Edição 1.413 página 21 conitnuação - Brasília Mato Grosso do Sul n Até 15/6, a Câmara dos Deputados abriga, no Corredor Tereza Benguela, a exposição Rádio: Centenário e Antenado, que acompanha a trajetória de cem anos do rádio no Brasil. Com textos, fotos e infográficos, a mostra conta como o pioneirismo do padre inventor Roberto Landell de Moura, a curiosidade de engenheiros da Rádio Clube de Pernambuco e o idealismo do educador Edgard Roquette- -Pinto transformaram o destino do rádio, que nasceu como uma ferramenta de tecnologia militar e comercial e tornou-se um veículo de informação e cultura. u A exposição inclui três fones para a reprodução de áudios importantes da história do rádio: no primeiro, Roquette-Pinto fala da criação da Rádio Sociedade do RJ, em 1923; o segundo trata da abertura da primeira edição de A Hora do Brasil, em 7 de setembro de 1938; e o terceiro mostra a Rádio Câmara entrando no ar, em caráter experimental, em 1999. Visitação de segunda a sexta, das 9h às 17 horas. n Morreu em 5/6 Shana Ferreira, de 89 anos, depois de sofrer embolia e septicemia. Ela estava internada na UPA do Paranoá em consequência de uma fratura de fêmur. Pioneira de Brasília, Shana chegou à capital no final da década de 1950, antes mesmo da inauguração da cidade. Natural de Campo Florido (MG), passou por diversos jornais de Brasília, tendo participado da fundação do Jornal de Brasília e atuado em outras sucursais. Participou da equipe do então presidente Juscelino Kubitscheck na organização da festa comemorativa da inauguração de Brasília, em 1960. u Graduada em Jornalismo pelo CEUB, costumava contar, orgulhosa, que foi a primeira mulher a trabalhar na cobertura política na sucursal do Estadão. Participou da criação do jornal José, o Jornal da Semana Inteira, umas das primeiras experiências de jornalismo independente na cidade, ao lado Luís Guttemberg e Eliane Cantanhêde. “Shana foi uma tiazona de gerações de jornalistas em Brasília. Durona, eficiente, mas sempre pronta a quebrar galhos, resolver problemas, ajudar”, recorda Eliane. Shana trabalhou ainda em praticamente todos os governos do DF, nas gestões de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda. O sepultamento ocorreu no dia seguinte, no Cemitério Campo da Esperança. n O jornalista Sandro Almeida de Araújo foi perseguido e agredido por quatro policiais militares em frente de casa na semana passada, em Nova Andradina. Segundo o profissional de imprensa, os policiais não se identificaram e não estavam fardados. u Ao perceber que estava sendo perseguido por dois veículos, Sandro estacionou o carro na frente da residência. Segundo o jornalista, os policiais vistoriaram seu carro, sem ordem judicial, sob a justificativa de que procuravam fogos de artifício e faixas que seriam usados para comemorar a transferência do comandante da Polícia Militar. Sandro nega. Os policiais derrubaram o jornalista e o atingiram com socos. u Os suspeitos da agressão foram identificados pelo secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira. Dos quatro, um estava de folga e outro cumpria licença médica. Três deles são lotados em Nova Andradina e um em Bonito. Segundo Sandro, as agressões foram motivadas por seu trabalho como jornalista. Ele cobre a área de segurança pública em Nova Andradina. Registro-DF Morre Shana Ferreira Shana Ferreira material cedido ao CB Agenda-DF Exposição na Câmara marca os 100 anos do rádio Jornalista é agredido por policiais militares descaracterizados “Fazer pipa é uma arte, brincar também, mas é preciso respeitar os outros”. Mesmo que não vendesse linhas, essa era a regra básica do vovô Calu, o rei da pipa no bairro. Condenava quem usasse linhas feitas com a assassina mistura de cola, vidro moído ou pó de ferro, que provocam acidentes quando tocam os fios de alta tensão. A primeira vítima é o próprio pipeiro. Palavras ao vento, como as pipas. Numa tarde de maio uma dessas linhas, levando a pipa do Calu, quase matou a filha do seu melhor amigo. No dia seguinte, com um recado curto na porta, vovô Calu explicava porque ia parar de fazer pipas. “Não quero ser cúmplice de uma arte ligada a tal tipo de insanidade”. A pipa do vovô não sobe mais Tuitão do Daniel Por Daniel Pereira (daniel07pereira@ yahoo.com.br), especial para J&Cia (*) Batizado há 46 anos no Grupo Estado, Daniel Pereira passou por Rádio Bandeirantes, TV Record, coordenou a Comunicação do Governo de SP na ECO-92 e foi assessor de imprensa no Memorial da América Latina. Publicou em 2016 O esquife do caudilho e acaba de concluir O último réu.
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