Edição 1.447 - 7 a 14 de fevereiro de 2024 Andreza Matais responde ao Portal dos Jornalistas, contestando informações (pág. 2) Curso Diversidade, Inclusão e Novos Formatos no Jornalismo Pós-Cultura Digital inscreve até 1º de março (pág. 14) E mais... Por causa do Carnaval, na próxima semana J&Cia vai circular excepcionalmente na quinta-feira (15/2) n Renata Agostini e Thaís Arbex pediram demissão da CNN Brasil por discordarem de como foi feita a edição do documentário Ataque aos Poderes: Um Breaking News que abalou a política brasileira, sobre os atos golpistas na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. u Segundo informações do F5 (Folha de S.Paulo), Arbex e Agostini, ao lado da também jornalista Jussara Soares, produziram o documentário sozinhas, com o objetivo de contar passo a passo o que aconteceu nos atos golpistas. Após a conclusão das gravações, as profissionais não tiveram acesso à edição do documentário e só viram o resultado final quando ele foi ao ar, em janeiro deste ano, em formato de uma série de cinco episódios. u Elas não gostaram do material final e fizeram reclamações à direção da CNN Brasil sobre a falta de acesso à edição do conteúdo do documentário. A partir do segundo episódio, pediram para que a CNN retirasse seus nomes dos créditos do documentário. Outro problema comentado foi uma entrevista para o projeto com o ex-presidente Jair Bolsonaro, conduzida por Leandro Magalhães, e não pelas jornalistas envolvidas no documentário. A conversa não agradou às profissionais pois não teve perguntas sobre o indiciamento que responsabiliza Bolsonaro pelos atos antidemocráticos. u Em rede social, Renata disse que foi dela a decisão de deixar a CNN e que encerra sua história no canal em um projeto que viu nascer e ao qual se dedicou intensamente nos últimos quatro anos: “Chegou o momento de novos ares, de novos projetos... no jornalismo, claro! Não largo essa mania de amar esse ofício! Vou tirar uns dias para descansar com a família e com os amigos (...), volto com novidades”. u Thaís, que vinha atuando como comentarista de programas sobre política na CNN, como CNN 360 e Brasil Meio- -Dia, agora fará parte da equipe do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que tomou posse no dia 1º, mas ainda acerta a equipe de Comunicação da pasta. Natural de São Paulo, teve na CNN sua primeira experiência em TV. Trabalhou também, entre outros, na Folha de S.Paulo. n A Águia de Ouro, escola que participa do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo, promete para seu desfile deste ano, na madrugada do próximo domingo (11/2), uma celebração épica em homenagem aos 100 anos do rádio no Brasil. A tradicional agremiação do bairro da Pompeia contará essa história centenária desde os pioneiros, como o Padre Landell de Moura, inventor do rádio, até a influência do futebol e os momentos de tensão das guerras mundiais. u O enredo Águia de Ouro nas ondas do rádio promete ser uma jornada envolvente, destacando não apenas o passado glorioso do meio, mas também sua relevância no presente e as perspectivas futuras. O desfile não se limitará a reverenciar os momentos históricos, mas também abordará questões contemporâneas, como o papel do rádio frente à era digital e as possibilidades das n ovas tecnologias. u A escola será a quinta a entrar no Sambódromo do Anhembi no segundo dia de desfiles, com previsão de entrada na avenida a partir das 2h50. (Ver mais Landell na pág. 23) Padre Landell de Moura “cairá no samba” em desfile da Águia de Ouro em São Paulo Tradicional escola do bairro da Pompeia vai celebrar os 100 anos do rádio no Brasil Renata Agostini e Thaís Arbex deixam a CNN Brasil após edição de documentário sobre 8 de janeiro Renata Agostini Thaís Arbex Twitter LinkedIn
