Jornalistas&Cia 1441

Edição 1.441 - 19 de dezembro de 2023 a 2 de janeiro de 2024 • Rede JP atua estrategicamente na elaboração do plano de ação da Secom para 2024 (pág. 11) • Marcus Vinicius Gasques e Ulisses Cavalcante deixam a Autoesporte. Leonardo Felix assume o comando da publicação (pág. 13) E mais... n Com a chegada dos últimos resultados de prêmios de jornalismo promovidos neste ano no Brasil e no mundo, o Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira entra em fase final de apuração para a publicação de sua edição de 2023. Mais uma vez a pesquisa será apresentada em um especial exclusivo, em formato de revista digital, que circulará em 29 de janeiro. Nele, serão conhecidos os jornalistas, veículos e grupos de comunicação mais premiados no ano e na história do Brasil, bem como seus recortes regionais. u “Este ano foi marcado novamente pelo bom desempenho dos jornalistas que atuam em veículos independentes, espalhados por quase todo o Brasil”, destaca Fernando Soares Clemente, editor deste Jornalistas&Cia e coordenador da pesquisa. “Mais uma vez esses profissionais e suas publicações mostraram que o jornalismo de excelência, capaz de impactar e contribuir positivamente na vida das pessoas, não é uma característica exclusiva dos grupos tradicionais de comunicação e do eixo Rio- -São Paulo”. u Empresas e agências interessadas em participar da edição especial do Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira 2023 podem obter mais informações com Silvio Ribeiro (silvio@ jornalistasecia.com.br). n O curso de Jornalismo da ESPM-SP lança uma pesquisa sobre o uso de inteligência artificial generativa por jornalistas brasileiros. O estudo, coordenado pelo grupo de pesquisa Tecnologias, Processos e Narrativas Midiáticas − ESPM, tem parceria, apoio e divulgação do Jornalistas&Cia. u Intitulada A inteligência artificial para jornalistas brasileiros, a pesquisa tem como objetivos identificar o nível de conhecimento da inteligência artificial generativa por jornalistas atuantes no País e conferir o grau de conhecimento e de utilização de ferramentas de IA na produção e nos negócios jornalísticos, bem como as preocupações que envolvem o uso dessa tecnologia na atividade profissional. u A pesquisa está dividida em duas fases. Na primeira, os jornalistas responderão a um questionário quantitativo, com alternativas de respostas em escala Likert (entre maior e menor concordância com as perguntas), que leva cerca de 5 minutos para ser respondido. A segunda fase consistirá em entrevistas abertas, ou qualitativas, com o propósito de aprofundar respostas relativas ao uso de ferramentas de inteligência artificial na prática jornalística. u Os dados obtidos na pesquisa serão utilizados para trabalhos acadêmicos/científicos e para a produção de notícias sobre o tema no J&Cia, sempre com preservação dos nomes dos participantes. u A adesão ao levantamento é aberta a todos os jornalistas que atuam no Brasil. O formulário com o questionário da pesquisa pode ser acessado no aqui: Pesquisa A inteligência artificial para jornalistas brasileiros. u O grupo de pesquisa Tecnologias, Processos e Narrativas Midiáticas − ESPM é composto pelos professores Maria Elisabete Antonioli, Cicelia Pincer, Patricia Rangel, Edson Capoano e Antonio Rocha Filho. No J&Cia a coordenação dos trabalhos referentes à pesquisa é de Eduardo Ribeiro e Wilson Baroncelli. u Agradecemos sua disponibilidade e participação. Jornalismo da ESPM-SP e Jornalistas&Cia realizam pesquisa sobre uso de inteligência artificial por jornalistas no Brasil Especial do Ranking +Premiados da Imprensa 2023 circulará no final de janeiro Gerd Altmann/Pixabay Janeiro de 2023 TV Globo mantém boa vantagem na liderança dos +Premiados Veículos da História +Premiado Jornalista do Ano é do interior do Paraná +Premiado Veículo do Ano em 2020, Metrópoles repete a liderança Grupo Globo unifica mais uma vez os títulos de +Premiado Grupo do Ano e da História Eliane Brum segue como a +Premiada da História Realização: Edição 2022 do Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira

Edição 1.441 página 2 Últimas n O presidente Lula efetivou Jean Lima no cargo de diretor-presidente da EBC. Ele ocupava interinamente o posto desde a saída de Hélio Doyle, em outubro. O governo também nomeou Maíra Carneiro Bittencourt Maia diretora-geral da empresa. Os dois dirigentes, que terão mandato até 30 de outubro de 2025, tiveram seus nomes publicados no Diário Oficial da União (DOU) de 15 de dezembro. u Doutor em História Econômica e mestre em História Social, Lima foi coordenador adjunto de Articulação Intergovernamental, coordenador executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Distrito Federal e secretário-adjunto de governo na Secretaria de Governo do DF. Foi ainda presidente da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) e do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (Ipedf); e consultor no governo federal e no Terceiro Setor na elaboração de projetos e convênios para planejamento, execução, monitoramento e avaliação de políticas públicas na área da educação e alimentação escolar. u Maíra é jornalista e pós-doutora em Comunicação e Artes. É docente do Programa de Pós- -Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Sergipe. Foi diretora do Colégio de Gestores de Comunicação das Universidades Federais, diretora de Comunicação da UFS e presidente do Conselho Editorial da Universidade. Na EBC, integrou o Conselho de Administração de agosto a dezembro de 2023. Atuou ainda, por dez anos, em emissoras de TV no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Jornalistas&Cia fechará as cortinas do ano da graça de 2023 nesta quinta-feira (21/12) com a transcrição de uma peça de teatro intitulada Assim é se me parece, escrita por Leão Serva, que deverá ganhar vida e leitura dramática em 2024. Um trabalho que ele generosamente antecipou para que pudéssemos oferecer em primeira mão à nossa audiência. Nele, Serva aborda um dos mais emblemáticos episódios do período: o início da abertura e a morte de dois ex-presidentes, JK e Jango, e de Carlos Lacerda. Neste apagar das luzes de 2023, vamos finalizar nossa jornada homenageando mais uma vez Claudio Abramo – tido por muitos colegas de várias gerações como um dos mais importantes profissionais da história do jornalismo brasileiro – no ano do centenário de seu nascimento, celebrado em 6 de abril. Será o nosso presente de Natal para todas e todos que nos acompanharam num ano prolífico e de muito trabalho. Assim é se me parece Jean Lima é o novo presidente da EBC e Maíra Bittencourt, diretora-geral n A Justiça absolveu Fábio Raposo Barbosa e condenou Caio Silva de Souza pela morte de Santiago Andrade, cinegrafista da TV Bandeirantes, atingido por um rojão durante um protesto no Centro do Rio de Janeiro, em 2014. A sentença foi proferida em 13 de dezembro. u Fábio e Caio foram acusados pelo crime de homicídio doloso qualificado por emprego de explosivo. Fábio foi absolvido das acusações, enquanto Caio foi condenado por lesão corporal seguida de morte. A pena de Caio foi de 12 anos em regime fechado. Ele poderá recorrer em liberdade. (Com informações da ABI) Justiça condena um e absolve outro pela morte do cinegrafista Santiago Andrade Santiago Andrade Jean Lima Rafa Neddermeyer/Agência Brasil Maíra Bittencourt Adilson Andrade J&Cia terá um Especial de Natal mais do que especial Jornalismo, Teatro, Realidade e Ficção − Um encontro com um episódio crucial do passado

Edição 1.441 página 3 De Londres, Luciana Gurgel Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. Os levantamentos de jornalistas mortos em 2023, já publicados por algumas das organizações de liberdade de imprensa antes de o ano acabar, trazem boas e más notícias, além de uma certa confusão sobre os critérios. Eles sempre foram diferentes, mas agora as discrepâncias se acentuaram, devido à forma de contabilizar mortes na guerra de Gaza. O relatório da Repórteres Sem Fronteiras afirma que 45 jornalistas morreram este ano, o menor número desde 2003. Ano passado foram 51. Quem puxou o resultado para baixo foi a América Latina, onde houve 26 vítimas em 2022. Este ano foram seis − quatro no México, uma na Colômbia e outra no Paraguai. No entanto, no monitoramento regular da Unesco entram duas mortes de jornalistas no Haiti, amplamente documentadas pela mídia internacional. O total de mortes no ano, segundo a organização, foi de 65. Já o Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) listou apenas uma no país centro-americano. Enquanto isso, a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) contou 94 mortes até 15/12, contra 67 em 2022. O dado inclui todas as fatalidades na guerra entre o Hamas e Israel, até as de profissionais com residências atingidas por bombardeios. Por essa metodologia, 68 morreram no conflito − 72% de todas as mortes de 2023. Ou 67, nas contas do CPJ, já considerando duas fatalidades ocorridas no fim de semana. No levantamento da RSF, 17 jornalistas perderam a vida no exercício das suas funções em Gaza (13), no Líbano (3) e em Israel (1), elevando para 23 o número de jornalistas mortos em conflitos este ano, contra 20 em 2022, primeiro da guerra na Ucrânia − taxa absurdamente alta para dois meses de confrontos. Jornalistas também morreram cobrindo confrontos em Camarões, no Mali, no Sudão, na Síria e na Ucrânia. Foi a primeira vez que o número superou o de vítimas em zonas de paz, disse a organização. Quem entra na conta de mortos? As diferenças também estão relacionadas a uma pergunta cada vez mais difícil de responder: quem é jornalista? A lista da IFJ inclui jornalistas e trabalhadores de meios de comunicação, mas não especifica se blogueiros ou donos de canais de notícias nas redes sociais são considerados como tal. A Unesco explica sua metodologia: “Jornalistas, meios de comunicação, trabalhadores e produtores de mídia social envolvidos em atividades jornalísticas, em linha com Decisões do IPDC sobre a segurança dos jornalistas. Esta definição também se alinha com a interpretação ampla […] do jornalismo como ‘função compartilhada’ por uma ampla gama de atores, incluindo reQuantos jornalistas morreram em 2023, e por que os números subiram ou caíram, de acordo com quem conta? pórteres e analistas profissionais em tempo integral, bem como blogueiros e outros que se envolvem em autopublicação impressa ou na internet”. A RSF faz uma distinção entre profissionais, trabalhadores na mídia (como motoristas) e não-profissionais, mas junta todos em sua soma final. Por que o número caiu? A se partir da premissa de que mortes de jornalistas em casa não são associadas ao exercício da profissão, com as que acontecem na cobertura de um fogo cruzado ou por pura vingança, a redução de casos mostrada pela RSF é uma boa notícia, mas não necessariamente todos os fatores que contribuíram para ela são positivos. A entidade atribui a queda em certas áreas a um aumento da segurança dos jornalistas, mais bem treinados e equipados para atuar em conflitos armados. Entre essas áreas não está Gaza. Jornalistas internacionais não puderam entrar nos territórios, e as reportagens têm sido feitas pelos que estavam lá dentro, nem todos bem equipados. Há relatos confirmados de ataques diretos e não acidentais. O outro lado da moeda, de acordo com a RSF, é que em algumas regiões o medo dos riscos estaria causando autocensura, inibindo reportagens e denúncias sobre corrupção e crime organizado − e o número de mortes em reação a elas. Segundo a organização, essas coberturas seguem extremamente arriscadas, com 15 mortes associadas a elas em 2023, sobretudo na América Latina e na África. Isso pode explicar a queda de mortes no México, pois o país segue violento para a imprensa. Um exemplo foi o sequestro de três jornalistas na mesma semana, em novembro. Os três saíram com vida, mas o recado serviu para lembrar que não vale a pena mexer em vespeiro − para sorte de quem se preserva, mas azar da sociedade, que perde com a falta de informação. O relatório completo pode ser visto aqui. IJNet

