Edição 1.428 página 16 conitnuação - MediaTalks Compre seu exemplar de colecionador Informações Bruna Valim ([email protected]) ou Clara Francisco ([email protected]) Tiragem limitada R$ 150,00 Risco de perpétua − No primeiro aniversário da morte da jovem curda Mahsa Amini sob custódia policial no Irã, pelo menos 100 jornalistas foram presos e vários condenados por noticiarem os acontecimentos e os protestos contra a repressão sobre as mulheres no país. As mulheres jornalistas tornaram-se o principal alvo das autoridades, e algumas ganharam notoriedade pela coragem, como Elaheh Mohammadi, presa há 11 meses e sob risco de prisão perpétua. Ela foi a única jornalista a cobrir o enterro de Mahsa Amini, que morreu no dia 16 de setembro de 2022 aos 22 anos após detenção por não usar o véu islâmico da forma correta. E escreveu para o jornal reformista Ham-Mihan uma reportagem pungente intitulada Terra da Tristeza. Spyware Pegasus − Uma das mais combativas e premiadas profissionais de imprensa da Rússia, Galina Timchenko, editora-chefe do site de notícias independente Meduza, está sendo espionada com o software Pegasus desde fevereiro deste ano. A denúncia foi feita pela organização de direitos humanos digitais Access Now, que realizou uma investigação em conjunto com o Citizen Lab da Munk School of Global Affairs da Universidade de Toronto. O iPhone da jornalista, que vive na Letônia, foi infectado pelo spyware da empresa israelense NSO Group duas semanas depois de o governo russo ter declarado o Meduza uma “organização indesejável” pela sua cobertura crítica do regime de Vladimir Putin e da guerra na Ucrânia. Apalpada na rua − A revolta contra o beijo forçado do dirigente Luis Rubiales na jogadora de futebol Jenni Hermoso não serviu ainda para colocar fim ao assédio sexual contra mulheres na Espanha: em 12/9, um homem foi preso pela polícia de Madri após uma repórter de TV que fazia uma reportagem ao vivo ter sido apalpada por ele. A jovem jornalista Isa Balado falava sobre um assalto a uma loja com o âncora do telejornal Cuatro da rede Mediaset quando o homem se aproximou e a tocou. Ela tentou seguir com a reportagem, visivelmente constrangida, mas o apresentador Nacho Abad se revoltou com a situação e perguntou se tinha sido apalpada no traseiro. Ao receber a confirmação, ele pede a Balado para colocar diante da câmera o “idiota”, que não se afastou e estava sorridente. Emprego dos sonhos? − O Gannett, maior grupo de jornais dos EUA, anunciou o que para muitos fãs é o emprego dos sonhos: uma vaga de repórter para se dedicar exclusivamente a cobrir as atividades da cantora Taylor Swift, fazendo reportagens para os jornais USA Today e The Tennessean. No dia seguinte, abriu uma segunda vaga, para um especialista em Beyoncé. O anúncio do posto para cobrir Swift, publicado em 12/9, usa linguagem de shows − “Are you ready for it?” − e diz: “A base de fãs de Swift cresceu a níveis sem precedentes, assim como o significado de sua música e seu legado crescente”. “Estamos à procura de um redator, fotógrafo e profissional de mídia social enérgico que possa saciar uma sede inegável por tudo que diz respeito a Taylor Swift, com um fluxo constante de conteúdo em múltiplas plataformas”. Instituto Max Planck − O Instituto Max Planck de Direito Público Comparado e Direito Internacional, na Alemanha, está com inscrições abertas até dia 6 de outubro para um programa de bolsas para jornalistas. Os selecionados vão passar três meses no país, com subsídio de até R$ 18 mil por mês. Na edição de 2023, duas brasileiras foram contempladas com a bolsa: Letícia Casado, do UOL, e Laís Modelli, jornalista freelancer com trabalho focado em questões climáticas e publicações em diferentes veículos. O objetivo é incentivar pesquisas próprias e troca de conhecimento com acadêmicos de todos os setores de trabalho do Max Planck. Esta semana em MediaTalks YouTube e polícia espanhola
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