Edição 1.447 página 2 Últimas n Recebemos de Andreza Matais, ex-chefe da sucursal Brasília e ex-editora executiva de Política do Estadão, mensagem afirmando que a matéria publicada pelo Portal dos Jornalistas em 30 de janeiro tem várias informações sobre ela que não correspondem à realidade dos fatos. u Transcrevemos a íntegra a seguir: n Monitoramento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) mostrou que a violência contra a imprensa no Brasil caiu 40,7% em 2023. Foram ao todo 330 casos de ataques e agressões no ano passado. Em 2022, o total foi de 557 episódios de violência contra jornalistas. É a primeira vez que o índice de ataques contra a imprensa registra queda desde o início do monitoramento da Abraji, em 2019. u Segundo a entidade, os números identificados pelo monitoramento estão diretamente ligados à chegada de Lula à Presidência e também à saída do ex-presidente Jair Bolsonaro do poder. Ao longo dos quatro anos de mandato deste, de 2019 a 2022, houve um crescimento de 328% nos alertas de agressões contra a imprensa brasileira, fruto da postura de intimidação e contra a liberdade de imprensa adotada pelo governo Bolsonaro. u O mês de janeiro concentrou a maior parte dos ataques contra jornalistas em 2023. Foi naquele mês que ocorreram os atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Foram mais de 40 casos só naquele mês, média de mais de um ataque por dia. E desses ataques, mais de 75% foram considerados graves, classificados como agressões físicas, ameaças, intimidação, perseguição, entre outros. u Apesar de um início de ano conturbado, a violência contra jornalistas em 2023 foi aos poucos se amenizando ao longo do ano. Dos 330 ataques registrados, cerca de 47% foram discursos estigmatizantes, mais de 38% foram casos graves de agressão e ameaças, e quase 8% foram processos civis e penais. A Abraji deve lançar em março um novo monitoramento que mostrará os dados completos de 2023. Andreza Matais responde ao Portal dos Jornalistas, contestando informações Prezado senhor Eduardo Ribeiro, a respeito da matéria “Estadão faz demissões na sucursal de Brasília”, gostaria de esclarecer quatro trechos: 1. “No final do ano passado, a jornalista foi denunciada no Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal (MPT-DF) por ter supostamente coagido repórteres recém-contratados a produzir matéria associando o ministro da Justiça Flávio Dino a uma mulher conhecida como ‘dama do tráfico do Amazonas’.” Não fui denunciada pelo Ministério Público do Trabalho. O que existiu sobre esse caso foi uma acusação anônima que não virou denúncia, não foi acatada. A propósito, os repórteres de política de Brasília, Rio e São Paulo do Estadão assinaram e publicaram uma carta aberta para negar a autoria dessa e de outras acusações. No âmbito do MPT o que existem são investigações na esfera trabalhista contra o jornal. 2. “Em outubro do ano passado, Matais publicou uma reportagem com o título ‘Lula atuou em operação para banco emprestar US$ 1 bilhão à Argentina e barrar avanço de Javier Milei’.” Não sou autora do texto. Como se tratava de uma coluna de opinião, não participei nem mesmo do processo de edição. 3. “George Marques, assessor da Secretaria de Comunicação Institucional da Presidência, contestou a matéria, dizendo que continha informações falsas, e associou o texto à ‘extrema-direita e ao gabinete do ódio’. Em resposta, ela escreveu ‘11.306,90’, em referência ao salário do assessor, atitude muito criticada nas redes sociais.” Esse trecho ignora que o assessor da Presidência publicou foto de uma jornalista marcando com uma seta na cabeça dela. Ele ainda defendeu uma prática de “bateu, levou”. O que fiz foi defender uma colega de um ataque misógino e leviano. Esse caso precedeu a campanha de linchamento que eu sofreria depois. 