Jornalistas&Cia 1431

Edição 1.431 - 11 a 17 de outubro de 2023 n A jornalista brasileira Daniela Kresch S. mora em Petah Tiqwa, Israel. Correspondente internacional no Oriente Médio desde 2003, realizou coberturas jornalísticas para GloboNews, Folha de S.Paulo, Rádio França Internacional em português (RFI) e BBC Brasil. Foi acionada por diversos meios de comunicação no Brasil nos últimos dias. Aqui ela nos conta o que tem passado com sua família e sua relação com a profissão. A cidadã n “No dia 7 de outubro, às 7h30 da manhã, tocou uma sirene antibomba aqui na minha casa, numa cidade próxima a Tel Aviv. Era um sábado, um Shabat, feriado judaico. Acordei e fui para um minibunker que tenho dentro de casa: um dos quartos é reforçado com concreto. Fui para esse quarto, o que é a orientação das forças de segurança quando isso acontece. Minha filha de 15 anos dorme nesse quarto, e ficamos lá. Esperamos dez minutos e achei que ia ficar só por isso mesmo, porque o Hamas – esse grupo terrorista sanguinário e odiento – lança bombas e foguetes indiscriminados contra a população civil israelense há mais de 20 anos. u Israel desenvolveu uma espécie de script de segurança contra esses ataques, com quartos reforçados que são obrigatórios nas casas, nos prédios novos e também um sistema antiaéreo chamado Domo de Ferro. Os jornalistas se sentem mais ou menos seguros quando há ataques aéreos, mas volta e meia morre alguém. Como eu sempre digo: é como um jogo de Batalha Naval. Eles lançam indiscriminadamente alguma bomba em cima da população civil e, de vez em quando, pega. Destrói uma casa, coloca fogo e morre alguém. Então, é praticamente seguro, mas não é cem por cento seguro esse sistema antiaéreo e esses quartos protegidos. u Ainda dentro do quarto, comecei a perceber que a situação não era a mesma. Não era só antiaéreo, mas um ataque terrestre, marítimo também, o que nunca aconteceu em Israel. Nunca houve uma invasão do solo israelense da Faixa de Gaza desde 1948, desde a criação do Estado de Israel e da Guerra de Independência. u As informações demoraram muito, muito, para chegar. Ninguém entendia o que estava acontecendo e havia uma espécie de fog midiático, todo mundo meio sem saber. No sábado, as pessoas religiosas nem atendem ao telefone, não veem notícia, nem ouvem rádio, nem entram na internet. Mas aos poucos as coisas começaram a clarear, e a gente começou a ver o escopo da tragédia e do massacre que os terroristas fizeram contra cidadãos inocentes, indefesos, que moravam em pequenas comunidades, vilas de 200 a 300 pessoas, e que ficam em volta da fronteira com a Faixa de Gaza. u Estive várias vezes nessas comunidades, são o que chamamos de kibutz, conheço muita gente lá. São cooperativas agrícolas – hoje são menos agrícolas –, comunidades de esquerda, com base socialista, que foram criadas em Israel antes da criação inclusive do próprio Estado. Muitos latino-americanos que vieram para Israel em busca de uma nova vida e judeus que tinham fugido para o Brasil resolveram vir para cá, um Estado em que os judeus fossem maioria, para se sentirem seguros depois do Holocausto. Para construir um novo país, com toda a ideologia que havia na época. u Meu pai, em 1958, quando Israel tinha dez anos, passou um mês num kibutz na fronteira da Faixa de Gaza. Hoje, esse kibutz está completamente arrasado. Estou abalada emocionalmente, estou sempre a dois níveis de quem conhece alguém que foi morto ou sequestrado – e esse é outro caso trágico. Israel é muito pequeno, com menos de dez milhões de pessoas, do tamanho de Sergipe. Todo mundo se conhece, sente essa solidariedade com o que aconteceu. u As pessoas de lá são amantes da paz. Sempre pediram ao governo para prestar atenção ao que acontece na Faixa de Gaza, faziam tudo para empregar os trabalhadores palestinos que vinham de Gaza para Israel. Essas comunidades recebiam todo mundo de braços abertos. E morreram assassinadas, crianças com cabeças cortadas, pais mortos na frente de crianças, mulheres violadas e sendo levadas para a Faixa de Gaza seminuas para serem mostradas à população. Essas são as pessoas que foram massacradas. Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro Daniela Kresch e a intimidade com a guerra Daniela Kresch

Edição 1.431 página 2 n A Justiça de São Paulo condenou o pastor Silas Malafaia a pagar uma indenização de R$ 15 mil à jornalista Vera Magalhães, apresentadora do programa Roda Viva, da TV Cultura, por danos morais e propagação de fake news. Malafaia ainda pode recorrer. u Em 2022, Malafaia disse nas redes sociais que Vera recebia R$ 500 mil por ano do então governador João Doria para publicar ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Entendeu? Doria começou a bancar a jornalista que ataca o presidente em todo o tempo”, escreveu o pastor. A jornalista entrou na Justiça contra Malafaia, afirmando que as declarações do pastor eram falsas e que tinham o objetivo de cercear o trabalho e a liberdade de imprensa. Vera comprovou na Justiça que o salário recebido é muito inferior aos valores divulgados na fake news. u No processo, Malafaia defendeu-se afirmando que não ofendeu a jornalista e que “apenas exerceu seu direito de crítica”. Além disso, o pastor disse que, em relação aos valores divulgados, foi induzido a erro por um vídeo gravado por deputados estaduais, e que corrigiu o erro posteriormente. Porém, a juíza Maria Bertoldo não aceitou a argumentação do pastor. Na sentença, ela declarou que “o réu agiu com manifesto abuso de direito” e que ficou caracterizado o dano moral, pois o pastor usou os meios digitais para divulgar informações erradas sobre a jornalista, sobretudo em relação ao alegado vínculo político. Justiça condena Silas Malafaia a indenizar Vera Magalhães por fake news Vera Magalhães Reprodução/Twitter A jornalista n Para mim, como jornalista, esse momento está sendo duplamente difícil. Como ser humano, é difícil lidar com a ansiedade, a tristeza, o desespero, o luto nacional que se passa agora. Sou brasileira e também tenho nacionalidade israelense, então sinto a dor dos israelenses. Mas, por outro lado, como jornalista brasileira, sinto que tenho que mostrar isso para o público brasileiro. Mas, desta vez, confesso que não estou conseguindo, no