Jornalistas&Cia 1401

Edição 1.401 página 15 Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333 Conselheiro estava o cordelista paraibano de Bananeiras João Melchíades Ferreira da Silva (1869-1933). A respeito desse personagem e da Guerra de Canudos faço referência no livro O Clarim e a Oração (Geração Editorial, 2002). Atualmente, Klévisson Viana e Rouxinol do Rinaré, do Ceará, e o baiano Marco Haurélio são os mais importantes e prolífico cordelistas em atividade no País. Tem aumentado substancialmente o número de mulheres escrevendo e publicando cordéis no Brasil. LEIA: A MULHER NA LITERATURA DE CORDEL Eu já disse e repito: a cultura popular é a identidade de um povo. É isso, minha gente. Ah! Sim, ia-me esquecendo: o primeiro filólogo a dicionarizar a expressão cordel foi o padre português Francisco Caldas Aulete. Curiosidade: todos os dicionaristas brasileiros, inclusive Antônio Houaiss, repetem quase ipsis litteris o escrito por Aulete. Foto e reproduções por Flor Maria e Anna da Hora (A primeira parte desta coluna pode ser conferida aqui) PRECIO SIDADES do Acervo ASSIS ÂNGELO Sudeste São Paulo n A Oboré abriu as inscrições para o novo módulo do Projeto Repórter do Futuro, o Correspondentes da Cidadania, um curso teórico-prático voltado para estudantes e profissionais recém-formados de jornalismo e de áreas relacionadas. Com início marcado para 30/3, o treinamento busca promover as diversas estruturas, competências e estratégias da política municipal de Direitos Humanos de São Paulo e sua rede de serviços. Inclui formação para a cobertura jornalística do tema e uma redação-laboratório para prática dos participantes. Saiba+. n Daniel Motta (ex-Record TV, CNN Brasil e TV Correio) começou recentemente na TV Cultura como produtor de reportagens especiais sobre Educação. n A edição impressa de O Fluminense deixou de circular em 31 de janeiro. Houve negociações para que o site mantivesse a atualização, mas as promessas não foram cumpridas. Assim, O Fluminense online continuou a ser parcialmente atualizado até 4 de março. Depois disso, os funcionários cruzaram os braços, nas palavras de Ancelmo Gois. u Não houve comunicado oficial de que o jornal seria descontinuado, ninguém conversou com os colaboradores. Nenhum deles foi dispensado; saíram os que pediram demissão. Os que permanecem, na maioria, têm muito tempo de casa e, portanto, muito a perder. Mário Souza, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado, foi acionado e, em resposta, ficou de convidar os diretores do jornal para uma reunião de esclarecimentos. u Em 2019, um grupo investidor, atuante nos ramos imobiliário e administrador de shopping centers, adquiriu o jornal do então detentor Alberto Torres. Nesses quatro anos, funcionários alegam que não eram pagos integralmente, mas em parcelas no decorrer de cada mês e, quando o mês terminava, costumava faltar alguma coisa. Nos últimos três meses, esse procedimento se acentuou. u Fundado em Niterói em 1878, por militares, como um jornal de classificados, O Fluminense expandiu-se depois que Torres o assumiu, em 1954, e administrou-o até sua morte, em 1998. Ele investiu no parque gráfico e acrescentou ao grupo editorial, nos anos 1980, a Rádio Fluminense FM, conhecida como A maldita, por privilegiar o rock feito no Brasil e lançar inúmeras bandas de sucesso. São 144 anos de história, coberturas importantes, e abrigo a textos de nomes significativos na imprensa e na literatura, como Euclides da Cunha, Olavo Bilac, Rubem Braga e Marco Lucchesi. u Gilson Monteiro, em seu blog Niterói de Verdade, o define: “O Fluminense sempre foi uma espécie de faculdade prática de jornalistas, formando uma geração de profissionais que ocuparam e ocupam até hoje posições de destaque nos jornais, rádios e TVs de todo o Brasil”. Isso é verdade. J&Cia conheceu um antigo diretor do jornal que afirmava que O Fluminense recrutava jovens recém-formados, treinava- -os e, quando estavam prontos, era como se os colocasse numa prateleira para que os grandes concorrentes do Rio fossem buscá-los, oferecendo melhores salários e oportunidades. O Fluminense extingue-se na informalidade As editoras Luzeiro (SP) e Tupinanquim (CE) têm publicado folhetos de Leandro. Em um deles, A Mulher Roubada, o nome do autor aparece de forma errada Rio de Janeiro Daniel Motta

RkJQdWJsaXNoZXIy MTIyNTAwNg==