Edição 1.400 página 27 Jornalistas&CiaéuminformativosemanalproduzidopelaJornalistasEditoraLtda. •Diretor: EduardoRibeiro ([email protected]–11-99689-2230)•Editorexecutivo: Wilson Baroncelli ([email protected] – 11-99689-2133) • Editor assistente: FernandoSoares ([email protected] – 11-97290-777) • Repórter: Victor Felix ([email protected] – 11-99216-9827) • Estagiária: Anna França ([email protected]) • Editora regional RJ: Cristina Vaz de Carvalho 21-999151295 ([email protected]) • Editora regional DF: Kátia Morais, 61-98126-5903 ([email protected]) • Diagramação e programação visual: Paulo Sant’Ana ([email protected] – 11-99183-2001) • Diretor de Novos Negócios: Vinícius Ribeiro ([email protected] – 11-99244-6655) • Departamento Comercial: Silvio Ribeiro ([email protected] – 19-97120-6693) • Assinaturas: Armando Martellotti ([email protected] – 11-95451-2539) Foi um período muito rico, em que a Eldorado dava “furos” todos os dias e em todas as frentes de cobertura. Sem exagero, não havia emissora no País capaz de correr junto com a Eldorado. A emissora virou prioridade de todas os rádio-escutas, não só de outras emissoras de rádio mas das principais empresas jornalísticas, que gravavam a Eldorado 24 horas por dia. Ao ponto de acertarmos com o Estadão que os furos de maior repercussão só entrariam no ar na Eldorado a partir do noticiário das 10 da noite, para que a concorrência não pegasse. O projeto cresceu e atraiu também os profissionais mais sêniores – editorialistas e colunistas, que na Eldorado atuavam como comentaristas. Os já citados José Márcio Mendonça e Carlos Chagas, além de Marcos Wilson, Mário Marinho, Marco Antonio Rocha, Percival de Souza, Celso Ming, Roberto Godoy e Antonio Carlos de Godoi foram comentaristas daquele período dos anos 1980 e 90. Tempos depois, percebemos que aquele período marcou a primeira experiência fora da mídia impressa para muitos repórteres e comentaristas, que depois partiram para o rádio e a TV em grande estilo. Vai ser difícil citar nomes e não esquecer de alguns, porque era realmente muita gente participando. Mas aqui vão alguns exemplos: do Rio de Janeiro, Domingos Meirelles, que depois apresentou programas de sucesso na Rede Globo e na Record; Fernando Molica, que acabou na Globo e mais recentemente na CNN Brasil; Maurício Menezes, hoje famoso como humorista e criador do Plantão de Notícias; Ruy Portilho, organizador do Prêmio Esso por 23 anos; e Hélio Contreiras; de Brasília, Silvia Caetano, Sérgio Chacon, Bartolomeu Rodrigues (o Bartô), José Fonseca Filho, Murilo Murça e Jocimar Nastari; de Curitiba − um luxo! –, além de Dirceu Pio tinhamos José Laurentino Gomes, hoje destacado autor de obras de primeiríssima qualidade, e Cila Shulman, executiva de uma grande empresa especializada em pesquisas; Das redações em São Paulo, alguns viraram colaboradores quase diários: Luiz Roberto de Souza Queiroz (o Bebeto), Wanderlei Midei, Castilho de Andrade, Antonio Tozzi (o Tonhão, que hoje vive nos Estados Unidos), Sérgio Leopoldo Rodrigues, Fátima Turci e Roberto Avallone. Na cobertura internacional, outro diferencial marcante: a Eldorado chegou a ter 14 correspondentes internacionais, ao ponto de a Internacional do Estadão, ocasionalmente, pedir o contato do correspondente da Eldorado quando precisava de matérias desses países. Entre os principais, muitos que estrearam fora da mídia impressa conosco: Moisés Rabinovici, em Jerusalem, depois Paris e Washington; Eliane Gamal, em Nova York; Napoleão Sabóia, em Paris; Zeca Santana, em Londres; Sandra Basile, em Montreal, e Wilson Reganelli, em Berna. Toda essa estrutura tinha uma lógica: a criação da primeira rede nacional de rádiojornalismo do Brasil. Preparamos tudo para o grande momento, negociamos a estrutura com a Embratel, que nesses tempos sem internet era o único caminho para transmissões de longo alcance, alinhamos os primeiros patrocinadores “nacionais” e batizamos o projeto de Rede Estado de Radiojornalismo. Ela não chegou a existir por uma decisão do Grupo, que entendeu que o processo poderia ser prejudicial para a distribuição de notícias pela Agência Estado e, no limite, prejudicar o carrochefe da empresa, o Estadão. Lembro de minha reação em 1985 quando avisado: se não fizermos, alguém vai fazer. Alguns anos depois, em 1991, foi criada a CBN. Arrisco dizer que sem a acolhida e o “de acordo” de Carlos Garcia essa verdadeira coleção de talentos do nosso jornalismo, concentrada em uma só emissora de rádio, talvez até acontecesse da mesma forma, mas seguramente teria sido mais difícil e demorado. Muito mais do que um colaborador de Recife, Garcia virou exemplo e estímulo para muita gente, o que fez com que o projeto avançasse. Virou também um grande e querido amigo, de frequentes telefonemas para trocar informações sobre os principais temas daquela época. Talvez ele tenha surpreendido até a si próprio quando pegou no telefone pela primeira vez, ligou “a cobrar” para a Eldorado em São Paulo e gravou sua primeira matéria. Garcia acabou sendo também secretário da Cultura de Pernambuco no governo de Jarbas Vasconcellos, o que surpreendeu absolutamente ninguém que sabia alguma coisa sobre o histórico e a formação desse excepcional jornalista com J maiúsculo. A Rádio Eldorado e eu particularmente seremos sempre devedores a Carlos Garcia, pelo impacto que ele causou, atraindo muita gente que hesitava ao ouvir a nossa proposta e reavaliava tudo ao ouvir o Garcia “falando no rádio”. Ele executou com perfeição e estimulou outros para que fizessem, exatamente, o que propusemos. Como se espera de um grande profissional. Garcia com Jarbas Vasconcellos
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