Edição 1.413 - 7 a 13 de junho de 2023 Você, algum amigo ou alguém da equipe tem uma boa história de redação, de jornalismo ou mesmo de assessoria de imprensa? Então mande para nós, no J&Cia, para [email protected]. Valem histórias engraçadas, curiosas, dramáticas, aquelas que a gente conta no bar e que quer transformar em livro! n O Observatório de Violações da Liberdade de Imprensa na Amazônia, da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgou que ocorreram 62 casos de violações à liberdade de imprensa na região entre julho de 2022 e maio de 2023. u Os dados começaram a ser coletados após os assassinatos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, no município de Atalaia do Norte. Do total de 62 violações, foram 32 tentativas de impedir coberturas jornalísticas, por meio de intimidações, hostilização e danos a equipamentos ou agressões físicas; nove ameaças; cinco ameaças de morte; quatro processos judiciais abusivos ou decisões judiciais arbitrárias; três invasões ou atentados contra a sede de meios de comunicação; um atentado a tiros contra jornalista, entre outras violações. u Mais da metade dos agressores são agentes privados, segundo o levantamento. Os perfis mais comuns são manifestantes de extrema direita, crime organizado e empresas dos ramos de mineração, garimpo, agronegócio e turismo. Os veículos que mais sofreram violações no período cobrem política, meio ambiente, direitos humanos e segurança pública. u Os dados foram apresentados em 5/6, durante ato pelo transcurso de um ano da morte de Dom e Bruno, organizado por entidades defensoras da liberdade de imprensa, na sede do Instituto Vladimir Herzog, em São Paulo. u No evento, Artur Romeu, diretor da RSF, destacou que o assassinato de Dom e Bruno “não é de maneira alguma um caso isolado, a gente está falando de um cenário sistêmico, estruturado, de violência contra as vozes que denunciam violações, abusos e destruição da floresta e do meio ambiente e dos povos que vivem na região na Amazônia”. (Leia+) n A Polícia Federal indiciou mais dois suspeitos pelo assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira: Ruben Villar, o Colômbia, apontado como o mandante do crime, e o pescador ilegal Jânio Freitas de Souza. Os dois foram indiciados por assassinato e ocultação de cadáver. u Segundo reportagem do Fantástico, da Globo, veiculada no domingo (4/6), o trabalho de Dom e Bruno estava sendo monitorado por uma organização criminosa chefiada por Colômbia. Ele já havia sido apontado como mandante, mas foi preso em julho do ano passado por falsidade ideológica. u Colômbia e Amarildo da Costa, o Pelado, um dos assassinos confessos, ficaram na mesma cela durante um período na prisão. A polícia gravou uma conversa entre os dois, na qual Colômbia pede a Pelado que não diga à polícia que foi ele quem forneceu a munição usada para matar Bruno e Dom. u Segundo a PF, Colômbia chefiava uma organização criminosa de uma balsa no Rio Javari, financiando e operando expedições de pesca ilegal. Pelado e Jânio de Souza estavam abaixo dele na organização. Também segundo a PF, os acusados realizaram mais de 400 ligações entre eles ao longo de um ano, antes do crime, na data do ocorrido, e depois do assassinato, indícios que apontam para um crime premeditado. u Uma coalização formada por mais de 50 jornalistas em dez países criou o Projeto Bruno e Dom, que tem o objetivo de seguir com o trabalho e o legado dos dois. A iniciativa é liderada pelo consórcio francês Forbidden Stories, que dá continuidade ao trabalho de jornalistas mortos em decorrência de seus trabalhos. Quatro veículos brasileiros integram o grupo. Confira outras iniciativas que darão continuidade ao trabalho de Dom e Bruno. Documentário no Globoplay n Sônia Bridi lançou o documentário Vale dos isolados: o assassinato de Bruno e Dom, pelo Globoplay. A produção relata sua experiência no Vale do Javari, no oeste do estado do Amazonas, numa expedição formada por amigos do indigenista Bruno Pereira, e se desdobra em informações exclusivas sobre o assassinato dele e do jornalista britânico Dom Phillips, há um ano. Com imagens de Paulo Zero e roteiro de Cristine Kist, mostra cadernos de anotações de Phillips, sua carteira de imprensa e um celular, encontrados na mata com as últimas fotos de ambos, e uma cena do assassino confesso ameaçando Pereira. Amazônia teve 62 violações de liberdade de imprensa em dez meses, diz levantamento PF indicia mais dois suspeitos pelo assassinato Pensar Piauí Globoplay/Divulgação Carteira de jornalista de Dom, encontrada no local do assassinato
Edição 1.413 página 2 Últimas n A Agência Pública tem um novo quadro semanal no ICL Notícias, do Instituto Conhecimento Liberta. Às sextas-feiras, durante o programa ICL Notícias 2ª Edição, apresentado por Chico Pinheiro, vai ao ar Figura Pública, quadro comandado por Natalia Viana, cofundadora e diretora executiva da Agência Pública. u No quadro, ela apresentará algo de destaque na semana, que pode ser desde uma pessoa, até uma coisa, local ou evento. Mostrará o contexto e fará reflexões sobre por que merece destaque na semana. n O Jornal da Band estreou nesta semana uma nova fase. Eduardo Oinegue passa a dividir a bancada com Adriana Araújo. O telejornal também ganhou novos cenário, vinheta e recursos tecnológicos, com o objetivo de aumentar a conexão com o público. u Além dos dois apresentadores, o Jornal da Band contará com as participações das jornalistas Lana Canepa, direto de Brasília, que trará as principais informações sobre a política nacional; Paloma Tocci, com as notícias do esporte; Joana Treptow, com informações sobre o clima; e Juliana Rosa, que falará sobre temas relacionados à economia. u Em relação às mudanças no cenário, o Jornal da Band ganhou dois grandes painéis de LED de última geração, um aro de luz suspenso com a marca da Band, além de utilizar mais câmeras e uma nova grua. n A TV Globo definiu a estreia dos novos apresentadores do Jornal Hoje, que farão parte do rodízio do telejornal aos sábados e nas folgas do titular César Tralli. São eles Andréia Sadi, do Estudio i, Camila