escopo que eu gostaria, ou que faria talvez há dez ou 20 anos. u Por dois motivos. Primeiro, há cinco anos eu praticamente larguei a profissão por falta de trabalho aqui. Os coleguinhas que trabalham comigo sabem o quanto lutei e quanto foi difícil para mim, em termos financeiros mesmo, de vida, pagar as contas com trabalhos jornalísticos. Depois de 2016, perdi os meus trabalhos quando começou a crise econômica no Brasil. Em 2015-2016, não tinha quase nenhum. Eu tinha trabalhado 12 anos com a GloboNews direto, e perdi esse trabalho porque não tinham mais orçamento. O Globo também não. Depois a Folha de S.Paulo me contratou e, um pouquinho mais tarde, parou por falta de orçamento. u Então eu, há praticamente uns cinco anos, deixei o jornalismo para fazer uma mudança profissional e me sustentar. Infelizmente, porque minha alma é de jornalista. Hoje em dia, trabalho numa startup em Tel Aviv. Nesse momento, vejo os jornais, revistas, rádios, sites de internet, todo mundo me procurando para eu dar um depoimento, falar alguma coisa, entrar ao vivo, escrever alguma coisa. Muita gente quer me contratar, quer me dar frila, num momento em que eu agora não posso, não tenho mais disponibilidade. u Estou num momento de grande dilema profissional: largo meu trabalho, que paga minhas contas, para cobrir esse ataque terrorista horroroso – talvez o pior ataque terrorista que o mundo viu desde o 11 de Setembro – ou simplesmente deixo meu instinto jornalístico de lado e continuo nos meus trabalhos normais, que não são jornalísticos. Nesse momento, a minha decisão é por essa segunda opção. Durante sábado e domingo, os dois primeiros dias, fiz entradas ao vivo na CNN Brasil, até na CNN Portugal, na GloboNews, na CBN, escrevi algumas coisas, falei com o pessoal da Folha, mandei informações. Tudo isso, é claro, sem pagamento. u Na segunda-feira, decidi dar adeus ao meu instinto jornalístico e voltar para minha vida de pessoa que precisa sobreviver e que precisa também lidar com sua saúde emocional e a da filha, e cada vez menos faço coisas relacionadas com jornalismo. Ainda trabalho como correspondente do Instituto Brasil-Israel; faço textos, vídeos, mas vou ficar mais ou menos só com isso. É uma tristeza para mim, porque gostaria de estar muito ativa neste momento. É muito importante, mas não tenho capacidade e disponibilidade, nem financeira nem emocional, para isso. u Acho que a imprensa brasileira esqueceu Israel por algum tempo. Talvez haja só uma correspondente da GloboNews, que está aqui porque é casada com um diplomata, e nem vai ficar por muito mais tempo. Todos os jornalistas que trabalhavam aqui deixaram a profissão, por falta de possibilidade de sobreviver. Portanto, neste momento, quando acontece algo aqui, não tem ninguém. Todos os canais de TV, rádios, jornais estão tentando mandar alguém para cá, porque também está difícil pegar voo, ou contratar alguém para fazer matérias. u Eu digo para todos esses canais, para toda a imprensa brasileira: me desculpa, mas vocês estão colhendo o que plantaram. Infelizmente, neste lugar importantíssimo do mundo, do Oriente Médio, não tem nenhum jornalista nesse momento. Posso contar nos dedos de uma das mãos os que estão ativos e eu, infelizmente, estou praticamente inativa.” Continuação da Capa Últimas

Edição 1.431 página 3 conitnuação - Últimas O slogan do prédio em construção prometia levar as pessoas para bem pertinho do céu. Só quando o “espigão” de oito andares foi inaugurado é que o povo entendeu. No topo, um aconchegante terraço convidava para eventos dançantes que, à época, os jovens improvisavam nas garagens de suas casas. Pois foi lá, dias depois, que o rapaz, tímido como uma espiga de milho, tomou coragem e convidou madamezinha para a pista. Deu mais do que azar: além de um sonoro não (a famosa tábua), os bambas do Jet Beats atacaram logo de Twist And Shout, último sucesso dos Beatles, enquanto o rapaz, pelo rabo do olho, via sua pretensa diva sair aos pinotes pela pista, agarradinha ao desafeto favorito dele. Tuitão do Daniel Por Daniel Pereira (daniel07pereira@ yahoo.com.br), especial para J&Cia (*) Batizado há 46 anos no Grupo Estado, Daniel Pereira passou por Rádio Bandeirantes, TV Record, coordenou a Comunicação do Governo de SP na ECO-92 e foi assessor de imprensa no Memorial da América Latina. Publicou em 2016 O esquife do caudilho e acaba de concluir O último réu. Dançou, mané n Natalie Gedra, correspondente internacional da ESPN Brasil na Inglaterra, pediu demissão da emissora após sete anos de casa. A saída foi amigável e com portas abertas para um possível retorno. Segundo informações do F5 (Folha de S.Paulo), Natalie aceitou proposta da Sky Sports e trabalhará apenas para a imprensa britânica. u Ela foi contratada pela ESPN em 2016, e desde então cobria a Premier League, principal divisão do campeonato de futebol da Inglaterra. Por causa de suas entrevistas exclusivas e informações em primeira mão, ficou conhecida como a “Rainha da Premier League”. A despedida da correspondente foi no domingo (8/10), durante a transmissão de Arsenal x Manchester City. Antes da ESPN, Natalie trabalhou na Band e na Globo. u Segundo o F5, a ESPN não deve substituir Natalie. A emissora tem outros três repórteres fora do Brasil: Gustavo Hofman, em Madrid; André Linares, em Barcelona; e João Castelo-Branco, que também cobre a Premier League, em Londres. Natalie Gedra pede demissão da ESPN Brasil após sete anos Natalie Gedra n Ivan Martínez-Vargas ([email protected] e 11-96428-2813) deixou a sucursal de O Globo em São Paulo, onde atuava desde 2020 nas coberturas de Economia e Política, e se mudou para Londres, onde será bolsista do Instituto Ling na London School of Economics and Political Science (LSE). Na tradicional instituição britânica, uma das três melhores do mundo na área, cursará mestrado em Políticas Públicas e Administração Pública. Antes de O Globo, Ivan foi repórter da Folha de S.Paulo (2016-2020), pauteiro na Record TV (2011-2015) e foca no Estadão (2010). Ivan Martínez-Vargas deixa O Globo a caminho de Londres Ivan Martínez-Vargas n A Justiça Federal no Amazonas decidiu que Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima, acusados de assassinar o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips, serão