Edição 1.425 página 13 Com pouco mais de meio ano sob nova gestão, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) mudou de perfil e anuncia que novas mudanças, principalmente na grade de programação, devem acontecer a partir de setembro. O presidente da EBC, jornalista Hélio Doyle, disse à coluna que a principal mudança já foi realizada, com a separação da comunicação pública da governamental. O processo foi concluído com o lançamento do canal Gov e da Agência Gov, no final de julho. O novo canal é voltado à transmissão das informações de interesse público sobre políticas, atos, programas e serviços do governo federal, com ênfase nas transmissões ao vivo e cobertura do dia a dia do Executivo federal. Segundo Doyle, “agora, estamos trabalhando para retomar a participação da sociedade civil nas decisões referentes à comunicação pública e levar para os nossos veículos de televisão, rádio e agência de notícias conteúdos voltados para informação, arte, cultura, educação, ciência”. Uma iniciativa relevante nesta direção será a realização de uma conferência nacional sobre comunicação pública, que deve ser realizada no próximo ano. “Esse é um passo muito importante para que o conceito da comunicação pública seja mais disseminado”, completou. Doyle registra como um dos principais avanços a transmissão do sinal da TV Brasil para todas as capitais do País, graças à parceria firmada com a Universidade Federal do Acre para implantação, transmissão e operação do canal público de televisão na capital, Rio Branco. Ele disse também que entre as principais metas para o próximo ano está a expansão da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), que hoje conta com 66 emissoras de televisão e 36 de rádio. Uma nova programação para a TV Brasil e a criação da TV Brasil Internacional são outros objetivos para 2024. No entanto, nem tudo são flores no novo caminho da EBC. Com o orçamento herdado da gestão passada, a empresa está praticamente deficitária e vai precisar de uma suplementação de recursos este ano. Caso contrário, o presidente disse que terá que fazer mais restrições, num contexto no qual os equipamentos precisam ser atualizados, são necessários investimentos em tecnologia e a sequência com os planos de reformulação da programação da TV Brasil. Por dentro da Comunicação Pública Com Rio Branco (AC), sinal da TV Brasil chega a todas as capitais do País Novas mudanças na grade começam em setembro “Trocar o pneu com o carro em movimento”. Não foi a expressão utilizada, mas, com certeza, é uma boa definição para os trabalhos da Assessoria de Comunicação do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) neste primeiro semestre. Conforme explica a jornalista Karen Mota, coordenadora da Ascom do MPI, como o ministério foi criado nesta gestão do governo federal, o início das atividades foi marcado pela estruturação do setor. No entanto, a crise sanitária e humanitária do povo yanomami, que ganhou repercussão no mundo todo, acabou por ocupar boa parte também da reduzida equipe de comunicação do órgão, tocado pela liderança indígena Sonia Guajajara. No período também aconteceu a Cúpula da Amazônia, que exigiu bastante dedicação da equipe. Ex-assessora do Greenpeace Brasil, Karen disse que “por se tratar de um ministério novo, não há qualquer histórico, estamos começando tudo do zero”. A jornalista disse também que precisaram compreender os nada fáceis meandros do funcionamento da administração pública, com sua burocracia, além de compatibilizar o dia a dia da cobertura das ações do ministério e da ministra. Karen considerou ainda que no primeiro semestre o trabalho de comunicação no MPI foi bastante reativo. Não só pela falta de estrutura física, mas também por contar com uma equipe reduzida. A expectativa agora da equipe do ministério é ter uma atuação mais propositiva, constante e assertiva, principalmente nas redes sociais, com a divulgação das agendas mais importantes e as articulações políticas promovidas feitas nas interfaces do governo e nos trabalhos junto às aldeias. Com votação aberta feita pelo público, os vencedores do 1º Prêmio Fotográfico do Censo 2022 devem ser anunciados neste início de setembro. Conforme as normas da iniciativa, os servidores do IBGE, assim como o público em geral, puderam votar nos registros fotográficos feitos pelos próprios recenseadores em seus estados durante o processo de coleta de dados do Censo no ano passado. Foram 169 imagens selecionadas para a etapa final, em três categorias: paisagens urbanas, paisagens rurais e habitação. As fotos foram tiradas pelos recenseadores por meio do Dispositivo Móvel de Coleta (DMC), equipamento utilizado na própria pesquisa. Os prêmios vão de R$ 5 mil a R$ 1 mil para os três melhores colocados em cada uma das três categorias. A intenção deste 1º Prêmio foi documentar as atividades de campo do processo de coleta de dados do levantamento, assim como dar visibilidade ao próprio Censo 2022 e ao trabalho de coleta feito pelos recenseadores. Resultado do concurso de fotos do Censo 2022 do IBGE está previsto para setembro Troca de pneu com o carro andando. Assim podem ser definidos os primeiros meses de trabalho da Ascom do Ministério dos Povos Indígenas Coletiva da ministra Sonia Guajajara Karen Mota
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