Bomfim, do Conexão e Nilson Klava, todos da GloboNews. u Sadi estreia no Jornal Hoje no próximo dia 24 de junho. Ela retorna ao telejornal, onde atuou como colunista de política por quatro anos. Camila comandará o Jornal Hoje em 1º de julho. Antes do Conexão Globo News, ela foi repórter de política em Brasília no Jornal Nacional. E Nilson estreia no telejornal da tarde em 8 de julho. Aos 27 anos, será o mais jovem âncora do sexo masculino a comandar um telejornal em rede nacional da Globo. u Os três se juntam à equipe de rodízio do Jornal Hoje, já composta por Alan Severiano, Marcelo Cosme e Zileide Silva. As mudanças ocorrem devido às demissões promovidas pela Globo em abril. Fábio Turci e Fábio William, que deixaram a emissora, faziam parte justamente do plantão no Jornal Hoje. Globo terá novos apresentadores em rodízio do Jornal Hoje Agência Pública estreia quadro semanal no ICL Notícias Jornal da Band em nova fase Andréia Sadi Eduardo Oinegue e Adriana Araújo Natalia Viana Apenas 21 dias após o lançamento, o Anuário da Comunicação Corporativa 2023 da Mega Brasil já alcançava mais de 70% de todos os acessos da edição de 2022. 341.636 283.833 visualizações únicas 254.272 500k 214.991 visualizações únicas Número de acessos em 12 meses Edição 2022 Número de acessos em 21 dias Edição 2023 Sucesso
Edição 1.413 página 3 De Londres, Luciana Gurgel Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. Contrariamente à tese de que jornalistas não devem ser notícia, a mídia britânica tem coberto obsessivamente dois casos que expõem práticas pouco elogiáveis da imprensa. O príncipe Harry tornou-se o primeiro membro da realeza a testemunhar em um tribunal em 132 anos, em uma ação movida contra o Daily Mirror. Ele ataca a empresa e profissionais como Piers Morgan, editor do tabloide na época em que hackeamento telefônico e uso de detetives para espionar famosos eram comuns. Enquanto isso, a maior emissora privada do país, a ITV, vive um drama que lembra enredo de novela: Philip Schofield, apresentador do programa This Morning, que se assumiu como gay em 2020, caiu em desgraça por um caso com um jovem produtor, ocorrido enquanto ele era casado com a mulher com quem passou 27 anos. A crise chegou ao Parlamento. As duas histórias viraram circos midiáticos, com cobertura ao vivo dos lances mais importantes, especialistas analisando os desdobramentos e euforia nas redes sociais. Harry x tabloides: quem tem razão? Retratado a vida toda pela mídia ávida por vender jornais como encrenqueiro que se vestia de nazista e fumava maconha, Harry não é unanimidade. Sua guerra com a imprensa é tachada por muita gente, inclusive por jornalistas, de hipocrisia, oportunismo ou resultado de manipulação pela suposta megera Meghan. O processo movido por Harry, junto com outros famosos, mira em práticas que não são mais usadas, até onde se sabe. Talvez o príncipe não consiga reparação devido ao tempo entre os fatos e a abertura do processo, em 2019. Isso não significa que o movimento dele e dos demais famosos que decidiram encarar a briga com tabloides seja condenável. Harry não parece estar em busca de dinheiro, e sim de provar que tem motivos para se sentir desconfortável com a imprensa. Um circo midiático em que a imprensa é a estrela Para uma parte do público, ele sai como vítima e o jornal como vilão, respingando no jornalismo, o que é negativo. Por outro lado, é possível que o medo de escândalos e de processos leve algumas redações a repensarem práticas atuais, um efeito positivo. Phil x Holly: quem tem razão? O caso da ITV é mais complicado para a reputação da mídia porque não ocorreu em um passado distante. A dupla de apresentadores, Phil, 61 anos e Holly, 42, tinha uma química perfeita no This Morning. Ele foi acolhido com carinho e compreensão quando se assumiu gay. O castelo começou a cair em maio. Seu irmão, Tim, foi condenado por molestar meninos. O âncora se disse indignado e assegurou desconhecer os atos. Mas tabloides e grandes jornais o arrastaram para a história ao insistirem em qualificar o autor dos crimes como “irmão de Philip Schofield” em textos e títulos. Semanas depois veio a bomba: Phil teve um caso com um produtor mais jovem, quando ainda era casado. Os dois se conheceram quando o rapaz era menor, mas segundo o âncora, o relacionamento só aconteceu anos depois. E o emprego no programa não foi obtido com a ajuda dele. Phil garante que tudo foi consentido e “legal”, embora “não sábio”. Mas a doce Holly teria pedido a cabeça do colega, por se sentir «enganada». E conseguiu. A ITV tentou manter o âncora em outros programas, mas após virem a tona mais detalhes e a informação de que ele mentiu para a emissora ao negar o caso em uma investigação interna, a queda foi inevitável. Histórias de poderosos que se prevalecem da posição para favorecer quem cede aos seus encantos não são novas − e o #MeToo começou com uma delas. Mas continuam a assombrar a indústria de mídia, onde vaidades e o sonho do estrelato podem levar a situações extremas. Aparentemente, não foi o que aconteceu com Philip Schofield. Ainda assim, os chefes da ITV estão sendo questionados no Parlamento por não terem percebido ou terem feito vista grossa a uma suposta cultura tóxica nos bastidores do This Morning. A exemplo do caso judicial de Harry, pode dar em nada − fora o já decretado fim da carreira de Schofield. Phil admitiu em uma entrevista no início da semana ter pensado em suicídio e estar consciente de que sua carreira acabou, bem como negócios com a sua marca. Mas a mídia britânica também saiu chamuscada, pois nem todos que acompanham o circo sabem separar o joio do trigo. E fica mais difícil recuperar a credibilidade que vem sendo perdida. Phil e Holly ITV Harry