Edição 1.441 página 4 conitnuação - MediaTalks Âncoras por IA − “Um novo jeito de consumir, reportar e pensar sobre as notícias”, explica uma âncora de TV inteiramente gerada por Inteligência Artificial (IA) ao apresentar o projeto do Channel 1, do qual faz parte. Com um perfil ativo no Twitter desde o final de julho deste ano, a startup noticiosa baseada em Los Angeles (EUA) lançou nesta semana um vídeo no qual divulga aquilo que define como “o futuro das notícias”. Ao longo de seus 22 minutos de duração, a polêmica produção dá uma amostra de seu trabalho – apresentado por âncoras inteiramente gerados por IA e dotados de personalidades próprias – e promete conteúdo personalizado em múltiplos idiomas. Autores inexistentes − Ross Levinsohn, CEO do Arena Group, foi demitido na sequência da revelação de que um de seus principais títulos, a revista Sports Illustrated, também dirigida por ele, publicou em seu site matérias feitas por IA (Inteligência Artificial) assinadas por “jornalistas” inventados, com direto a fotos falsas de perfil e biografias. No comunicado, o grupo informou que Levinsohn foi convidado a deixar o cargo na revista esportiva americana “para melhorar a eficiência operacional e a receita” da empresa, que já tinha demitido outros três altos executivos após as notícias sobre a Sports Illustrated, que emergiram no fim de novembro. O caso provocou revolta na redação e no sindicato que representa os jornalistas da Sports Illustrated, que vem reduzindo sua equipe. A entidade disse que “as práticas violam tudo o que acreditamos sobre o jornalismo”. Emoji nerd − Incomodado com o desenho do emoji nerd da Apple, um menino de 10 anos de Oxfordshire, no Reino Unido, resolveu encarar uma briga com a Big Tech e criou uma petição online pedindo que o desenho seja substituído por ser “ofensivo para todas as pessoas no mundo que usam óculos”. No texto de apresentação, Teddy Cottle diz à Apple: “Elaborei esta petição porque estou chateado e irritado com o Emoji Nerd” , embora a responsabilidade pelos ícones não seja da empresa e sim do Unicode Consortium, organização que funciona como uma espécie de guardiã da codificação na qual se baseia a internet. Ele apresenta o desenho que propõe para o ícone usado em comunicações eletrônicas nos dispositivos da Apple, substituindo os “horríveis dentes de coelho” da imagem por um pequeno sorriso e a lente grossa por uma armação fina. Hackeamento e espionagem − O príncipe Harry ganhou uma de suas maiores batalhas contra a imprensa: o processo movido contra o Mirror Group Newspapers, grupo que edita os jornais tabloides Daily Mirror, Daily Express e Daily Star. O veredito foi anunciado em 15/12 pelo Tribunal Criminal de Londres. O juiz Timothy Fancourt considerou que houve “hackeamento extensivo” por parte dos jornais entre 2006 e 2011, e condenou o grupo a pagar uma indenização de £ 140,6 mil (R$ 880 mil). Amazônia Vox − As preocupações com a mudança climática e a crise da biodiversidade, temas debatidos na COP28, e a escolha de Belém para sediar a conferência do clima da ONU de 2025, são sinais de que a Amazônia continuará na pauta da imprensa nacional e internacional, mas a cobertura jornalística da região nem sempre é fácil. Pensando nisso, um grupo de profissionais comandado pelo jornalista Daniel Nardin criou a plataforma Amazônia Vox. A iniciativa visa conectar jornalistas de outras regiões do Brasil e do mundo com profissionais freelancers da região e com fontes locais. Além de dar visibilidade e fomentar o mercado jornalístico local, o projeto coloca em destaque as vozes da própria Amazônia em perspectiva nas narrativas. Esta semana em MediaTalks Teddy Cottle Assine aqui o abaixo assinado pleiteando a inclusão do nome dele no Bulevar do Rádio, que a Prefeitura de São Paulo está construindo na região da Av. Paulista Padre Landell de Moura

Edição 1.441 página 5 Comunicação Corporativa Internacional n Tereza Kaneta deixou a Brunswick, agência da qual era partner e em que atuou por 11 anos e meio, dez deles em São Paulo e o último ano e meio em Tóquio. Antes, ela esteve por pouco mais de oito anos na MZ, da qual foi presidente e CEO Latam da IR Division. n Mônica Rodrigues assumiu em outubro a Gerência de Comunicação Estratégica da Petronas. Era, até então, consultora global de comunicação na ExxonMobil, companhia em que trabalhou por quase cinco anos; e, antes, na Petróleo Ipiranga, em jornada de quase nove anos. n Viviane Moura, diretora de atendimento, que ficou por mais de dez anos e meio na FSB Comunicação, está agora como gerente de marketing e desenvolvimento de negócios na Veirano Advogados. Tereza Kaneta Renata Meliga Brasília n Renata Meliga, que trabalhou na comunicação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) por quatro anos e meio, até agosto, assumiu logo depois a Gerência de Comunicação da CropLife Brasil. Antes, atuou por pouco mais de seis anos na comunicação do Ministério do Meio Ambiente, entre 2013 e 2019. Rio de Janeiro Mônica Rodrigues lidera comunicação da Petronas e Viviane Moura, da Veirano Advogados Mônica Rodrigues Viviane Moura n A Aberje passa a ter, a partir de agora, Renato Gasparetto Jr., da Vivo, na Presidência de seu Conselho Consultivo, tendo como vice o consultor Yacoff Sarkovas (ex-Edelman) – ambos, a propósito, já eram membros do Conselho. O mandato é de dois anos. A decisão foi sacramentada em reunião virtual ordinária realizada em 14 de dezembro. u Com essa decisão, o Conselho Consultivo da entidade passa a espelhar a estrutura já utilizada no Conselho Deliberativo, que conta, respectivamente, na Presidência e Vice-Presidência, com os executivos Malu Weber (Bayer) e David Grinberg (Arcos Dorados/McDonald’s). Além disso, reforça o papel de opinar nas diretrizes e estratégias da associação, apoiando a diretoria e a instância deliberativa. u Gasparetto tem uma ligação histórica com a Aberje, tendo participado de várias gestões e sido um dos idealizadores das profundas transformações pelas quais a entidade vem passando nas últimas décadas. u As reuniões do Conselho Consultivo são semestrais, e o próximo encontro deve ocorrer de forma presencial na sede da Associação, em São Paulo. Entre os temas que passam pelo crivo dos conselheiros está a definição do Tema do Ano, temática que, sob a ótica da comunicação, guiará as discussões, atividades e ações da entidade ao longo do próximo ano, e que também foi pauta da reunião do dia 14 e deve ser divulgado em breve. Aberje elege Renato Gasparetto Jr. para a Presidência de seu Conselho Consultivo Renato Gasparetto Jr. e Yacoff Sarkovas