julgados por um júri popular pelos crimes de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. u Segundo a Polícia Federal e o Ministério Público, Bruno e Dom foram assassinatos em uma emboscada planejada pelos três acusados. Bruno teria sido executado por seu trabalho de combate e denúncia contra a pesca ilegal em áreas indígenas, e Dom foi assassinado pois estava no barco com Bruno. Os dois desapareceram em 5 de junho de 2022, quando cruzavam de barco um trecho de rio no Vale do Javari, no interior do Amazonas. u A perícia da Polícia Federal apontou que Amarildo e Jefferson perseguiram de lancha o barco de Bruno e Dom. Os criminosos atiraram com uma espingarda contra as vítimas, Dom foi atingido apenas uma vez, e Bruno levou dois tiros nas costas, e um terceiro no rosto, quando já estava desacordado. Os corpos foram esquartejados, queimados e enterrados. u O juiz Weldeson Pereira determinou que os três réus permaneçam presos até o dia do julgamento, ainda não marcado. João Bechara, advogado que representa a família de Bruno Pereira, declarou que a decisão respeita o ordenamento jurídico: “Eu acredito que esse sentimento seja compartilhado não só pelas famílias, tanto do Dominic como do Bruno e seus representantes legais, mas também por todos os brasileiros e ingleses no sentido de que a marcha processual tem sido no sentido da efetivação da responsabilização criminal dos responsáveis diretos pelos homicídios dos dois, das duas vítimas”. Acusados de matar Dom Phillips e Bruno Pereira serão levados a júri popular Dom Phillips e Bruno Pereira

Edição 1.431 página 4 n A Rede de Jornalistas Pela Diversidade na Comunicação (Rede JP) e o Portal Neo Mondo lançarão em novembro a revista especial Ações Transformadoras, que vai destacar iniciativas de diversidade, equidade e inclusão que fazem a diferença na vida de pessoas em todo o Brasil. u A iniciativa, alusiva ao Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, percorrerá o País em busca de histórias inspiradoras de ações voltadas para a diversidade e a inclusão. A ideia é que a revista especial inspire e ofereça exemplos a serem utilizados por empresas no que se refere ao aumento da promoção da inclusão em seus cotidianos. u A revista vai contar histórias por trás de recrutamentos, cursos, programas de bolsas de estudos e outras ações que têm o poder de transformar vidas, além de destacar as melhores práticas e estratégias implementadas por empresas líderes em diversidade e inclusão. Serão entrevistados os líderes dessas iniciativas para entender como esses projetos atuam para criar uma sociedade mais inclusiva e diversa. u “Cada página desta edição estará repleta de relatos de pessoas que passaram por processos de recrutamento, cursos e programas de inclusão promovidos por empresas comprometidas com a diversidade. São histórias de superação, crescimento e realização que demonstram como a inclusão pode verdadeiramente mudar vidas”, afirma Marcelle Chagas, coordenadora da Rede JP e mentora e realizadora do projeto. “Compartilharemos as jornadas de indivíduos que, antes da oportunidade de emprego, se sentiam excluídos socialmente e mostrar como o ambiente inclusivo proporcionado pelas empresas os ajudou a encontrar seu lugar e sua voz”, explica Oscar Lopes Luiz, publisher de Neo Mondo e realizador do projeto. u Interessados em compartilhar histórias para a revista devem entrar em contato pelo e-mail imprensa@redejpcomunicacaco. com. Vale lembrar que Rede JP e Neo Mondo são parceiros do Jornalistas&Cia na realização do prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira. Rede JP e Neo Mondo lançarão revista especial sobre iniciativas de diversidade e inclusão Nacionais EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação Manoel Soares, um dos jornalistas negros +Admirados do Brasil, falou com a reportagem da Rede JP sobre os desafios enfrentados pelos profissionais na migração da mídia tradicional para a internet. Na entrevista, o jornalista, apresentador e escritor comenta sua transição da televisão para o mundo digital e aborda a importância do papel dos comunicadores negros na promoção da diversidade e representatividade online. Depois de atuar por mais de 20 anos em televisão, Manoel tem se dedicado ao projeto Bombou, um agregador que leva ao público as principais notícias que repercutiram na mídia em geral, nas redes sociais e que podem impactar a sociedade. Leia a matéria na íntegra. Manoel Soares Manoel Soares discute como a TV migrou para a internet e o futuro do jornalismo online

Edição 1.431 página 5 De Londres, Luciana Gurgel Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. A frase “a verdade é a primeira vítima da guerra”, cuja autoria é motivo de controvérsia, está mais uma vez se demonstrando sábia nos combates dos últimos dias em Gaza. Só que desta vez em um momento ainda mais favorável para a proliferação de fake news e desinformação do que na própria guerra da Ucrânia, ou nos tempos ancestrais em que a frase teria sido cunhada. Se isso realmente vem dos tempos de Ésquilo, não havia então a inteligência artificial generativa, instrumento para a criação de imagens falsas que incendeiam ainda mais os ânimos. Nem o Twitter, plataforma importante para notícias e temas políticos, que pertence agora a uma influente figura com quase 160 milhões de seguidores. Seu dono, Elon Musk, recomendou canais conhecidos pouco confiáveis como fontes sobre o que se passa no Oriente Médio. No domingo, enquanto a mídia internacional despachava para a região experientes correspondentes e alocava seus melhores profissionais locais para informar o público, Musk desprezou o jornalismo confiável e recomendou duas contas, @ WarMonitors e @sentdefender. «São bons», disse. Ele também sugeriu aos seguidores acompanharem fontes no campo, em linha com sua defesa do jornalismo-cidadão como “salvação do mundo”. O jornalismo-cidadão tem seu valor, como demonstrado na crise da Covid-19 na China e em tantas comunidades pelo mundo. Muito do que se soube da pandemia deve-se ao trabalho corajoso de profissionais como Zhang Zhan, condenada por ter transmitido notícias de Wuhan pelo YouTube. Musk recomenda contas suspeitas no Twitter/X Mas não é esse o espírito