Edição 1.428 página 27 conitnuação - Rio de Janeiro n O Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio, o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio e a Fenaj insistem na volta do diploma em Jornalismo como critério de acesso à profissão. u Nesta sexta-feira (22/9), às 17h, na sede do Sindicato do Município (rua Evaristo da Veiga, 16, 17º andar, Cinelândia) ocorre o lançamento do Comitê em Defesa da PEC do Diploma. A necessidade de uma formação sólida que, além de conhecimentos teóricos e competências técnicas, garanta ao profissional o comprometimento ético é consequência da defesa do jornalismo pelas instituições. u Um pouco de história: em 2009, decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) extinguiu a exigência do diploma para o exercício da profissão. Mas em 2012, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) restabelecendo essa exigência foi aprovada no Senado Federal. A chamada PEC do Diploma está parada na Câmara dos Deputados desde então. O objetivo do Comitê é mobilizar o Parlamento para que esta matéria seja finalmente aprovada. E mais... n Antônio Gois é o mediador da sexta edição de Diálogos RJ, do jornal O Globo, cujo tema é Educação. Para debater e propor um modelo transformador, especialistas estarão em duas mesas: Os desafios da educação integral na sociedade brasileira e A escola como espaço acolhedor e seguro. Na segunda-feira (25/9), às 9h30, no auditório da Editora Globo (rua Marquês de Pombal, 25, Cidade Nova). n Rosa Nepomuceno morreu em 14/9, aos 74 anos, de falência múltipla dos órgãos. Ela tratava de um problema renal, mas estava bem, e isso não a impediu de fazer, em agosto, uma animada festa de aniversário reunindo os amigos. Há poucos dias, foi internada, e não voltou do hospital. u Paulista de Botucatu, começou no jornalismo em Salvador, no Jornal da Bahia, e depois passou ao Diário Popular. Radicada no Rio desde a década de 1970, trabalhou no Diário de Notícias e nas revistas Manchete e IstoÉ. Durante os anos 1980, cultivou plantas em seu sítio em Nova Friburgo, abriu uma empresa de paisagismo, escreveu sobre jardins e gastronomia em outras publicações. u Nos anos 1990, foi repórter no Segundo Caderno de O Globo, assessora de imprensa para instituições culturais e colaborou com revistas como Vogue. Publicou Música caipira – Da roça ao rodeio, considerado livro de referência desse gênero musical e que recebeu o Prêmio Clio 2000, conferido pela Academia Paulistana de História. Dirigida por Tárik de Souza, então crítico musical de O Globo, chegou a cantar na noite carioca. u Concentrou-se depois nas pesquisas sobre temperos e especiarias, foi colunista de Aromas na revista Cláudia Cozinha, apresentou workshops sobre o tema, e foi consultora de empresas de alimentos. É de 2003 o livro Viagem ao fabuloso mundo das especiarias. Escreveu ainda, para a rede de supermercados Zona Sul, um livro sobre azeites, depois de longa viagem patrocinada aos produtores. u A amiga Deborah Dumar lembra que a neta herdou a tradição da gastronomia e gostava de aprender com Rosa. Em 2013, publicou o infantil As ervas de Sofia, com receitinhas próprias para crianças com menos de dez anos. Para surpresa da autora, a tarde de autógrafos foi um sucesso. E, mais do que isso, a neta Sofia é hoje chef de cozinha. n Também Daniel Castro celebra dez anos do seu Notícias da TV – hoje hospedado no UOL – com o artigo O jornalismo piorou nos 10 anos do Notícias da TV e não foi culpa nossa. u Publicado em 18/9, o que ele chamou Depoimento discute a relação entre sites independentes e grandes corporações, a exclusividade de uma notícia que dura apenas meia hora, a dependência da audiência das redes sociais, os amadores desinformados que não precisam ser jornalistas, a falta de apuração e até de correção ao escrever. E mostra como tomou “conhecimento da existência das content farms (fazendas de conteúdo), que são sites que usam redatores freelancers (leia-se: mal pagos) para adaptar o conteúdo alheio ao gosto dos algoritmos de busca e distribuição de conteúdo, com muito clickbait e fake news”. u Ele cita Flávio Ricco, do R7, como fonte insistentemente copiada, além dele próprio. Convém lembrar que Castro, ao deixar sua coluna na Folha de S.Paulo, foi para o R7, na expectativa de ter um programa na televisão, o que não se concretizou. u Castro não vê perspectiva otimista e considera que “os próximos dez anos do Notícias da TV e do jornalismo profissional não serão nada fáceis. Talvez tenhamos que ceder em um ponto ou outro para seguirmos competitivos diante de tanta apelação, mas vamos continuar insistindo no jornalismo profissional”. Daniel Castro Sindicatos organizam Comitê em defesa do diploma Antônio Gois Registro-RJ Rosa Nepomuceno e o jornalismo bem temperado Rosa Nepomuceno
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