Edição 1.441 página 6 conitnuação - Comunicação Corporativa E mais... n Amanda Geroldo dos Santos, ex-RPMA, que esteve por oito meses na Loures, até setembro, integrou-se em novembro ao time da InPress Porter Novelli, no cargo de analista sênior. n Angélica Pereira da Silva, atendimento pleno, deixou a bcbiz Comunicação, em que esteve por dois anos e três meses, até setembro, e logo na sequência ingressou na Index, na mesma função. n Bel Pocai, que esteve por quase 19 anos e meio como diretora de atendimento na Giusti Comunicação, até junho, passou a atuar desde então como diretora da sua BP Comunicação. n Bianca Rossoni, ex-V3Com, de Curitiba, que esteve, já em São Paulo, por pouco mais de um ano na Nova PR, até junho, agora integra a equipe da VCRP Brasil, como líder de time. n Débora Rodrigues, gerente de conta, despediu-se da JeffreyGroup, em que esteve por dois anos e quatro meses, até agosto, e já em setembro integrou-se ao time da Textual, na função de gerente de atendimento. Ela também já foi de A4Holofote, LLYC, G&A Comunicação e Prefeitura de São Paulo. n Flávia Ferreira despediu-se em novembro da Ketchum, agência em que atuou por dois anos como gerente de comunicação. Antes, passou por G&A, Pros, Millenium Group e Máquina CW. n Franciele Ferreira começou há algumas semanas como executiva de contas e assessoria de imprensa na Optima Network. Ela foi anteriormente assessora de comunicação na Prefeitura de Bertioga. n Gabriela Tannus, executiva sênior, que atuou por dois anos e três meses na MktMix, até julho, atualmente ocupa o mesmo posto na Tastemakers Brasil. Amanda Geroldo dos Santos Angélica Pereira da Silva Bel Pocai Bianca Rossoni Débora Rodrigues Flávia Ferreira Franciele Ferreira Gabriela Tannus São Paulo Suelen Mendonça assume comunicação da Loggi, Adriana Sandoval, da Henkel, e Ana Paula Silva, da Chint n Suelen L. Mendonça iniciou nova jornada profissional em dezembro, como gerente de comunicação na Loggi. Ex-GOL, onde esteve por quase cinco anos e meio, ela também passou por Trama, Planin, Claro, Grupo JCA, iFood e Ketchum. n Adriana Sandoval também está em nova jornada. Assumiu em novembro a Gerência de Comunicação Corporativa para o Brasil na Henkel. Ex-Ketchum, Ideal e Euromonitor International, ela esteve por último na PhageLab, companhia em que atuou por um ano e sete meses, até junho. n Ana Paula Silva, ex-Ketchum e ABB Brasil, que esteve por dois anos e meio, até setembro, na LG Electronics, na função de especialista, assumiu a Gerência de Marketing e Comunicação da chinesa Chint. Suelen Mendonça Adriana Sandoval Ana Paula Silva

Edição 1.441 página 7 conitnuação - Comunicação Corporativa n Luísa Renaux, ex-LLYC, que foi por um ano e oito meses analista de marketing da Demarest Advogados, até agosto, seguiu em outubro para a Mosaike, para atuar no atendimento aos escritórios Stocche Forbes e ButtiniMoraes, Matrix Energia e Moove. n Marco Antonio Felix, relações públicas, deixou a Infraero em setembro, após sete meses de casa. Ele também já esteve em Fundação Memorial da América Latina, Assembleia Legislativa e Câmara Municipal de São Paulo. n Mario Sampaio despediu-se em novembro da Sabesp, companhia em que atuou por mais de 19 anos, onde era head comercial e de relacionamento com clientes. n Nicola Moreira Ferreira começou em novembro como executivo pleno no time da CDN Comunicação. Vem de jornada de quase três anos e meio como repórter e produtor do Escanteio SP, e de um ano e meio como analista júnior na FSB. n Quelita Paixão, analista de comunicação na Bosch Brasil, deixou a companhia em setembro, após dois anos e três meses de casa, e em dezembro começou na mesma função na comunicação interna da Mills. n Roberta Assis, líder de contas, despediu-se da Vianews, agência em que esteve por um ano e nove meses, até novembro. Antes, cumpriu jornada de 15 anos na comunicação da LVB – Legião da Boa Vontade. n Thais Morelli, analista de comunicação, deixou a Loures, em que ficou por cerca de um ano, até agosto, e foi para a MktMix como executiva de beuty PR. Ela também já esteve em Index Conectada, Imagem Corporativa e Conteúdo Comunicação. Luísa Renaux Marco Antonio Felix Mario Sampaio Nicola Moreira Ferreira Roberta Assis Thais Morelli Quelita Paixão n Heloizi Parra, coordenadora de atendimento, que esteve na FSB por dois anos e três meses, até junho, atualmente faz parte do time de especialistas da Danthi Comunicação. Ela também já foi de LVBA, Weber Shandwick e Trama. n Isabel Rizk, que foi por três anos da JeffreyGroup e que registrou uma rápida passagem como repórter pelo Metrópoles, ingressou em novembro como executiva sênior na Zeno Group. n Joana Ribas Bernardes Lima, ex-Approach, 4Influence e Grupo In Press, agora faz parte do time de executivos da Imagem Corporativa, na função de relações públicas. n Kamila Garcia, assessora de imprensa, despediu-se em setembro da Economídia, após pouco mais de oito anos e meio de casa. Foi para a Queissada, contratada como gerente de comunicação. Heloizi Parra Isabel Rizk Joana Ribas Kamila Garcia

Edição 1.441 página 8 E mais... n William Malfatti é um dos autores do livro Experiência do Paciente, lançado recentemente pela Rokkets Editora. O capítulo que assina aborda o tema O poder da confiança na saúde, conteúdo inspirado em sua experiência à frente da comunicação do Grupo Fleury. n A Ruffino Assessoria, de Felipe Ruffino, e a D Comunica, de Daniele Dendi, uniram forças para atuar no ambiente carnavalesco, em especial no atendimento a blocos como o Agrada Gregos e o Minhoqueens, além de eventos de pré-carnaval. n A Bayer criou, em parceria com a consultoria Proteína Digital, a série Histórias que Nascem do Solo, com 13 episódios dedicado à sustentabilidade e aos agricultores. A iniciativa é parte do programa PRO Carbono da companhia. Pingo nos is: n A propósito da nota sobre o novo site da RPMA, publicada na edição anterior (1.440) deste J&Cia, os colegas da agência lembram que ela ganhou o tetracampeonato do Prêmio Jatobá PR , como Grande Agência do Ano, e não o tricampeonato, como foi publicado. É verdade, mas aí entra na contagem o primeiro Jatobá conquistados por eles, quando a agência se chamava RP1 e ainda não havia se unido à RMA, iniciando