de Musk. Ele também poderia recomendar fontes no terreno entre as grandes redes internacionais, não apenas norte-americanas ou britânicas, que estão cobrindo os acontecimentos em Gaza. Ou contas de ONGs de direitos humanos. Mas o que ele fez foi recomendar uma conta no Twitter que há um ano elogiou o antissemita Kanye West e afirmou que «a maioria das pessoas na mídia e nos bancos são sionistas». Gaza, desinformação e a máxima “a verdade é a primeira vítima da guerra” O outro canal sugerido pelo dono do X/Twitter foi tachado de “extremamente venenoso” por um pesquisador do Atlantic Digital Forensics Research Lab. Essas duas contas são as mesmas que em maio compartilharam uma imagem gerada por IA mostrando uma falsa explosão perto do prédio do Pentágono, provocando queda nas bolsas de valores. Musk apagou o post com as dicas de onde se informar sobre o conflito em Gaza depois de criticado − coisa rara −, mas ainda assim elas foram vistas por milhões de pessoas, endossando gente conhecida por promover o discurso de ódio e desinformação em um momento crítico da história em que verdade e ponderação fazem parte da solução. A escalada da violência em Gaza virou também laboratório para o lado sombrio da IA generativa. Alex Mahadevan, diretor do MediaWise, projeto de alfabetização midiática do Poynter Institute, disse que a desinformação em torno dos conflitos em Gaza é “galopante”. “Dilúvio” de desinformação Shayan Sardazadeh, jornalista de verificação de fatos da BBC, fez uma thread no Twitter/X mostrando vários exemplos de vídeos e imagens falsas sobre a guerra na plataforma de Musk. A maioria não tem nada a ver com o conflito. Há até fotos de videogames de guerra associadas aos combates reais. Sardarizadeh afirmou haver “um dilúvio” de desinformação sobre Gaza nas redes. A enxurrada inclui a conta de «Verona Mark», uma falsa repórter da BBC, na qual foram postados vídeos e fotos manipuladas ou de outras situações que nada têm a ver com o conflito atual. O especialista do Poynter Institute recomenda passos para conferir a veracidade de um post. “Quem está por trás das informações? Qual a evidência? O que dizem outras fontes?». Ele sugere ainda fazer a pesquisa reversa das imagens e observar detalhes como marcas d›água e excesso de dedos. Mas quantos têm tem tempo ou habilidade para tal? Alex Mahadevan levanta a hipótese de evitar as redes sociais como forma de não se expor à desinformação − algo que para muitos nem é possível, por motivos profissionais. A outra possibilidade é a responsabilização das plataformas, que sabem onde a desinformação está e talvez não estejam atentando para a extensão dos danos que ela causa, em guerras ou na paz. Falsa explosão perto do prédio do Pentágono

Edição 1.431 página 6 conitnuação - MediaTalks Baixas em Gaza − Pelo menos nove jornalistas estavam entre os civis mortos, feridos ou desaparecidos no conflito em curso entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza desde a manhã de sábado (7/10) e essa terça (10). Segundo a organização de liberdade de imprensa Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ), até segunda-feira eram três mortos, um ferido e dois desparecidos. Na manhã dessa terça-feira (10), outros três perderam a vida no ataque a uma região onde funcionavam empresas de mídia. As vítimas imediatas foram o editor Saeed Al-Taweel e o fotógrafo Mohammed Sobih, segundo a agência AFP. Posteriormente a Roya TV informou que o jornalista Hishan Al-Nawajha morreu no hospital em decorrência de ferimentos no ataque. Liberdade na internet − A liberdade na internet diminuiu no mundo pelo 13º ano consecutivo, e o “poder repressivo” da inteligência artificial (IA) representa uma ameaça para o futuro, segundo a nova edição do relatório anual da organização americana Freedom House. Com 64 pontos, o Brasil ficou em 23º lugar no ranking, classificado na zona amarela, que indica as nações onde a liberdade é parcial. O País perdeu um ponto em relação a 2022. O primeiro lugar no ranking de liberdade na internet foi para a Islândia e o último para a China. O Irã foi o país que registrou o maior declínio entre as nações pesquisadas este ano. Retratos da guerra − O Festival de Siena, um dos maiores eventos de fotografia do mundo, apresentou esta semana os vencedores de seu concurso anual, elegendo uma imagem da guerra da Ucrânia como a melhor do ano e destacando vários registros do conflito entre os melhores trabalhos de fotojornalismo. O iraniano-americano Salwan Georges conquistou o primeiro lugar geral com o retrato da tristeza de uma mulher despedindo-se do marido em Odessa, ao embarcar em um trem com os dois filhos para Lviv pouco dias após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Os fotógrafos escolhidos pelo júri do Siena International Photo Awards como os melhores do ano documentaram também conflitos em outros países e o drama de animais afetados pela ação do homem – mas as imagens da guerra dominaram a lista das 20 mais impactantes em fotojornalismo. Outra de Musk − A decisão de Elon Musk de não mais exibir manchetes em postagens de notícias feitas por veículos de imprensa no Twitter/X, implantada em 5/10, foi mais uma mudança a desagradar o jornalismo – mas não uma surpresa. Ele já havia sinalizado em agosto que as manchetes poderiam deixar de aparecer. Musk assumiu a autoria da ideia, sob o argumento de “melhorar a estética” dos tweets. No entanto, os críticos associam a mudança a uma tentativa de evitar que usuários do Twitter/X cliquem no link e saiam da plataforma, um incômodo que já motivou diversos comentários do bilionário. Desaparecida na Rússia − Vencedora do Prêmio Coragem no Jornalismo de 2022 da International Women’s Media Foundation (IWMF), a jornalista ucraniana Victoria Roshchyna está desaparecida desde 3 de agosto e teria sido presa pela Rússia. Segundo comunicado emitido pela organização, ela viajou para fazer reportagens em um território ocupado na Ucrânia. O governo ucraniano confirmou que ela estaria presa. “Estamos extremamente preocupados com a segurança da jornalista e pedimos atenção internacional para esta situação”, diz a nota. Esta semana em MediaTalks Salwan Georges − Siena International Photo Awards Compre seu exemplar de colecionador Informações Bruna Valim ([email protected]) ou Clara Francisco ([email protected]) Tiragem limitada R$ 150,00

