Jornalistas&Cia 1435

Edição 1.435 página 7 conitnuação - MediaTalks Deportação em massa − O Paquistão, que inicialmente acolheu dissidentes e jornalistas críticos do Talibã após a retomada do poder pelo grupo no Afeganistão, em 2021, está sob pressão internacional para rever a decisão de deportar em massa afegãos que não possuem documentos de permanência no país. O Ministério do Interior deu prazo até 1º de novembro para que milhares deles deixassem o Paquistão, incluindo mais de 200 jornalistas, segundo a organização de liberdade de imprensa Repórteres Sem Fronteiras (RSF). “Enviar estes jornalistas de volta ao Afeganistão colocaria as suas vidas em perigo”, afirma a RSF, instando as autoridades paquistanesas a deixá-los permanecer e a garantir a sua segurança. O jornalismo independente foi praticamente dizimado no Afeganistão nesses dois anos de controle do país pelo Talibã, que reassumiu o poder em agosto de 2021. Um balanço feito pela Federação Internacional de Jornalistas (IFJ, na sigla em inglês), apontou que a crise econômica e o medo provocaram o desaparecimento em massa de veículos de imprensa. O número de profissionais caiu 40%. Dos que continuaram na atividade, apenas 15% são mulheres. Mais de um morto por dia − Quatro semanas após o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, a organização de liberdade de imprensa Comitê de Proteção a Jornalistas registrou 36 profissionais de mídia mortos em Gaza, em Israel e no Líbano, representando uma média de mais de um por dia – ou nove por semana. A lista inclui fatalidades em coberturas externas e também jornalistas mortos em bombardeios que atingiram suas residências, sem que haja ainda comprovação de que estavam trabalhando no momento do ataque. O caso mais recente foi o de Mohammed Abu Hatab, do canal local TV Palestina, que perdeu a vida no dia 2 de novembro junto com 11 parentes em um ataque aéreo israelense em sua casa em Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza. Dois dias antes, dois outros palestinos – Majd Fadl Arandas, do site de notícias Al-Jamaheer, e Iyad Matar, da TV Al-Aqsa, afiliada ao Hamas, foram mortos em circunstâncias semelhantes. É o maior número de mortes de profissionais de imprensa em conflitos na região, superando as fatalidades na Segunda Intifada. Na Ucrânia, morreram até hoje 17 profissionais, segundo o CPJ, mas o número não inclui os que morreram comprovadamente fora de serviço. Morto no ar − O radialista filipino Juan Jumalon foi morto a tiros por um agressor ainda não identificado dentro do estúdio de casa quando transmitia ao vivo seu programa na rádio Calamba Gold FM 94.7. O crime foi assistido pelos espectadores que acompanhavam a transmissão pelo Facebook. Jumalon é o quarto jornalista das Filipinas a ser morto sob a administração do presidente Ferdinand ‘Bongbong’ Marcos desde junho de 2022, e o 199º desde a restauração da democracia no país, em 1986, após a Revolução do Poder Popular que derrubou o ditador Ferdinand Marcos, pai do atual presidente. Ele foi morto na manhã de 5/11, no estúdio que funcionava em sua residência, em Calamba, cidade de mais de 500 mil habitantes na província filipina de Laguna. Poucas punições − O Brasil está entre os dez países que menos punem assassinos de profissionais de imprensa, segundo relatório divulgado neste Dia Internacional pelo Fim da Impunidade de Crimes Contra Jornalistas, comemorado em 2 de novembro. O levantamento foi feito pela organização de liberdade de imprensa Comitê de Proteção a Jornalistas. O estudo afirma que 80% dos crimes praticados em dez anos, desde que a data foi criada, ficaram sem solução. Com 11 assassinatos impunes, o Brasil está em 10º lugar na lista liderada pela Síria, que leva em conta a população total dos países. Em quantidade de assassinatos, o Brasil aparece em 7º, empatado com a Somália. Rádio de emergência − O serviço de notícias em árabe da BBC News anunciou a criação de uma rádio de emergência em Gaza para divulgar informações e orientações de segurança à população afetada pelo conflito entre o Hamas e Israel sem depender da internet. Voltando à era do rádio, a Gaza Daily opera em ondas médias, com programação feita em Londres e no Cairo. Como as comunicações via internet e telefone continuam sofrendo interrupções em Gaza, o conteúdo chega ao público sem depender dessas conexões. O serviço transmite inicialmente um programa por dia, às 17h (horário local), desde 3 de novembro. Um segundo boletim passará a ir ao ar às 19h no dia 10 de novembro. Esta semana em MediaTalks Juan Jumalon HÁ 10 ANOS APERFEIÇOANDO O MERCADO DE COMUNICAÇÃO VOCÊ TEM QUE ESTAR AQUI! A MAIOR FERRAMENTA DE ENVIO DE RELEASES DO BRASIL! MAIS DE 55 MIL JORNALISTAS NO MAILING DE IMPRENSA! O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO PARA CONTRATAR?

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