oficialmente a jornada da RPMA. Ficam aqui os esclarecimentos. conitnuação - Comunicação Corporativa n A 8ª edição da pesquisa Palavra do Ano no Brasil, realizada pela Cause, consultoria em causas e ESG, em parceria com o Instituto de Pesquisa Ideia, especializado em opinião pública, revelou que a Palavra do Ano de 2023 eleita pelos brasileiros é Mudanças Climáticas. u O termo vencedor foi o mais citado entre os 1.557 respondentes da pesquisa, residentes em todo o Brasil, correspondendo a 37% da preferência; seguido por Resiliência (14%) e Conflito (12%), na segunda e terceira posições do ranking. u Antes da votação popular, foram definidas sete palavras finalistas por formadores de opinião atuantes nos campos de filosofia, comunicação e artes. As outras finalistas foram: inteligência artificial (10%), vulnerabilidade (6%), urgências (5%) e desinformação (4%). u Neste ano, conceitos formados por duas palavras foram considerados por sua unidade e significado. Na edição de 2022, a palavra do ano escolhida foi esperança, seguida de decepção e dificuldade, que a sucederam no pódio; a apuração refletia o momento de um País bastante dividido e polarizado. Pelo mercado Pesquisa aponta Mudanças Climáticas como Palavra do Ano no Brasil Danielle Dendi Felipe Ruffino William Malfatti n Vítor Risso, consultor de RP, deixou a Sherlock Communications, onde trabalhou como consultor por dois anos, até dezembro, e foi para a Motim, na função de especialista em PR. Licença-maternidade n Ana Clara Cabral, gerente sênior de brand marketing na Pepsico, em São Paulo, na empresa desde janeiro de 2022. n Mayara Monique Müller, assistente de comunicação e marca na NSC Comunicação, em São José (Santa Catarina), na empresa desde fevereiro de 2015. Dança das contas n A Race Comunicação tem novidades em carteira, a igus®, produtora mundial de polímeros de alto desempenho, que tem sede em Colônia, Alemanha. No atendimento, Thauan Fidelis, com gerência de Maira Manesco e direção de Wilson Barros. Pelas instituições n A Escola Aberje de Comunicação abriu inscrições para o curso online de longa duração sobre Gestão de Crises. Serão sete aulas, ministradas entre 28/2 e 17/4, das 9h às 12h, com a participação de nomes como André Vieira, Carlos Parente, João José Forni, Luiz Alberto de Farias, Luiz Chinan, Mauro Teixeira, Paulo Pepe e Viviane Mansi. Outras informações pelo e-mail cursos@ aberje.com.br. Vítor Risso Ana Clara Cabral Mayara Monique Müller

Edição 1.441 página 9 Por dentro da Comunicação Pública Dialogar sobre ciência com o público universitário e com o leitor de fora dos muros da universidade não é uma tarefa simples. Esta é uma das características e desafios permanentes do Jornal da USP (Universidade de São Paulo), maior instituição pública de ensino superior do Brasil e uma das maiores da América Latina, referência em pesquisas científicas no País e no mundo. Mas há uma questão bem mais complexa do que divulgar a ciência para públicos diferentes. Um desafio não facilmente perceptível, mas fundamental para a linha editorial de uma publicação com a responsabilidade que tem o Jornal da USP. É o que aponta Luiza Caires, editora de Ciências do jornal: “Ao noticiar estudos científicos, precisamos dar a noção de uma ciência perenemente ‘em construção’, com resultados que nunca são completos nem a última palavra naquele assunto. Mas sem que as pessoas pensem que as pesquisas são menos importantes e merecem menos investimento por isso. Concorremos pela atenção do público com veículos que fazem exatamente o contrário: noticiam cada estudo como a descoberta do século, porque precisam atrair audiência, mas acabam não só expressando uma visão equivocada sobre a ciência como deixando o jornalismo científico numa posição de descrédito”. Luiz Roberto Serrano, editor do jornal, o define como “um veículo de divulgação científica, no sentido de divulgar as ciências exatas e humanas que são alvo de pesquisas e ensino na USP. É voltado tanto para o público interno da Universidade e o externo com o objetivo de divulgar com eficiência as atividades da USP para o grande público”. Em formato digital, conta com a média de duas mil visitas mensais. Para o Serrano, “o principal desafio editorial é utilizar uma linguagem que case o respeito às questões científicas e técnicas com o objetivo de torná-las acessíveis ao grande público”. O que, no caso específico do Jornal da USP, não é algo fácil, considerando-se o terreno por vezes árido dos temas da ciência de ponta que é produzida na instituição. Serrano registra que mais de cem professores escrevem artigos regularmente no jornal. A valorização dos produtores locais de conteúdo, bom relacionamento entre poder público e imprensa e livre atuação dos veículos de comunicação foram alguns dos assuntos destacados no 26º Congresso Paranaense de Rádio e TV, realizado no final de novembro em Foz do Iguaçu, juntamente com o Fórum Nacional das Secretarias Estaduais de Comunicação. Segundo o Ratinho Jr., governador do Paraná, entre as estratégicas do governo paranaense para a comunicação pública está a valorização dos veículos de todos os portes, com um contato direto por meio da Secretaria da Comunicação: “Ao longo do tempo, as secretarias estaduais de Comunicação ficavam muito presas aos maiores veículos de rádio, TV e aos grandes jornais e não tinham uma relação com a mídia local, que têm uma relevância muito grande para a população por falar sobre a realidade das cidades. Uma das nossas metas é essa valorização da imprensa local”. O 3º Fórum Nacional de Comunicação contou com representantes de 22 estados e do Distrito Federal. Transparência da gestão dos recursos públicos, comunicação no ambiente digital e combate às fake news dominaram os debates. A próxima edição do evento está agendada para 7 e 8 de março de 2024, no Pará. Jornal da USP: o desafio da divulgação científica na maior universidade pública do País Valorização dos produtores locais de conteúdo é destaque no Paraná “O olhar comunicacional para o outro, para a linguagem, para os riscos, e, principalmente, para o contexto social é importantíssimo na construção de uma comunicação que de fato atenda ao interesse público, respeitando e restaurando a confiança