Edição 1.431 página 7 Comunicação Corporativa n A edição 2023 do Prêmio Jatobá PR bateu novo recorde, tanto em número de inscrições quanto na quantidade de organizações participantes. No total, a premiação registrou este ano 309 inscrições, contra 272 registradas em 2022 – crescimento de quase 14%; e a participação de 118 organizações, contra 68 no ano anterior – aumento de 73,5%. Os trabalhos serão agora analisados por uma comissão integrada por 64 jurados e dessa avaliação sairão as shortlists das três verticais (Grandes Agências, Agências-Butique e Organizações Empresariais e Públicas) e 31 categorias em disputa. u As 31 shortlists, cuja divulgação está prevista para 30 de outubro, reunirão até cinco cases cada uma, sendo que, para se classificarem, os cases precisam obter do júri média igual ou superior a sete. Vale lembrar que cada case será analisado por quatro jurados, com a nota mais baixa descartada. u Os finalistas disputarão tanto os troféus dessas 31 categorias quanto das 11 premiações especiais que destacarão os Cases e Organizações do Ano nas três verticais, e os Cases do Ano das regiões Norte, Nordeste, Centro- -Oeste, Sudeste e Sul, uma das novidades da atual edição. u Outra novidade será a entrega do Troféu Jatobá Decio Paes Manso de Contribuição à Comunicação Corporativa, que será entregue à Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial pelo conjunto de iniciativas em prol da atividade desde a sua fundação, em 1967. Esse troféu também homenageia o fundador do Gecom e um dos idealizadores do Prêmio Jatobá PR, Decio Paes Manso, falecido em fevereiro deste ano. u A festa de premiação será em jantar no Hotel Renaissance, em São Paulo, no dia 5 de dezembro. u Outras informações com Bruna Valim (brunavalim@mega brasil.com.br) ou Clara Francisco (clarafrancisco@megabrasil. com.br). n Othon de Villefort Maia, gerente sênior de comunicação, comunidades e relações institucionais, há oito anos na AngloGold Ashanti, foi promovido e assumiu o cargo de VP de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da companhia, passando a responder pelas áreas de ESG, Meio Ambiente, Saúde, Segurança do Trabalho e Assuntos Corporativos (Comunicação, Desenvolvimento Social, Comunidades, Relações Institucionais e Patrimônio Histórico). u Ele passou anteriormente por empresas como a FCA − Fiat Chrysler América Latina (atual Stellantis) e Tupy Fundição. n Luciana Rezende, ex-Link, que esteve por um ano e meio como analista sênior na Rede, até julho, começou em setembro como redatora de conteúdo multiplataforma em O Tempo. n Marcelle Santana de Paula, analista sênior de branding e marketing que deixou a MRV&CO em julho (ver J&Cia 1.430), está de casa nova. Começou como analista sênior de comunicação e marketing na Co-Log Logística de Coprodutos, subsidiária da Vale. Prêmio Jatobá PR tem novo recorde de inscrições Cases começarão a ser julgados esta semana por 64 jurados e as shortlists serão divulgadas em 30 de outubro Internacional n Joana Gasparini está de casa e país novos. Deixou a temporada sueca, em Estocolmo, em que atuou por um ano e nove meses na H&M, e foi para Zurique, na Suíça, contratada como gerente global de mídia social na On, marca suíça de roupas esportivas. Joana foi estagiária em Approach e Ketchum, onde acabou sendo contratada como executiva, e depois passou pela Foreo, antes de se mudar para a Europa. Joana Gasparini Minas Gerais Othon Maia passa a VP de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da AngloGold Ashanti Othon Maia Luciana Rezende Marcelle Santana de Paula

Edição 1.431 página 8 conitnuação - Comunicação Corporativa n Guilherme Monsanto da Rocha deixou a Shell, onde esteve por oito anos como gerente de relações com a mídia, até setembro, e começou logo na sequência como líder de comunicação Latam na GE Aeroespace. E mais... n Bruna Brum assumiu em setembro a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. Além da experiência em comunicação acumulada na área de saúde, atua há seis anos na cobertura do carnaval. n Sara Paixão, que deixou a Rede Globo em agosto, após pouco mais de quatro anos e meio de casa, começou em outubro no Pacto Global da ONU, como analista de comunicação. n Fábio Gallo, ex-presidente da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) entre 2017 e 2019, acaba de chegar à Nova PR, agência liderada por Claudia Vassallo e Tiago Lethbridge, para ali assumir as funções de VP financeiro e de operações. u Gallo já foi CFO e COO de grandes empresas, como Abril, Infoglobo e Infracommerce. No Grupo Abril, chefiou a Total Express, hoje uma das maiores transportadoras de e-commerce do País. Também tem participado de conselhos, como os de Inovar Previdência e Aisec Brasil. E mais... n Amanda Barbosa começou em agosto na função de conference producer no GRI Club. Antes, esteve por três anos na FSB, onde foi estagiária e teve por último a função de analista júnior. n Ana Quintela, head de marketing e comunicação na Zurich Insurance Company, onde esteve por sete anos e dez meses, deixou a organização em agosto passado. Antes, foi CMO & head de comunicação da própria Zurich, em Lisboa, Portugal, tendo ali atuado por quase sete anos. n Leandro Modé anunciou na última semana seu novo destino profissional, a Vale. Ali chega para ser o novo diretor de comunicação, cargo que foi ocupado anteriormente, durante quase seis anos, por Julio Gama, atualmente diretor global de comunicações da Vale Base Metals, em Toronto, Canadá. u Modé vem de uma jornada também de quase seis anos no Itaú Unibanco, período em que, além de sócio, ocupou a Superintendência de Comunicação e, na sequência, o comando do projeto editorial Inteligência Financeira, projeto que nasceu com o apoio e a parceria da Editora Globo e depois ganhou vida própria. Passou ainda pouco mais de quatro anos e meio na FSB e quase sete no Grupo Estado. u Em mensagem que postou no Linkedin anunciando a boa nova, disse: “Chego à Vale com a certeza de que é a oportunidade de uma vida. Muito desafio pela frente (do jeito que eu gosto), muita gente competente junta e uma liderança 100% consciente da importância da comunicação para dentro e para fora da companhia”. u Mal chegou e a primeira viagem já apareceu: o FT Mining Summit, em Londres, onde esta foto foi tirada pelo parceiro Guilherme Scarance. Rio de Janeiro Leandro Modé assume a Comunicação da Vale... Leandro Modé ...e Guilherme Rocha, da GE Aeroespace Guilherme Monsanto da Rocha Bruna Brum Sara Paixão São Paulo Fábio Gallo chega à Nova PR como VP financeiro e de operações Claudia, Fábio e Tiago Amanda Barbosa Ana Quintela