4. “Recentemente, Matais envolveu-se em uma série de polêmicas.” Jornalistas&Cia faz um relato de minha trajetória que não cita conquistas obtidas nos últimos cinco anos, justamente o período abordado pelo texto do site. Foi nesse tempo que dirigi a equipe premiada que publicou reportagens relevantes para o país. É de se lamentar que Jornalistas&Cia, publicação tão importante para a nossa classe, não tenha tido o apuro de checar informações tão básicas e, pelo menos, ter me procurado para me ouvir sobre temas que atingem a minha honra, ataques que tiveram a finalidade de arranhar minha carreira construída com muito trabalho em favor do jornalismo. Peço que publique a carta e faça as correções dando o mesmo destaque para evitarmos uma judicialização do caso. u Além dessa correspondência, Andreza encaminhou ao portal diversas mensagens da equipe de jornal sobre a saída dela e o comunicado do Estadão sobre os motivos desse desenlace: “Essa foi uma decisão corporativa, com o objetivo de melhorar os fluxos operacionais com a concentração de coordenações editoriais na sede da empresa em São Paulo”. u Sobre esse comunicado, ela afirmou: “O jornal queria essa vaga em SP e eu não saio de BSB. Tudo além disso é maldade”. u A esclarecer que as informações por ela contestadas foram publicadas no Portal dos Jornalistas e foram linkadas em nota do Jornalistas&Cia. Andreza Matais Violência contra jornalistas cai 40,7% em 2023, diz levantamento da Abraji The Climate Reality Project/Unsplash
Edição 1.447 página 3 conitnuação - Últimas n O embate judicial entre a Globo e a TV Gazeta, sobre a renovação do contrato de afiliação em Alagoas, ganhou um novo capítulo. Segundo informações do F5 (Folha de S.Paulo), a Globo apresentou ao Tribunal de Justiça de Alagoas um relatório afirmando que a TV Gazeta descumpriu diversas cláusulas de compliance e administração, citando inclusive casos de assédio moral e salários superfaturados. u No relatório, a Globo destacou os salários de alguns funcionários, disponíveis em planilha apresentada pela TV Gazeta na recuperação judicial. Um exemplo é o de um executivo da empresa, que recebe R$ 67 mil, “valor muito acima do mercado para um gestor de empresa de comunicação, especialmente considerando um estado como Alagoas, o segundo menor do País”, destacou a Globo. Além disso, segundo a emissora carioca, se a TV Gazeta consegue pagar salários altos como esse, também tem capacidade de sobreviver sem ajuda da Globo. u Outro ponto destacado pela Globo foi o assédio moral que teria sido praticado na TV Gazeta. A emissora carioca apresentou três condenações judiciais contra a TV Gazeta movidas por ex-funcionários, todas envolvendo excesso de trabalho. Também destacou decisão do Supremo Tribunal Federal em 2023 que condenou Fernando Collor, dono da TV Gazeta, por ter usado a emissora para receber propina. u Por enquanto, por determinação judicial, a TV Gazeta mantém o sinal da Globo até que a Justiça de Alagoas analise o caso de forma definitiva. Relembre o caso n Em novembro do ano passado, a TV Gazeta, cujo dono é o ex-senador Fernando Collor, entrou na Justiça para obrigar a Globo a não encerrar o contrato de afiliação com a emissora alagoana, que terminaria em dezembro passado. O motivo alegado foi que, sem o apoio da Globo, a TV Gazeta iria à falência e não conseguiria pagar dívidas estabelecidas em seu plano de recuperação judicial. Além disso, haveria demissões em massa. u A TV Gazeta chegou a conseguir uma liminar junto ao Ministério Público de Alagoas que obrigava a Globo a renovar o contrato de afiliação até 2028, mas ela foi derrubada em janeiro deste ano, e o embate judicial segue em andamento. n Destacamos alguns ajustes que foram promovidos no Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira 2023 a partir da conferência de dados e informações enviadas por jornalistas citados. Confira: u Após comprovada a duplicidade no registro, as pontuações de Bruna de Oliveira (70 pontos) e Bruna Vieira de Oliveira (35 pontos) foram somadas. Com isso, a profissional, que teve passagens por Correio da Paraíba e Portal Cariri Revista, passou a somar 105 pontos e subiu posições entre os +Premiados Jornalistas da História, chegando ao 852º lugar no ranking Nacional e a 118º no do Nordeste. u Também foi encontrada duplicidade