Edição 1.413 página 4 conitnuação - MediaTalks Apostas de Musk − Depois de uma série de turbulências desde a aquisição por Elon Musk em outubro, o Twitter entra em uma nova etapa com a chegada de Linda Yaccarino como CEO, em substituição ao dono, e de Joe Bennarroch como CBO (Chief of Business Operations), responsável pela área de negócios. Yaccarino, uma reconhecida profissional da área de propaganda, que deixou a Vice-Presidência de Vendas e Marketing da NBC Universal (NBCU), confirmou ter aceitado o convite de Musk no dia 12 de maio. A entrada dela estava prevista para acontecer em seis semanas, mas acabou antecipada para essa terça-feira (6/6). Bennaroch, que tem vasta experiência em gestão de relações públicas e crises, também veio da NBCU. Os dois são a aposta de Elon Musk para tirar a rede social da crise que se instalou desde que ele concluiu a aquisição da empresa, enfraquecendo a plataforma diante de anunciantes, investidores e usuários. Efeito Musk − A nova CEO trazida por Elon Musk mal assumiu e precisa lidar com uma bomba: o New York Times revelou em 5/6 que a plataforma teve uma queda de 59% em publicidade nos EUA no mês de abril em comparação ao mesmo período do ano passado. Linda Yaccarino fez uma carreira brilhante na NBC Universal – mas lá não tinha os problemas que enfrentará no Twitter, cuja receita de 1º de abril até a primeira semana de maio foi de US$ 88 milhões. Segundo uma apresentação interna a que o jornal americano teve acesso, a equipe de vendas está preocupada com a fuga dos anunciantes devido ao aumento de desinformação e discurso de ódio, e também à proliferação de anúncios de jogos de azar, pornografia e drogas. Via Láctea − Maio e junho são os meses perfeitos conseguir as melhores fotos da Via Láctea, uma obsessão para profissionais e amadores que viajam longas distâncias carregados de equipamentos para achar o local adequado, longe da poluição e das luzes das cidades. Uma amostra do resultado desse esforço é apresentada anualmente pelo site especializado em fotografia Capture The Atlas. Em 2023, o concurso Fotógrafo da Via Láctea do Ano recebeu mais de três mil trabalhos e selecionou os melhores, reunindo cliques da galáxia sobre desertos, praias e montanhas de 16 países. Preso por extorsão − O youtuber especializado em fofocas de celebridades japonês Yoshikazu Higashitani, conhecido como Gaasyy, foi preso em Tóquio em 4/6 acusado de usar seu canal para extorquir pessoas famosas, ameaçando revelar segredos capazes de destruir suas reputações. Higashitani, que estava vivendo em Dubai para escapar das acusações, foi detido ao desembarcar no Japão. Ele havia sido eleito parlamentar em julho de 2022, mas perdeu o mandato em março deste ano por nunca ter comparecido a sessões na casa legislativa, fato inédito na história do país. O Departamento de Polícia Metropolitana de Tóquio obteve um mandado de prisão para Higashitani assim que ele foi cassado, por suspeita de violação da lei sobre punição de violência física e outros atos, mas somente agora conseguiu capturá-lo. Mais arrependidos − Quem anda refletindo sobre a escolha da carreira e acha que poderia ter feito outra coisa na vida não está sozinho: uma pesquisa feita entre profissionais dos EUA constatou que 44% dos candidatos a emprego com diploma universitário listados em um site de vagas demonstraram arrependimento pela faculdade que cursaram. E justamente o jornalismo é o curso que reúne mais arrependidos, segundo a ZipRecruter. Os graduados mais felizes são os que se formaram em ciências da computação e da informação e em criminologia – uma área em alta em um país recordista mundial em ataques a locais públicos como escolas por pessoas armadas. Esta semana em MediaTalks EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação É possível acompanhar no canal do YouTube do Pontão da Eco as aulas passadas do curso Cidadania e Comunicação: Diversidade, Inclusão e novos formatos no jornalismo pós-cultura digital (UFRJ e Rede JP). A última aula foi sobre jornalismo digital e acessibilidade, com a jornalista Mariana Clarissa, do projeto Lume (responsável pela criação de conteúdos jornalísticos acessíveis às pessoas com deficiência visual). Acesse o link. Educa+Brasil Curso sobre diversidade no jornalismo está disponível no YouTube
Edição 1.413 página 5 Comunicação Corporativa n A Comunicação Corporativa da Vivo está sob nova direção. Leandro de Freitas, prata da casa, que integrava há quase sete anos a equipe de Elisa Prado, é o sucessor dela na Diretoria de CC, cargo em que passa a se reportar ao VP de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Comunicação Corporativa Renato Gasparetto. Assume a responsabilidade de liderar uma equipe com 20 profissionais focada tanto no relacionamento com o público externo, principalmente a imprensa e formadores de opinião, quanto com os colaboradores da empresa. u Freitas tem mais de 23 anos de experiência em gestão de reputação, tendo atuado em empresas como HSBC, Grupo Algar, BCW (Burson-Marsteller), CDN e Instituto Ethos. u A promoção dele vem na sequência de outras mudanças realizadas no último ano por Gasparetto nas diretorias de Relações Institucionais, com o ingresso de Tiago Machado; de Sustentabilidade, com a promoção de Joanes Ribas; além da Presidência da Fundação Telefônica Vivo, que passou a ser ocupada por Lia Glaz. Internacional n Luiza Castro deixou a ArcelorMittal Brasil, em que ficou por dois anos e sete meses, inclusive período de estágio, e está vivendo em Viseu, Portugal. Ali, busca oportunidades em mídia social. Bahia n Izabel Sousa, coordenadora de responsabilidade social corporativa/ESG, deixou a Veracel Celulose, em que esteve por dois anos. Ela também ficou por dois anos coordenando essa área no Porto Açu. Brasília n Julia Ionele está desde fevereiro como assessora de comunicação no Senado Federal. Assumiu após jornada de quase dez anos como assessora na Assembleia Legislativa do Ceará. Ceará n Jardeline Santos, assessora de comunicação, deixou o Shopping RioMar Kennedy, em que esteve por quatro anos, até março, e começou em abril na Ambiental Ceará, como analista pleno. Minas Gerais n Fernanda Marques, que esteve por um ano como gerente de comunicação corporativa na Mondelëz International, começou em março como gerente da mesma área (mais RI) na ArcelorMittal. Paraná n Julia Nascimento, head de núcleo, deixou a V3COM, onde ficou por oito meses, até março. Está atuando como assessora de comunicação pela agência que leva o seu nome e em marketing de influência. Rio de Janeiro n Alerrandre Barros, ex-assessor de imprensa do IBGE, que estava há dez meses na Hil+Knowlton Strategies, no atendimento à Deloitte, é agora assessor de imprensa do Sesc. n Nicole Geminiani Polo, produtora de conteúdo, deixou a Alter Conteúdo Relevante, em que esteve por quase um ano e meio, até maio, e foi como analista para o Cieds. Luiza Castro Izabel Sousa Julia Ionele Jardeline Santos Fernanda Marques Julia Nascimento Alerrandre Barros Nicole Geminiani Polo São Paulo Na Vivo, Leandro de Freitas sucede a Elisa Prado na Diretoria de Comunicação Corporativa Leandro de Freitas
