Edição 1.435 - 8 a 14 de novembro de 2023 n Foram demitidos em 6/11, em número ainda não definido, jornalistas de Editora Globo, Valor e CBN, nas sedes da empresa no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Distrito Federal. Entre eles há nomes de peso. u Berenice Seara, detentora de talvez a mais conceituada coluna sobre política do Estado do Rio, definiu ela mesma o ocorrido: “Hoje o boletim só tem uma notícia. A coluna Extra! Extra! não existe mais. Exatamente 35 anos depois de pisar na redação da Irineu Marinho, minha passagem pela Editora Globo foi encerrada. A coluna, que faria 20 anos em 2024, não será mais publicada – para alegria de alguns, é verdade”. E concluiu, com bom humor, em outra postagem: “Esclareço que a coluna acabou no jornal Extra, mas eu não. Vou continuar mandando notícias para vocês, e publicando em outro canal. Vocês não iam ficar livres de mim assim com essa facilidade toda, né?”. u Carlos Andreazza (@andrea zzaeditor) também comunicou ele mesmo o ocorrido no Twitter/X: “Pessoal, me antecipo às especulações etc.: saí da CBN hoje. Foram quase três anos e muita história pra contar. Sentirei imensa saudade do CBN Rio – fizemos muita bagunça – e do trabalho com aquela redação de irmãos. Foi bonito. A ver agora – momento clichê – o que virá. Avante!”. Âncora e comentarista da emissora, era apresentador do matutino diário CBN Rio e, com Vera Magalhães, detentor do podcast semanal do final da tarde Dois+Um, em que recebiam um convidado para conversa. u André Trigueiro, como Andreazza, saiu da CBN, mas ambos continuam em seus postos, respectivamente, na GloboNews e em O Globo. u Deixaram O Globo Carla Rocha, editora de Brasil do Globo, na casa há 30 anos; Ludmilla de Lima, subeditora de Brasil; Lilian Fernandes, editora assistente nos Jornais de Bairro, nas versões impressa e online, respondendo Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro Editora Globo, Valor e CBN fazem cortes nas equipes pelo Globo Barra e há 15 anos na casa, além de dois repórteres fotográficos. Duas secretárias, uma delas a conhecida Regina Oliveira, da redação do Extra. u Do Valor Econômico, em São Paulo, saíram Ivo Ribeiro, editor de Indústria, no jornal desde a fundação, em 2000; Carolina Freitas, editora assistente de Política no digital e colunista da CBN; Bárbara Pombo, jornalista e advogada, editora assistente de Legislação e Tributos; Marília de Camargo César, editora assistente, além de Leticia Simionato, repórter de Finanças; Érica Polo, repórter de Brasil; Ricardo Mendonça, repórter de Política, e Rachel Warszawski, tradutora. Também João Valadares, repórter em Brasília. A editoria de Política do Valor foi seriamente desfalcada, e comenta-se uma fusão dessas editorias do Valor e do Globo. u A editoria Brasil é nova, foi criada há pouco mais de um ano, dentro do projeto de nacionalização do jornal, e bateu metas de audiência num ano difícil. No último domingo, dia de prova do Enem, Brasil registrou mais de 1 milhão de pageviews, fora os acessos por tempo real. Durante as reuniões mensais com editores, sempre foi negado que a queda nas métricas levasse a novas demissões este ano. No entanto, apesar da entrega de resultado, a Brasil foi penalizada. u Entre as mexidas na redação do Globo, a editoria de Brasil será incorporada à de Política, como era antigamente. E Gustavo Alves, que assumiu Brasil interinamente, deve passar a subeditor do Segundo Caderno. u A Fenaj emitiu nota, também assinada pelos Sindicatos dos Jornalistas do Munícipio do Rio de Janeiro, do Estado de São Paulo e do Distrito Federal. Nela, a entidade caracteriza o corte como demissão coletiva, por tradição negociada previamente com os sindicatos. E acrescenta, como agravante, que a empresa não apresentou um projeto que atenuasse o impacto da demissão, como a extensão do plano de saúde. Berenice Seara Carlos Andreazza
Edição 1.435 página 2 n Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, será homenageado com o Troféu Glória Maria como Personalidade do Ano na cerimônia de premiação dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, na próxima segunda-feira (13/11), às 18h, na Unibes Cultural, em São Paulo. O evento é uma iniciativa deste Jornalistas&Cia em parceria com 1 Papo Reto, Neo Mondo e Rede JP de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação. A premiação reconhecerá o trabalho e a contribuição de 50 jornalistas negros, além de publicações que abordam as questões raciais e a luta antirracista na mídia brasileira. u Silvio Luiz de Almeida é advogado, filósofo e professor universitário, autor dos livros Racismo Estrutural, Sartre: Direito e Política e O Direito no Jovem Lukács. Ele é presidente do Instituto Luiz Gama, organização de direitos humanos voltada à defesa jurídica das minorias e de causas populares. O ministro foi o escolhido para receber o Troféu Glória Maria por seu destaque na luta democrática pelas causas sociais e na defesa do povo brasileiro. u Também receberão homenagens especiais a repórter Rebeca Borges, do Metrópoles, com o Troféu Tim Maia, como Revelação do Ano; e os colegas Flávio Carrança e Rosane Borges, com o Troféu Luiz Gama, respectivamente como Decano e Decana do Jornalismo. u Além dessas homenagens, o evento vai anunciar os vencedores nas categorias TOP 10 +Admirados Jornalistas, os vencedores regionais, o campeão da categoria Imagem Foto/Vídeo e os vencedores das categorias Veículo Geral e Veículo Liderado por Jornalistas Negros. Terá ainda a presença do poeta Slam Akins Kintê e da grafiteira Sheila Raiana, que vão proporcionar aos convidados performances especiais em um tributo à diversidade e à luta antirracista. u A cerimônia de premiação conta com o patrocínio de Bayer, Unilever e DOW, apoio de Latam e Embaixada e Consulados dos Estados Unidos; e apoio institucional de ABI, Conajira/Fenaj, Redemar e Unibes Cultural. Haverá transmissão ao vivo no canal do Portal dos Jornalistas no YouTube. n O abaixo-assinado liderado por este Jornalistas&Cia propondo que o nome do Padre Roberto Landell de Moura seja incluído no Bulevar do Rádio em São Paulo continuou recebendo adesões e, desse modo, atingiu, no fechamento desta edição, a marca de 1.162 assinaturas. u Concebido para homenagear os 100 anos de rádio no Brasil, o Bulevar do Rádio está sendo implantado pela Prefeitura de São Paulo na rua Leôncio de Carvalho, próximo à av. Paulista, ao lado do Itaú Cultural, instituição que é uma das financiadoras do projeto, junto com o Sesc-SP – curiosamente, perto de onde, em 1900, Landell fez a segunda experiência do mundo de transmissão de voz sem fio. u As manifestações de apoio ao projeto chegam de todo o País e de vários segmentos editoriais e de comunicação. São colegas, em sua maioria, com atuação destacada no jornalismo, de diferentes gerações, que emprestam ao pleito uma dimensão de envergadura. J&Cia acabou destacando alguns nomes na última edição, mas reconhece que todos são igualmente importantes e relevantes para a reivindicação. Para evitar novas injustiças, publica neste link a lista completa, atualizada até 6 de novembro. Últimas Ministro Silvio Almeida receberá Troféu Glória Maria na premiação dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira Ministro será reconhecido como Personalidade do Ano e referência na defesa do povo brasileiro durante premiação que celebra a imprensa negra Silvio Almeida Clarice Castro − Ascom/MDHC Abaixo-assinado sobre a inclusão de Landell de Moura no Bulevar do Rádio recebe novas adesões