da sociedade nas instituições”. É assim que Julia Machado, coordenadora do recém-criado comitê temático de Cidades e diretora-adjunta da Regional da ABCPública no Rio Grande do Sul, define quais são os pilares que devem nortear o bom trabalho no campo da gestão pública da comunicação social. Jornalista pela UFRGS e mestranda em Comunicação Social pela PUCRS, Julia é especialista em prevenção e gestão de crises de imagem. Tem mais de 15 anos de experiência na comunicação pública, política e governamental, também com passagens pelo mercado de comunicação corporativa. Ah sim, a coordenadora de Cidades também é uma magistral cantora de fado. O outro comitê é o de Inteligência Artificial (IA), coordenado por Murilo Hildebrand de Abreu. Já com vinte associados, Abreu reforça o convite para outros participantes. Formado em jornalismo pela Unesp, em 1999, atuou em órgãos públicos de São Paulo, Minas Gerais e Pará. Tem MBA em Jornalismo Digital e atualmente trabalha na Coordenadoria de Inovação e Tecnologia em Comunicação no Sistema Nacional de Comunicação Social do Ministério Público Federal. ABCPública cria dois comitês temáticos: Cidades e o de Inteligência Artificial Julia Machado Murilo Hildebrand de Abreu

Edição 1.441 página 10 100 ANOS DE RÁDIO NO BRASIL Por Álvaro Bufarah (*) (*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo. Há alguns anos, o Spotify tomou a decisão audaciosa de conquistar o universo do podcasting, movendo-se do mercado musical, que era dominado pelo iTunes, para o do streaming por assinatura. Investindo US$ 1 bilhão nessa missão, a gigante sueca recentralizou suas ambições em torno dos programas de áudio em formato de podcast, tornando-se o player dominante. Para consolidar sua presença, o Spotify adquiriu três empresas de mídia e podcasting: a Ringer, especializada em podcasts de Bill Simmons, e os estúdios de podcast Gimlet e Parcast. Além disso, a empresa fechou contratos milionários com renomados podcasters, como Joe Rogan (US$ 200 milhões), Call Her Daddy (Alex Cooper), Kim Kardashian (valor não divulgado), Barack e Michelle Obama (US$ 20 milhões) e até mesmo Harry e Meghan (US$ 60 milhões). Apesar de despesas significativas, o Spotify registrou seu primeiro lucro no terceiro trimestre deste ano, com um aumento de 137% nas ações desde o início do ano. De certa forma, tudo ia bem. Só que não. A forte entrada da empresa no mercado de podcasts, embora tenha dado lucro no geral, acabou levando a cortes brutais na estrutura da empresa. A instituição demitiu 600 funcionários em janeiro, seguido por um “alinhamento estratégico” em junho, que resultou na eliminação de 200 funções específicas para podcasts. Recentemente, o Spotify anunciou mais 1.500 demissões em todas as divisões, encerrando dois podcasts populares e aclamados pela crítica. Apesar dos desafios enfrentados pela empresa, os dados indicam que o formato de podcasting continua a crescer. Com 130 milhões de americanos ouvindo podcasts mensalmente em 2023, espera-se que esse número salte para 150 milhões até 2027, de acordo com a Insider Intelligence. O tempo dedicado aos podcasts também aumentou significativamente, passando de cerca de quatro horas e meia semanais em 2015 para mais de nove horas por semana atualmente. A receita publicitária do setor acompanha esse crescimento, atingindo US$ 1,8 bilhão em 2022 nos EUA, um aumento de 26% em relação ao ano anterior. Prevê-se que essa receita dobre para cerca de US$ 4 bilhões até 2025, superando o crescimento do restante do setor de publicidade online. Apesar das demissões e cancelamentos de programas em váMercado do podcasting busca novo ponto de equilíbrio rias empresas, incluindo o Spotify, o cenário geral do podcasting permanece positivo. Em entrevista ao portal Slate, Melissa Kiesche, vice-presidente sênior de pesquisa da Edison, destaca que a audiência mensal e semanal atingiu níveis recordes este ano. No entanto, há desafios, especialmente para podcasts de alto custo que não geram lucro proporcional. O setor está passando por uma reavaliação, com a necessidade de diversificação de receitas e uma abordagem mais realista em relação aos custos de produção. Em resumo, embora o podcasting tenha enfrentado turbulências, os dados indicam um crescimento sustentável, levando a crer que a indústria está encontrando um novo equilíbrio após um período de expansão acelerada. Executivos ouvidos pela mídia especializada dos Estados Unidos indicam que os argumentos para os cortes e rearranjo dos custos são vários: fluxos de receita não diversificados, dependência excessiva de programas de prestígio, um mercado frio para propriedades intelectuais relacionadas a podcasts, hesitação de profissionais de marketing e uma grande racionalização das empresas do setor em entender a realidade do mercado − ou seja, embora a audiência dos podcasts continue a crescer, nada poderia tornar lucrativo um acordo de US$ 20 milhões com o ex-casal real (Harry e Meghan). O que está claro é que há um novo normal que se estabeleceu, igual a história de outras empresas de mídia digital que receberam muitos milhões em expectativas irreais de investidores ou proprietários, mas não conseguiram atender financeiramente a estas demandas. De forma geral, 2023 foi o ano em que tiveram de entender como os produtos sonoros nessas plataformas darão lucro de forma sustentável e que algumas das aquisições foram surreais para o tamanho do bolso de cada empresa. (Com dados dos portais Rephonic e Slave) Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link. The Conversation