Edição 1.413 página 6 Comunicação Corporativa n Elisa Prado, que estava em sua segunda passagem pela Vivo, deixa a organização após cinco anos, período em que contribuiu de forma reconhecida para a transformação de uma operadora de telefonia em uma empresa de multisserviço. Sai para dar continuidade à vida acadêmica (ela é professora no Master de Comunicação Empresarial Transmídia da ESPM-SP, na cadeira de Prevenção e Gerenciamento de Crise) e preparada para atuar como palestrante e em Conselhos de Administração, valendo- -se da experiência em gestão de reputação. u Ao longo da carreira, teve uma passagem de três anos como diretora-geral da TV1 RP (Grupo TV1) e liderou por nove anos a comunicação da Tetra Pak, tendo ainda atuado no Deutsche Bank. É autora de três livros sobre reputação corporativa, o último deles, Reputação, Valor Compartilhado, escrito em parceria com Tatiana Maia Lins, lançado este ano. u Sobre sua saída, Gasparetto comentou: “Todo meu reconhecimento a Elisa, que contribuiu – como pessoa e profissional ética e dedicada – ao longo dos últimos cinco anos, de forma significativa, para a reputação da Vivo e a formação de equipes, inclusive de Leandro de Freitas, seu sucessor. Que seu novo ciclo pessoal e profissional seja de pleno êxito”. n Pedro Venceslau, que deixou recentemente o Estadão, aceitou convite da FSB Comunicação e começou na última semana como analista político na vertical pública de São Paulo da agência (a das contas públicas). Ex-repórter e editor da Revista e Portal Imprensa e colaborador pontual de edições especiais deste J&Cia, Pedro foi por dez anos colunista de política do jornal e da Rádio Eldorado. E mais... n Alexandra Guida Marinho, atendimento sênior, deixou a Index, após um ano de casa, em abril, e começou como atendimento sênior na Pros. n Anderson Marin Lima, especialista em comunicação, deixou a Arcos Dorados/McDonald’s, após quase 12 anos de casa. No início da carreira, atuou na imprensa esportiva, em veículos como Jovem Pan e Rádio Nova Difusora de Osasco. n Beatriz Ornelas Valência, executiva de atendimento da Seven PR, deixou a agência em maio, após um ano de casa, e começou como assessora de comunicação na Economídia. n Carol Cassiano, ex-Fala Hub, Planin e RPMA, e que esteve por seis meses na agência Pub, começou como coordenadora na Jangada Consultoria em Comunicação. n Ellen Priscila Louzeiro Vilca, ex-CNA Idiomas, que teve passagem de um ano e dez meses como executiva e redatora na BCW Brasil, saiu da empresa em maio em direção à MSL Andreoli, na mesma função. Elisa Prado Pedro Venceslau acerta com a FSB Pedro Venceslau Alexandra Guida Marinho Anderson Marin Lima Beatriz Ornelas Valência Carol Cassiano Ellen Priscila Louzeiro Vilca
Edição 1.413 página 7 n Letícia Rodrigues Laurindo, ex-NR-7, Digital Trix e CDI, que esteve por oito meses na Ideal, no atendimento a Dell e Spotify, começou em maio na FSB Comunicação como atendimento sênior para Lojas Renner. n Lyncon Pradella está em nova jornada profissional. Ex-editor do Olhar Digital e redator freelancer do UOL, começou em maio como consultor de RP na Sherlock Communications. n Maria Eduarda Guelfi deixou a Pub, em que era gerente de RP e atuou por um ano e nove meses, e começou na Ideal como atendimento sênior para a Creditas. n Marilia Feliciano, ex-RPMA, que esteve por mais de três anos na 4Influence, assumiu há algumas semanas como executiva sênior na FleishmanHillard. n Nathália Nascimento, consultora pleno, despediu-se em abril da RPMA Comunicação, após um ano e meio de casa. Sua jornada anterior foi como assessora de imprensa na Prefeitura do Guarujá. n Regina Lima, ex-ESPM e Nova PR, deixou a Analítica Comunicação, onde atuou na função de consultora sênior por um ano, até maio, para assumir a coordenação de comunicação do InPACTO (Instituto Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo). n Shamash Visintin, ex-FSB e Santafé Ideias, deixou a Antaq, em Brasília, onde era chefe da assessoria de comunicação e cerimonial há um ano e meio, e assumiu em São Paulo a Superintendência de Comunicação da CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo. conitnuação - Comunicação Corporativa n Fernanda Daniel foi anunciada neste início de semana como diretora de Talentos da LLYC para três países: Brasil, Argentina e Chile. Fernanda é psicóloga e, na carreira de 18 anos na área de talentos, acumula experiência em empresas como iFood, Mercado Livre e Cielo. n Fernanda Pires, ex-A Tribuna, de Santos, e Valor Econômico, que esteve por quase quatro anos como superintendente de comunicação corporativa da Autoridade Portuária de Santos, até dezembro, começou em fevereiro na área de governmental affairs da MSC Mediterranean Shipping Company. n Giovanna Calhelha, ex-JeffreyGroup e Race, começou em maio como supervisora de comunicação externa na Ajinomoto, após rápida passagem pela Nova PR. n Jessica Ferreira despediu-se da AFT Comunicação Integrada, onde atuou como analista por pouco mais de oito anos, até fevereiro, e seguiu para a Edelman na função de analista sênior. n Lara Vendramini, coordenadora de comunicação, deixou a Quanto em maio, após dois anos e três meses de casa. Ex-repórter da Folha de S.Paulo, ela também já esteve em Press Works, Ideal e Smart PR. Fernanda Daniel Fernanda Pires Giovanna Calhelha Jessica Ferreira Lara Vendramini Letícia Rodrigues Laurindo Lyncon Pradella Maria Eduarda Guelfi Marilia Feliciano Nathália Nascimento Regina Lima Shamash Visintin
