Jornalistas&Cia 1401

Edição 1.401 - 15 a 21 de março de 2023 n O Reuters Institute divulgou em 8/3, Dia Internacional da Mulher, a edição de 2023 do estudo Mulheres e liderança na mídia: evidências de 12 mercados, sobre a desigualdade de gênero no jornalismo. Foram analisadas cerca de 240 organizações jornalísticas de 12 países, incluindo o Brasil. A pesquisa indicou que, em média, apenas 22% dos cargos de liderança dos veículos analisados são ocupados por mulheres em 2023. Esse número cai para 13% no Brasil. u O estudo analisou veículos de África do Sul, Quênia, Hong Kong, Japão, Coréia do Sul, Finlândia, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos, México e Brasil. No ranking geral, os Estados Unidos foram o país com o maior índice de mulheres na liderança de organizações jornalísticas, com 44%. O Brasil ocupou a penúltima posição, ao lado do Quênia, com 13%, seguido pelo México, último colocado, com apenas 5%. u Em contrapartida, o índice de mulheres em cargos de liderança cresceu no Brasil, em comparação ao ano passado, que registrou apenas 7%, mas o número continua baixo em 2023, destaca o relatório. Antes da pandemia, em 2020, 22% dos cargos mais altos em meios jornalísticos do Brasil eram ocupados por mulheres. u Segundo o estudo, uma das razões para essa grande desigualdade de gênero na liderança de meios jornalísticos deve-se ao fato de que a diversidade é um tópico visto como de pouca importância pelos veículos, que “direcionam seus escassos recursos para outras questões que consideram mais importantes ou mais urgentes”. u Leia o estudo na íntegra. Votação para o 2º turno dos +Admirados da Imprensa Automotiva termina nesta sexta-feira (17/3) – pág. 13 n O desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB), censurou o documentário Justiça Contaminada – O Teatro Lavajatista da Operação Calvário na Paraíba, produzido por Eduardo Reina e Camilo Toscano, sobre lavajatismo e a prática de lawfare. O desembargador também está processando civil e criminalmente os jornalistas por causa do documentário. u O documentário aborda ações da Operação Calvário, que investiga supostas fraudes e desvios na Saúde e na Educação da Paraíba, e que constitui-se em um caso emblemático de lawfare. A operação atingiu o ex-governador Ricardo Coutinho, a deputada estadual Estela Bezerra, a ex-prefeita de Conde Márcia Lucena e outras pessoas ligadas ao mesmo grupo político. Levada ao Tribunal de Justiça da Paraíba, em 2019, prendeu 17 pessoas e impôs várias medidas cautelares aos envolvidos. u O desembargador Ricardo Vital, relator do processo da Operação Calvário, acusa os jornalistas de promoverem uma “construção de ataques pessoais”, que teriam o intuito de atacar sua imagem e honra. Responsáveis pela investigação na Paraíba, o desembargador, e o promotor Octávio Paulo Neto, do Ministério Público (MP-PB), eram chamados pela imprensa local de “Moro e Dallagnol da Paraíba”. u A produção é baseada em fatos reais e é um trabalho de jornalismo investigativo, feito a partir de documentos obtidos por Reina e Toscano, entrevistas com os envolvidos e intenso trabalho de apuração, checagem e rechecagem de dados e informações. Entidades defensoras da liberdade de imprensa repudiaram as ações contra os jornalistas. n Cofundadora da Sumaúma Jornalismo, ao lado de Eliane Brum e Jonathan Watts, Carla Jimenez anunciou na última semana seu desligamento da publicação. Em uma postagem em seu perfil no Linkedin, ela atribuiu a decisão a questões de saúde e estresse acumulado ao longo dos últimos anos: “Chegou o tempo de me acolher. Um momento de me reciclar, de estudar um pouco mais sobre o caminho que quero trilhar na profissão. Sondar novos terrenos, para ver onde será a nova disrupção”. Desembargador da Paraíba censura documentário sobre prática de lawfare e processa jornalistas Carla Jimenez deixa a Sumaúma Jornalismo Carla Jimenez Brasil fica em penúltimo em ranking sobre desigualdade de gênero no jornalismo

Edição 1.401 página 2 Últimas n A Globo demitiu nessa terça- -feira (14/3) o narrador esportivo Jota Júnior após 24 anos de casa. A saída do profissional foi lamentada nos bastidores por colegas de trabalho. u “No mês em que completo 24 anos de casa, estou deixando o SporTV. Acabo de ser comunicado da demissão”, escreveu o narrador nas redes sociais. “É virar a página e seguir de cabeça erguida, como faço na profissão há mais de cinco décadas. Agradeço a todos que me acompanharam esse tempo todo. E que outras portas se abram”. u Jota chegou à Globo em 1999, atuando no SporTV como um dos principais narradores do canal. Narrou jogos das Copas de 2010 na África do Sul e de 2014 no Brasil, além de amistosos da seleção brasileira. Também comandou transmissões de jogos da Superliga de Vôlei. Em 2014, narrou partidas do Brasil no Campeonato Mundial de Voleibol Feminino na Itália. Nos últimos anos, narrou jogos de times paulistas e da segunda divisão do Campeonato Brasileiro. u Antes da Globo, Jota trabalhou na Bandeirantes e fez parte da equipe do Show do Esporte nos anos 1980. Na emissora, narrou jogos das Copas do Mundo de 1986 no México, 1990 na Itália, 1994 nos Estados Unidos e 1998 na França. Globo demite Jota Júnior após 24 anos de casa Jota Júnior

