Jornalistas&Cia 1421

Edição 1.421 página 5 conitnuação - MediaTalks Vice vendido − O desfecho foi o esperado: um dos mais bem-sucedidos grupos de mídia digital, o Vice Media, acabou vendido aos seus credores por US$ 350 milhões, uma fração dos US$ 5,7 bilhões que chegou a valer em 2017. Os novos donos são o Fortress Investment Group, o Monroe Capital e o Soros Fund Management, do megainvestidor George Soros. O grupo de mídia, fundado no Canadá em 1994, que produz conteúdo em 25 idiomas, havia decretado falência em maio, após desistir de encontrar um comprador. A transferência do controle acionário para os credores era o cenário mais provável. Rebranding atrapalhado − Elon Musk desistiu da queda de braço com as autoridades municipais de São Francisco, e em 31/7 removeu o sinal luminoso com o X da nova marca do Twitter colocado sobre o prédio da sede da empresa sem autorização. O letreiro, que ficava piscando para formar a letra X, e a projeção móvel na fachada irritaram os moradores da redondezas e ganharam o mundo depois de um vídeo do jornalista Christopher Baele, que mora em frente, ter alcançado mais de 39 milhões de visualizações. As projeções começaram no dia em que marca foi anunciada, e o letreiro foi instalado na sexta-feira (29). Cubano ameaçado − O premiado jornalista cubano Abraham Jiménez Enoa, colunista do Washington Post exilado na Espanha, denunciou que foi vítima de ameaças quando caminhava com o filho de dois anos em Barcelona, onde passou a viver desde que deixou Cuba para fugir da repressão do regime de seu país. Jiménez postou a ameaça no Twitter, dizendo que homens com sotaque cubano gritaram: “Abraham, sabemos que você está perto de casa”. O jornalista disse não ter conseguido ver seus rostos, mas relatou ter ouvido risos enquanto eles se afastavam. Por não ter como identificar os homens, ele não pôde reportar o incidente à polícia. Trump derrotado − O ex- -presidente Donald Trump foi derrotado em uma tentativa de receber indenização de US$ 474 milhões (R$ 2,2 bilhões) da rede CNN em um processo por difamação, alegando ter sido comparado várias vezes a Hitler. Em 29/7, o juiz federal Raag Singhal, nomeado pelo próprio Trump em 2019, encerrou o processo protocolado no ano passado, por considerar “opinião” o uso da expressão “a Grande Mentira” pela CNN para se referir às alegações de fraude eleitoral feitas pelo expresidente. O juiz entendeu que as declarações usando a frase associada ao nazismo foram “repugnantes, mas não difamatórias”, e assim não poderiam ser objeto de um processo judicial. Não a Assange − A possibilidade de os EUA desistirem dos processos contra Julian Assange como resultado de um acordo com a Austrália, país natal do fundador do Wikileaks, foi oficialmente descartada pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, em uma entrevista coletiva ao fim de um encontro bilateral sobre cooperação militar em Brisbane, em 29 de julho. Preso há quatro anos em Londres, Assange aguarda o resultado do último recurso para tentar evitar a extradição para os EUA, onde responde a 18 processos relacionados à divulgação de documentos confidenciais sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão, cujas penas máximas somadas totalizam 175 anos de prisão. Em entrevista coletiva ao lado da ministra das Relações Exteriores australiana Penny Wong, Blinken disse entender as opiniões e preocupações dos australianos, mas pediu que os “amigos” entendessem as preocupações dos EUA sobre o assunto. Esta semana em MediaTalks Abraham Jimenez Enoa Twitter Compre seu exemplar de colecionador Informações Bruna Valim ([email protected]) ou Clara Francisco ([email protected]) Tiragem limitada R$ 150,00

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