Jornalistas&Cia 1438

Edição 1.439 página 25 100 ANOS DE RÁDIO NO BRASIL Por Álvaro Bufarah (*) (*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo. As projeções da Global Ad Forecast da Magna apontam que as receitas líquidas totais de publicidade em escala global alcançarão a marca de US$ 853 bilhões este ano, representando um notável aumento de 5,5% em comparação com 2022. A expectativa é que esse crescimento se intensifique, atingindo um aumento de 7,2% em 2024, conforme indicado na recente atualização prévia da pesquisa. Esse impulso veio após um primeiro semestre mais modesto, quando o faturamento publicitário subiu 4,7% em média. Nos Estados Unidos, as receitas publicitárias aumentaram 3,6%, alcançando a marca de US$ 338 bilhões este ano. No entanto, meios de comunicação tradicionais, incluindo áudio, experimentaram uma tendência de queda. Os proprietários de mídia tradicional, como TV, áudio, publicações e OOH, mostram-se vulneráveis em um cenário econômico incerto, com uma queda de 4% nas receitas publicitárias, totalizando US$ 266 bilhões neste ano, de acordo com a análise da Magna. A receita de anúncios de mídia digital pura, por outro lado, apresentou um crescimento significativo de 10,5%, atingindo US$ 587 bilhões, representando 69% do total de vendas de anúncios em escala global. A ascensão do comércio eletrônico e da mídia de varejo impulsionaram esse aumento. Em 2023, a pesquisa por palavras-chave mantém-se como o formato de anúncio mais popular, com um aumento de 9%, totalizando US$ 298 bilhões. As gigantes da mídia social, como Meta e TikTok, registraram um crescimento notável, de 15%, atingindo US$ 182 bilhões. No mercado publicitário dos EUA, as receitas publicitárias melhoraram em 3,6%, totalizando US$ 338 bilhões em 2023. Analisando por tipo de mídia, a TV nacional caiu 6%, a TV local 22%, o áudio 4%, a publicação 7%, o out-of-home cresceu 2%, as buscas por palavras aumentaram 10%, e as redes sociais saltaram 14%. Embora o consumo de áudio esteja em alta, os investimentos no setor não se refletem da mesma forma. A Magna prevê um cenário otimista para 2024, com um impulso Publicidade global tem bom desempenho com mercado brasileiro em alta significativo nos gastos globais com publicidade de 7,2%, atingindo US$ 914 bilhões de dólares no mercado norte-americano. O mercado de publicidade tradicional nos EUA irá se recuperar, com um crescimento de 2,2%, enquanto as vendas de anúncios de players digitais puros aumentarão impressionantes 9,4%. Para o próximo ano, a Magna destaca as categorias automotiva, de viagens e farmacêutica como aquelas com maior potencial de crescimento. Bens de consumo também devem se beneficiar, enquanto o marketing de entretenimento pode enfrentar desafios devido ao volume inferior ao normal de lançamentos de programas e filmes nos EUA. A receita publicitária não cíclica teve um aumento de 5,4% em 2023 e deverá acelerar para 5,9% em 2024, refletindo um crescimento total de 8,4%, incluindo gastos publicidade política. Já no mercado brasileiro, uma pesquisa realizada pelo Cenp-Meios (Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário) revela um avanço expressivo. Durante os primeiros nove meses de 2023, o setor registrou um investimento total de R$ 14,9 bilhões, representando um aumento de 9,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando o investimento foi de R$ 13,6 bilhões. Os indicadores sugerem que o crescimento do mercado publicitário em 2023 se manteve equilibrado, situando-se em torno de 10%. Durante a análise desse período, destaca-se que a TV aberta liderou como o meio com o maior investimento, alcançando pouco mais de R$ 6 bilhões em faturamento e um share expressivo de 40,6%. Na sequência, a internet captou R$ 5,6 bilhões, assegurando um share de 38%. Em terceiro vem a mídia OOH, que registrou um faturamento de R$ 1,4 bilhão e um share de 9,9%, sendo que o rádio ficou fora topo do ranking. Apesar de um início relativamente lento no setor, influenciado por eventos como a Copa do Mundo e eleições no último semestre de 2022, os indicadores revelaram uma melhoria gradual ao longo dos meses, sendo que o volume total captado pelo painel Cenp foi de R$ 21,2 bilhões. Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.

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