Edição 1.401 página 3 conitnuação - Últimas E tudo começa na conversa. Essa sofisticada arte de primeiro ouvir com empatia, energia e dedicação. E só depois falar de novo. A gente está aqui para ajudar você a ir além de simplesmente fazer parte do assunto, ajudamos você a ser a conversa. Em um mundo cada vez mais complexo e com distintas vozes, nunca foi tão importante construir uma reputação e protegê-la. Be the conversation. @agora_agora @agora_agora /company/agora-site www.agora.site n A Jovem Pan promoveu nos últimos dias uma série de mudanças na sua equipe de jornalismo. Diversos profissionais foram demitidos, e a emissora já anunciou reforços. Essas mudanças fazem parte de um processo de reformulação da Jovem Pan, que pretende estrear uma nova programação e fazer com que a emissora deixe de ter a imagem ligada à extrema-direita e ao bolsonarismo. u As apresentadoras Claudia Barthel e Kallyna Sabino, âncoras do telejornal noturno Fast News, além da comentarista Camila Abdelmalack, deixaram a empresa. u Entre os reforços anunciados estão Marcelo Favalli, Luiz Felipe d’Ávila e Evandro Cini. Este último deve apresentar um jornal em horário nobre, em substituição a Claudia Barthel e Kallyna Sabino. Já Favalli e D’Ávilla farão parte dos debates dos programas Três em Um e Os Pingos nos Is. u O Direto ao Ponto volta a ser exibido, sob o comando de Adalberto Piotto, às segundas-feiras. E Tá na Roda, sobre entretenimento e variedades, vai ao ar nas tardes de domingo, com apresentação de Thiago Asmar. u Alexandre Barsoti, ex-Band, assume como novo diretor comercial, e André Ramos, ex-CNN Brasil, chega para assumir a Diretoria de Jornalismo. Além disso, a emissora contratou Cláudio Dantas, que será Diretor de Redação da sucursal em Brasília. n A CNN Brasil anunciou o retorno de Givanildo Menezes, que será diretor de Jornalismo da emissora. Ele substitui a Fabiano Falsi, e terá o desafio de fortalecer a cobertura de hard news e trazer mais opinião e debate para a tela. u Com passagens por portal iG e Record, Givanildo fez parte do time que criou a CNN Brasil. Foi responsável pela implantação dos escritórios de Brasília e Rio de Janeiro. Em São Paulo, atuou como diretor de Estratégia, cargo que ocupou até o início de 2022. Pouco tempo depois, deixou a CNN para ser chefe de Redação da Record TV em São Paulo. Jovem Pan reformula equipe de jornalismo Givanildo Menezes é o novo diretor de Jornalismo da CNN Brasil Givanildo Menezes

Edição 1.401 página 4 n No dia em que completa 12 anos de sua fundação, a Agência Pública anuncia uma série de novidades, entre elas a oficialização de sua sucursal em Brasília, que será chefiada por Thiago Domenici; a chegada de Giovana Girardi, referência na cobertura da crise climática, que será coordenadora da cobertura socioambiental, um dos principais temas da casa; e a promoção de Bruno Fonseca a chefe de redação em São Paulo. u Confira mais detalhes no Portal dos Jornalistas. Agência Pública anuncia sucursal no DF e Giovana Girardi para cobertura socioambiental conitnuação - Últimas Nacionais n Morreu em 11/3 a socióloga Mara Kotscho, cofundadora do Datafolha, aos 70 anos, em decorrência de um tumor no cérebro. Deixa o marido Ricardo Kotscho, as filhas Mariana e Carolina Kotscho, e cinco netos. O velório foi realizado no domingo (12/3), no Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, São Paulo. u Nascida em 1953, em São Paulo, Mara formou-se em sociologia pela USP. Foi uma das fundadoras do Datafolha, em 1983. Seu trabalho nos primórdios foi fundamental para que o instituto “se tornasse referência de rigor e credibilidade”, destacou a Folha de S.Paulo. Mara foi escolhida para colocar em prática uma ideia de Octavio Frias de Oliveira, então publisher da Folha, de criar um instituto de pesquisa no jornal. Sob o comando de Mara, o que era apenas uma mesa no meio da redação da Folha, tornou-se referência de pesquisa no Brasil. u No começo, o Datafolha focava em pesquisas de comportamento, com o objetivo de descobrir qual era o perfil do leitor da Folha. Nas pesquisas, Mara aplicou uma metodologia desenvolvida por Reginaldo Prandi, professor da USP. Para Antonio Manuel Teixeira Mendes, ex-diretor do Datafolha e ex-superintendente do Grupo Folha, Mara tem o mérito das primeiras pesquisas do instituto, que “se tornou uma marca sinônimo de pesquisa, democratizou a informação de pesquisa de opinião e criou um padrão de qualidade”. u Em 1985, Mara deixou o instituto, mas seguiu trabalhando em pesquisas com uma consultoria própria, prestando serviços também para o Datafolha. Colegas e entidades lamentaram a morte de Mara. Seu marido, Ricardo Kotscho, que dividiu a redação com a mulher nos anos 1980, escreveu que ela era “uma pessoa que cuidava de tudo, da família, dos filhos. Não tinha tempo ruim para ela, que resolvia tudo. Até telhado ela consertou. Agora ela vai consertar as coisas no céu. Eu só pude ser jornalista e repórter graças a ela”. Morre Mara Kotscho, cofundadora do Datafolha, aos 70 anos Mara Kotscho n Está aberto até 31/3 o credenciamento anual para profissionais de imprensa que fazem a cobertura das atividades presidenciais nos estados. Com validade em todo o território nacional, ele é destinado a jornalistas brasileiros, estrangeiros e profissionais da área técnica. As solicitações deverão ser feitas pelo Sistema de Credenciamento de Imprensa no site do Palácio do Planalto. u Para os que já têm o credenciamento no site do Planalto, basta fazer o login, atualizar os documentos, anexando (separadamente) o ofício com papel timbrado, termo de responsabilidade, RG, CPF, contrato de trabalho e o DRT ou Fenaj em formato JPG, e selecionar o evento CREDENCIAMENTO ANUAL CAPITAIS 2023 – CAPITAL/UF. Caso não seja credenciado, clicar em “Cadastre-se”. u Será obedecido o seguinte critério de profissionais por empresa: Televisão − 5 vagas cada um para repórteres, repórteres cinematográficos, técnicos e auxiliares; Rádio − 5 vagas para repórteres e radialistas; Jornal/ Revista – 5 vagas para repórteres e repórteres fotográficos; Agência de Notícias − 5 vagas para repórteres e repórteres fotográficos; e Portal de Notícias − 5 vagas para repórteres, repórteres fotográficos e técnicos. Mais informações pelos 61-3411-1269 / 1236 / 1267. Está aberto o Credenciamento Anual de Imprensa nas Capitais para 2023

