Jornalistas&Cia 1389A

Edição 1.389A - 19 de dezembro de 2022 Patrocínio Apoio J&Cia faz festa online para os +Admirados da Imprensa de Tecnologia Foi realizada em 15/12, às 19h, em formato virtual, no canal do Portal dos Jornalistas no YouTube, a cerimônia de premiação da primeira edição do Prêmio +Admirados da Imprensa de Tecnologia. Ela incluiu uma homenagem especial a Ethevaldo Siqueira, pioneiro na área de imprensa de tecnologia, falecido no último dia 17 de outubro. A apresentação foi de Fernando Soares, editor deste J&Cia e do Portal dos Jornalistas, e de Luana Ibelli, coordenadora do #diversifica, hub de comunicação para diversidade, equidade e inclusão da Jornalistas Editora. Com patrocínio de Hotmart e iFood, além do apoio de divulgação da Press Manager, a premiação elegeu os jornalistas TOP 25, os TOP Colunistas e os 26 veículos/programas/ podcasts vencedores da primeira edição do Prêmio, que segue o modelo da série +Admirados, iniciado em 2013 com o prêmio +Admirados da Imprensa Brasileira e que hoje também contempla jornalistas e veículos +Admirados nas editorias de Agronegócio; Automotiva; Economia, Negócios e Finanças; Esportes; e Ciência, Saúde e Bem-Estar. São 10 mulheres e 15 homens entre os 25 profissionais vencedores, representando ao todo 19 veículos. E veículos/programas/podcasts premiados somam 26, devido a empates nas categorias Podcast e Veículo Geral. Destaques para Canal Tech, com quatro indicações (Canal Digital, Site/Blog, Veículo Especializado em Consumo e Podcast) e para TechTudo, com três (Canal Digital, Site/Blog e Veículo Especializado em Consumo). As categorias com votação mais acirrada foram Site/Blog e Newsletter Especializada. Na cerimônia, foram conhecidos os TOP 5 +Admirados Jornalistas além dos campeões nas categorias de veículos e entre os colunistas. Confira os vencedores a partir da pág. 5. Ethevaldo Siqueira

Edição 1.389A página 3 Patrocínio Apoio A homenagem A homenagem a Ethevaldo mostrou um pouco de sua longeva trajetória no jornalismo, algumas curiosidades sobre sua carreira e uma entrevista com Kito Siqueira, o mais novo dos seus três filhos, músico, atualmente residindo em Portugal. Nela, Kito contou que o pai entrou no Estadão no ano em que nasceu, 1967. E de uma maneira bem peculiar: “Passou em 1º lugar na primeira turma de Jornalismo da USP. Na época, o Júlio Mesquita dizia que pra ser jornalista não precisava fazer faculdade, aprendia na vida. Mas como então tinha faculdade na USP, quis conversar com quem tinha passado em primeiro. Gostaram um do outro e ele foi contratado logo que começou na faculdade. Também ganhou cedo um Prêmio Esso de Fotografia, uns dois anos depois. E antes de se especializar em Tecnologia da Informação dedicou-se à Ecologia. Fez, junto com Rogério Medeiros, do Rio de Janeiro, uma das primeiras matérias sobre o tema na imprensa brasileira. Mas teve problemas por isso, pois denunciou uma grande multinacional química no Brasil e recebeu ameaças durante a ditadura militar. Falou com o Mesquita e este propôs que mudasse de área, tendo optado por Ciência e Tecnologia”. Ainda segundo Kito, Ethevaldo era um apaixonado pelos estudos, pela razão, pelas artes. Gostava de futebol (era corinthiano), de violino, de chorinho: “Adorava História. Acho que tinha facilidade para escrever porque lia muito; na minha casa sempre havia muitos livros. Também gostava muito de comer, era bom de prato”. Ele afirmou que, do ponto de vista humano, o legado que Ethevaldo deixa “é essa eterna busca pelo conhecimento, por se aprimorar. Apesar de ter nascido na década de 30 do século passado, acabou sentando na mesma mesa que o Mark Zuckenberg pra fazer uma entrevista. Conhecia e acompanhava o Bill Gates, o Elon Musk, o Steve Jobs, e teve a oportunidade de entrevistar alguns deles. Ele viveu um período de grande transformação da humanidade. Era também muito aberto, acessível a quem tinha vontade de aprender”. Afirmou ainda que, no âmbito profissional, Ethevaldo dedicou-se por 55 anos ao jornalismo brasileiro de maneira exemplar: “Testemunhei as incontáveis madrugadas que ele passou datilografando, ainda nas antigas máquinas de escrever, laudas e laudas de matérias, depois nos computadores. O jornalismo era tudo pra ele, se importava muito com todo o ecossistema do jornalismo, as condições de trabalho, as posturas dos jornalistas, como eles deveriam ser questionadores, investigadores. Sempre viveu e amou intensamente a profissão”. E completou: “Foi um dos repórteres que mais cobriu no mundo os Consumers Eletronic Shows. Tinha um jeito muito didático de abordar temas complexos. Acho que isso ajudou muito na carreira dele. Não foi um business man, mas sempre se dedicou muito ao trabalho. Conheci muitas pessoas que foram influenciadas por ele, acho que ele tocou em muita gente ao longo da vida. No rádio, no jornal. Eu soube da morte do Steve Jobs por um comentário dele na CBN. Ele fez boas escolhas durante a carreira e acabou sendo uma pessoa talentosa, que soube usar esse talento”. > A família receberá dos organizadores da premiação um troféu in memoriam, dedicado àquele que foi pioneiro e decano do jornalismo especializado em tecnologia no Brasil. Kito Siqueira

