Jornalistas&Cia 1400

Edição 1.400 página 6 conitnuação - MediaTalks Repressãochinesa −OClube dos Correspondentes Estrangeiros na China (FCCC, na sigla em inglês), acaba de publicar seu relatório anual documentando os instrumentos utilizados para restringir o trabalho da imprensa estrangeira, realizado a partir de uma pesquisa com os profissionais que atuam no país em que a censura é institucionalizada e o jornalismo é controlado pelo Estado. A limitação de vistos continua sendo a principal ferramenta das autoridades chinesas para impedir que jornalistas estrangeiros façam reportagens no país: mais da metade dos veículos de imprensa pesquisados (56%) recebeu resposta negativa a pedidos de vistos para correspondentes em 2022. Embora a situação tenha melhorado em relação a 2021 devido amedidas pontuais, como o acordo entre China e EUA que resultou na concessão de nove vistos a jornalistas americanos, o FCCC diz que os atrasos na liberação continuam a ser um grande gargalo. Guatemala na cadeia − O governo da Guatemala apertou o cerco contra o principal jornal independente do país, o El Periódico, cujo fundador e presidente, José Rubén Zamora, está preso desde julho de 2022 sob acusação de crimes financeiros. Em 1º de março, o juiz criminal Jimmi Bremer manteve a prisão, abriu novo processo contra Zamora e ordenou investigações sobre jornalistas e articulistas do elPeriódico, apontados como suspeitos de obstrução de justiça e de realizar “campanhas de desinformação”. Entre os citados estão Julia Corado, diretora do elPeriódico; os colunistas Edgar Gutiérrez e Gonzalo Marroquín, e jornalistas colaboradores (Rony Ríos, Alexander Valdez, Cristian Velix, Denis Aguilar e Gerson Ortiz). Cidades “selvagens” − Cenas preocupantes como incêndios, enchentes, escassez de água e geleiras derretendo e também a esperança de vida alimentada por animais que aprenderam a sobreviver ao avanço das cidades sobre seus habitats estão entre as imagens finalistas do concurso de fotografia profissional Sony World Photography Awards 2023, que acaba de divulgar a seleção das melhores do ano. Realizado em conjunto com a Organização Mundial de Fotografia, a competição recebeu mais de 415 mil imagens de 200 países e territórios – o maior número de inscrições já registrado na história do prêmio. Fotos classificadas para concorrer ao prêmio principal e destacadas pelos jurados nas categorias Meio Ambiente, Paisagem e Vida Selvagem x Vida Urbana retratam ameaças ao planeta, soluções para rever ter a crise da mudança climática e a animais que resistem às transformações do planeta. Bloqueiode imagens − Em mais um ato de censura do governo de Vladimir Putin a empresas de mídia internacionais, o órgão regulador de telecomunicações da Rússia bloqueou em 1º de março o site do banco de imagens americano Shutterstock. O motivo alegado pelo Roskomnadzor foi o oferecimento de “materiais destrutivos” aos usuários, com destaque para conteúdo apontado como incentivo ao suicídio e ao uso de drogas. Ocomunicado não especifica os conteúdos que levaram à decisão de suspender o acesso na Rússia. Soft power − O Brasil manteve a posição de país da América Latina mais bem colocado na edição 2023 do ranking de soft power, divulgado em 2 de março em Londres pela consultoria Brand Finance – mas recuou três posições, passando de 28º para 31º na lista de 121 nações analisadas. Mesmo marcando 2,4 pontos a mais do que em 2022, o Brasil deixou de integrar o grupo dos 30 países que mais influenciam os demais sem uso de armas ou poder econômico, que é o conceito de soft power. A posição brasileira em 2022 havia sido a melhor desde que o ranking passou a ser feito. Esta semana em MediaTalks Tuitão do Plínio Por Plínio Vicente (pvsilva42@ gmail.com), especial para J&Cia (*) Plínio Vicente é editor de Opinião, Economia e Mundo do diário Roraima em tempo, em Boa Vista, para onde se mudou em 1984. Foi chefe de Reportagem do Estadão e dedica-se a ensinar aos focas a arte de escrever histórias em apenas 700 caracteres, incluindo os espaços. A mando do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), ancestral da Funai, Dona Nenê Macaggi chegou a Roraima com a missão de implantar o cultivo de fumo, commão de obra trazida de Arapiraca para ensinar o ofício aos índios. Comos alagoanos vieram sementes e em pouco tempo a terra arenosa ganhou o verde de pequenas mudas. Mas ninguém atentou que o clima da terra de Macunáima, como dizem os macuxi, nada tema ver como do berço de Graciliano Ramos. Um chuvisco aqui e outromais acolá, veio a colheita. Desastre total. Jogaram a safra no lixo e nemos nativos conseguiram pitar, pois se plantou tabaco e se colheu macaia. Dona Nenê largou tudo e foi trabalhar como jornalista e escritora em Boa Vista. Macaia − [De or. incerta.] − Substantivo feminino − 1. Bras. BA MG SP Tabaco de má qualidade; macaio. (Aurélio). O desastre da safra de tabaco

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