Edição 1.401 página 5 conitnuação - Nacionais n O senador Hamilton Mourão atacou a Agência Pública após a publicação de uma reportagem sobre reunião realizada pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal, no ano passado. A matéria mostra que o ex-vice-presidente, que comandou o conselho de 2020 até o fim do governo Bolsonaro, admitiu a necessidade de combater o garimpo em Terra Yanomami, mas não agiu. u A reportagem teve acesso a documentos, obtidos via Lei de Acesso à Informação, sobre uma reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal em 30 de agosto de 2022. Nela, Mourão admitiu que garimpeiros seguiam “invadindo a área Yanomami” e que havia a “necessidade de ser deflagrada uma operação de grande envergadura” na região, o que não ocorreu durante o governo Bolsonaro. Em reunião anterior, de novembro de 2021, Mourão afirmou que o caso dos Yanomami estava “sendo explorado de forma totalmente inverídica pela mídia”. A Pública entrou em contato com o senador e com sua assessoria antes da publicação da reportagem, nas não obteve retorno. u Após a publicação do texto, Mourão publicou nas redes sociais que as informações veiculadas na Pública são “inverídicas” e fruto de “parcialidade característica do jornalismo de baixa qualidade”. Em nota, a Pública comentou o ataque: “É lamentável que em vez de responder aos questionamentos que foram feitos pela nossa reportagem, o senador do partido Republicanos tenha decidido usar as redes sociais para atacar o trabalho sério do jornalismo profissional”. Hamilton Mourão ataca Agência Pública após reportagem sobre combate ao garimpo EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E A Rede JP convida para o encontro virtual Narrativas Plurais, neste sábado, 18 de março, às 10h30. Estarão conosco convidados especiais para refletir sobre essa temática: Gabriela Anastácia (Gamarc), Renato Costa (Agência Bamba), Flávia Domingues (EfeMais) e Edu Carvalho (UOL Ecoa). Será um debate importante sobre a valorização da diversidade nas narrativas conduzidas por diferentes meios de comunicação. O evento, que será transmitido pelo canal da Rede JP no Instagram, faz parte da programação oficial da campanha 21 dias de ativismo contra o racismo. Para assistir é só seguir o canal da Rede JP no YouTube e ativar o lembrete para não perder! Vai lá! Com os avanços das novas tecnologias, o consumo e produção de informações passam por um processo de transformação cada vez mais rápido. As mudanças ocorrem de forma quase instantânea e adaptações são feitas, inclusive no modo de trabalhar. No caso do jornalismo, a novidade que tem chamado a atenção de todos é o ChatGPT. Leia a matéria completa. Narrativas plurais na campanha 21 dias de ativismo contra o racismo Jornalismo digital: ChatGPT pode reproduzir preconceitos

Edição 1.401 página 6 De Londres, Luciana Gurgel Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. Ao suspender o apresentador Gary Lineker por um tuíte criticando a política do governo britânico para refugiados, a BBC calculou mal o tamanho da simpatia pelo ex-craque da seleção inglesa e da tolerância com atos vistos como censura. Lineker despertou fúria do Partido Conservador ao escrever que a linguagem usada no projeto de lei enviado ao Parlamento seguia o estilo adotado na Alemanha nazista. Foi suspenso de seu programa Match of The Day sob o argumento de ter infringido as regras de uso de mídias sociais da BBC. Colegas do jornalismo esportivo, convidados habituais do programa, políticos de oposição e celebridades entraram em campo. O que se viu foi uma goleada de críticas e um boicote que praticamente paralisou a cobertura esportiva do fim de semana. Nessa segunda-feira (13/3), o diretor-geral Tim Davie e Lineker anunciaram a paz, resultado de um acordo visto como capitulação. A analogia com o placar de um jogo − Lineker 1 x 0 BBC − virou clichê na mídia britânica. Lineker nem tinha voltado ao ar e já tuitava novamente sobre refugiados, mantendo a bola da controvérsia em campo. O caso abriu debates sobre questões importantes: imparcialidade da imprensa, independência do jornalismo de serviço público, influência de governos na mídia e o uso de redes sociais por figuras que representam companhias. Essas questões não se restringem à BBC ou ao Reino Unido. Nesse caso em particular, a BBC virou vidraça no início do governo de Boris Johnson, insatisfeito com o que julgava uma cobertura tendenciosa do então encrencado Brexit, ameaçado por movimentos em favor de um novo plebiscito. Johnson ganhou de lavada as eleições gerais de 2019, que o entronizaram no cargo herdado com a renúncia de Theresa May. Lineker 1 x 0 BBC: punição do apresentador levanta questões sobre jornalismo e liberdade de expressão Mas ficou a mágoa com a BBC, traduzida em comentários regulares sobre a perda de imparcialidade, nomeações questionadas e interferências no modelo de negócio, reduzindo as receitas que levaram a rede a demitir e a cortar programação. Como tantos políticos, Johnson e seus aliados não gostam de críticas. Mas seu escopo de interferência é menor na mídia privada, que em geral não depende de propaganda governamental para sobreviver e seus dirigentes não são nomeados pelo governo. Estrategicamente, interferências e reclamações contra a BBC não são associadas ao desconforto com a cobertura negativa, o que seria visto como censura. A narrativa é a imparcialidade esperada de uma empresa pública, que estaria em falta por lá. O problema é definir imparcialidade. Há quem defenda o chamado bothsidesism, que garante espaço igual para opiniões opostas. Outros acreditam que não se pode dar espaço igual quando se trata de posições preconceituosas, nocivas à sociedade ou simplesmente erradas, como a noção de que o aquecimento global não existe. Para políticos, críticas são desagradáveis, e tendem a ser tratadas como defesa do outro lado do espectro. O curioso no caso da BBC, como observou o ex-chanceler britânico Philip Hammond em uma entrevista sobre a crise, é que a rede é criticada pela esquerda e pela direita, um bom sinal. Mas a mudança é visível no jornalismo da rede. A impressão atual é de que todos estão pisando em ovos, evitando temas polêmicos que irritem o governo e atraiam mais problemas. Quem perde com o chilling effect é a sociedade. Outra bola dividida da crise é o uso de mídias sociais por pessoas que representam empresas, um problema que afeta qualquer corporação. Gary Lineker expressou sua posição na conta pessoal e não no programa esportivo, que nem é vinculado ao jornalismo. Ainda assim levou cartão, com base na política de mídias sociais aplicável a jornalistas, que gera desconforto entre profissionais de imprensa. Alguns que deixaram a BBC recentemente apontaram com um dos motivos a falta de liberdade de expressão. Tim Davie anunciou uma revisão na política, a ser conduzida de forma independente. O modelo que a BBC encontrar para equilibrar liberdade de expressão e alinhamento ao discurso corporativo pode servir como inspiração para outras companhias. Se é que ela vai encontrar. Gary Lineker