Edição 1.389A página 5 Patrocínio Apoio 3º Dante Baptista (Byte –Terra) “É muito importante ser a primeira pessoa preta nesses TOP 5. É muito importante saber que não é a minha pessoa, mas a minha cor sendo representada, mostrar aos outros que isso é possível. Que, sim, podemos. Quando comecei nessa área fazia o ‘teste do pescoço’: olhava pros lados e não via pessoas da minha cor. Hoje acho que estou realizando uma jornada muito importante, pois queria ser reconhecido pela qualidade, não pela quantidade. Essa premiação deve fazer com que mais pessoas pretas de sintam encorajadas a criar conteúdo. Sou apenas uma pessoa e não sei se amanhã estarei trabalhando com isso. Fico feliz de poder deixar um legado não só de qualidade de trabalho, mas de mostrar para as futuras gerações que é possível haver criadores de conteúdo pretos. Que bom ser a primeira pessoa preta a figurar entre os TOP 5 na primeira edição desse prêmio.” 1º Katarina Bandeira (Folha de Pernambuco) “Ainda estou em choque. Quando soube que estava entre os 25 fez com que eu pensasse demais no fato de que não temos uma cobertura muito forte tecnológica aqui em Pernambuco. Não é uma coisa que se veja muito aqui nas redações. Tanto que sou a única repórter de tecnologia na minha cidade, provavelmente do Estado. É um trabalho muito solitário, difícil, mas que faço com responsabilidade, com muita garra. Então, estou muito feliz. Nos 25 eu já estava ao lado de pessoas que admiro muito, que moldaram a minha carreira, porque meu trabalho é baseado também no exemplo dessas pessoas gigantes. Então, pra mim é muito gratificante mostrar que existe vida fora do eixo Rio-São Paulo.” 2º Yuri Hildebrand (TechTudo) “Estar entre os TOP 3 é muito importante para a minha carreira. Acho que o caminho está no engajamento do público. Tento fazer muito isso no Twitter. Também o trabalho do dia a dia, a boa relação com a empresa e com outros profissionais. É isso aí: botando o nome, marcando presença e fazendo um bom trabalho.”

Edição 1.389A página 6 Patrocínio Apoio 4º Laura Martins (IT Mídia) “Quando comecei, há uns dez anos, quase não havia mulheres cobrindo tecnologia. Agora estamos aí quase no meio a meio. Também fico feliz de ver nesse prêmio pessoas que admiro tanto. Ver como as gerações se misturam, como as mulheres se apoiam. Agradeço à equipe, porque jornalismo a gente não faz sozinha.” 5º Daniela Braun (Valor Econômico) “Sempre é importante a gente receber o reconhecimento pelo nosso trabalho. Os recursos pra gente trabalhar evoluíram muito nos últimos 20 anos. É muito legal acompanhar essa evolução. Fico muito feliz em saber que há muitos jornalistas seguindo a carreira de tecnologia. Comecei a cobrir essa área meio que por acaso. Aprendi e gostei. Muitos desses que estão aí entre os 25 homenageados conheço há muito tempo. É um orgulho compartilhar esse reconhecimento de todos.” Cora Ronai (O Globo / Meio) “Quando comecei os dinossauros ainda andavam sobre a terra. Era um pouco complicado, porque tinha que desviar de um dinossauro aqui, desviar de outro ali... Mas tirando isso é aquela progressão normal em termos de tecnologia. Embora progressão em tecnologia signifique cem anos em um. Então, já se passaram alguns milhares de anos desde que comecei a fazer isso. Vejo que poderia ser mãe ou avós dos meus colegas aqui homenageados. Isso mostra que a gente está fazendo alguma coisa certa ou prestando atenção nas coisas certas.”

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