Edição 1.413 página 8 conitnuação - Comunicação Corporativa n O Grupo FSB reuniu os nomes de 250 mulheres porta-vozes de suas quatro agências – FSB Comunicação, Loures, Giusti e F5 – e com eles editou e lançou em 1º/6 o seu primeiro Guia de Fontes - Vozes Femininas. O propósito, segundo a sócia Gabriela Wolthers, “é facilitar o acesso das redações a esses nomes e aumentar a representatividade feminina na cobertura da imprensa. É um primeiro trabalho nosso, o pontapé inicial no sentido de construirmos um grande banco de fontes. Temos consciência de que não está completo, mas decidimos começar para que outros nomes possam se juntar a esses em novas edições do Guia”. u No comunicado distribuído à imprensa, o Grupo FSB recorda que a edição mais recente do estudo Women in the Workplace, da McKinsey, mostra que, embora haja um “modesto progresso”, as mulheres ainda são extremamente sub-representadas em cargos de liderança. E, em consequência, como comenta outra sócia da organização, Gabriela Forlin, é natural que isso se reflita também na cobertura jornalística, daí a ideia de reunir fontes em um só documento e, desse modo, contribuir com o esforço dos veículos em ampliar a voz feminina nos respectivos conteúdos jornalísticos. u O Guia de Fontes é uma iniciativa do Aliadas, um dos grupos de afinidade do Ação Diversidade, programa interno de Diversidade, Equidade e Inclusão do Grupo FSB. A expectativa é que o Guia seja atualizado periodicamente e que em próximas versões possa abordar outros aspectos da diversidade dentro do público feminino, como raça e etnia, orientação sexual e pessoas com deficiência. Nesta primeira edição foram elencadas porta-vozes que se autodeclaram mulheres e que ocupam cargos de referência em suas empresas, seja na liderança ou área específica de conhecimento. n Tatiane Cotrim começou em março como gerente de PR na Máquina CW, no atendimento exclusivo à 99. Esteve, até então e por um ano, na Loures, como PR sênior para a Sanofi, e foi por pouco mais de dois anos da CDN, agência pela qual atendeu à Pfizer. n Vitória Loria Biagioni, executiva de contas da Ideal, deixou a agência em maio e foi para a MSL Brasil, na mesma função, contratada para o atendimento à Meta. Tatiane Cotrim Vitória Loria Biagioni Camila Gugliano Mucin Rayssa Pereira Licença-maternidade n Camila Gugliano Mucin, analista sênior de comunicação e marketing na CTG Brasil, em São Paulo, na empresa desde dezembro de 2018. n Rayssa Pereira, analista de marketing no Bradesco Seguros, no Rio de Janeiro, na organização desde junho de 2017. Pelo mercado Grupo FSB lança Guia de Fontes só com porta-vozes mulheres n A Cogna Educação ampliou o time de Relações Públicas com a internalização de parte da estrutura que até então era atendida por uma agência. Com a mudança, 11 profissionais passam a compor o time, sendo seis deles recém-chegados. A área de negócio é responsável pela construção do awareness e da reputação da holding e suas 60 marcas, que estão presentes na jornada educacional de crianças e adultos, impactando mais de 22 milhões de estudantes em todo o País. u A estrutura de PR da companhia atua em duas frentes: a Corporativa, com foco nas marcas da holding Cogna e nas marcas Somos e Saber, sob a liderança da gerente Rafaella Bezerra, com quatro profissionais; e a Regional, que responde especificamente pela marca Anhanguera, com sete pessoas, lideradas pela coordenadora Carolina Pinho. À frente de toda a estrutura de relações públicas está a sócia e gerente sênior Deborah Rodrigues. Outras informações na Sala de Imprensa. Cogna reestrutura área de RP Deborah Rodrigues
Edição 1.413 página 9 n O Auditório do Masp, em São Paulo, recepciona em 19/6, das 9h às 20h, o Aberje Trends 2023, evento que debaterá A nova economia da comunicação corporativa: tecnologias e competências que vão moldar um time vencedor. u Serão sete painéis, com pouco mais de 30 convidados, entre eles Eduardo Vieira (Softbank), Elisa Prado (consultora em gestão de reputação), Guilherme Magalhães (Meta), Maria Tereza Gomes (Jatuticaba) e Viviane Mansi (Toyota). u A programação terá, pela manhã, as seguintes mesas: • Mesa de CEOs comunicadores – Agenda ESG e o papel do CEO na sua comunicação • Comunicação Interna como estratégia de gestão: tendências e tecnologias para a criação de equipes engajadas • Diversidade como compromisso institucional: o que as empresas estão fazendo para incluir de verdade? u E pela tarde: • Memória e futuro: como histórias bem contadas contribuem para a perpetuidade das marcas • Influência, mídia e prevenção de crise: os desafios e riscos das marcas que querem inovar no relacionamento com o público • Public affairs, relações institucionais e governamentais: Brasília na agenda dos comunicadores • ESG para comunicadores: como a transparência das empresas pode contribuir com a sociedade u As inscrições podem ser feitas até 15/6 e custam R$ 1.150 para associados da Aberje e R$ 1.600 para outros interessados. Informações e inscrições aqui. Dança das contas n A Nova PR anunciou na última semana a conquista da conta do BNP Paribas, que será atendida pelos times de PR e Digital da agência. n A Vira Comunicação celebra a chegada das marcas Britânia, Philco e ABMRA (Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro) à sua carteira de clientes, todas após disputar e vencer processos de concorrência, para as quais realizará trabalhos de assessoria de imprensa e marketing de influência. O atendimento a Britânia e Philco é gerenciado por Angelo Sastre, com coordenação de Letícia Herenyi Silveira; e à ABMRA, gerenciado por Marcos Araújo, com coordenação de Natália Santana e linha de frente de Elton Félix. Em ambos os trabalhos, Thiago Gomes Rodrigues, head de operações da Vira, será responsável pelo marketing de influência, junto com Ariane Roque, atendimento. n A Pub acaba de anunciar entre seus clientes a Simples Cannabis, empresa fundada em 2022 pelo advogado André Bocchi e pelo biólogo Leon Maas, focada em auxiliar e facilitar a importação de medicamentos canábicos junto à Anvisa. O atendimento integrado tem a