Edição 1.401 página 7 conitnuação - MediaTalks Irritados com o Oscar − O filme sobre o envenenamento de Alexei Navalny, principal líder de oposição a Vladimir Putin, honrou as previsões de favoritismo e levou a estatueta de melhor documentário longa-metragem no Oscar 2023 nesse domingo (12/3). Mas o Kremlin não viu e não gostou. Conversando com jornalistas na segunda-feira (13), Dmitry Peskov, porta-voz de Putin, disse: “Não posso julgar a qualidade deste documentário porque não o assisti. Seria ilógico dizer qualquer coisa. Embora não tenha visto, ouso supor que há um certo elemento de politização do tema. Hollywood não foge às vezes da politização de seu trabalho, acontece”. Mikhail Podolyak, assessor do chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também criticou o documentário. Dia da Mulher − Dez mulheres jornalistas foram mortas em crimes relacionados ao trabalho em 2022, a maioria delas trabalhando em zonas de conflito, em um ano marcado pelo aumento da violência contra a imprensa. Aproveitando o Dia Internacional da Mulher, a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) colocou no centro das atenções mulheres que relatam conflitos, para destacar os desafios diários que enfrentam, suas necessidades de segurança e a importância da adoção de instrumentos internacionais que proíbam a violência e os ataques contra jornalistas. “Mulheres jornalistas enfrentam desafios extremos ao fazer reportagens em zonas de guerra, desde ataques e ameaças militares até intimidação policial, vigilância e violência de gênero. Mas registrar o que acontece em zonas de conflito e áreas de agitação civil também é uma oportunidade para as mulheres ajudarem a mudar a narrativa”, disse a organização. Como tirar “a foto” − Diretor sênior de fotografia da Getty Images, Neilson Barnard faz parte da elite de premiados fotógrafos com histórico de cobertura dos principais eventos internacionais, entre eles a cerimônia do Oscar, que no ano passado ficou marcada por um inusitado tapa, uma foto inesquecível. Acostumado a estar no lugar certo na hora certa (e a contar com a sorte, por que não?), ele foi um dos poucos fotógrafos a registrar o momento do tapa de Will Smith no apresentador Chris Rock no Oscar 2022. A foto dele viralizou nas mídias sociais e apareceu nos principais jornais do mundo. Antes de cobrir sua quinta cerimônia do Oscar, ele contou os segredos de como obter “a foto” em cerimônias como essa – uma das principais entre os mais de 70 mil eventos de entretenimento cobertos pelos fotógrafos da Getty no mundo anualmente. Atentado no Afeganistão − O Centro de Jornalistas do Afeganistão (AFJC) informou que pelo menos três pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas, incluindo 16 jornalistas, no atentado a bomba a um centro cultural em Mazar-e-Sharif, no norte do Afeganistão, no sábado (11/3), durante um evento para marcar o Dia Nacional do Jornalista. “Atacar jornalistas durante um evento para homenagear repórteres é um ato desprezível e covarde”, disse Beh Lih Yi, coordenador do Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) para a Ásia. “Corajosos jornalistas afegãos já estão fazendo reportagens em circunstâncias extremamente desafiadoras. O Talibã deve investigar rapidamente, levar os perpetradores à justiça e acabar com a impunidade daqueles que atacam jornalistas”, disse. Underwater Photographer − O registro de um simpático boto cor-de-rosa destacando-se nas águas negras do rio Amazonas sob o céu alaranjado do entardecer valeu à fotógrafa Kat Zhou, que vive nos EUA, o primeiro lugar no concurso de fotografia subaquática Underwater Photographer of the Year em 2023. A competição é dividida em 13 categorias e celebra a fotografia subaquática em oceanos, lagos, rios e até piscinas. Este ano o concurso bateu seu recorde, recebendo inscrições de mais de 500 fotógrafos subaquáticos de todo o mundo. A foto de Zhou concorreu com 6 mil imagens de profissionais e amadores de 72 países. Neilson Barnard/Getty Images 2PRÓ está na Leaders League 2023 Esta semana em MediaTalks

Edição 1.401 página 8 Comunicação Corporativa Audiência da Edição 2022 do Anuário da Comunicação Corporativa n A edição 2022 do Anuário da Comunicação Corporativa, lançada em maio do ano passado pela Mega Brasil, atingiu no início desta semana o recorde histórico de audiência para uma publicação especializada na atividade: 310 mil visualizações em dez meses, segundo dados do Google Analytics. u “É um desempenho que confirma ser o Anuário atualmente uma das principais referências editoriais da comunicação corporativa no Brasil”, diz o publisher Eduardo Ribeiro, lembrando que a publicação mantém um fluxo de consultas permanentes, com picos motivados por ações nas redes sociais, tanto por parte da Mega Brasil quanto dos apoiadores e fontes da publicação. u Marco Rossi, diretor-geral da Mega Brasil, enfatiza a presença do Anuário nos negócios setoriais: “Hoje dificilmente se faz no Brasil uma concorrência para a compra de serviços de comunicação corporativa sem uma consulta à publicação, ao Ranking das Agências, aos conteúdos mostrados, e também para uma avaliação de quais são as empresas protagonistas dessa atividade. O Anuário, nesse sentido, transformou-se na principal vitrine de negócios da comunicação corporativa do País”. Edição 2022 do Anuário da Comunicação Corporativa atingiu recorde histórico de audiência Edição 2023 começou a ser produzida esta semana e lançamento está marcado para 16 de maio u Carros-chefes do Anuário, o Ranking das Agências de Comunicação e os indicadores setoriais são uma construção conjunta da Mega Brasil com o Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, dirigido por Maurício Bandeira. São 13 anos monitorando e analisando o desempenho das agências de comunicação em vetores de mercado, como faturamento, investimentos, nível de emprego, rentabilidade, perfil de atuação, entre vários outros. Bandeira, que tem uma visão privilegiada dessa jornada, por acompanhá-la desde o início, diz que o Anuário, com suas pesquisas, vem comprovando o avanço sistemático e relevante das agências de comunicação no Brasil, e, mais do que isso, a capacitação técnica e de gestão dos empresários do setor: “Nesse trabalho, tem sido possível mostrar que a comunicação corporativa é hoje de fato uma atividade com grande contribuição para o PIB do País, para a geração de empregos, para o pagamento de impostos e para o próprio desenvolvimento da cadeia profissional, hoje muito mais ampliada do que 15, 20 anos atrás. Uma prova inequívoca da maturidade empresarial do segmento”. Vem aí a edição 2023 n Nesta semana, a Mega Brasil inicia a produção da edição 2023 do Anuário, que terá seu lançamento digital em 16 de maio. Perto de 80 organizações já confirmaram apoio publicitário à publicação e 222, à Pesquisa com Agências de Comunicação. Além disso, o Anuário conta desde o seu lançamento com o apoio institucional da Aberje e da Abracom. u A equipe editorial, que já está em campo para as várias reportagens que comporão a pauta da edição 2023, é liderada pela editora executiva Adriana Teixeira e conta com os repórteres editores Carlos Carvalho, Cristina Vaz de Carvalho, Dario Palhares, Fernando Soares, Luana Ibelli, Martha Funke, Maysa Penna e Renato Acciarto; e com o designer Nilson Santos, da Ponto & Letra. u A direção comercial é de Célia Radzvilaviez, que dá o recado: “Temos ainda alguns dias, não muitos, para incluir novas marcas no projeto. Quem tiver interesse é só mandar mensagem para o e-mail celiar@ megabrasil.com.br”.