Edição 1.435 página 3 Últimas n Estreou em 7/11 a segunda temporada do podcast Amazônia Sem Lei, produção da Agência Pública que investiga conflitos de terra na Amazônia. Os seis episódios, baseados em reportagens da própria Pública, serão publicados semanalmente até 12 de dezembro. u Ao longo dos episódios, os repórteres responsáveis pelas apurações contam detalhes das coberturas. A equipe da Pública percorreu mais de 3 mil quilômetros para contar histórias de violações e conflitos de terras na região, passando por Pará, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Maranhão. u As investigações foram feitas a partir de dados de um outro projeto da agência, o Mapa dos Conflitos, que mostra como se relacionam os conflitos no campo com desmatamento, queimadas, violência, desigualdade, agrotóxicos, água e mineração na Amazônia Legal entre os anos de 2011 e 2020. O mapa foi feito em parceria com a Comissão Pastoral da Terra (CPT). u O episódio de estreia abordou o conflito que nos últimos três anos culminou no assassinato de cinco lideranças quilombolas nos campos alagados de Arari, no Maranhão. A reportagem é de Marina Amaral, repórter e fundadora da Pública, e do repórter fotográfico José Cícero. u Ouça o podcast aqui. n A agência de checagem Lupa lançou nesta semana o LupaMundi – Mapa das Legislações sobre Desinformação, ferramenta interativa que mostra leis nacionais e supranacionais criadas em cada país para combater a desinformação. O mapa mostra a situação de legislações sobre desinformação nos países ao redor do globo, permitindo que o usuário filtre sua busca ou pesquise temas específicos, como crimes cibernéticos ou moderação de conteúdo. u Os países do mapa foram classificados em cinco níveis: Sem lei, Sem informação, Projeto de lei, Lei não específica e Lei específica. Para criar o mapa, a equipe da Lupa analisou as leis de mais de 190 países, ao longo de quatro meses, entre julho e outubro de 2023. Não foi possível localizar informações de sete países: Antígua e Barbuda, Dominica, Micronésia, Islândia, Níger, Palau e Suriname. A pesquisa foi feita com base em dados de páginas oficiais de governos e links de organizações mundiais, como a ONU. u A equipe responsável pelo mapa é formada por Marcela Duarte, gerente de produto; Flávia Campuzano e Nathália Afonso, responsáveis pela coordenação do projeto; Renan Cavalcante e Edda Ribeiro, responsáveis pela pesquisa; Helena Bertho, Bruno Nomura e Ítalo Rômany, edição; Álvaro Justen e Marcel Matias, desenvolvimento; e Mariana Martins, responsável pelo design. Lupa lança mapa-múndi de legislações sobre desinformação Agência Lupa Agência Pública estreia segunda temporada do podcast Amazônia Sem Lei Padre Landell de Moura Assine aqui o abaixo assinado pleiteando a inclusão do nome dele no Bulevar do Rádio, que a Prefeitura de São Paulo está construindo na região da Av. Paulista
Edição 1.435 página 4 Nacionais n A revista piauí anunciou em 1º/11 o fim do podcast Foro de Teresina, após cinco anos e meio no ar. A decisão ocorre após as demissões dos apresentadores Thais Bilenky e José Roberto Toledo. A piauí publicou dois dias depois um recado de despedida do Foro de Teresina, apresentado por Fernando de Barros e Silva, o único dos três apresentadores que permanecia na empresa. u No comunicado, assinado pelo diretor de redação André Petry, a revista declarou que “se exauriram as condições para que o Foro continue operando como antes”. u Thais Bilenky deixou o podcast em 26 de outubro. Ela publicou uma foto no Instagram ao lado de Toledo e Barros e Silva, mas sem dar detalhes sobre o motivo da saída. A piauí justificou o desligamento da jornalista afirmando que ela precisou passar um período em São Paulo, sua cidade natal, e posteriormente não retornou ao seu posto original em Brasília, conforme havia sido combinado. “O arranjo, que deveria ser provisório, acabou se perpetuando, ao contrário do que planejara a revista”, disse a piauí, que também alegou que a saída se deu por questões internas. u Após a saída de Bilenky, Toledo pediu demissão do Foro de Teresina em solidariedade e protesto à saída da colega. Ele chegou a gravar uma despedida no podcast, mas o áudio foi retirado da versão publicada pela piauí. O jornalista publicou a íntegra de sua despedida nas redes sociais e acusou a piauí de censura por ter retirado suas falas. u Sobre Toledo, a piauí declarou que não concordou com as declarações dele no podcast e o modo como ele anunciou sua demissão: “Na forma como fora anunciada, sem aviso à direção e ignorando os trâmites normais, a demissão de Toledo apenas usava a plataforma da revista para atingir a própria revista. Além disso, ofuscava a saída de Thais, para quem as atenções deveriam estar voltadas naquele momento”. Após saída de apresentadores, piauí encerra podcast Foro de Teresina José Roberto de Toledo (esq.), Thais Bilenky e Fernando Barros e Silva Instagram EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação A desinformação é um desafio global que afeta pessoas de todas as esferas da sociedade, mas suas consequências muitas vezes se tornam ainda mais agudas nas favelas e periferias do Brasil. Por isso, a Rede JP vai lançar um e-book sobre desinformação nas comunidades vulneráveis do Brasil em parceria com o Gerate − Observatório de Gênero, Raça e Território. O material visa a identificar os desafios enfrentados e apresentar estratégias eficazes para abordar a questão. Este e-book é um apelo à ação para todos que acreditam que o acesso à informação é um direito fundamental, não importando onde alguém viva. Nas comunidades, a falta de acesso à informação confiável e a exposição à desinformação podem ter impactos devastadores na saúde, na educação e na capacidade de as pessoas de tomarem decisões informadas. (Saiba+) Rede JP lançará e-book sobre desinformação nas comunidades vulneráveis em parceria com o Gerate