recém-chegada Marina Paschoal como gerente e direção de Ana Claudia Camara, sócia- -diretora da agência; direção de Thiago Cardim em Digital, com Natália Magalhães como redatora; e, em Mídia, Monique Costa no atendimento, com coordenação de Beatriz Fernandes e direção de Fernanda Martire. n A AtitudeCom, agência de PR do ATDC Group, também está de conta nova, a do Grupo NBrand, organização portuguesa que atua na área de franquias para as marcas House Shine, Urban Obras, Vangor, UNU, Newcode e Brainbase. No atendimento, Adrianan Yu Gemignani, com coordenação de conteúdo de Laís Jimenez e coordenação geral de Guy Gandelman. n A Vianews passou a atender, pro bono, ao projeto social #SerMulherEmTech, focado em ações de mentoria e incentivo ao ingresso de mulheres no mercado de tecnologia, liderado por Silvana Fumura. n A Prestige assumiu a conta de RP do Essentia Group, empresa que engloba as marcas Essentia Pharma, Essential Nutrition, Essentia Technologies, Noorskin e Be Generous. n A Press Manager, que atua no segmento de mailing de imprensa, anunciou a chegada dos clientes Audi, BRB – Banco de Brasília e Hospital Santa Marcelina. E mais... n O Valor Econômico volta a organizar este ano o Prêmio Executivo de Valor, suspenso nos últimos anos em decorrência da pandemia. Esta 23ª edição homenageará 23 executivos de 19 setores da economia e das categorias empreendedorismo social, jovem liderança, presidente de conselho de administração e startup de sucesso. No dia 20, os homenageados serão apresentados num encarte especial do jornal. A cerimônia de premiação estará disponível pelos canais de YouTube e LinkedIn. n Está marcado para 14/6 o lançamento do Movimento Impact Comms, focado em tendências da comunicação interna, fruto de parceria entre as agências Indicafix e P3K, com apoio da B3. O evento, que será realizado na Arena B3 (praça Antônio Prado, 48, Centro, SP), das 8h às 13h, contará com palestras de executivos de Natura&Co, GPA, Neonergia (Distribuidora Cosern), Vivo e Via – todas empresas listadas na B3 –, sobre expectativas para a comunicação interna. n Melissa Domenich Bianchi, gerente de comunicação externa da Votorantim Cimentos, informa que a empresa ampliou sua presença no LinkedIn, lançando uma newsletter mensal com novidades relacionadas à empresa, como conteúdos sobre produtos e serviços, jornada ESG, diversidade & inclusão, cultura organizacional, entre outros temas. Para quem quiser acompanhar, ela informa que é só clicar neste link. n Novidades na Focal3, de Jô Ristow, Andrew Greenlees e Luiz Antônio Flecha de Lima. A agência passa a contar, a partir de agora, com uma nova área focada na produção de conteúdo, com times especializados. Na liderança estão Raquel Brito, que assumiu a posição de head de Operações e Planejamento, e Carlos Gil, na função de head de Conteúdo e Projetos Especiais. Carlos Gil e Raquel Brito Pelas instituições Aberje Trends será em 19/6, no Masp. Inscrições continuam abertas conitnuação - Comunicação Corporativa
Edição 1.413 página 10 Está aberto até 30 de junho o prazo para envio de resumos de trabalhos para o II Congresso Brasileiro de Comunicação Pública, Cidadania e Informação, que será realizado nos dias 16, 17 e 18 de outubro de 2023, em Natal (RN), com o tema O direito humano à comunicação e ameaças da desinformação. O evento é uma promoção da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública) e do Departamento de Comunicação Social (Decom) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A submissão dos resumos pode ser feita pelo site do evento. Oficinas Em conjunto com as atividades presenciais realizadas na UFRN, o II ComPública oferecerá oficinas online no dia 17 de outubro, realizadas pelo do Google Meet por profissionais e pesquisadores do tema. As propostas de oficinas já foram submetidas e a divulgação das atividades selecionadas será feita a partir do dia 10 de junho, quando está prevista a abertura das inscrições no congresso. Promovida pelo Pro Legislativo, a segunda edição do Fórum Gaúcho de Comunicação Pública Municipal será realizada em Porto Alegre, nos dias 16 e 17 de agosto. O evento abordará a produtividade da comunicação pública, sob o prisma de eficiência, valores e sintonia com a sociedade contemporânea, que ao mesmo tempo que é local também é global. Entre os palestrantes está Cristina Bartholomay de Oliveira, diretora da ABCPública no Rio Grande do Sul, que é jornalista do Ministério Público-RS. Mais informações no site do Pro Legislativo. Estão abertas as inscrições para a Pós-graduação em Comunicação Pública e Governamental da PUC Minas. O prazo para matrícula vai até 9 de agosto. A proposta do curso é suprir lacuna na formação de graduação dos profissionais de comunicação e qualificar os profissionais que trabalham na esfera pública, apresentando conceitos e contextos da Comunicação Pública e Governamental, bem como ferramentas para o trabalho nas diversas áreas, como comunicação digital, jornalismo e relações públicas. As aulas são ao vivo e online. Jorge Duarte, vice-presidente de Relações Acadêmicas da ABCPública, é um dos mestres que compõem o corpo docente do curso. Associados da ABCPública têm 15% de desconto. Saiba mais sobre a especialização clicando aqui. Nesta nova leva, você vai encontrar guia de linguagem inclusiva para flexão de gênero: aplicação e uso com foco em Comunicação Social, política de comunicação integrada, política de gerenciamento e atendimento de redes sociais, entre outros. As publicações, em sua maioria, são de órgãos da Justiça Eleitoral e da Justiça Federal. Acesse aqui. Por dentro da Comunicação Pública II ComPública: edital para envio de trabalhos está disponível Inscrições abertas para o II Fórum Gaúcho de Comunicação Pública Municipal Especialização em Comunicação Pública e Governamental na PUC/MG Novos documentos inseridos no Mapa da Regulamentação da ABCPública RADAR DA COMUNICAÇÃO Aprenda a fazer Linguagem Simples O Guia Simples Assim – Comunique com todo mundo está disponível para download. A publicação foi lançada oficialmente em 6 de junho no 3º Congresso Internacional de