nos registros de Daniel Augusto Resende Camargos (77,5 pontos) e Daniel Camargos (55 pontos). Além disso, o jornalista, que atualmente está no Repórter Brasil e acumula passagens por Folha de S.Paulo e Estado de Minas, não havia sido citado inicialmente na lista dos vencedores do Prêmio Gabo 2023, em que integrou a equipe do Repórter Brasil vencedora na categoria Cobertura Noticiosa, com a reportagem Nome aos Bois. Com a soma dos dois registros e o acréscimo dos 40 pontos referentes ao Prêmio Gabo, ele terminou 2023 com 65 pontos, saltando assim para a 12ª colocação entre os +Premiados Jornalistas do Ano, e no recorte histórico passou a somar 172,5 pontos, o que o coloca na 390ª posição no ranking Nacional e no 214º lugar no Sudeste. u A Jovem Pan News Natal foi erroneamente classificada como pertencente ao Grupo Dial, quando o correto seria o Sistema Tribuna de Comunicação, mesmo grupo do qual faz parte o jornal e portal Tribuna do Norte. O Grupo Dial, por sua vez, é responsável pela operação da Jovem Pan Natal. u Paula Laboissière, 26° lugar entre os +Premiados Jornalistas do Ano no Centro Oeste, é repórter da Agência Brasil, e não do Portal EBC, que não existe mais. u Na página 6 da reportagem sobre o especial Amazônia, da revista Realidade, informamos que a publicação foi lançada em 1972, quando o correto é 1971. O que ocorreu no ano seguinte foi a conquista dos prêmios Esso de Jornalismo e Contribuição à Imprensa. u Lembramos que dúvidas, críticas e sugestões sobre o ranking podem ser encaminhadas para fernandosoares@jornalistasecia. com.br. Globo acusa TV de Fernando Collor de assédio moral e salários superfaturados Fernando Collor Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil +Premiados da Imprensa 2023 Janeiro de 2024 Realização: zNúmero de prêmios avaliados chega a 190 zA reportagem que mudou a história do Prêmio Esso zCinco anos sem o mais admirado jornalista do Brasil zGuia inédito destaca mais de 50 prêmios em atividade E mais... Eliane Brum confirma e amplia liderança como a +Premiada da História Grupo Globo lidera premiações de veículos e grupos de comunicação 2023 Repórter fotográfica Márcia Foletto, de O Globo, é a +Premiada Jornalista de 2023 A fotografia dá o tom e o compasso
Edição 1.447 página 4 Nacionais n A Justiça de São Paulo condenou Hans River, ex-funcionário da empresa de marketing digital Yacows, a indenizar Patrícia Campos Mello, repórter da Folha de S.Paulo, em R$ 50 mil por danos morais. A sentença, assinada pelo juiz André Augusto Salvador Bezerra, da 42ª Vara Cível de São Paulo, determina também que River pague as custas processuais e os honorários advocatícios. Ainda cabe recurso. u River foi uma das fontes da repórter da Folha em matéria sobre o uso de nome e CPF de idosos para registrar chips de celular e disparar mensagens em massa para beneficiar políticos durante as eleições de 2018. A empresa Yacows fazia parte do esquema. Na CPMI das Fake News, River mentiu, dizendo que a jornalista teria oferecido sexo em troca de informações que utilizaria na reportagem. Em 2021, chegou a ser condenado por danos morais, mas a decisão foi anulada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, pois os juízes da segunda instância entenderam que algumas questões processuais ainda deveriam ser analisadas. u Na decisão de 1°/2, o juiz André Bezerra entendeu que “há uma crítica do réu ao trabalho da autora. Mas a crítica não foca o trabalho da jornalista. Foca, a bem da verdade, a sua condição de mulher. Afirmar publicamente que uma mulher prometeu a um homem favores sexuais em troca de informações para matéria jornalística é uma afirmação apta a difamá-la”. O magistrado também destacou que não há abuso de liberdade de expressão na reportagem de Campos Mello que menciona River. n Depois de ignorar por quatro anos o Carnaval como tema de seus programas, a RedeTV dá seguimento ao Bastidores do Carnaval. O foco está nas notícias sobre famosos nos