Edição 1.435 página 5 Branded Content Ideias & Cia A menopausa e o climatério são dois períodos sequenciais que fazem parte da jornada da mulher. Mas o que deveria ser encarado como algo natural é cercado por estigmas, preconceito e tabu. A verdade é que precisamos desmistificar essas questões. Foi isso que motivou o núcleo de Healthcare e Advocacy da LLYC Brasil a se debruçar sobre o tema e ouvir a percepção de 151 mulheres com idades entre 35 e 65 anos, por meio de uma pesquisa, que aponta que o tema em si é uma questão de saúde pública, com diversas abordagens e diferentes desfechos. O levantamento, que rendeu o artigo Menopausa e climatério: um olhar sobre a representatividade feminina, apontou que quase 50% das respondentes sabem a diferença entre a menopausa e o climatério; entretanto, 30,5% têm uma ideia e 21,2% não sabem. Esse dado chama a atenção, pois a informação e a conscientização sobre a própria saúde são extremamente relevantes no entendimento e identificação de sintomas e na busca por cuidados específicos. Convido você a ler, compartilhar e discutir o artigo, que traz um olhar sobre a representatividade feminina, disponível na nova publicação do What’s Up Health, que tem o propósito de elevar a discussão para um nível de representatividade feminina em um cenário estruturado, até então, para os homens. Menopausa e climatério: um olhar sobre a representatividade feminina Por Giuliana Gregori, diretora de Healthcare e Advocacy LLYC Brasil Mídia Regional Qual tem sido a audiência média dos sites brasileiros dedicados a produzir notícias regionais? Um levantamento inédito feito para este J&Cia pela consultoria Bites, especializada em análises de dados, mostra que, ao longo deste ano de 2023, bate em 183 milhões de visitas por mês a audiência dos 200 principais sites brasileiros dedicados a esse tema. Em visitantes únicos (já que cada visitante pode fazer várias visitas), o número também impressiona: 82,6 milhões por mês. No conjunto, o tráfego dos sites está distribuído em duas dimensões. A primeira, com 44%, é de natureza direta, quando o usuário digita o endereço diretamente no seu navegador ou já o tem guardado na sua lista de favoritos. Outra parte significativa do tráfego (50%) tem origem nos serviços de buscas, como o Google. E apenas 4% dessa audiência chega das redes sociais, taxa bem próxima da categoria de todos os sites de notícias nacionais. Na lista da Bites, o campeão de audiência é o site do jornal O Tempo, de Minas Gerais, com 21 milhões de visitas por mês, seguido do Diário do Nordeste (CE), com 16 milhões, Gazeta do Povo (PR), com 13 milhões, O Povo (CE), com 7 milhões, e na quinta posição a Folha Vitória (ES), com 6,5 milhões. Nesse universo, formado pelas versões online dos jornais locais das capitais e cidades de médio e pequeno porte do Brasil, os homens representam 61% da audiência. Na perspectiva da demografia, essas visitas são realizadas na sua maioria (45%) por pessoas de 25 a 44 anos. O site com maior audiência feminina (58%) é o Portal Nova Santa Rosa, no interior do Paraná. A audiência masculina está mais concentrada no Diário do Nordeste (73%). E o veículo com maior engajamento é o site Vivendo Bauru, com 17% dos visitantes entre 18 e 24 anos. “A mídia regional tem a mesma capacidade de engajamento, indexação e distribuição de informação dos grandes sites. É um grande ativo dentro das variáveis da estratégia de comunicação corporativa das marcas”, afirma Manoel Fernandes, diretor executivo da Bites. u Nos próximos dias, a empresa divulgará o estudo sobre a importância da mídia regional na estratégia de comunicação corporativa das empresas brasileiras. Bites também está organizando um seminário online sobre o tema e as inscrições podem ser feitas aqui. Especial para J&Cia Sites regionais atingem 183 milhões de visitas por mês, mostra estudo da Bites Manoel Fernandes
Edição 1.435 página 6 De Londres, Luciana Gurgel Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. Violência contra jornalistas, desinformação e discurso de ódio nas redes sociais durante campanhas eleitorais entraram no radar da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), que em pouco menos de uma semana levantou preocupações sobre o efeito das disputas entre candidatos no ecossistema de informação em duas ocasiões diferentes. No Dia Internacional Contra a Impunidade de Crimes contra Jornalistas, a organização divulgou um levantamento sobre violência contra jornalistas em períodos eleitorais: entre janeiro de 2019 e junho de 2022, foram registrados 759 ataques individuais, incluindo cinco assassinatos, ocorridos durante 89 eleições em 70 países. Em 6/11, a Unesco publicou um extenso plano de ação para conter a desinformação online, elaborado resultado de contribuições de 134 países durante 18 meses. Não há nada diferente do que já sabemos: a desinformação é um flagelo, não é culpa somente de um agente, faz mal à sociedade e é preciso adotar medidas para controlá-la − muitas das quais já levantadas em outros documentos. Mas para sublinhar a importância de que as palavras se transformem em ação, a organização divulgou junto com o plano uma pesquisa feita pelo instituto Ipsos em 16 países que terão eleições gerais em 2024, com resultados que merecem atenção porque representam impacto sobre a democracia. O Brasil não está entre os Desinformação, discurso de ódio e violência contra jornalistas em campanhas eleitorais entram no radar da Unesco pesquisados, mas terá eleições municipais em 2024. E entre os pleitos do ano que vem estão os dos EUA, que pode devolver Donald Trump de volta à Casa Branca, e da Ucrânia, que pode mudar os rumos da guerra com a Rússia. Foram entrevistados mais de oito mil adultos usuários de internet de países classificados em blocos por seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Quase nove em cada 10 deles (87%) acham que a desinformação já teve grande impacto na vida política do seu país e temem seus efeitos nas próximas eleições. O discurso de ódio é outro problema. Postagens classificadas dessa forma foram vistas por 67% dos entrevistados, sobretudo em Facebook (58%), TikTok (30%), Twitter/X (18%) e Instagram (15%). A pesquisa é mais uma a confirmar que as redes sociais já ultrapassam a imprensa escrita, o rádio e até a televisão como fonte de informação diária. Em média, nos 16 países pesquisados, quase um a cada seis internautas as utilizam para acompanhar os acontecimentos, muito à frente da televisão (44%). Mas os contextos locais não são os mesmos. O Ipsos identificou que a televisão é a fonte principal de notícias nos países mais desenvolvidos (55%, em comparação com 37% para as redes sociais), enquanto perde em países com IDH mais baixo (37% contra 68%). Por idade, a pesquisa confirma o gap geracional no que diz respeito a fontes de informação: pessoas com menos de 35 anos são mais inclinadas a usar as redes sociais (67%) do que as de 55 anos ou mais (31%). Mas a boa e velha TV continua tendo um papel importante em campanhas eleitorais devido à sua confiabilidade. Rádio e imprensa escrita também não fizeram feio no estudo da Unesco. Na média global, 66% dos entrevistados disseram confiar nas notícias transmitidas pela televisão, 63% nas notícias da rádio e 61% nas notícias da imprensa escrita, em comparação com apenas 50% nas notícias recebidas por redes sociais. Nos 16 países, 68% dos internautas consideram as redes sociais o ambiente em que a desinformação é mais difundida, muito à frente dos grupos em aplicativos de mensagens (38%) e de websites ou apps de veículos de comunicação (20%). A quem cabe a solução? O estudo da Unesco apurou que plataformas e governos são vistos como responsáveis por, respectivamente, 90% e 87% dos entrevistados. E os países com IDH mais baixo são os que mais esperam intervenção governamental. A pesquisa completa pode ser vista aqui.
