Jornalistas&Cia 1392

Edição 1.392 página 23 Nosso estoque do Memórias da Redação continua baixo. Se você temalguma história de redação interessantepara contar mande para [email protected]. n A história desta semana é novamente de Marco Antonio Zanfra (marcoan [email protected]), que atuou em diversos veículos na capital paulista e em Santa Catarina. Em Florianópolis, onde reside, trabalhou em O Estado e A Notícia, na assessoria de imprensa do Detran e do Instituto de Planejamento Urbano, além de ter sido diretor de Apoio e Mídias na Secretaria de Comunicação da Prefeitura. É também escritor. José Maria dos Santos Zanoni Fraissat/Folhapress Ele foi meu primeiro chefe, quando comecei a trabalhar, em 1998, no extinto jornal O Estado, em Florianópolis. Ele era o editor e, apesar de um mês mais novo que eu, parecia um grande e antigo professor, explicando pausadamente seus pontos de vista. Poeta e grande conhecedor da história, da arquitetura e dos meandros da vida florianopolitana, Carlos Damião Werner Martins nos deixou na madrugada de 18 de novembro passado. Trabalhamos juntos também em ANcapital, sucursal do jornal A Notícia (cuja sede é em Joinville). E foi lá que se passou esta historinha divertida. Para aplacar a dor de uma partida, nada como as boas recordações. Aconteceu no Carnaval de 2002, pouco antes de eu deixar o jornal. Damião era o diretor da sucursal e estávamos ambos de plantão no domingo. Eu ia entrar mais cedo e precisava passar na casa dele para pegar a chave e abrir a redação. O ANcapital ficava na rua Crispim Mira, a poucos metros da avenida Mauro Ramos, uma das principais do centro de Florianópolis. Damião morava a uns 500 metros dali, na avenida Hercílio Luz, num apartamento do chamado “paredão” – um conjunto de prédios colados um ao outro, sem qualquer respiro entre eles, no quarteirão entre as ruas José Jacques e Anita Garibaldi. Pois bem. Era domingo de Carnaval. Eu estava no clima. Cheguei ao prédio do chefe pouco depois das oito da manhã, apertei o interfone e cantei a música que me pareceu mais apropriada para o momento e para a razão por eu estar ali: “Joga a chave, meu amor...”. Os impropérios que ouvi do outro lado mostraram que eu não havia simplesmente errado de apartamento: havia errado de prédio! Diante do “paredão”, duvido que alguém não se confunda! (A foto que ilustra este texto foi feita pelo jornalista Sérgio Murillo de Andrade em 12 de janeiro de 2022, no Café Sorrentino, calçadão da rua Padre Miguelinho, perto da Catedral. Foi meu último encontro com Damião). Em ritmo de Carnaval Damião (esq.) e Marco Zanfra n Os jornalistas Césio Oliveira, Vander Prata, José Barreto e o produtor cultural Sérgio Guerra lançarão em 24/1 o livro Um Passo da Liberdade – 1985-1986, que reúne pensamentos de políticos e artistas do Brasil nos anos da redemocratização. u A obra traz reportagens e entrevistas exclusivas, publicadas pelo tabloide Jornal da Pituba, de Salvador (Bahia), nos anos de 1985/1986, que refletem o que pensavam personagens relevantes do cenário político, social e cultural da época. O livro contém pensamentos de Caetano Veloso, Jorge Amado, João Ubaldo Ribeiro, Darcy Ribeiro, Leonel Brizola, Waldir Pires, Dorival Caymmi, Dom Avelar BrandãoVilela, entreoutros. Ao todo, são 17 entrevistas e reportagens praticamente inéditas. u O lançamento será em 24/1, às 18h, na Casa Rosa (Praça Colombo, 106, Rio Vermelho), em Salvador. n O quadrinista Pablito Aguiar lançou o livro Almoço: uma conversa com El iane Brum, pela editora Arquipélago. São 80 páginas de uma entrevista em quadrinhos, em que o autor conversa com Eliane Brum em Altamira, no Pará, enquanto ela prepara uma refeição. Ambos gaúchos, entrevistador e entrevistada encontraram-se na Amazônia. u Brum, uma das jornalistas mais premiadas do País, recebeu este ano o Prêmio Vladimir Herzog por seu livro Banzeiro Okotó: uma viagem à Amazônia centro do mundo, na categoria livro- -reportagem. O fio condutor do livro de Aguiar foi um trecho de Banzeiro: “Em fogo lento, tirando o máximo de sabor daquilo que a terra me dá, usando temperos e ervas como bruxa”. Livros Quadrinhos sobre Eliane Brum Pablito Aguiar e a capa do livro Livro reúne pensamentos de políticos e artistas nos anos da redemocratização

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