Edição 1.401 página 9 conitnuação - Comunicação Corporativa n Vera Freire, ex-CDN, que atuou por quase nove anos na Prefeitura de São Paulo, os últimos cinco como coordenadora de comunicação, é a nova diretora de Comunicação da Prevent Sênior. Sucede, na função, a Lucas Tavares, que ali esteve por pouco mais de dois anos e que seguiu para a equipe de Márcio Chaer na Original 123 e revista Consultor Jurídico (Conjur). E mais... n Alexandro Cruz deixou a Fato Relevante após um ano e dois meses de casa e foi para a Press FC, como coordenador de comunicação. Ele também já foi de Trama e XCOM. n Anderson Passos, ex-Vedacit, onde ficou por mais de quatro anos, até outubro, começou em novembro como diretor executivo na ABCasa. Ele também esteve por três anos na comunicação da Duratex. Brasília n Leandro Narloch assume esta semana a coordenação de Comunicação do Partido Novo. Autor do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil e outras obras, Narloch foi repórter, editor e colunista em publicações como Veja, Jornal da Tarde, Superinteressante, Folha de S. Paulo, Gazeta do Povo e Crusoé. Rio de Janeiro n Pedro Scappini despediu-se em fevereiro da Norsk Hydro, onde esteve por um ano e meio como especialista sênior para a América do Sul, e começou em março como gerente de comunicação na bp, do setor de petróleo e gás. Rio Grande do Sul n Alexandre Elmi, que foi por três anos e quatro meses diretor de jornalismo da Secom/RS, ali assumiu, em janeiro, o cargo de secretário adjunto de comunicação. Leandro Narloch Pedro Scappini Alexandre Elmi São Paulo Vera Freire assume a Diretoria de Comunicação da Prevent Sênior. Lucas Tavares, seu antecessor, foi para a Conjur Vera Freire Lucas Tavares Alexandro Cruz n Caroline Toledo despediu-se da Hypera, onde esteve por dez meses, até março, e ingressou como especialista em comunicação e redes sociais na VR Benefícios. n Edvaldo Chequetti, gerente com quase 19 anos de RPMA, foi promovido neste início de março a diretor de atendimento. Terá sob sua direção contas dos segmentos automotivo, tecnológico, industrial, além das relacionadas às áreas de consultoria, imobiliário e de agronegócio. n Fabíola Binas começou novo desafio profissional em fevereiro, contratada como PR & Linkbuilder na Green Park Content. Ela havia atuado anteriormente na Casé Comunica, como consultora sênior terceirizada. Foto, identificada n Flávio Botelho integrou-se em fevereiro ao time da Nova PR, na função de analista de comunicação. Ex-FSB, tendo ali atuado por quatro anos entre Rio de Janeiro e Brasília, ele esteve até janeiro como analista na Danthi Comunicação. Anderson Passos Caroline Toledo Edvaldo Chequetti Fabíola Binas Flávio Botelho

Edição 1.401 página 10 conitnuação - Comunicação Corporativa n Gabriela Camilo Pires, que atuou por quatro meses como freelancer na Pros, foi efetivada pela agência no cargo de atendimento pleno. Ela também esteve por três anos e meio na Edelman. n Isabela Pelarini, coordenadora de PR da Ágora Assuntos Públicos para o atendimento da Netflix, foi contratada pelo cliente em janeiro como especialista em PR. n Kath (Kathlyn) Pereira está de trabalho novo. Ex-Approach, Mapa 360, Smart PR e FSB, onde esteve por oito meses, até fevereiro, ela começou no Grupo Fala como executiva sênior autônoma para Media.Monks. n Mariana Fontainhas da Costa começou em março no Grupo Wish, na função de coordenadora de comunicação. Estava, até então, na coordenação da comunicação interna no Grupo Leceres, em que permaneceu por oito meses. Antes, foi analista pleno na Aptiv, tendo ali permanecido por quatro anos e nove meses. n Natasha Perin, que foi por pouco mais de quatro anos da Porto Seguro, período em que coordenou conteúdos e redes sociais, deixou a companhia e em fevereiro começou na Syngenta, em função semelhante. n Regiane Viana de L. Bechara, que vem de pausa na carreira para dedicar-se à maternidade, está de volta ao mercado, contratada como consultora de engajamento, cultura e comunicação na empresa de tecnologia da informação e serviços Sonda. Ele havia atuado anteriormente em Lefosse Advogados e Linx. n Stella Sanchez, ex-Dfreire e Trovoa Comunicação, integrou-se ao time de assessoria de imprensa da Agência Lema, para o atendimento aos clientes Eisenbahn e Amázzoni. Entrou em licençamaternidade n Bruna Saboia, head de sustentabilidade/ESG na Americanas S/A, no Rio de Janeiro, na agência desde setembro de 2011. Gabriela Camilo Pires Isabela Pelarini Kath Pereira Mariana Fontainhas da Costa Natasha Perin Regiane Bechara Stella Sanchez Bruna Saboia Confira os episódios da 1ª temporada em: Jairo Marques (Folha de S.Paulo) Caê Vasconcelos (UOL) Luciana Barreto (CNN Brasil) Nayara Felizardo (The Intercept BR) Luciene Kaxinawá (Amazônia Real) Erick Mota (Regra dos Terços)

