Edição 1.433 página 2 Nacionais n Morreu em 21/10 Carlos Amorim, aos 71 anos, em São Paulo. Ele estava internado no hospital oncológico AC Camargo, e a causa da morte não foi divulgada. Deixa mulher e quatro filhos. u Nascido no Rio de Janeiro, Amorim iniciou a carreira no jornal A Notícia, na capital fluminense. Trabalhou posteriormente em outros jornais cariocas. Foi para o Grupo Globo e trabalhou por cinco anos em O Globo, na década de 1980. u Migrou para o telejornalismo na TV Globo, atuando nos principais jornais da casa. Foi chefe de redação do Globo Repórter, e editor de Jornal da Globo, Jornal Hoje e Jornal Nacional. Foi também diretor do Fantástico de 1991 até 1992 e diretor de Eventos da Central Globo de Jornalismo. u Amorim trabalhou também em SBT, Record, Bandeirantes e na extinta TV Manchete. Criou a BandNews e o programa Domingo Espetacular, da TV Record. Venceu o Prêmio Jabuti duas vezes, uma em 2004, com o livro-reportagem Comando Vermelho – A história do crime organizado, e outra em 2011, com a obra Assalto ao poder: o crime organizado. Amorim também venceu os prêmios Vladimir Herzog e Simon Bolivar. Nos últimos anos, dedicava-se a projetos independentes na internet. n A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) enviou um ofício ao Ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino pedindo a apuração e investigação das ameaças contra Breno Altman por um grupo no WhatsApp de integrantes de comunidades sionistas no Brasil. u Altman, editor do site Opera Mundi, foi alvo de ameaças por parte de um grupo sionista chamado Jew Politics, formado por quase 300 integrantes. Em mensagens publicadas no grupo, membros ameaçaram o jornalista, dizendo que iriam “arrancar os dentes” e “cortar os dedos” dele. As ameaças ocorreram após ele publicar nas redes sociais opiniões pró-Palestina e contra a política exercida pelo governo de Israel na Faixa de Gaza. Após a repercussão das ameaças, o Jewpolitics anunciou que suspenderia suas atividades. O adeus a Carlos Amorim Carlos Amorim ABI pede que PF investigue ameaças a Breno Altman Breno Altman n A CPMI do 8 de janeiro aprovou o relatório final da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) com o indiciamento de 61 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre os pontos aprovados está o projeto de lei que estabelece o dia 25 de outubro como Dia Nacional da Defesa da Democracia. Foi nessa data, em 1975, que ocorreu o assassinato sob tortura do jornalista Vladimir Herzog, então diretor de Jornalismo da TV Cultura. u O projeto acolhido no relatório é fruto da campanha Dia da Democracia, lançada pelo Instituto Vladimir Herzog, que pedia justamente a instituição da data. A petição contava na última semana com mais de 6 mil assinaturas, entre elas personalidades como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Sebastião Salgado, além do apoio de 150 organizações da sociedade civil. u O projeto deve agora seguir em regime de urgência no Congresso. Os familiares de Vladimir Herzog estão tentando marcar uma agenda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir apoio público ao movimento. A senadora Eliziane Gama também está tentando viabilizar a criação do Memorial da Democracia, que deve ser instalado no Senado. CPMI do 8 de janeiro aprova projeto que torna data do assassinato de Vladimir Herzog o Dia Nacional da Democracia Vladimir Herzog
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