor Pereira, da TV Nova Nordeste e O Povo, foi abordado por homens que se identificaram como policiais no Catar, durante a cobertura da Copa do Mundo. O jornalista, acompanhado de voluntários, carregava uma bandeira de Pernambuco, que tem um arco- -íris. Os homens acharam que a bandeira era da comunidade LGBTQIA+. u Victor filmou a abordagem, mas os homens pegaram seu telefone e só devolveram o aparelho depois que o vídeo foi apagado. Em relato nas redes sociais, o jornalista contou que os homens chegaram a jogar a bandeira no chão e pisar nela. As filmagens que mostram os homens pisando na bandeira também foram apagadas. Colegas de imprensa e personalidades da política se solidarizaram com Victor e repudiaram o ocorrido. Abraji: ataques à imprensa batem recorde no Brasil Jornalista é abordado no Catar após homens confundirem bandeira de Pernambuco com símbolo LGBTQIA+ n O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deve reunir-se nesta sexta-feira (25/11), em São Paulo, com jornalistas do site WikiLeaks, que revelou milhares de documentos secretos dos Estados Unidos e de outros países, para debater a liberdade de Julian Assange, fundador do site, e a oposição a sua extradição para os Estados Unidos. u As informações são de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. Segundo a colunista, Kristinn Hrafnsson e Joseph Farrell, respectivamenteeditor-chefeeeditor do WikiLeaks, virão para o Brasil para conversar commovimentos, lideranças políticas eorganizações. Os dois jornalistas têm compromissos previstos emSãoPaulo, Rio de Janeiro e Brasília. Eles devem encontrar-secomgrupos de trabalhodecomunicaçãoe relações exteriores do governo eleito, e com entidades jornalísticas, advogados, artistas e influenciadores. u A programação dos editores do Wikileaks inclui um encontro com a direção da ABI, na sede da instituição, no Rio. Eles serão recebidos pelo presidente Octavio Costa. Lula debaterá com jornalistas do WikiLeaks o caso Julian Assange Julian Assange Pág.1
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