Edição 1.401 página 11 Daniel Nardin é o diretor da seção Pará. Daniel é jornalista, mestre em Comunicação e um dos membros fundadores da ABCPública. Foi secretário de Estado de Comunicação do Governo do Pará e presidiu o Fórum das Secretarias de Comunicação da Amazônia Legal. Também trabalhou no Senado Federal. Recentemente, deixou a Diretoria de Jornalismo do Grupo Liberal para iniciar uma nova fase, com enfoque na Amazônia. Quem será o responsável pela diretoria na Bahia é Lucas Figueredo. Jornalista, é pós-graduando em Comunicação Pública e Governamental, baseado em Salvador. Integrou a equipe que realizou a transição da TV Câmara Salvador da web para TV fechada e, posteriormente, para o sinal aberto. Atuou em diversas frentes na equipe, entre 2015 e 2017. Em 2018 recebeu convite para ingressar na assessoria de comunicação do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bahia (CRMV-BA). Também temos outra novidade, desta vez na diretoria de São Paulo. Houve a substituição de Aline Bezerra, que se mudou do estado, e agora a responsável pela seção será Kátia Vanzini. Kátia é doutora e mestre em Comunicação (Bolsa Capes − 2012/2014). Jornalista pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, com especialização em Estratégias da Comunicação pela Universidade Tuiuti, do Paraná, tem conhecimento de estratégias de marketing digital para redes sociais, desenvolve estudos e pesquisas na área de comunicação pública, direito à informação e direito à comunicação. Quer saber como fazer parte de uma das regionais ou levar a ABCPública para o seu estado? Envie mensagem para contato@ abcpublica.org.br. ABCPública tem novidades nas diretorias regionais Com Pará e Bahia, agora a ABCPública conta com 18 regionais. Conheça o perfil dos novos diretores: se 50 horas de aulas online e professores como Ricardo Voltolini, Viviane Mansi, Grazielle Parenti, Cassio Garkalns, entre outros. Início em 26 de abril. Inscrições aqui. Pelo mercado n Vai até domingo (19/3) a votação popular do 2º Prêmio Educação Financeira Transforma, iniciativa liderada pelo Instituto XP, que tem à frente Matheus Lombardi, também head de comunicação da XP Inc. São oito as categorias: Pesquisador(a), Professor(a), Aluno(a), ONG, Solução Digital para Educação Financeira, Ecossistema XP, Nano Influenciador(a) e Micro Influenciador(a). A cerimônia de premiação será em 22/3, no Teatro Bravos, no Instituto Tomie Otake, em São Paulo, a partir das 18h30. Aqui o link de votação. n Adecio Vasconcelos consultor de comunicação e sustentabilidade baseado em Recife, aceitou convite da LLYC e passa a integrar o Conselho Consultivo da agência, que busca, desse modo, fortalecer seus laços e olhares com a região Nordeste do País. Vale registrar que Adecio já atuou como líder de comunicação, de relações institucionais e de sustentabilidade em empresas como Celpe, Elektro, Queiroz Galvão, QGMI e Grupo Moura. E que também atuou na grande imprensa, em cargos como chefe de Redação, editor e repórter. Pingo nos is − n Juscelino Pereira, que chegou a fazer um trabalho freelancer na Dona Comunicação, integra atualmente o time de atendimento da Giusti, com foco no atendimento à Syngenta Proteção de Cultivos. Adecio Vasconcelos Juscelino Pereira Dança das contas n A Dfreire Comunicação será a assessoria oficial da Autocom 2023, englobando tanto a feira de tecnologia para o comércio e serviços quanto o Congresso, ambos programados para de 28 a 30/3 no Expo Center – Pavilhão Amarelo, em São Paulo. O credenciamento já está aberto e poder ser feito com Bete Leandro ([email protected]. br) e Debora Freire (debora@). n A Néctar Comunicação tem cliente novo em carteira, a Ancar Ivanhoe, especializada na indústria de shopping centers. O contrato abrange nove shoppings da rede: Nova América, Madureira, Boulevard, Botafogo Praia e Shopping Nova Iguaçu (todos no Rio de Janeiro) e Parque das Bandeiras, Pátio Paulista, Metrô Itaquera e Golden Square (em São Paulo). O atendimento, abrangendo as duas praças, terá coordenação de Thais Prudente e gerência de Andréia Luna. O e-mail para contato é ancar@ nectarc.com.br. n A Contatto conquistou as contas das marcas Astéria e TradeSuite, ambas focadas no mercado de tecnologia B2B e no de otimização das rotinas de marketing e endomarketing. No atendimento, Letícia Longo e Thalita Góis. n A prCouti Comunicação passa a atender à YEES! Incorporadora, que atua no segmento de incorporação imobiliária. Rodrigo Coutinho, sócio-diretor da agência, cuidará do atendimento. Pelas instituições Gestão da Reputação n A Aberje lança o curso Programa avançado em Gestão da Reputação: como obter a licença social para operar, com coordenação de Carlos Parente. A proposta é capacitar profissionais das áreas de comunicação e relações institucionais na gestão da reputação organizacional e na construção de laços de confiança entre empresa e comunidade. u São oito módulos, com qua- Por dentro da Comunicação Pública conitnuação - Comunicação Corporativa

Edição 1.401 página 12 Por dentro da Comunicação Pública Como organizações podem construir um ecossistema de influência em meios digitais? Sobre isso e muito mais, você ouve no mais recente episódio do podcast Comunicação Pública: Guia de Sobrevivência, em entrevista com a pesquisadora Carolina Terra. O podcast, uma produção de Aline Castro, conselheira consultiva da ABCPública, está disponível no Spotify e outros players principais. Anote na agenda: de 16 a 18 de outubro, em Natal, será realizado o II Congresso Brasileiro de Comunicação Pública, Cidadania e Informação. As atividades presenciais vão ser na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e as oficinas, online. Os editais serão publicados em breve nas redes: @abcpublica. Quer saber como foi o I Congresso? Clique aqui. A sexta edição da Carta de Conjuntura da ABCPública é focada nas perspectivas e desafios para a carreira dos comunicadores públicos em 2023, a partir dos acontecimentos do último semestre de 2022 que impactaram a comunicação pública. Acesse a íntegra aqui. A Carta é um documento da ABCPública, lançado semestralmente. Em cada edição, o texto traz análises e reflexões a respeito da Comunicação Pública no Brasil. A ABCPública tem, no WhatsApp, um grupo aberto de informações e dicas sobre o universo da Comunicação Pública. Quer fazer parte? Envie uma mensagem para 61-9376-9257 e peça para ser adicionado(a)! A Associação Brasileira de Comunicação Pública e a Sociedade Brasileira de Administração Pública (SBAP) lançam, em 16 de março, às 19h, o e-book gratuito Gestão da Comunicação Pública: Série Pesquisas. Estudos do IX Encontro Brasileiro de Administração Pública. A publicação foi organizada por Jorge Duarte, vice-presidente de Relações Acadêmicas da ABCPública, e pelos diretores regionais Kárita Sena e Leandro Peters Heringer. O lançamento será pelo canal @TVSBAP no YouTube. O link para download da publicação será disponibilizado depois. O encontro será realizado em Brasília, de 5 a 7 de junho, em formato híbrido. Pelo segundo ano consecutivo, o evento terá o Grupo Temático de Gestão da Comunicação, composto também por Jorge, Kárita e Leandro. A submissão de artigos e relatos técnicos pode ser feita até 27 de março pelo site: www.sbap. org.br/2023. Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, fizemos esta mesma pergunta para algumas de nossas associadas. Você pode conferir as respostas inspiradoras em vídeo publicado no Youtube. “Na ABCPública, as mulheres são maioria não só na base, mas também nos colegiados de direção. E isso diz muito sobre o espaço que estamos construindo, comunicadoras e comunicadores públicos, empenhados e atentos na busca de sermos democráticos, plurais e igualitários.” (Cláudia Lemos, presidente). Associe-se para também fazer parte deste espaço. Podcast Comunicação Pública: Guia de Sobrevivência O que as comunicadoras públicas esperam do futuro da comunicação pública? X Encontro Brasileiro de Administração Pública já tem data! ABCPública e SBAP lançam e-book WhatsApp ABCPública Carta de Conjuntura da Comunicação Pública nº 6 O que está impactando a comunicação pública? II Congresso Brasileiro de Comunicação Pública HÁ 10 ANOS APERFEIÇOANDO O MERCADO DE COMUNICAÇÃO VOCÊ TEM QUE ESTAR AQUI! A MAIOR FERRAMENTA DE ENVIO DE RELEASES DO BRASIL! MAIS DE 55 MIL JORNALISTAS NO MAILING DE IMPRENSA! O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO PARA CONTRATAR?