camarotes, curiosidades sobre passistas, brigas entre participantes. Nas edições anteriores do programa, essa cobertura alternativa viralizava nas redes sociais. u Sob o comando da mesma equipe do TV Fama – os apresentadores Nelson Rubens, Flávia Noronha e Fernando Oliveira, o Fefito –, Bastidores do Carnaval vai ao ar na sexta-feira (9/2), sábado (10) e segunda (12), das 21h30 à 1h30 e, no domingo (11), das 0h30 até 3 horas. n A Band anuncia a cobertura do Carnaval sob o selo Band Folia. A apresentadora Pâmella Lucciola, com Zeca Camargo, abre os trabalhos na sexta-feira (9/2), no circuito Dodô, em Salvador. Uziel Bueno e Léo Bala estarão no circuito Osmar. Também São Paulo e Recife terão espaço garantido. u No Rio de Janeiro, a emissora transmite a Série Ouro, com apresentação de JP Vergueiro e Thaís Dias, comentários de Rafaela Bastos, Bruno Chateaubriand e Aydano André Motta. Estes últimos são autores consagrados sobre Carnaval, como no livro Mestre-sala e porta-bandeira, uma arte essencialmente nossa, de Chateaubriand, e no documentário Mulatas! Um tufão nos quadris, de Aydano, entre outras obras. u O público poderá acompanhar a transmissão na TV aberta, no Bandplay, no Band.com.br, nas rádios e nas redes sociais. Justiça de SP condena Hans River a indenizar Patrícia Campos Mello por danos morais Patrícia Campos Mello Band Folia cobre Carnaval no Rio e em Salvador RedeTV retoma Bastidores do Carnaval Flávia Noronha e Nelson Rubens Divulgação/RedeTV Pâmella Lucciola
Edição 1.447 página 5 De Londres, Luciana Gurgel Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. A desinformação climática não é nova, mas um relatório produzido pela organização não-governamental Center for Countering Digital Hate (CCDH) mapeou o que os pesquisadores chamaram de «novo negacionismo”, usando como exemplo o conteúdo encontrado no YouTube. O novo foco é atacar a ciência climática e os cientistas e desacreditar as soluções para combater o problema, em vez de negar que o aquecimento global existe ou é influenciado por ações do homem. Segundo o estudo, essas menagens agora representam 70% de todo o conteúdo negacionista sobre mudanças climáticas encontrado no universo pesquisado no YouTube. Há seis anos, a taxa era de 35%, segundo o CCDH. A organização é a mesma que está sendo processada pelo Twitter/X por ter apontado aumento de discurso de ódio na rede social após a aquisição por Elon Musk e assim ter “afastado anunciantes”. O foco no YouTube para o novo estudo é um sinal de que não se trata de um problema pessoal do chefe da ONG, o combativo Imran Ahmed, com Elon Musk. O tamanho da influência do YouTube O resultado da investigação é impressionante quando se leva em conta a penetração do YouTube. Uma pesquisa do Pew Research Center feita nos EUA em setembro do ano passado revelou que 83% dos adultos usam a plataforma regularmente. A penetração entre adolescentes de 13 a 17 anos é ainda maior: 93% deles consomem conteúdo no YouTube, muito mais do que em TikTok (63%), Instagram (59%) e Facebook (33%). Toda essa gente está sendo cada vez mais exposta a teses do chamado “novo negacionismo”, que foi mapeado a partir de uma análise realizada com auxílio de uma ferramenta de inteligência artificial chamada CARDS, desenvolvida por acadêmicos. Os pesquisadores quantificaram a frequência de diferentes tipos de alegações de negação climática em um conjunto significativo de conteúdo. Foram examinadas transcrições de texto de 12.058 vídeos relacionados com o clima, publiO “novo negacionismo”: pesquisa mostra como narrativas foram adaptadas para a era do aquecimento global inegável cados entre 1º de janeiro de 2018 e 30 de setembro de 2023 em 96 canais do YouTube conhecidos por terem publicado conteúdo negacionista do clima. No total, o conjunto de dados cobre 4.458 horas ou quase 186 dias de conteúdo. O velho e o novo negacionismo O discurso em 2018, quando o mundo não estava tão quente, concentrava-se em duas linhas de