Edição 1.431 página 9 conitnuação - Comunicação Corporativa n Bruno Cirillo, assessor de imprensa, deixou a Conteúdo, em que esteve por um ano e dez meses, até setembro, período em que atendeu à hEDGEpoint Global Markets, e foi para a FSB, contratado para ser o responsável pelo atendimento à Acelen, concessionária da Refinaria de Mataripe, na Bahia. No período de redação, esteve por dois anos e quatro meses no DCI. n Carina Gabarron Neves, ex-GPA, onde esteve por mais de nove anos, e que na sequência passou por Laboratoires Expanscience Brasil e Estapar, começou nova jornada em agosto, como coordenadora de marketing digital do Hospital Sírio-Libanês. n Daniel Candido, ex-Néctar, Weber e XCOM, despediu-se em setembro da MSL Brasil, agência em que atuou por pouco mais de dois anos, até setembro. Paralelamente, é consultor de comunicação e fundador da ATW Comunicação, agência criada em fevereiro de 2014. n Felipe Furlan, ex-Record News e LLYC, que esteve por três anos e oito meses como gerente de atendimento na NR-7, até agosto, assumiu a Gerência de Storytelling e PR na Pina. Bruno Cirillo Carina Gabarron Daniel Candido Felipe Furlan n Gabriela Girardi trocou de agência em setembro. Deixou a CDI, em que atuou por nove meses como executiva de novos negócios, e ingressou como executiva na Inside Out PR. n Helena Nogueirol finalizou estágio na Edelman em setembro e seguiu como assistente de atendimento para a Tastemakers Brasil, para os clientes Dove e TRESemmé. n Hugo Politi Pacífico, que deixou a comunicação da Eurofarma em agosto, já está em nova jornada. Ele é agora o responsável pela comunicação no Instituto Central do Hospital das Clínicas da USP. n João Pedro Teles, consultor sênior por quase um ano, despediu-se da FSB em julho, a caminho da Go&Grow, contratado como analista de comunicação e responsabilidade social para Bayer São José dos Campos. Ele também já esteve em Ecomunica e NTZ Comunicação. n João Perocco chegou em setembro à Inside Out PR, como coordenador sênior para a conta da Volvo. Antes, passou por Mobiuspace, JeffreyGroup e Rede Bull. n Laísa Sotero de Menezes, gerente global de marca e em transição de carreira, deixou a Natura em julho, após pouco mais de 13 anos e meio de casa. n Márcio Homsi começou em setembro como consultor sênior na GBR Comunicação. Ele foi por 14 anos e oito meses da Máquina CW, quase metade na função de gestor do núcleo de Inteligência de Dados de Reputação e Produção de Conteúdo Editorial. n Marina Franciulli começou em setembro como gerente de desenvolvimento de marca e comunicação institucional do Instituto Da Hora. Sua jornada anterior foi como head de sustentabilidade financeira e projetos de impacto | Diversidade e Inclusão da B2Mamy. Gabriela Girardi Helena Nogueirol Hugo Politi Pacífico João Pedro Teles João Perocco Laísa Sotero de Menezes Márcio Homsi Marina Franciulli

Edição 1.431 página 10 conitnuação - Comunicação Corporativa Dança das contas n A Comunicação Estratégica, de Campinas, que respondia pela assessoria de imprensa regional da Rede Vitória Hotéis (unidades de Campinas, Indaiatuba e Paulínia), assumiu toda a comunicação nacional do Grupo. Também acaba de conquistar as contas de Noblu Sports – Marketing Corporativo e Amcham Interior de São Paulo. Outras informações com Marcelo Francisco Oliveira ([email protected] e 19-99199-8258). n A Brands, dirigida por Fernanda Brandão, assumiu a assessoria de imprensa da Clínica Barrelo, especializada em Odontologia e Estética facial e corporal, localizada na zona sul de São Paulo. Pelo mercado n Boanerges Lopes, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, fará a conferência de abertura do 22º Enjai – Encontro Nacional dos Jornalistas em Assessoria de Imprensa, em 16 de novembro, no hotel Sol Victória Marina, em Salvador. Falará sobre Inovação, Regulamentação, Precarização e Pós-Verdade nas Assessorias de Imprensa. n A PinePR criou e vai realizar o Web Summit Experience (WSE), iniciativa que faz parte do programa Women in Innovation (WIN), com foco em executivas, lideranças femininas e empreendedoras do mercado de inovação e empreendedorismo. O evento será realizado de 12 a 17 de novembro em Lisboa, em complemento ao Web Summit 2023, de 13 a 16 de novembro na mesma cidade. Interessados podem se inscrever aqui. q Pelo 14º ano consecutivo, a RPMA Comunicação foi reconhecida como uma das melhores empresas para se trabalhar na pesquisa do Great Place to Work. Entres os fatores destacados para o resultado obtido estão a camaradagem, o respeito e a imparcialidade. Pingo nos is – n Não é de Paula Barcellos a foto publicada em J&Cia 1.430, que noticiou sua licença-maternidade. Aqui a foto correta. n Nádia Andrade, ex-COO da Ideal PR, em que trabalhou por quase nove anos e meio, até o final de 2022, ocupa desde abril a Diretoria de Comunicação Corporativa da Soleum, empresa brasileira dedicada à produção de matérias-primas naturais em larga escala para contribuir com a transição global para uma economia de baixo carbono. n Patricia Boroski Camargo integrou-se em setembro à equipe do Grupo Fala, como consultora sênior, contratada para o atendimento exclusivo à idwall. Chega após uma jornada de dois anos como assessora de comunicação da Prodesp. n Raíssa Jorgenfelth, que foi por um ano e meio executiva de atendimento na Fala Criativa, até junho, ingressou na sequência na Pina, na função de storyteller. n Renê Luís Gardim, que foi por quase cinco anos e meio da 2PRÓ, até maio, está desde então como coordenador de comunicação do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindinapi). n Rosane Gomes, executiva sênior, deixou a Edelman em agosto, após dois anos e meio de casa. Antes, passou por Agência Drone, Ideias & Efeitos Comunicação e Rovella & Schultz Comunicações. n Tatiane Diogenes, coordenadora de atendimento, deixou em agosto a SevenPR, em que esteve por dois anos e três meses. Foi contratada, na sequência como líder de time na VCRP. n Thaís Tolentino, ex-gerente nacional de cultura e relacionamento da Ambev, onde esteve por dois anos, até janeiro, assumiu no cargo de CMO o comando do marketing da MangoLab, agência que atua na área cultural. n Victor Reche começou em maio como analista na FSB Comunicação na área de inteligência para clientes públicos. Ele esteve antes, por seis meses, na Eagle Marketing. Nádia Andrade Patricia Boroski Camargo Raíssa Jorgenfelth Renê Luís Gardim Rosane Gomes Tatiane Diogenes Thaís Tolentino Victor Reche Boanerges Lopes Paula Barcellos