Edição 1.401 página 13 AUTO Patrocínio Julio Cabral Rodrigo Perini n Últimos dias para votar na segunda fase dos +Admirados da Imprensa Automotiva 2023. Até sexta-feira (17/3), os eleitores poderão indicar seus profissionais e publicações favoritos em 12 categorias: Jornalista (Geral, Duas Rodas e Veículos Comerciais), Colunista, Influenciador Digital, Podcast, Rádio, Jornal, Revista, Site, Canal Digital e Programa de TV. u Vale lembrar que nesta etapa os eleitores poderão indicar do 1º ao 5º colocado, de acordo com sua preferência, em cada categoria. Para cada posição indicada uma pontuação será atribuída (1º lugar – 100 pontos, 2º – 80, 3º – 65, 4º – 55 e 5º – 50) e a soma total da pontuação definirá os +Admirados. Confira a relação completa dos finalistas na edição especial de Jornalistas&Cia. u A eleição conta com os patrocínios de Bosch, General Motors e Honda, e apoios de Abraciclo, Volkswagen, VWCO e Press Manager. Empresas interessadas ainda podem apoiar a iniciativa. Mais informações com Vinicius Ribeiro ([email protected]). n Julio Cabral (jcabral@adverge. com.br) assumiu recentemente o cargo de editor do iG Carros. Ele entrou na vaga antes ocupada por Carlos Guimarães, hoje na Comunicação da Anfavea, e tem ao seu lado o repórter Fernando Garcia e o estagiário Maurício Campelo. n A inDrive, serviço de transporte por aplicativo e entregas urbanas, anunciou a Another como responsável pelo seu atendimento à imprensa no Brasil. A agência já respondia pela operação na América Latina, com equipe no México, uma de suas maiores operações no mundo. u O atendimento fica a cargo da gerente Joyce Camargo ([email protected]) e da executiva Thainã Neves (thaina.neves@). Elas respondem ao gerente de Relações Públicas e Comunicação Leandro Volcov ([email protected]), que assumiu o cargo em outubro do ano passado após quatro anos e meio na Toyota. u “Nossa missão principal é gerar ativo de reputação para marca no Brasil”, explica Leandro. “E o único caminho para isso é o relacionamento. Vamos ampliar e aprimorar nossos canais de atendimento com parceiros, jornalistas e outros públicos de interesse, para abrirmos diálogos e trazer boas propostas no ecossistema em que atuamos”. n Rodrigo Perini (rodperini@ gmail.com), especialista em comunicação interna, deixou a General Motors South America. “Foram sete anos e meio de GM em Comunicação Interna, passando por cinco cidades, três estados e muitas aventuras, viagens, eventos, lançamentos, campanhas internas e projetos, com direito até a título de gaúcho honorário e a chave da fábrica de Gravataí”, destacou em seu perfil no Linkedin. “Volto para São Paulo, com muita bagagem e pronto para um novo desafio”. E mais... n Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, a Comunicação da Volkswagen promoveu na última semana um encontro de executivas com jornalistas para troca de experiências e vivências no setor. u Pela fabricante, estiveram presentes a diretora de Comunicação e Sustentabilidade Silene Chiconini, a CIO Cristina Cestari, a gerente de Marketing do Produto Juliana Fukuda, a gerente Jurídica Amália Costa e a supervisora de Sustentabilidade Maria Helena Calado. u Entre as jornalistas, marcaram presença Alzira Rodrigues (Auto Indústria), Claudia Carsughi (Portal Carsughi), Giovana Riato (Automotive Business), Giu Brandão (Mundo Sobre Rodas), Isadora Carvalho (Quatro Rodas), Karina Simões (KS1951), Lana Pinheiro (IstoÉ Dinheiro), Michelle J (Canal Michelle J), Milene Rios (Mamãe Acelerada), Paula Braga (Automotive Business) e Rafaela Borges (UOL Carros). Rodrigo Perini deixa a GM PELAS REDAÇÕES Votação para o 2º turno dos +Admirados termina nesta sexta-feira (17/3) PELO MERCADO inDrive define equipe de atendimento Leandro Volcov TOME NOTA n Está disponível no site da Anfavea a versão em PDF do Anuário da Indústria Automobilística Brasileira 2023. São 138 páginas com informações relevantes e dados estatísticos do setor. n A Stellantis está com inscrições abertas para seu Programa de Estágio 2023. Entre as vagas, há oportunidades para estudantes de Jornalismo e Relações Públicas. Confira!

