Edição 1.393 página 4 n O presidente Lula promoveu em 12/1 um café da manhã com jornalistas para responder a perguntas dos profissionais, no Palácio do Planalto. Em seus dois mandatos anteriores, ele também promoveu encontros do tipo com a imprensa. u Ao todo, estiveram presentes representantes de 38 veículos. Segundo relato do Poder360, os presentes sentaram-se a uma mesa emformatode “U”. Mas Lula, ao ver a disposição dos profissionais, disse que a mesa deveria ser quadrada para que a distância entre os presentes fosse menor. u Durante o encontro, o presidente pediu para os jornalistas se apresentarem. Fez uma declaração inicial e depois respondeu a perguntas dos profissionais. Foi permitido gravar a conversa, e, após o café, a equipe de comunicação do Planalto tirou uma foto com todos reunidos. u Lula respondeu a perguntas de repórteres de CartaCapital, SBT, Rede TV, TV Globo, CNN Brasil e Brasil247. Também participaram jornalistas de Anadolu, Bandnews FM, Bandnews TV, Bloomberg, CBN, CongressoemFoco, Correio Braziliense, EBC, EFE, Estadão, FolhadeS.Paulo, Fórum,GloboNews, Jota, Metrópoles, Poder360, O Globo, OTempo, R7, Rádio Itatiaia, Rádio Jornal do Commercio, Rádio Nacional, RBS, Rede Vida, Reuters, The Guardian, TV Bandeirantes, TV Meio Norte, TV Record, UOL e Valor Econômico. u O presidente publicou a foto tirada com os jornalistas em suas redes sociais e escreveu: “Voltei para consertar o Brasil, e o papel de vocês, jornalistas, éme cobrar”. O perfil oficial da Presidência da República no Twitter também publicou o registro, dizendo que “respeito e transparência com a imprensa não vão faltar no atual governo”. É possível assistir à íntegra da entrevista de Lula no café da manhã com jornalistas no YouTube. Hostilidade do governo Bolsonaro u O tratamento do atual presidente para com os jornalistas é muito diferente do que foi visto nos quatro anos do governo Bolsonaro, marcados pela hostilidade à imprensa, com ataques frequentes. Segundo dados da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o número de ataques a jornalistas bateu recorde em 2022, com 504 casos identificados, um aumento de 11,3% em relação a 2021, que registrou 453 ataques. Vale destacar que 58% dos ataques gerais tiveram a participação direta de atores políticos, forças policiais ououtros servidores públicos. u No ano passado, 122 ataques foram direcionados a mulheres jornalistas, incluindo xingamentos misóginos e que tentavam desqualificar as profissionais. Em diversas ocasiões, o ex-presidente Bolsonaro atacou diretamente mulheres jornalistas que o questionaram. u Emnovembro do ano passado, Lula garantiu que o tratamento commulheres jornalistas e coma imprensa em geral será diferente em seu governo: “Tenho certeza de que, independentemente da pergunta que vão fazer, não vão ser mais ofendidas por um presidente da República. Não vão ser violentadas verbalmente por um presidente da República”, disse Lula, em Brasília, em entrevista a jornalistas. ções que levaram o jornal a se tornar líder no Rio de Janeiro, e um dos veículos brasileiros mais importantes. “Eu acho que toda essa ascensão e essa reforma do Globo forammuito marcantes, e me deixam muito orgulhoso de ter participado delas”, assim ele definiu sua participação nessa história. O folclore em torno do personagem ¿Conoces Cabán? n Foi na Copa do Mundo da Fifa de 1986, noMéxico. O astro com maior brilho era o alemão Franz Beckenbauer, que acrescentava aomitoo fato de não dar entrevistas, sem exceções. Um repórter da sucursal de Recife do jornal O Globo, escaladopara a cobertura, recebeu amissão impossível, que ninguém mais quis aceitar. u Não pediu uma entrevista, por ser uma pretensão inútil. Mas abordou o jogador inesperadamente, com ajuda de algum intérprete, indagando: “¿Conoces Cabán?”. Antes de obter resposta, informou que era o editor dele, o repórter emquestão, e desfiou as qualificações: um homemmuito mau, que poderia fazer coisas horríveis comum repórter se este não conseguisse a entrevista. E assim O Globo publicou uma exclusiva internacionalmente cobiçada. Em cheque? n Mas a fama de mau corria paralelamente à fama de bom. No ano de 1974, em plena ditadura, Caban, então chefe de Redação do jornal, foi citado emuma operação policial por ajudar financeiramente presos políticos. Anotícia chegou até Roberto Marinho, que conhecia seu envolvimento desde cedo na militância política de esquerda, mas não naquele momento, e o chamou para esclarecer o que havia. u A resposta de Caban, em suas próprias palavras para o projeto MemóriaGlobo, foi: “Olha, eu não dou dinheiro. Dou dinheiro para família de preso político; fui sustentado por isso, não vou deixar de dar”. Ao queMarinho retrucou: “Tudo bem, Caban. Mas precisava dar o dinheiro em cheque?”. Nacionais conitnuação - Últimas Lula promove café da manhã com jornalistas e defende liberdade de imprensa
RkJQdWJsaXNoZXIy MTIyNTAwNg==