Edição 1.435 página 7 conitnuação - MediaTalks Deportação em massa − O Paquistão, que inicialmente acolheu dissidentes e jornalistas críticos do Talibã após a retomada do poder pelo grupo no Afeganistão, em 2021, está sob pressão internacional para rever a decisão de deportar em massa afegãos que não possuem documentos de permanência no país. O Ministério do Interior deu prazo até 1º de novembro para que milhares deles deixassem o Paquistão, incluindo mais de 200 jornalistas, segundo a organização de liberdade de imprensa Repórteres Sem Fronteiras (RSF). “Enviar estes jornalistas de volta ao Afeganistão colocaria as suas vidas em perigo”, afirma a RSF, instando as autoridades paquistanesas a deixá-los permanecer e a garantir a sua segurança. O jornalismo independente foi praticamente dizimado no Afeganistão nesses dois anos de controle do país pelo Talibã, que reassumiu o poder em agosto de 2021. Um balanço feito pela Federação Internacional de Jornalistas (IFJ, na sigla em inglês), apontou que a crise econômica e o medo provocaram o desaparecimento em massa de veículos de imprensa. O número de profissionais caiu 40%. Dos que continuaram na atividade, apenas 15% são mulheres. Mais de um morto por dia − Quatro semanas após o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, a organização de liberdade de imprensa Comitê de Proteção a Jornalistas registrou 36 profissionais de mídia mortos em Gaza, em Israel e no Líbano, representando uma média de mais de um por dia – ou nove por semana. A lista inclui fatalidades em coberturas externas e também jornalistas mortos em bombardeios que atingiram suas residências, sem que haja ainda comprovação de que estavam trabalhando no momento do ataque. O caso mais recente foi o de Mohammed Abu Hatab, do canal local TV Palestina, que perdeu a vida no dia 2 de novembro junto com 11 parentes em um ataque aéreo israelense em sua casa em Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza. Dois dias antes, dois outros palestinos – Majd Fadl Arandas, do site de notícias Al-Jamaheer, e Iyad Matar, da TV Al-Aqsa, afiliada ao Hamas, foram mortos em circunstâncias semelhantes. É o maior número de mortes de profissionais de imprensa em conflitos na região, superando as fatalidades na Segunda Intifada. Na Ucrânia, morreram até hoje 17 profissionais, segundo o CPJ, mas o número não inclui os que morreram comprovadamente fora de serviço. Morto no ar − O radialista filipino Juan Jumalon foi morto a tiros por um agressor ainda não identificado dentro do estúdio de casa quando transmitia ao vivo seu programa na rádio Calamba Gold FM 94.7. O crime foi assistido pelos espectadores que acompanhavam a transmissão pelo Facebook. Jumalon é o quarto jornalista das Filipinas a ser morto sob a administração do presidente Ferdinand ‘Bongbong’ Marcos desde junho de 2022, e o 199º desde a restauração da democracia no país, em 1986, após a Revolução do Poder Popular que derrubou o ditador Ferdinand Marcos, pai do atual presidente. Ele foi morto na manhã de 5/11, no estúdio que funcionava em sua residência, em Calamba, cidade de mais de 500 mil habitantes na província filipina de Laguna. Poucas punições − O Brasil está entre os dez países que menos punem assassinos de profissionais de imprensa, segundo relatório divulgado neste Dia Internacional pelo Fim da Impunidade de Crimes Contra Jornalistas, comemorado em 2 de novembro. O levantamento foi feito pela organização de liberdade de imprensa Comitê de Proteção a Jornalistas. O estudo afirma que 80% dos crimes praticados em dez anos, desde que a data foi criada, ficaram sem solução. Com 11 assassinatos impunes, o Brasil está em 10º lugar na lista liderada pela Síria, que leva em conta a população total dos países. Em quantidade de assassinatos, o Brasil aparece em 7º, empatado com a Somália. Rádio de emergência − O serviço de notícias em árabe da BBC News anunciou a criação de uma rádio de emergência em Gaza para divulgar informações e orientações de segurança à população afetada pelo conflito entre o Hamas e Israel sem depender da internet. Voltando à era do rádio, a Gaza Daily opera em ondas médias, com programação feita em Londres e no Cairo. Como as comunicações via internet e telefone continuam sofrendo interrupções em Gaza, o conteúdo chega ao público sem depender dessas conexões. O serviço transmite inicialmente um programa por dia, às 17h (horário local), desde 3 de novembro. Um segundo boletim passará a ir ao ar às 19h no dia 10 de novembro. Esta semana em MediaTalks Juan Jumalon HÁ 10 ANOS APERFEIÇOANDO O MERCADO DE COMUNICAÇÃO VOCÊ TEM QUE ESTAR AQUI! A MAIOR FERRAMENTA DE ENVIO DE RELEASES DO BRASIL! MAIS DE 55 MIL JORNALISTAS NO MAILING DE IMPRENSA! O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO PARA CONTRATAR?