argumentação, batizadas de “antigo negacionismo”: • O aquecimento global não está acontecendo • Os gases de efeito estufa gerados pelo homem não são a causa do aquecimento global Só que o aumento da temperatura foi “derretendo” essas argumentações, e as narrativas tiveram que mudar. A análise do CCDH mostra que o percentual de alegações associadas ao “velho negacionismo” caiu de 65% em 2018 para apenas 30% em 2023. A nova narrativa, que responde por 70%, é apoiada em três linhas de argumentação, segundo os pesquisadores: • Os impactos do aquecimento global são benéficos ou inofensivos • As soluções climáticas não funcionarão • A ciência climática e o movimento climático não são confiáveis A ONG afirmou que o YouTube fatura até US$ 13,4 milhões por ano com anúncios nos canais estudados, e que as políticas da plataforma proíbem a monetização do velho negacionismo, mas não do novo negacionismo. ONG pede atualização da política Ainda que parte desses argumentos contra o consenso científico seja em teoria proibida pelas regras da comunidade, o CCDH diz ter encontrado evidências de monetização das antigas teses. Uma das conclusões do trabalho é a cobrança ao Google para que atualize a politica sobre conteudo de negaç o climatica a fim de refletir as narrativas adaptadas ao momento. O texto da política atual diz: “Nao permitimos conteudo que contrarie o consenso cientifico oficial sobre as alteraç es climaticas.” O Center For Countering Digital Hate pede que seja alterada para: “Nao permitimos conteudo que contrarie o consenso cientifico oficial sobre as causas, impactos e soluç es para as alteraç es climaticas.” A mudança parece pequena, apenas três palavras. Mas pode fazer diferença para embasar remoções e desmonetização − caso o YouTube queira, é claro. O relatório completo pode ser visto aqui.
Edição 1.447 página 6 conitnuação - MediaTalks Bolsa ICFJ / Fundação Knight − Jornalistas com pelo menos três anos de experiência profissional podem se candidatar a uma das bolsas oferecidas pelo International Center for Journalists (ICFJ), financiadas pela Knight Foundation e destinadas a apoiar o desenvolvimento de projetos inovadores para o jornalismo. As inscrições estão abertas até 29 de março. O programa tem duração de um ano, com o trabalho desenvolvido no país de origem dos selecionados, sem necessidade de residência nos EUA, onde a organização está sediada. O objetivo é estimular a criação de projetos de mídia inovadores para solucionar desafios locais e compartilhar essas inovações internacionalmente, permitindo que possam ser aproveitadas em outros países. Vazamento de dados − O vazamento de dados pessoais de pelo menos 324 jornalistas credenciados pela presidência do México para cobrir as entrevistas coletivas diárias do presidente Andrés Manuel López Obrador colocou novamente em questão a segurança da imprensa em um dos países mais perigosos do mundo para o jornalismo. Segundo o Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ), citando reportagens na mídia local, um site exibiu os nomes completos dos jornalistas, o código CURP (um código de identidade pessoal semelhante a um número de segurança social) e uma cópia de um documento de identificação pessoal, que contém o endereço. Funcionários do governo disseram que a informação foi extraída de um “site governamental inativo” por alguém usando o nome de usuário e a senha de um ex-funcionário do governo através de um IP registrado na Espanha. Sombra do escândalo − O aniversário de 20 anos do Facebook, em 4/2, foi festejado pelos que reconhecem a revolução na forma como as pessoas se comunicam e se informam, mas lamentado pelos que aproveitaram a data para lembrar problemas como a disseminação de fake news, o impacto negativo sobre a saúde mental dos usuários e o escândalo Cambridge Analytica. Dias antes do aniversário, o criador da rede e CEO Mark Zuckerberg encarou congressistas nos EUA junto com líderes de outras quatro redes sociais e ouviu do