Edição 1.401 página 14 PRECIO SIDADES do Por Assis Ângelo Acervo ASSIS ÂNGELO Leandro Gomes de Barros continua vivo (final) Que as musas mitológicas Vindas em dourados carros Cheguem da Fonte Poética Trazendo água nos jarros: Dêem-me a taça predileta Onde bebeu o poeta Leandro Gomes de Barros. Por admirar Leandro Fui em busca da história Do poeta de Pombal Com sua rica trajetória, Desde os tempos de criança Com matizes e nuança Do seu passado de glória. Pois além de pioneiro, Leandro foi um gigante À poesia popular Deu legado relevante Escreveu drama e tragédia Fez gracejo e fez comédia Com sua pena atuante… (Leandro Gomes de Barros − O Pioneiro da Literatura de Cordel, por Klévisson Viana) A cultura popular é o retrato mais fiel de um povo, de uma nação. A cultura popular brasileira engrandece o mundo, por sua beleza e originalidade. O Brasil é o quinto ou sexto maior país do nosso planeta, tanto em área territorial quanto em população: somos mais de 200 milhões de pessoas habitando uma terra de mais de 8,5 milhões de km². A cultura popular se manifesta na música e nas artes em geral. O paraibano Leandro Gomes de Barros foi o primeiro e até aqui o mais importante cordelista de que se tem notícia. O cordel, ou literatura de cordel, não é invenção brasileira. Mas foi no Brasil que esse tipo de literatura, desenvolvida principalmente em sextilhas e septilhas, ganhou forma. Sim, Leandro foi o grande pioneiro nessa forma de arte. Já na virada do século 19, ele estava ligado a tudo, a todos os acontecimentos no Brasil e em todo canto. Antes e depois de Leandro, nenhum cordelista falou em verso de folheto sobre as mazelas e consequências da Primeira Guerra Mundial. É Dele, Por Exemplo, O Folheto As Aflições da Guerra na Europa, que começa assim: Detonam tiros medonhos Das peças demasiadas Soam grandes estampidos Estremecendo as quebradas Descendo rios de sangue Como água em enchorradas… É dele também o segundo folheto sobre a guerra. Título: A Allemanha Vencida e Humilhada, que começa assim: Até que afinal chegamos Ao fim da tal grande guerra Que tanto mal produziu Geralmente em toda a terra E a Allemanha vencida Se humilha, grita e berra… Como se não bastasse, Leandro escreveu Echos da Pátria, que começa assim: Despertai filhos da Pátria Mostrai a vossa façanha Arriscai o peito à bala Ide morrer na campanha Um soldado brasileiro Não rende pleito à Allemanha… Leandro Gomes de Barros em xilogravura de Klévisson Viana Leandro morreu em 1918, com 53 anos de idade. Sua obra foi vendida para João Martins de Athayde (1880-1959) e depois para José Bernardo da Silva (1901-1971). Eram cordelistas e donos de gráficas. O detalhe é que tanto Ataíde quanto Bernardo assinaram como se fossem deles folhetos de Leandro Gomes de Barros. Isso tem nome: apropriação indébita. É crime, constante no nosso Código Penal. Exemplo dessa apropriação é o clássico O Cavalo que Defecava Dinheiro. Até hoje não se sabe com exatidão quantos folhetos de cordel Leandro escreveu e publicou. O poeta repentista pernambucano Otacílio Batista falava em 1.004. Falo disso no livro A Presença dos Cordelistas e Cantadores Repentistas em São Paulo (Ed. Ibrasa, 1996). Nesse livro também falo da discriminação sofrida pelos poetas da viola. Mas voltemos ao tema guerra. É claro que o assunto é polêmico. Uns poucos cordelistas do passado falaram nos conflitos internos registrados pela história. A guerra ou massacre de Canudos, que durou menos de um ano no sertão da Bahia, mereceu o olhar de poetas de cordel: Minelvino Francisco da Silva (Antonio Conselheiro e a Guerra de Canudos), Arinos de Belém (História de Antonio Conselheiro), Jota Sara (História da Guerra de Canudos) e até o prolífico Maxado Nordestino, autor de As Profecias de Antonio Conselheiro. Nas fileiras de combate contra os miseráveis liderados pelo cearense João Martins de Athayde apropriou-se de folhetos de cordel de Leandro Gomes de Barros

Edição 1.401 página 15 Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333 Conselheiro estava o cordelista paraibano de Bananeiras João Melchíades Ferreira da Silva (1869-1933). A respeito desse personagem e da Guerra de Canudos faço referência no livro O Clarim e a Oração (Geração Editorial, 2002). Atualmente, Klévisson Viana e Rouxinol do Rinaré, do Ceará, e o baiano Marco Haurélio são os mais importantes e prolífico cordelistas em atividade no País. Tem aumentado substancialmente o número de mulheres escrevendo e publicando cordéis no Brasil. LEIA: A MULHER NA LITERATURA DE CORDEL Eu já disse e repito: a cultura popular é a identidade de um povo. É isso, minha gente. Ah! Sim, ia-me esquecendo: o primeiro filólogo a dicionarizar a expressão cordel foi o padre português Francisco Caldas Aulete. Curiosidade: todos os dicionaristas brasileiros, inclusive Antônio Houaiss, repetem quase ipsis litteris o escrito por Aulete. Foto e reproduções por Flor Maria e Anna da Hora (A primeira parte desta coluna pode ser conferida aqui) PRECIO SIDADES do Acervo ASSIS ÂNGELO Sudeste São Paulo n A Oboré abriu as inscrições para o novo módulo do Projeto Repórter do Futuro, o Correspondentes da Cidadania, um curso teórico-prático voltado para estudantes e profissionais recém-formados de jornalismo e de áreas relacionadas. Com início marcado para 30/3, o treinamento busca promover as diversas estruturas, competências e estratégias da política municipal de Direitos Humanos de São Paulo e sua rede de serviços. Inclui formação para a cobertura jornalística do tema e uma redação-laboratório para prática dos participantes. Saiba+. n Daniel Motta (ex-Record TV, CNN Brasil e TV Correio) começou recentemente na TV Cultura como produtor de reportagens especiais sobre Educação. n A edição impressa de O Fluminense deixou de circular em 31 de janeiro. Houve negociações para que o site mantivesse a atualização, mas as promessas não foram cumpridas. Assim, O Fluminense online continuou a ser parcialmente atualizado até 4 de março. Depois disso, os funcionários cruzaram os braços, nas palavras de Ancelmo Gois. u Não houve comunicado oficial de que o jornal seria descontinuado, ninguém conversou com os colaboradores. Nenhum deles foi dispensado; saíram os que pediram demissão. Os que permanecem, na maioria, têm muito tempo de casa e, portanto, muito a perder. Mário Souza, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado, foi acionado e, em resposta, ficou de convidar os diretores do jornal para uma reunião de esclarecimentos. u Em 2019, um grupo investidor, atuante nos ramos imobiliário e administrador de shopping centers, adquiriu o jornal do então detentor Alberto Torres. Nesses quatro anos, funcionários alegam que não eram pagos integralmente, mas em parcelas no decorrer de cada mês e, quando o mês terminava, costumava faltar alguma coisa. Nos últimos três meses, esse procedimento se acentuou. u Fundado em Niterói em 1878, por militares, como um jornal de classificados, O Fluminense expandiu-se depois que Torres o assumiu, em 1954, e administrou-o até sua morte, em 1998. Ele investiu no parque gráfico e acrescentou ao grupo editorial, nos anos 1980, a Rádio Fluminense FM, conhecida como A maldita, por privilegiar o rock feito no Brasil e lançar inúmeras bandas de sucesso. São 144 anos de história, coberturas importantes, e abrigo a textos de nomes significativos na imprensa e na literatura, como Euclides da Cunha, Olavo Bilac, Rubem Braga e Marco Lucchesi. u Gilson Monteiro, em seu blog Niterói de Verdade, o define: “O Fluminense sempre foi uma espécie de faculdade prática de jornalistas, formando uma geração de profissionais que ocuparam e ocupam até hoje posições de destaque nos jornais, rádios e TVs de todo o Brasil”. Isso é verdade. J&Cia conheceu um antigo diretor do jornal que afirmava que O Fluminense recrutava jovens recém-formados, treinava- -os e, quando estavam prontos, era como se os colocasse numa prateleira para que os grandes concorrentes do Rio fossem buscá-los, oferecendo melhores salários e oportunidades. O Fluminense extingue-se na informalidade As editoras Luzeiro (SP) e Tupinanquim (CE) têm publicado folhetos de Leandro. Em um deles, A Mulher Roubada, o nome do autor aparece de forma errada Rio de Janeiro Daniel Motta

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