Gestão de Pessoas. O guia traz dicas sobre como escrever de um jeito prático e direto, como a Linguagem Simples deve ser. São dicas para criar textos e desenhos simples, e como ter certeza de que a mensagem vai ser entendida. Clique aqui para baixar o conteúdo. (Via @guiasimplesassim) Do local ao global: contribuições do Brasil para a saúde mental: evento híbrido e gratuito O seminário internacional Do local ao global: contribuições do Brasil para a saúde mental reunirá autoridades no assunto nos dias 3 e 4 de julho, no Cidacs/Fiocruz Bahia. O encontro visa a discutir o impacto dos determinantes sociais e do programa Bolsa Família na saúde mental de jovens brasileiros. Para isso, reunirá pesquisadores de referência mundial na área, como Vikram Patel e Jonh Naslund (Harvard), Daiane Machado (Cidacs/Fiocruz e Harvard) e Mauricio Barreto (Cidacs/Fiocruz). A iniciativa faz parte do projeto Impacto dos determinantes sociais e das transferências de renda na saúde mental dos jovens, uma parceria do Cidacs com a Universidade de Harvard, com financiamento do National Institutes of Health (NIH) e liderança de Daiane Machado, pesquisadora associada ao Cidacs e Harvard. Saiba mais aqui. (Com informações do @cidacs.fiocruz) Curso gratuito: O papel da comunicação na agenda ESG das organizações Ministrado por Leana Mattei, fundadora da Aganju, consultoria especializada em sustentabilidade e impacto social, o curso terá início em 3 de julho. Como a comunicação é um setor essencial para a agenda ESG, a Associação Baiana do Mercado Publicitário, através do Scream Festival, oferece a trilha de aprendizado como uma oportunidade de adquirir conhecimento, adotar boas práticas e analisar os riscos, refletindo sobre os valores que alicerçam sua cultura e sustentam sua reputação através de ações mais sustentáveis, conscientes e bem gerenciadas. Clique aqui para se inscrever. (Com informações do portal Alô Alô Bahia)
Edição 1.413 página 11 Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro Especial Direito Autoral n O repórter fotográfico Lucas Tavares conversou conosco sobre suas preocupações profissionais. Com a redução do mercado de trabalho e a difusão desordenada na internet, os profissionais procuram se apoiar nos direitos autorais. u Formado em Jornalismo pela Candido Mendes, do Rio de Janeiro, Lucas fotografa profissionalmente desde 2011. No ano seguinte, começou na Agência Globo e lá esteve por sete anos. Teve passagem pela agência de fotojornalismo Zimel Press, e foi recontratado em 2022 pelo Globo, onde está até hoje. Atende a todas as editorias, mas especializou-se na cobertura de shows musicais. u Entre suas coberturas marcantes estão o Lollapalooza Brasil, por três anos, e o Rock in Rio 2022. Teve fotografias publicadas na coleção O melhor do fotojornalismo brasileiro, da Editora Europa, e fotos escolhidas para a galeria virtual Imagens da Pandemia, com curadoria da Arfoc Brasil. Atualmente cursa mestrado em Mídia e Cotidiano na UFF. Jornalistas&Cia − Como vê a atividade dos repórteres fotográficos na atualidade e a evolução da categoria? Lucas Tavares − Dentro do universo da grande mídia, o fotojornalismo é uma profissão que, cada vez mais, tem diminuído a colocação no mercado. Por outro lado, crescem iniciativas como a criação de coletivos de fotojornalistas e de pequenas agências. Isso também acontece com os fotodocumentaristas. J&Cia – Qual a sua opinião sobre a questão da proliferação de amadores, o impacto na fotografia profissional e no próprio jornalismo? Lucas − Vejo que hoje muitas matérias são ilustradas com imagens feitas pelo chamado fotojornalista cidadão. A perda da centralidade das mídias corporativas, do poder comercial dos grandes conglomerados, resultou numa diminuição editorial. As redações foram impactadas, o que respingou na editoria de Fotografia, que, em redações menores, foi até extinta. Perdendo recursos para as mídias alternativas, os jornais procuram se manter, mas têm investido menos no fotojornalista profissional, aquele trabalho com equipamento de ponta, até mesmo na figura do repórter. J&Cia − E a questão dos direitos autorais no País, em especial para os fotógrafos? Lucas − Vejo uma relação complicada que o fotógrafo tem com a internet. As pessoas pensam que basta dar o crédito e tudo bem. Na verdade, muita gente não conhece a licença de uso, que é uma obrigação por lei. É preciso ter minimamente Lucas Tavares e a defesa do direito autoral na fotografia Fotos: Lucas Tavares Lucas Tavares uma autorização – mesmo que a reprodução seja gratuita – ou por meio do fotógrafo ou da agência para a qual ele trabalha, ou banco de imagens. A maioria dos fotógrafos vê suas imagens utilizadas sem qualquer autorização. Entendo que é preciso falar com o fotógrafo, porque o direito autoral é inalienável. É uma relação conturbada, mas estabelecida com regras claras. A lei é boa, só precisa ser aplicada. J&Cia − Como vê a proteção efetiva das leis contra o uso indevido de imagens? Lucas − Não conheço uma entidade que faça fiscalização de maneira ativa. Dependendo da magnitude, e do próprio fotógrafo, quando a gente vê procura um escritório de advocacia. Tenho visto muito fotógrafo fazendo assim. No meu caso, são muitas fotografias utilizadas, preciso de um escritório. J&Cia − Que conselho dá para editores ou colegas que precisem usar imagens da internet? Lucas – Sempre faça contato com o autor, ou com a empresa com a qual ele trabalha – ou trabalhava, dependendo da data. O melhor é fazer contato direto com o fotógrafo; sempre oriento buscar autorização. Pegar no Google e não botar o nome, acho muito arriscado; não peguem qualquer fotografia da internet. O direito do autor é protegido, independentemente de estar do domínio público ou não. É inalienável. Quando está vivo, precisa pedir autorização; se for falecido, a família tem direito de receber. No caso de divulgação, um release com foto, a autorização está implícita. O trabalho do fotojornalista é importante porque documenta o cotidiano e deve ser valorizado. É feito com muito cuidado, sempre privilegia a questão da técnica e do olhar.