Edição 1.435 página 8 Comunicação Corporativa n Bruno Alves, gerente de relações institucionais, comunicação e sustentabilidade, deixou a Copersucar, onde esteve por quase oito anos, até agosto, e em outubro assumiu a Diretoria de Relações Governamentais e Sustentabilidade da União Nacional do Etanol de Milho (Unem). n Rafael Corrêa despediu-se do Google, onde esteve por dez anos, os últimos como diretor de comunicação e RP, e seguiu para o Nubank, contratado como global head de comunicação corporativa. Permanecerá em São Paulo e responderá pela gestão das atividades da Nu Holdings, que tem operações em Brasil, México e Colômbia, reportando-se à VP global de comunicação Leila Suwwan de Felipe, que fica baseada nos EUA. Corrêa também acumula passagens por Editora Abril (incluindo a revista Veja) e TV Globo. n Sarah Buchwitz, que foi por quase seis anos e meio VP de Marketing e Comunicação da Mastercard no Brasil, deixou em outubro a organização e em novembro foi contratada para suceder a André Gaigher como CEO do Grupo Flow, um ecossistema de mídia que atua com entretenimento e com soluções de tecnologia, conteúdo e mídia. Sarah já esteve em ESPN, Pepsico e Kraft Foods, sempre em cargos de liderança de comunicação e marketing. Brasília Bruno Alves começa como diretor da Unem Bruno Alves Priscilla Mendes Colin Foster Taís Dihl São Paulo Sarah Buschwitz deixa a Mastercard e começa como CEO do Grupo Flow... Sara Buschwitz ... e Rafael Corrêa sai do Google para liderar a comunicação da Nu Holdings (Nubank) Rafael Corrêa Rio Grande do Sul n Taís Dihl, jornalista na Critério – Resultado em Opinião Pública, deixou a organização em setembro após dois anos e quatro meses de casa. Ela também foi editora, por um ano e nove meses, na Prefeitura de Porto Alegre e, por quase dez anos, repórter do Correio do Povo. Rio de Janeiro n Colin Foster assumiu em outubro o cargo de head digital da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), entidade fundada em 1897. Ele foi por um ano gerente de digital do Nexcom Grupo. Internacional n Priscilla Mendes, que vive em Londres há dois anos, onde desde agosto de 2022 atua na Pogust Goodhead, foi promovida em outubro de head de comunicação estratégica para diretora de corporate affairs latam. No Brasil, ocupou cargos de liderança de comunicação no Senado Federal e no Ministério da Agricultura e, como jornalista, passou pelas TVs Globo, Record e SBT, além do jornal Correio Braziliense, sempre na Capital Federal.
Edição 1.435 página 9 conitnuação - Comunicação Corporativa n Andrea Assef, head de comunicação, deixou o Publicis Groupe em outubro, após quase dois anos e meio de casa. Em texto bem-humorado, ela contou sobre sua demissão no Linkedin. Sua jornada em comunicação corporativa começou em 2015, na Wunderman Thompson Brasil (ex-J. Walter Thompson), onde esteve por cerca de seis anos e meio. Antes, atuou por 20 anos em redação, especializando-se em negócios e finanças pessoais. E mais... n Adriana Adorno, ex-Edelman e JeffreyGroup, está de cargo novo. Às vésperas de completar sete anos de casa, foi promovida de coordenadora a gerente de comunicação e canais digitais na Libbs Farmacêutica. n Ana Beatriz Carvalho, coordenadora de Artístico e RP, despediu-se em outubro da Stage Digital, após quase dois anos de casa, para ser coordenadora de marketing de influência da Unilever. Ela também foi, por mais de cinco anos, da comunicação da L’Oreal, no Rio de Janeiro. n Bruna de Carvalho Ribeiro, que atuou como analista pleno na Porto Seguro por dois anos, até junho, está agora na FSB, na função de consultora sênior para o atendimento da MetLife Brasil. n Gabriel Guimarães acaba de assumir a Gerência Regional de Comunicação para a América Latina Cone Sul da Ericsson. Chega após temporada de um ano e nove meses na Edelman, onde desde março ocupava a função de diretor de reputação corporativa para o setor de tecnologia (Brasil e América Latina). Antes, passou por Electrolux, Accor Hospitality e Burson-Marsteller. n Ellen Pacheco também está em nova jornada profissional. Assumiu agora em novembro a Gerência de Relações com a Mídia e Reputação da Novo Nordisk. Antes, esteve por dois anos e quatro meses como gerente de comunicação do Nubank, tendo ainda passado por C&A e Ajinomoto. Gabriel Guimarães começa na Ericsson... Gabriel Guimarães ... e Ellen Pacheco, na Novo Nordisk Ellen Pacheco Andrea Assef deixou em outubro o Publicis Groupe Andrea Assef Ana Beatriz Carvalho Giovana Rossi Guarizi n Catarina Marrão, ex-executiva da Ogilvy Brasil e da Hill+Knowlton Strategies, despediu-se em agosto da Weber Shandwick, após quase dois anos e meio de casa, e integrou-se como key account ao time da Pine PR. n O advogado e contador Edinilson Apolinário é o novo diretor de Conteúdo e Produto para Corporações da Thomson Reuters, função em que vai liderar uma equipe de cerca de 50 profissionais, com reporte a Luciano Idesio, VP do segmento de Corporações da Thomson Reuters na América Latina. n Giovana Rossi Guarizi, que foi assessora de relações externas por dois anos na FAAC, em Bauru, até fevereiro, integrou-se em julho à equipe da MGA Press, na função de atendimento pleno. n Helder Bertazzi começou em outubro como assessor de comunicação na Câmara Municipal de São Paulo, após rápida passagem pelo Grupo In Press. Antes, foi diretor da Z2 Comunicação por quase dois anos e meio e assessor de imprensa na Original 123 e na Assembleia Legislativa de São Paulo. Adriana Adorno Bruna de Carvalho Ribeiro Catarina Marrão Edinilson Apolinário Helder Bertazzi