Edição 1.431 página 11 Por dentro da Comunicação Pública Durante os dias 16, 17 e 18 de outubro, a UFRN será palco das principais discussões sobre comunicação pública. Além de mesas e grupos temáticos, o evento oferecerá oficinas virtuais com profissionais, acadêmicos e especialistas na área. Esta semana foram divulgados os primeiros vencedores dos prêmios do Congresso: • A professora Heloiza Helena Matos e Nobre é a primeira ganhadora do Prêmio Beth Brandão de Comunicação Pública. • Já na primeira edição do Prêmio Neuza Meller de Radiodifusão Universitária são finalistas os produtos: Mundo Black Fortal (TV Unifor), Farinhada Sergipana (Rádio UFS) e Memórias Afirmativas: Ações na UFMG (TV UFMG). Os prêmios serão entregues presencialmente na abertura do II ComPública, no dia 16 de outubro, em Natal/RN. Saiba mais aqui. Outra novidade é que teremos um 4º lote de inscrições para o II ComPública. Esta é a última oportunidade para garantir lugar no maior evento de Comunicação Pública do País. Você pode fazer sua inscrição nas atividades presenciais − para ouvir palestrantes nacionais e internacionais incríveis discutindo a comunicação pública no contexto da cidadania e ética − ou nas oficinas online até o dia 15 de outubro pelo site oficial do evento. Quinze oficinas irão compor a programação do II ComPública, todas realizadas no dia 17 de outubro, ministradas por profissionais, acadêmicos e especialistas na área. Aproveite os descontos para associados da ABCPública e #VemProIIComPública. Em 13 de outubro celebra-se o Dia Internacional da Linguagem Simples. Mas, o que é a Linguagem Simples? Trata-se de uma técnica de comunicação e uma causa social que defende o direito de as pessoas entenderem as informações do setor público. Surgiu nos Estados Unidos nos anos 1940 e hoje está presente de forma normatizada em mais de 50 países. No Brasil, cinco leis federais já determinam que o Poder Público se comunique em uma linguagem que o cidadão compreenda. Também tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que institui a Linguagem Simples na administração pública (PL 6256/19), cuja tramitação a ABCPública acompanha. No último mês, a ABCPública também participou da primeira reunião do comitê da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que vai discutir a adaptação no Brasil da norma técnica internacional de Linguagem Simples (ISO 24495-1:2023). A norma foi publicada em junho e agora precisa ser adaptada para o Brasil. A ABCPública participa desse processo representada pela integrante do Conselho Consultivo Patricia Roedel, servidora pública da Câmara dos Deputados, jornalista e consultora em Linguagem Simples. Aliás, Patrícia vai ministrar uma oficina sobre Linguagem Simples no II ComPública. Ela e Joseane Aparecida Corrêa, do Tribunal de Contas de Santa Catarina, vão explicar e tirar dúvidas sobre o panorama normativo e prático da Linguagem Simples no Brasil e no mundo, usabilidade e leitura, processo de trabalho para a reescrita em Linguagem Simples e diretrizes de Linguagem Simples, com exemplos de “antes” e “depois” da reescrita. A oficina será online, realizada no dia 17 de outubro, e terá duração de duas horas. Inscreva-se aqui. E mais uma sugestão: na Biblioteca Digital da ABCPública você encontra [Guia] Simples Assim – Comunique com Todo Mundo, com dicas para sua mensagem chegar a mais pessoas, utilizando a linguagem simples. Estudo do pesquisador Marcelo Ruiz, do mestrado em Inovação na Comunicação de Interesse Público da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), focou na alternativa da TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação para conectar a comunidade às administrações regionais no atendimento de zeladoria pública de forma mais simples e eficiente. A pesquisa analisa o uso da tecnologia do WhatsApp como canal de entrada para o contato entre a comunidade e o serviço público para facilitação da solicitação de serviços públicos na cidade de São Paulo. Informações: [email protected]. Gestão da Inovação é uma das trilhas da segunda edição do Convergência, um dos maiores eventos do Brasil dedicado à inovação no setor público. A programação inclui: Palestras (25 minutos de duração): Relatos de casos com resultados comprovados sobre aspectos ligados à inovação: gerenciamento de projetos, gestão de processos, gestão do conhecimento, governança, estratégia, metas, indicadores, OKR, riscos e laboratórios de inovação. Oficinas (180 minutos de duração): Métodos, metodologias e ferramentas que possam ser aplicados na gestão da inovação. O Convergência é uma realização da rede Conexão Inovação Pública e acontecerá de 2 a 4 de abril em São Luís/MA. O evento é presencial, gratuito, com certificado e terá diversos tipos de atividades. Mais informações na página oficial do evento. O II ComPública está chegando! Estamos em contagem regressiva para o II Congresso Brasileiro de Comunicação Pública, Cidadania e Informação (II ComPública). Dia Internacional da Linguagem Simples Patrícia Roedel e Joseane Corrêa Governança inteligente para comunicação com dados abertos Convergência 2024: inovação pública, conexão humana