Edição 1.441 página 11 EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação A Rede JP criou e coordena desde 2022 a Articulação pela Mídia Negra, ao lado de Cojira/ DF, Conajira/Fenaj, Cojira SP, Rede Quilombação e Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação (Celacc), que reúne representantes de veículos, empresas de comunicação, entidades e coletivos liderados por jornalistas negros, indígenas e quilombolas de todo o Brasil. Em julho de 2023, a Articulação realizou uma reunião histórica em Brasília envolvendo diferentes pastas do Governo Federal (Ministério da Igualdade Racial, Secretaria de Comunicação, Ministério das Comunicações, Ministério dos Direitos Humanos e Ministério da Cultura), iniciando assim uma atuação que deu origem à compreensão da necessidade de realizar mudanças na estrutura de comunicação para a construção de um Brasil mais justo, democrático e avançado. A Articulação desempenhou papel fundamental também na colaboração com o Projeto de Lei 2370, de 2019, referente à reforma da Lei de Direito Autoral. Essa contribuição foi expressa no parágrafo 14, que visa a fortalecer não apenas o jornalismo nacional, mas também o regional, local e independente, promovendo valores como inovação, pluralidade, valorização e contratação de profissionais vinculados a essa atividade. No âmbito do plano de ação da Secom, estão previstas iniciativas nas esferas de comunicação institucional, comunicação social e comunicação internacional. Destaca-se ainda a inclusão do Brasil na declaração global sobre integridade da informação online proposta pelo Canadá e Países Baixos. A Rede JP considera que a participação ativa da sociedade civil na formulação do plano de ação da Secom representa um passo significativo em direção à construção de uma comunicação mais democrática e inclusiva. Comprometida com esse princípio, a organização permanecerá atenta à implementação do plano, buscando continuamente oportunidades para contribuir e aprimorar suas diretrizes. A Rede JP, organização sem fins lucrativos que atua na defesa da liberdade de expressão e da pluralidade de narrativas, participou ativamente da elaboração do plano de ação da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom). Através de seu eixo de Advocacy e políticas públicas, a Rede JP contribuiu com a definição de diretrizes e objetivos para a comunicação do governo, com foco na diversidade, na participação social e na construção de uma narrativa inclusiva. “Acreditamos que a comunicação é essencial para o fortalecimento da democracia e para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa”, afirma Marcelle Chagas, coordenadora-geral da Rede JP e do eixo de Advocacy e políticas públicas da organização. “Por isso, nos colocamos à disposição da Secom para contribuir com a elaboração de um plano de ação que seja eficaz e que esteja alinhado com os princípios da liberdade de expressão e da pluralidade de ideias”. Na última semana, a Secom e a Secretaria de Políticas Digitais (SPDigi) reuniram lideranças pelos direitos da comunicação no evento Políticas Digitais em Debate − Balanço 2023 e perspectivas 2024, em que João Brant, secretário de Políticas Digitais, anunciou uma série de ações para o próximo ano. Entre as contribuições da Rede JP para o plano de ação da Secom, através da Articulação pela Mídia Negra, destacam-se os seguintes pontos: • Programa de fomento, através de editais, parcerias e apoio cultural ao jornalismo, à comunicação de interesse público e a veículos geridos por negros, indígenas, moradores de áreas periféricas e pessoas com deficiência. • Fortalecimento da comunicação antirracista (elaboração do plano nacional e GT, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial). • Operacionalização da Instrução Normativa para publicidade institucional na internet, priorizando a inclusão de grupos sub-representados. • Projeto piloto RNCP/EBC: fomento, capacitação e janela de exibição para mídia negra e jornalismo comunitário através da Empresa Brasil de Comunicação. Rede JP atua estrategicamente na elaboração do plano de ação da Secom para 2024 MInistro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, recebe de Marcelle Chagas o documento com as contribuições da Articulação pela Mídia Negra

Edição 1.441 página 12 Por Assis Ângelo PRECIO SIDADES do Acervo ASSIS ÂNGELO Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333 De 1970 para cá o “comércio” das chamadas “mulheres de vida fácil” cresceu assustadoramente, e os seus “pontos”, obviamente, duplicaram. Hoje, é comum deparar-se com grupos de garotas, algumas não tão novas, maquiadas ou não, bem vestidas ou não, “convidando” transeuntes apressados para rápidos instantes de “amor”, a qualquer hora do dia ou da noite. Diz Eduardo Galeano, autor de As Veias Abertas da América Latina: “É bem sabido que a prostituição é um subproduto da virtude; esta sociedade que compra tudo e tudo vende, hipocritamente condena os serviços daqueles que são usados para manter intactos os tabus e manter no alto os códigos de moral dessa mesma sociedade. Fabricam-se prostitutas como se fabricam roupas; tudo são bens de consumo: joga-se fora a roupa usada. Essas mulheres analfabetas cujas vidas são envenenadas pela humilhação e a miséria ignoram a rebelião que iria reivindicá-las como seres humanos, numa sociedade diferente, sem tarifas para o amor; mas em troca, encarnam-se a si mesmas, numa espécie de exorcismo ao inverso, e projetam para o plano religioso. Encarnam a mesma imagem que o sistema forjou delas, para usá-las e depreciá-las; mas aí, atenção: esse autorretrato é impresso em negativo, porque o objeto de desprezo passa a ser o objeto de adoração; a abominação abre caminhos para a devoção, e a prostituta decide que é sagrada. Achavam que eu fosse uma cadela? Pois eu sou uma deusa”. Depoimento de Baiana: “Eu e mais uma centena de mulheres iguais a mim fomos detidas pela Polícia. Os tiras nos levaram para o 2º DP (Bom Retiro). Lá fomos espancadas e tratadas que nem cachorros. É sempre assim. Exigiram ainda de cada uma de nós a quantia de Cr$ 1 mil. E ameaçaram: ou dão esse dinheiro ou assinam o 59 (Art.59, vadiagem. Código Penal). Como não aguento mais ser explorada, eu disse vou contar tudo isso ao juiz corregedor. Ai, então, eu ouvi: se for, a sua vida não valerá um vintém”. Foi numa noite de outubro deste ano. Os policiais da Seccional Centro efetuaram uma Operação Arrastão e levaram cerca de 100 prostitutas ao 2º Distrito para “averiguação”, segundo eles. Parte dessas mulheres foi liberada na manhã do dia seguinte. “Eu até tenho um salvo-conduto”, afirma Elvira Lopes. “Eu e outras colegas minhas. Licenciosidade na cultura popular (XL) (continuação de J&Cia 1.437, 1.438, 1.439 e 1.440) Mas os tiras não quiseram conversar. Eles disseram que usavam os salvo-condutos como papel higiênico, porque ‘o que nos interessa é dinheiro’. Não