Edição 1.435 página 10 conitnuação - Comunicação Corporativa n Jorge Lisauskas, head de marketing América Latina, deixou a Meta (Facebook) em junho, após pouco mais de oito anos de casa. Em jornadas anteriores, ele passou pelas agências Ideal, MVL e BCW Global. n Letícia Ramos, ex-NR-7 e Ampoule Comunicação, que foi social media da Road por dez meses, até setembro, foi contratada como gerente de PR e Storytelling pela Pina. n Maria Ariane Santos regressou em outubro, no cargo de executiva sênior, para a Máquina CW, em que havia atuado por quase dois anos, entre 2019 e 2021. Chega para o atendimento de PR para os clientes Hypera Pharma, BD Brasil e Kite Pharma. No intervalo entre as duas passagens foi executiva da CDN, para o atendimento à Pfizer. n Matheus Fortes, analista de comunicação, deixou a Imagem Corporativa em outubro, após pouco mais de um ano e meio de casa, e começou na sequência como executivo sênior no Grupo Fala. Ele também já esteve na Comunic.Ativa, em Salvador, por pouco mais de quatro anos. n Nicole Almeida começou em setembro como analista de comunicação externa no PicPay. Vem de jornadas de um ano e três meses na GBR Comunicação e de um ano e dez meses na NR-7. n Rafaela Artero do Nascimento, que ficou por nove meses na 4Influence, até abril, está agora há alguns meses na Máquina CW como PR e produtora de moda. n Tatiana Gatto começou como head de Marketing e Comunicação no escritório Marcos Martins Advogados, especializado em direito empresarial e societário, tributário, trabalhista, contencioso, arbitragem e insolvência. Em jornadas anteriores, atuou em Whirlpool, Telefónica e Aggreko, no Brasil e na América Latina. n Vanessa Lima, coordenadora de treinamentos e comunicação institucional, despediu-se da Imagem Corporativa, onde esteve por pouco mais de dois anos, até outubro, e logo na sequência iniciou na Nova PR, como executiva sênior, para o atendimento à Auren Energia. Jorge Lisauskas Letícia Ramos Maria Ariane Santos Matheus Fortes Nicole Almeida Rafaela Artero do Nascimento Tatiana Gatto Vanessa Lima n A Arte Interativa conquistou a conta de relacionamento com a imprensa da Zeiss, multinacional líder em tecnologia do setor de óptica e optoeletrônica, com 38 mil colaboradores, atuação em 50 países e faturamento de 8,8 bilhões de euros em seus quatro segmentos: tecnologia de semicondutores, qualidade e pesquisa industrial, tecnologia médica e mercados de consumo. O responsável pelo atendimento é o diretor José Luiz Chaves Neto ([email protected]). n A Fato Relevante conquistou a conta da TozziniFreire Advogados, escritório com 47 anos de atuação e 1.200 profissionais, presente em São Paulo, Porto Alegre, Campinas, Brasília, Rio de Janeiro e Nova York. A conta é liderada, a partir de São Paulo, pelo sócio-diretor Fernando Rubino Ernesto, com presença física em todas as unidades do País onde o escritório está presente, e reporte ao diretor de Marketing, Comunicação e Desenvolvimento de Negócios da empresa, Sergio Sabino. Dança das contas Fato Relevante passa a atender à TozziniFreire Advogados Arte Interativa conquista a conta da Zeiss
Edição 1.435 página 11 conitnuação - Comunicação Corporativa n Jornalistas em assessoria de imprensa de todo o Brasil têm encontro marcado em Salvador, entre os dias 16 e 19/11, no 22º Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa (Enjai), iniciativa organizada pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e pelo Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), que debaterá o tema Assessoria de Imprensa e os desafios da atualidade. u Serão 50 horas de atividades, distribuídas em seis painéis temáticos, quatro minicursos, apresentação de três cases de comunicação em assessoria e duas conferências, além de duas plenárias e outros sete eventos (políticos, culturais, de lazer e confraternização). u Nascido em Brasília, em 1984, quando a atividade começava a se projetar no cenário da comunicação corporativa, o Enjai é o olhar sindical sobre essa atividade integrada majoritariamente por jornalistas. Apenas nas agências de comunicação, como aponta pesquisa realizada há mais de dez anos pelo Anuário da Comunicação Corporativa (Mega Brasil), o contingente de jornalistas que atuam nessa área é superior a 50% (mais de nove mil profissionais), superando com grande margem todas as demais categorias, inclusive os relações públicas. u O Encontro deste ano será no hotel Sol Victória Marina e as inscrições custam R$ 490 para delegados eleitos em assembleias estaduais e R$ 690 para observadores, valor que inclui hospedagem em apartamentos duplos ou triplos. Outras informações no site do evento, onde também podem ser conferidas a programação, a estrutura do evento, as atividades propostas (inclusive culturais) e informações quanto à hospedagem, além de dicas sobre Salvador. Pelo mercado n Ricardo Viveiros tomou posse nesta quarta-feira (8/11) como membro da Academia Paulista de Educação, em cerimônia realizada na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Assumiu a cadeira número 30, cujo patrono é o também jornalista Joaquim Silva, autor de livros de História e que foi integrante do Magistério em Sorocaba. Pingo nos is – n Karla Konda informa que, além de atendimento sênior na LAM Comunicação, integra a equipe da Barões Digital Publishing como assessora de comunicação, ali atuando no relacionamento com a imprensa e como uma das redatoras do portal Brand Publishing Brasil. n A Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom) lançou nesta quarta-feira (8/11) uma nova campanha institucional, desta vez para incentivar a valorização dos profissionais de comunicação e assim fortalecer a conexão entre as agências e os clientes. No comunicado que distribuiu, a Abracom assinala que o respeito é um dos principais focos para que a relação entre as pessoas mantenha-se saudável em todo o ciclo de trabalho. u “Empresas são pessoas, e o respeito fortalece a relação entre as pessoas”, diz Rosa Vanzella, diretora de relações com o setor privado da entidade. “Precisamos falar sobre confiança e respeito mútuos entre as equipes do lado das agências e dos clientes. O respeito deve começar desde o processo de concorrência, durante o trabalho e até o momento que este contrato não tenha mais continuidade”. u A ideia da campanha, informa a Abracom, surgiu a partir de uma sondagem realizada entre representantes de agências associadas mostrando a importância de a entidade posicionar-se sobre a temática. u Além de peças para branded content e conteúdo para associados e entidades parceiras, a campanha contará com um filme a ser veiculado nas redes sociais, que mostra, como salienta o texto da entidade, “como as conexões e as interações colaborativas podem ser relevantes neste processo. Para refletir sobre o que diz a campanha, os personagens demonstram como as expressões de carinho, cuidado e gentiliza são capazes de unir forças. Imagens corporativas ratificam a premissa de que gentileza gera gentileza, mostram pessoas com gestos acolhedores em diferentes ambientes como sala de reunião, videoconferência, elevadores, coletiva de imprensa e festa de final de ano, sempre com diversidade e inclusão”. u Rosa ressalta que o dia a dia da agência com o cliente envolve uma conexão intensa entre os profissionais e que o sucesso dessa parceria depende muito de itens como preservação da cultura, de valores e de práticas de cada uma das partes: “Difundir por meio de campanhas questões relevantes como essa proporciona uma reflexão sobre qual caminho queremos trilhar nessa relação. A Abracom acredita que, por meio das campanhas, conseguiremos alcançar mais pessoas do nosso mercado, impulsionando uma forma mais humanizada de trabalho”. u Outras informações aqui. Pelas instituições Campanha da Abracom valoriza relações entre pessoas no dia a dia de agências e clientes Salvador sediará 22º Encontro de Assessores de Imprensa entre 16 e 19 de novembro Ricardo Viveiros
