Edição 1.401 página 17 Minas Gerais (*) Os desejos e metas dos jornalistas mineiros que se tornaram escritores estão na ampliação do público leitor para suas obras, compartilhando o que passa pelo coração e mente ao escrever. O ranking de livros mais vendidos ou o reconhecimento entre os melhores escritores brasileiros não são os objetivos desses profissionais, cuja maior motivação é a escrita, por si só, ou seja, como bons jornalistas que são, querem sempre contar uma boa história. Ana Paula Pedrosa, produtora de rede da Record TV Minas, afirma que não estabeleceu metas como escritora. Apenas pretende continuar contando histórias. Ela não se importa com a forma, o público e o tipo de texto, mas sempre escrevendo histórias que farão sentido para si naquele momento de sua vida. Jalmelice Luz concorda com Ana Paula e conta que não tem metas para a carreira que abraçou: “Teimo em continuar. Não penso em um público específico. As histórias podem ser lidas por todos. Considero importantíssimo o estímulo à leitura como parte da formação do sujeito crítico, capaz de ler as realidades em que está inserido com espírito transformador”. Bruno Marques segue o mesmo caminho, destacando que também não definiu metas, porém, quer viver em um país que seja possível se sustentar a partir da produção literária. Ele garante que pretende continuar escrevendo e chega a dar um spoiler sobre seu próximo livro: um romance ambientado em Portugal, talvez na fortaleza de Berlengas. Américo Antunes, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas, enfatiza que sua grande meta como escritor é, essencialmente, ser lido. A professora e escritora Hila Rodrigues concorda com Antunes e ressalta que foi a leitura que a estimulou a contar histórias e a dividir pensamentos, sensações, percepções, sonhos, essas coisas: “Não tenho metas. Quero escrever coisas que muitas pessoas possam curtir, saborear mesmo. Algo que enfeite a vida da pessoa”. Ana Paula conta que ler e escrever sempre fizeram parte da vida dela para expressar todo tipo de sentimento e emoção, assim como se entender e entender o mundo: “Quando criança e adolescente, participei de concursos de poesia no colégio. Profissionalmente, escrevo há 23 anos como jornalista, e na literatura comecei em 2008. Outro aspecto que me dá bastante segurança é que minha irmã, Renata Pedrosa, ilustra meus livros. Ela é professora de artes e ilustradora e tenho liberdade para apresentar a ela os primeiros rascunhos de textos”. n Mário Sérgio Santos, 36 anos, faleceu em 7/3, em Uberaba. A causa da morte não foi revelada. Ele estava internado havia alguns dias em um hospital da cidade. u Santos trabalhou na TV Integração como repórter e produtor de 2009 a 2017 e ultimamente atuava na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). n José André dos Santos, mais conhecido como Brás Pereira, morreu aos 78 anos, em decorrência de complicações da Covid-19. Natural de Machado, foi o fundador do jornal São Paulo de Fato, um dos principais veículos da Zona Norte de BH, Também fundou o bloco de carnaval Brás Pereira Banda Show. Jornalistas-escritores mineiros (parte 3 de 4) Jornalistas investem em obras próprias com foco em sentimento e visando estimular conhecimento Ana Paula Pedrosa Jalmelice Luz Bruno Marques Américo Antunes Hila Rodrigues O adeus a Mário Sérgio Santos e Brás Pereira Mário Sérgio Santos Brás Pereira
RkJQdWJsaXNoZXIy MTIyNTAwNg==