dei o que eles queriam e me bateram. Fui junto com outras mulheres ao Fórum, e contei tudo ao dr. Laércio Talli. Agora, morro de medo de sair às ruas, porque juraram me pegar”. Paris, 6/8/1973, AP: “Marthe Richard, a ex-vereadora de Paris que, em 1946, pregou a extinção dos bordéis na França, disse ontem que mudou de opinião e que agora acredita que a verdadeira libertação da mulher deve incluir, até mesmo, o direito de ganhar a vida como prostituta. A prostituição não é ilegal na França, mas a exploração de bordéis é punida com severas penas de prisão, por uma lei que tem, exatamente, o nome de Marthe Richard, atualmente com 84 anos. Numa entrevista a uma emissora de rádio, a sra. Richard disse que os bordéis deveriam ser reabertos e autorizados a funcionar livremente, como na Alemanha Ocidental. A lei que tem meu nome é obsoleta, disse ela, acrescentando: durante toda a minha vida lutei não contra a prostituição, mas sim pela libertação da mulher. E, em 1973, a liberdade da mulher exige que ela seja autorizada a fazer de seu corpo o que bem entender.” “Até aí, tudo bem”, disse-me um delegado, no Deic. “Lógico”, emendou outro, “a gente também vive num país livre”. DELEGADO UM − Agora, o que não pode acontecer é você, junto com a sua senhora ou irmã, ou amiga, ou namorada, sair à rua e se defrontar com os escândalos que essas mulheres aprontam. DELEGADO DOIS − Um cidadão de bem não pode passar pela avenida São João, por exemplo, sem receber uma pilhéria, uma “cantada”. Meu Deus do céu, em que tempos estamos! DELEGADO UM − Então, é por isso que a Polícia se vê obrigada a efetuar a recolha de prostitutas. DELEGADO DOIS − E de travestis. Os travestis são mais escandalosos que as prostitutas. DELEGADO UM − E perigosos. Acho que o confinamento seria uma forma, uma solução para o problema da prostituição em São Paulo. A própria Polícia seria beneficiada com isso, uma vez que o trabalho de vigilância, de investigação, se concentra numa determinada área. Confinamento. Procuramos o secretário Enio Viegas, da Segurança Pública, para falar sobre o assunto. Ele, no entanto, desculpou-se dizendo que estava muito ocupado e que entrássemos em contato com o delegado-geral de Polícia, Tácito Pinheiro Machado (1926-2005). (continua na próxima edição) Foto e reproduções de Flor Maria e Anna da Hora Marthe Richard em 1915 Wikimedia Commons

Edição 1.441 página 13 AUTO Patrocínio n A Editora Globo promoveu na última semana uma profunda reformulação no comando do site e revista Autoesporte, quando anunciou as saídas do diretor de Redação Marcus Vinicius Gasques e do editor-chefe Ulisses Cavalcante. As mudanças teriam ligação com um movimento iniciado ainda em novembro, quando vários profissionais foram desligados de Editora Globo, CBN e Valor Econômico, mas no caso da Autoesporte só foi concretizada na semana passada após a realização do prêmio Carro do Ano. u Para assumir a direção de Redação da Autoesporte foi contratado Leonardo Felix (leonardo. [email protected]), que há três anos e meio vinha atuando na Mobiauto, onde era superintendente de Comunicação. “É um desafio muito grande, que eu espero estar à altura para cumprir”, disse. “Tenho muito respeito por todo o legado construído ao longo desses anos pelo Gasques e pela marca, que é uma das mais tradicionais da imprensa brasileira e que tem uma equipe fantástica. Um time pelo qual eu já tinha uma admiração muito grande antes de vir pra cá, e é com esse pensamento otimista que a gente vai tentar construir uma marca ainda mais moderna e plural”. u Em seu perfil no Linkedin, Gasques (mvgasques@gmail. com e 11-99294-7748) ressaltou as conquistas e desafios das mais de duas décadas na Autoesporte e de sua atuação paralela nesse período como colunista e apresentador da CBN, de onde também se despediu. “Encerrando o ciclo, deixo quase 300 edições impressas, um site e redes sociais consolidados, um canal de vídeo com 555 mil inscritos e 668 vídeos publicados, 20 anos de boletins ao vivo na CBN, dois anos de programas gravados, 22 eventos do Carro do Ano realizados”. u Também pelas redes sociais, Ulisses (ulisses.cavalcante@ gmail.com e 11-98286-7580), que estava desde 2018 em sua segunda passagem pela Autoesporte e foi editor da Quatro Rodas por sete anos, destacou a força da atual equipe para seguir neste novo momento: “Fiz amizades, adquiri muito conhecimento e cheguei a lugares que jamais cogitei atingir. Ainda me encanto com a competência do grupo que ajudei a montar e que, a partir de agora, seguirá sem a minha participação. O sucesso de quem fica sempre será motivo de orgulho para mim”. u Ainda não há uma definição se haverá um substituto para Ulisses Cavalcante ou outras mudanças na equipe da Autoesporte. Mobiauto – O repórter Renan Bandeira faz o caminho inverso de Leonardo Felix: está retornando à Mobiauto para sua terceira passagem pela publicação. Ele chega para ocupar a vaga de editor. n Após dez meses integrando o time de Comunicação da Toyota, Lilian Assis anunciou nesta semana sua saída da fabricante, onde era Head de Comunicação Externa & Interna. “Durante essa rápida mas emocionante fase, fui imersa em um universo de aprendizados valiosos”, disse. “Agora, estou superanimada para iniciar um novo capítulo, levando comigo as lições aprendidas ao longo da minha jornada, mas também a pesada bagagem de experiências vividas na Toyota. Estou confiante de que essa mudança trará desafios empolgantes e oportunidades de crescimento contínuo”. u Lilian ainda não informou seus novos rumos profissionais. E mais... n Luiz Humberto Monteiro Pereira anunciou o lançamento do Prêmio Roda Rio – Rede Manaus. “Será uma premiação automotiva assumidamente regional, com o corpo de jurados composto exclusivamente por jornalistas automotivos que vivem e trabalham no Rio de Janeiro”, explica. Além dele, diretor editorial da publicação, integram o júri Fernando Miragaya (Automotive Business / Autorama Podcast), Henrique Marcus Vinicius Gasques e Ulisses Cavalcante deixam a Autoesporte. Leonardo Felix assume o comando da publicação Leonardo Felix Marcus Gasques Ulisses Cavalcante Renan Bandeira Lilian Assis despede-se da Toyota Lilian Assis

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