Edição 1.413 página 12 Especial Direito Autoral n Jornalistas&Cia entrevistou o advogado e fotógrafo Marcelo Pretto, que já há alguns anos também tem atuado na proteção aos direitos autorais dos profissionais de imagem, com o escritório One Intelectual. Nessa conversa, ele conta um pouco desse trabalho e de como devem ser os procedimentos de quem utiliza imagens para fins editoriais e comerciais, sobretudo de imagens buscadas na internet. Jornalistas&Cia – Há quanto tempo existe a One Intelectual e quais seus principais objetivos? Marcelo Pretto – O escritório sempre levou meu nome, Marcelo Pretto. Porém, criei a marca One Intelectual em 2021 a fim de ingressar no mercado corporativo e para atender a bancos de imagem e agências de fotografia. Desde 2009, quando comecei a fotografar, tive uma demanda de colegas fotógrafos sobre contratos e direito autoral. De lá para cá, após uma especialização acadêmica na área e muita prática, advogo hoje em dia somente para fotógrafos, artistas, criadores de conteúdo e modelos. Nossos objetivos são: proteger a obra fotográfica; gerar acordos extrajudiciais a fim de compensar o prejuízo pelo uso indevido das fotografias; e educar o consumidor de propriedade intelectual (seja texto, fotografia, logotipo, música etc.) para que o mercado atue de forma profissional e respeitosa com os criadores de conteúdo. J&Cia – A luta por direitos autorais, no campo do jornalismo e, mais especificamente, da fotografia, é antiga, e protegida por lei. Você pode contextualizar essa legislação e o quanto ela de fato protege os direitos autorais nesse campo? Marcelo – A Lei de Direito Autoral no Brasil, de 1998, recebe o nº 9.610. É uma lei que protege as criações artísticas e científicas de um autor, que são chamadas de obras protegidas. Protege tanto o fotógrafo quanto o jornalista. Mas também o arquiteto, o músico, o escritor, e por aí vai... Protege o autor/criador da obra, o titular (aquele que pagou para adquiri-la e utilizá-la), além da própria obra e a criatividade nela contida. Toda vez que o autor e/ou titular de uma obra tiver sido vítima de uso indevido de sua propriedade intelectual (leia-se, obra protegida), pode procurar um escritório que seja especializado no tema. Há formas de requerer direitos na esfera extrajudicial, e se não for sanado o problema, acionar o Poder Judiciário a fim de fazer valer seus direitos violados por terceiros, a saber: não colocar os créditos na obra; utilizar sem prévia autorização do autor; manipular a obra sem autorização do autor ou titular; usá-la para fins comerciais; e plagiar a obra (copiar sem autorização). Nossa lei específica é muito eficaz e moderna; comparando-se com as melhores leis sobre autoria no mundo, como a francesa e a alemã. J&Cia – Você diria que o reconhecimento dos direitos autorais no Brasil tem avançado ou essa é ainda uma luta que precisa ter continuidade? Proteção a direitos autorais na área de fotografia Marcelo – Sim, tem avançado, mas a luta deve continuar. Principalmente nesta época em que vivemos, pós-2020, em que a tecnologia, a meu ver, não está nos aparelhos eletrônicos, mas sim no cérebro humano. Ou seja, um smartphone nada mais é do que o produto de um pensamento, de know-how humano. Uma obra de arte ou uma fotografia são conteúdos (se forem criativos) que devem ser protegidos, pois a liberdade e o direito de criar é inerente à dignidade humana. Direito autoral é o direito do futuro (próximo), na minha opinião. Mas a sociedade brasileira precisa se comunicar com a lei e respeitá-la. Infelizmente, em mais de uma década trabalhando com o tema, sinto que há muito a avançar. Nesse sentido, Europa e EUA estão mais avançados, pois a violação à propriedade intelectual lá é punida de forma mais severa. J&Cia – Quais são os desrespeitos mais comuns nesse campo e como vocês fazem para monitorar as publicações? Marcelo – A contrafação é a modalidade de ilícito civil mais comum. Contrafação é o uso indevido de obra alheia. E isso ocorre com a fotografia diariamente e sem controle... Nossos clientes, quando descobrem que estão tendo prejuízo por usos indevidos de suas fotografias, pedem nossa assessoria e iniciamos nossos trabalhos de proteção e fomento ao acordo, a fim de reparar parte do dano que o fotógrafo já teve. Temos uma equipe especializada em busca reversa, que detecta os usos indevidos por parte dos infratores. J&Cia – Quantos clientes nessa área a One Intelectual tem e como funcionam os contratos, em termos de ganhos para as partes? Marcelo – Já atendemos a mais de duas dezenas de clientes em quase cinco anos. Quanto à porcentagem, é assunto restrito entre escritório e cliente. No entanto, podemos garantir que os valores que os clientes recebem nos acordos são vultosos, relevantes em sua renda mensal. Já que inúmeros infratores utilizam-se de suas obras fotográficas, os acordos gerados são ferramentas para amenizar o prejuízo que já ocorreu. Para ter uma ideia: valores em acordos desde 2021 somam mais de R$ 2 milhões para nossos clientes. J&Cia – Autores interessados nessa proteção como devem proceder para contratar um escritório de advocacia? Que cuidados devem tomar? Marcelo – Devem produzir todas as provas, porém nós auxiliamos como fazer. Devem ter bem armazenados os arquivos digitais ou analógicos. Nos digitais, o ideal é inserir seus metadados: nome do fotógrafo, data e e-mail são informações muito importantes para garantir a autoria. O conjunto probatório, se for bem robusto, também é válido judicialmente. Não precisa ter o arquivo RAW, mas se tiver, e com os metadados ali inseridos, fica tudo devidamente comprovado e transparente e fácil de provar que a foto é dele. Dali para a frente a One Intelectual agrega seu conhecimento jurídico a fim de fomentar os acordos/indenizações extrajudiciais. J&Cia – Qual o ritual praticado quando se descobre o uso indevido de uma imagem protegida por direito autoral? E, em média, qual o tempo de duração dos processos quando há e quando não há acordo? Marcelo – Uma vez descoberto o caso, a One Intelectual notifica o infrator e começa as tratativas de acordos extrajudiciais. Trinta dias são suficientes para sabermos se lograremos composição amigável ou não. Se não houver acordo, ajuizamos o caso e em média o processo dura um ano. J&Cia – Como são calculados os valores indenizatórios e em que se baseiam? Marcelo – Com base no valor/ preço da obra fotográfica utilizada e com base na jurisprudência. Porém, o uso indevido também é fator variável para chegarmos num valor justo de indenização. Marcelo Pretto Anny Machado
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