Edição 1.431 página 12 AUTO Patrocínio n Foram anunciados em 10/10 os vencedores do Prêmio SAE Brasil 2023. O destaque desta edição ficou por conta do site da Quatro Rodas, que venceu a premiação nas categorias Internet e Vídeo. Na outra categoria, Impresso, o prêmio foi para a revista Aero Magazine. u Com a reportagem Gasolina sintética: ela pode ser a salvação dos motores a combustão?, o editor-chefe da QR Paulo Campo Grande foi o vencedor em Internet. A publicação também levou uma das menções honrosas nessa mesma categoria, entregue para Eduardo Passos. A outra ficou com Vagner Aquino, do Jornal do Carro/Estadão. Já os Destaques foram para Alexandre Carneiro, do portal Vrum, e Julio Cabral, do UOL Carros. u Na categoria Vídeo, o prêmio principal ficou com Henrique Rodriguez e a reportagem New Holland T6: primeiro trator a biometano do Brasil não polui e economiza R$ 100 por hora. As Menções Honrosas foram entregues para Bruno Pinheiro Faustino, da TV Cultura, e Lucas Duarte e Gustavo Ferreira, da TV Liberal/PA, enquanto os destaques ficaram com Tião Oliveira, do Jornal do Carro/Estadão, e Isadora Carvalho, também da Quatro Rodas. u Já em Impresso, o primeiro lugar ficou com Edmundo Ubiratan, da Aero Magazine, autor da reportagem As máquinas no comando. As Menções Honrosas foram entregues para André Paixão, Ulisses Cavalcante e Vitória Drehmer, da revista Autoesporte, e Pedro Kutney, da revista AutoData, e os destaques foram para André Schaun, também da revista Autoesporte, e Paulo Batistella, Tiago Ghizoni, Ben Ami Scopinho, Ciliane Pereira, Everton Siemann e Raquel Vieira, do Diário Catarinense. E mais... n Lucas Santochi e Bruno Ferreira, do Projeto Motor, lançaram uma série em formato de storytelling para podcast relembrando o caso do GP de Singapura de 2008, um dos maiores escândalos da história da F1. São seis episódios e os dois primeiros já estão disponíveis nos principais tocadores de podcast. n Após pouco mais de um ano morando em Lyon, período em que atendeu remotamente às contas de Royal Enfield e Suhai Seguradora, pela Camélia, de Thaís Germano, Victor François está de volta ao Brasil. u Chega para assumir como supervisor de Comunicação da BYD do Brasil, respondendo diretamente a Henri Karam, gerente de Comunicação e Relações Públicas, sob a liderança do diretor de Marketing e Comunicação Pablo Toledo. u Com passagens por Unilever, Renault, Grupo Printer, Harley- -Davidson, Audi e Automotive Business, atuará exclusivamente na divisão de automóveis da marca. Ele atende pelos victor. [email protected] e 11-994723393. E mais... n A Anfavea reforçou seu time de Comunicação com as chegadas de Clara Fernandes e Patricia Geller. Com passagens por CBN e Whirlpool, Clara assume a vaga de analista de Comunicação Digital, sob os cuidados do gerente de Imprensa Glauco Lucena. Ela atende pelo clara.fernandes@ anfavea.com.br. u Patrícia, graduanda de Relações Públicas pela USP, chega para ocupar a vaga de estagiária na área de Eventos, sob a responsabilidade de Raquel Mozardo. n Rodrigo Perini, que recentemente deixou a GM, onde era analista de Comunicação Interna, começou como representante de Markerting na Volkswagen. Ele atende pelo rodrigo.perini@ volkswagen.com.br. n Ainda na Volkswagen, a fabricante anunciou a contratação de Luiz Ricardo de Medeiros Santiago para o cargo de head de Assuntos Governamentais. O executivo, que desde 2018 estava na Vale e antes passou por GM e Raízen, também será membro do Comitê Executivo da marca, reportando-se diretamente ao CEO Ciro Possobom. Henrique Araújo, atual diretor de Relações Institucionais e Governamentais, terá como foco as operações locais e assuntos regulatórios, e se reportará a Luiz Ricardo. PELAS REDAÇÕES Quatro Rodas vence o SAE Brasil em duas categorias PELO MERCADO De volta ao Brasil, Victor François vai para a BYD Victor Francois Clara Fernandes Patricia Geller Rodrigo Perini Luiz Ricardo

Edição 1.431 página 13 AGRO Patrocínio n Após dois anos atuando como repórter e apresentadora substituta no canal Terraviva, Regina Dourado está se despedindo do veículo. Mas ela seguirá no Grupo Bandeirantes, onde nos próximos dias estreará pela BandNews TV. Além de reforçar o time de apresentadores do canal de hardnews, terá como missão fortalecer as pautas do agronegócio. u “Obrigada ao canal Terraviva pelas oportunidades, desafios e boas histórias que construímos juntos”, destacou em seu perfil no Linkedin. “Meu agradecimento aos colegas que se tornaram amigos e a toda a equipe. Vou levar cada um de vocês comigo! Bora escrever e contar novas histórias”. u Antes do Terraviva, Regina esteve por dois anos e meio no Canal Rural, tendo atuado nesse período como produtora e editora executiva. +Admirados – n Além do novo desafio em sua carreira, Regina Dourado comemorou nessa terça-feira (10/10) sua indicação entre os TOP 50+Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira: “Coração transbordando de gratidão por aqui! Obrigada por cada voto e torcida. Que honra ver o meu nome ao lado de tantos colegas consagrados e que seguem ocupando e abrindo espaços para nós que chegamos depois. Pela diversidade, representatividade e enfrentamento ao racismo”. u É o segundo reconhecimento da série +Admirados que ela recebe em 2023, uma vez que em junho havia sido listada entre os TOP 30 +Admirados Jornalistas do Agronegócio. PELAS REDAÇÕES Regina Dourado deixa o Terraviva E mais... n Alessandra Farina Bergman (alessandrabergmann@hotmail. com e 51-99914-9221) estreou em setembro como colunista de Agro do portal SBT News. Criadora do programa Campo e Batom e repórter e editora do Momento Agro, no SBT RS, ela figurou em 2022 e 2023 entre os TOP 25 +Admirados Jornalistas do Agronegócio, em eleição promovida por este Jornalistas&Cia. n A revista Globo Rural está à procura de repórteres freelancer com experiência na cobertura de agronegócio, para atuação nos estados de Mato Grosso, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul e Pará. Interessados podem se candidatar enviando currículo para Fernanda Pressinott (fernanda. [email protected]). Regina Dourado Alessandra Bergmann PELO MERCADO Oportunidade – A Uby Agro está com uma vaga aberta para o cargo de Supervisor de Marketing e Comunicação. A pessoa escolhida atuará na sede da empresa, em Uberaba, e será responsável por executar a gestão da área de marketing e comunicação, além do plano de comunicação nas esferas institucional, interna e mercadológica, além de acompanhar as demandas da área, dando suporte o plano de crescimento da empresa e atendimento às demais áreas da organização.

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