Edição 1.435 página 12 Por dentro da Comunicação Pública “Ninguém defende um direito que não conhece”¹. Promover a consciência de que o direito à comunicação é um direito humano deve ser missão prioritária dos(as) comunicadores(as) públicos(as), compromisso reafirmado pelos(as) participantes do II Congresso Brasileiro de Comunicação Pública, Cidadania e Informação, o II ComPública. Como direito, a comunicação é também dever do Estado e da sociedade organizada. Os(as) congressistas de Natal reafirmam que a comunicação é um processo de diálogo, em que o(a) cidadão(ã) ouve e é ouvido. A partir desse entendimento, resgatam os objetivos da Carta Goiás, do I ComPública, os aprofundam e ampliam: 1. Incentivar ações de educação para a comunicação que contemplem o combate à desinformação e o papel da comunicação pública, a fim de aperfeiçoar a democracia; 2. Garantir o adequado financiamento da comunicação pública, que deve contemplar a construção de carreiras de comunicadores(as) públicos(as), indispensáveis para o alcance dos preceitos constitucionais da transparência, participação social, impessoalidade, eficiência e eficácia; 3. Estimular a formação continuada dos(as) profissionais, a partir do trabalho conjunto entre universidades, escolas de governo, órgãos públicos e entidades profissionais, priorizando a integração das diversas áreas do campo da comunicação; 4. Assegurar que a comunicação pública esteja a serviço da promoção da cidadania e do combate às desigualdades sociais e suas formas de perpetuação: racismo, machismo, LGBTQIAP+fobia, capacitismo, etarismo, patriarcalismo, patrimonialismo e outros mecanismos de captura ou sabotagem do papel do Estado; 5. Construir soberania tecnológica, viabilizando a redução da dependência das plataformas focadas exclusivamente no lucro e descompromissadas com a comunicação como um direito humano e como caminho essencial para acesso a outros direitos, além de apoiar a urgente regulação dos oligopólios transnacionais da Internet e da Inteligência Artificial. Buscando contribuir para concretizar tais objetivos, os(as) comunicadores(as) públicos(as) se comprometem a articular junto ao Congresso Nacional a elaboração das leis sobre a comunicação previstas na Constituição Federal e a trabalhar pela ampliação dos poderes e da representatividade do Conselho de Comunicação Social, para que lhe seja atribuída capacidade de defensor das audiências, promotor da participação social e guardião da aplicação dos preceitos constitucionais. Também se comprometem a lutar pela concretização dos objetivos elencados junto a outros níveis do Estado. Natal (RN), 18 de outubro de 2023. ¹ Frase proferida por Cynthia Ottaviano, diretora da Rádio e Televisão Argentina, durante o II ComPública Esta é a íntegra da Carta Natal, documento com as conclusões do II Congresso Brasileiro de Comunicação Pública, Cidadania e Informação (II ComPública), parceria da ABCPública com a Universidade Federal de Natal (UFRN). Trata-se de uma reafirmação dos comunicadores em defesa da Comunicação Pública. Para Armando Medeiros de Faria, vice-presidente de Coordenação Regional da ABCPública, além de apontar a relação estreita entre direito à informação e democracia, o documento reforça a necessidade de uma comunicação pública que não promova autoridades. “É preciso sair do narcisismo institucional e produzirmos cada vez mais conteúdos úteis para o cidadão exercer seus direitos e ter acesso aos serviços públicos”, completou. Mais de 110 comunicadores endossam a Carta, aprovada na sessão de encerramento do congresso. Confira aqui as assinaturas. A parceria de sucesso da ABCPública com a Escola de Comunicação da Aberje continuará no próximo ano. A quinta edição do Programa Avançado em Comunicação Pública (PACP) será realizada de 25 de maio a 26 de outubro de 2024. Os interessados já podem fazer a inscrição por aqui. Serão 60 horas de curso, divididas em módulos sobre comunicação na área pública. A turma de 2023 do PACP encerrou no dia 28 de outubro. A data também marcou o lançamento do e-book Comunicação Pública: Casos Excelentes 2023, produzido pelos alunos e organizado por Jorge Duarte, um dos curadores do curso. Faça o download aqui, na nossa biblioteca. Aproveite e confira outros resultados das edições anteriores: • Glossário de Comunicação Pública • Comunicação Pública na Prática: Depoimentos • Comunicação Pública: Casos Excelentes A Sociedade Brasileira de Administração Pública (SBAP), parceira institucional da ABCPública, reconhecerá a melhor dissertação de mestrado acadêmico e profissional e teses de doutorado do Brasil. O regulamento estabelece as condições gerais para submissão e julgamento de tese de doutorado e dissertações de mestrado concluídas e aprovadas em programas de pós-graduação stricto sensu, cursos nas modalidades Acadêmico e Profissional, com áreas ou linhas de pesquisa em Administração Pública/Gestão Pública/Gestão de Políticas Públicas/Políticas Públicas/Gestão Social provenientes de programas que são associados institucionais da SBAP. Saiba mais aqui. Carta Natal: pela apropriação da comunicação pública pelo(a) cidadão(ã) Programa Avançado em Comunicação Pública 2024 está confirmado Prêmio SBAP de Teses e Dissertações: submissões até 15 de novembro
Edição 1.435 página 13 AUTO Patrocínio n Foram anunciados os jurados que definirão os vencedores do prêmio Carro do Ano 2024. A iniciativa, promovida desde 1966 pela revista Autoesporte, contará com as análises de 26 profissionais, entre convidados e jornalistas que integram a redação da revista, para escolher os vencedores das categorias Carro do Ano, Carro Premium do Ano, Carro Superpremium do Ano, Carro Esportivo do Ano, Picape do Ano, Picape Premium do Ano e Motor do Ano. u Como nas edições anteriores, haverá uma divisão entre os jurados. Parte deles votará apenas nas categorias destinadas aos veículos, casos de Diogo de Oliveira (Jornal do Carro), Enio Greco (Diários Associados), Guilherme Muniz (CBN Autoesporte), João Fusquine (Última Marcha), Julio Cabral (iG Carros), Leonardo Félix (Mobiauto), Marcos Rozen (Use Elétrico) e Marli Olmos (Valor Econômico); outra parte, mais técnica, definirá o Motor do Ano. Integram essa lista Cléber Willian Gomes (FEI), Erwin Franieck (SAE Brasil), Marcelo Alves (Poli/USP), Paula Mascari, Paulo Consonni (AEA) e Tarcísio Dias (Mecânica Online). u Os demais jurados participarão da eleição em todas as categorias. Integram essa lista o time da Autoesporte, composto pelo diretor de redação Marcus Vinícius Gasques, o editor-chefe Ulisses Cavalcante, o editor-executivo Raphael Panaro, o editor André Paixão e os repórteres André Schaun, Cauê Lira e Renan Bandeira; e o de convidados, que contará com Boris Feldman (AutoPapo), Eduardo Sodré (Folha de S.Paulo), Fábio Trindade (Motor1), Fernando Calmon e Jason Vogel (Auto Esporte). Autoesporte define júri do Carro do Ano 2024 E mais... n Pelo décimo ano consecutivo, a Autoinforme realiza o Prêmio Estudantes de Jornalismo, que tem como objetivo apresentar o setor automobilístico e as possibilidades de trabalho aos futuros profissionais do jornalismo. Com o apoio da Hyundai Brasil, o concurso reconhecerá trabalhos produzidos nas categorias Texto, Vídeo e Rádio sobre o tema A evolução da mobilidade nos últimos dez anos. O autor do melhor trabalho ganhará um notebook e os três primeiros de cada categoria receberá um troféu. Todos os vencedores também serão convidados a visitar a fábrica da Hyundai em Piracicaba. As inscrições vão até 22 de novembro pelo www. premioautoinforme.com.br. n Ainda sobre a Autoinforme, a agência comandada por Joel Leite divulgará nesta semana os resultados do Selo Maior Valor de Revenda – Autos 2023. A iniciativa chega neste ano à décima edição e prepara uma série de novidades para marcar a data. Mais informações com Koichiro Matsuo (11-3849-8633 e [email protected]). n O GECOM – Grupo Empresarial de Comunicação divulgou na última semana os cases finalistas do Prêmio Jatobá PR 2023. Dentre os trabalhos classificados para a finalíssima, estão ações envolvendo as marcas da GM e Volvo, produzidas e inscritas em parceria com suas agências de comunicação. u O case GM: Uma aventura no Pantanal para a preservação dos biomas, promovido pela Weber Shandwick, é finalista da categoria Grande Agência/Projeto Especial. Já o trabalho 30 anos do Biarticulado Volvo − Fazendo história e conectando destinos, produzido em conjunto com a Clima Comunicação, concorre na categoria Agência-Butique/Comunicação Integrada. u A cerimônia de premiação será realizada em 5 de dezembro, em jantar no Renaissance Hotel, em São Paulo. n A Umicore acaba de disponibilizar um e-book gratuito sobre catalisadores. Desenvolvido pela equipe do Grupo Printer, traz dicas de manutenção, tecnologias oferecidas pela empresa, ciclo completo do produto e possíveis problemas que a retirada de um catalisador pode causar ao motorista, entre outros tópicos. Com coordenação geral de Rosangela Ribeiro, o e-book contou com edição, redação e revisão de Amanda Caires e Eduardo Sanches, e diagramação de Daniela Colossi e Gilberto Shinohara.
Edição 1.435 página 14 AGRO Patrocínio n O case Syde: inovação e proximidade para o lançamento de uma fintech revolucionária para o agronegócio, produzido pela Syngenta em parceria com a agência Giusti Creative PR, é finalista da categoria Organização Empresarial e Pública/Experiência de Marca do Prêmio Jatobá PR 2023. u A iniciativa, promovida pelo GECOM – Grupo Empresarial de Comunicação, recebeu nesta edição 309 trabalhos inscritos, 135 dos quais foram classificados para a grande final, que será realizada em 5 de dezembro, em jantar no Renaissance Hotel, em São Paulo. u Nas categorias destinadas às agências, a RPMA classificou para a final o trabalho #AgropalmaFaz40: como uma empresa usa a transparência como pilar de comunicação, com protagonismo local em um contexto ativista e controlado. Produzido para a Agropalma, empresa especializada em produzir derivados do óleo de palma, o case concorre na categoria Grande Agência/ Evento de Comunicação. u Confira a relação completa de finalistas. n O quadro Notícia de Valor, que desde julho deste ano ocupa espaço na programação diária da GloboNews, com entradas ao vivo de jornalistas do Valor Econômico nos telejornais do canal por assinatura do Grupo Globo, ampliou seu escopo com um espaço exclusivo semanal para a cobertura do agro. u Toda segunda-feira, a repórter especial Nayara Figueiredo entra ao vivo, perto das 11h30, com um resumo das principais notícias da última semana no setor. O conteúdo é resultado do processo de integração entre as redações do Valor e da revista Globo Rural, também promovido em julho deste ano. “Com mais essa novidade, consolidamos a Globo Rural como veículo de informação especializado e multiplataforma”, destacou Cassiano Ribeiro, head da Globo Rural e editor-executivo do Valor. E mais... n A IM Business, canal do InfoMoney sobre negócios focado no ambiente corporativo, lançou em 3/11 uma newsletter semanal com os destaques do agronegócio no Brasil e no mundo. O novo conteúdo, que circula às sextas- -feiras, conta com curadoria do editor Fernando Lopes, profissional contratado em junho após 23 anos no Valor Econômico, e pelo repórter Alexandre Inacio. PELAS REDAÇÕES Cobertura do agro ganha espaço fixo na GloboNews Nayara Figueiredo PELO MERCADO Syngenta é finalista do Jatobá PR 2023 100 ANOS DE RÁDIO NO BRASIL Por Álvaro Bufarah (*) Muitas vezes falamos aqui sobre as tecnologias inovadoras do rádio, mas não podemos deixar de registrar e refletir sobre as emissoras que cobrem áreas que muitas vezes são as únicas vozes atentas ao cotidiano local e ao cidadão que vive à margem do sistema. A história da Rádio Comunitária de Andada A Voz da Lama é uma destas. Criada pelo Núcelo de Comunicação Caranguejos Pensantes (NCCP) na comunidade do Bode, no bairro do Pina, periferia de Recife, a emissora foi desenvolvida pela junção dos coletivos Pão e Tinta, Cabras e Livroteca Brincante do Pina, formado por moradores e voluntários da região e de outros territórios. O bairro contrasta com um dos metros de terra mais caros da cidade, pela pobreza e falta de condições das comunidades, tendo um dos menores índices de água encanada (66,4%) e coleta de lixo (87,03%) do município. Durante a pandemia os problemas estruturais A rádio que vai até o ouvinte
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