senador republicano Lindsey Graham: “Eu sei que vocês não queriam que fosse assim, mas vocês têm sangue nas mãos”. Zuckerberg tentou olhar para a frente. Pediu desculpas a pais que exibiram fotos de jovens mortos após assédio sexual no Facebook e prometeu esforços para evitar que essas situações se repitam – mas tem que conviver com críticas pesadas, ameaças de regulamentação, processos judiciais e o mais importante: perda de audiência jovem. Violações em Mianmar − O golpe militar em Mianmar, que completou seu terceiro aniversário em 1/2, extinguiu a liberdade de imprensa no país asiático, região marcada pela violência e repressão a jornalistas, e também a liberdade de expressão de cidadãos comuns. Um balanço da Repórteres Sem Fronteiras afirma que nesse período, o exército “executou a sangue-frio” quatro jornalistas, e mais de 150 profissionais de comunicação foram presos, e têm sido sentenciados a penas cada vez mais severas. A Access Now, organização que defende os direitos humanos digitais, aproveitou a data para protestar contra o fortalecimento da infraestrutura de vigilância em todo o país e cortes regulares no acesso à internet e à conectividade móvel, instrumentos usados pelos militares para “esmagar a resistência por meio da sua ditadura digital”. Sanções ao Irã − O Reino Unido anunciou sanções a uma unidade da Guarda Revolucionária Islâmica e a sete pessoas acusadas de “ameaça representada pelo regime do Irã, que procura exportar a repressão, o assédio e a coerção contra jornalistas e defensores dos direitos humanos”, segundo comunicado da Secretaria Nacional de Relações Exteriores, comandada pelo ex-primeiro-ministro David Cameron. Os atingidos pela medida são membros da Unidade 840 do Corpo da Guarda Revolucionária (IRGC, na sigla em inglês) denunciados em dezembro em uma reportagem investigativa da emissora ITV como responsáveis por um plano para assassinar dois apresentadores do canal de notícias Iran International em solo britânico. Os apresentadores alvo do plano são Fardad Farazhad e Sima Sabet. As ameaças começaram em 2022, na sequência dos protestos contra a morte da jovem curda Mahsa Amini que desafiaram o regime no Irã Esta semana em MediaTalks Mark Zuckerberg em cena de documentário da Netflix sobre o escândalo Cambridge Analytica (snapshot) Parceiro: Apoio: De Londres e de São Paulo, notícias, ideias e tendências em jornalismo, informação, desinformação e plataformas digitais Oferecimento (MediaTalks Partner):
Edição 1.447 página 7 Comunicação Corporativa n Vai até 19/2 o prazo para as agências de comunicação participarem da Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação – 2024, que serve de base para a montagem do Ranking das Agências e para a produção dos indicadores setoriais, como faturamento, investimentos, tendências, total de colaboradores etc. O trabalho é coordenado por Maurício Bandeira, diretor do Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, com supervisão da editora executiva Adriana Teixeira. u O levantamento é aberto a todas as empresas de PR do País, independentemente de porte ou especialidade. Para participar, é só entrar neste link. Cerca de 40 empresas já confirmaram presença no Anuário. Outras organizações e agências interessadas em participar publicitária e editorialmente da publicação podem procurar a diretora Célia Radzvilaviez, pelo e-mail celiar@ megabrasil.com.br. n Augusto Pinto está de saída do Grupo RPMA, que fundou ao lado de Marcio Cavalieri (do qual também foi sócio no período de RMA, antes da fusão com a RP1) e Claudia Rondon. Atuando nos bastidores e em transição nos últimos 12 meses, ele agora se aposenta e deixa a organização. Com a saída dele, Cavalieri assume a área de Inovação e continua como responsável pelo desenvolvimento de mercado e clientes; e Claudia permanece atuando nas operações, RH e Finanças do grupo. Ambos suportados por um grupo de sócios-diretores na gestão. u Ranqueado entre os maiores do País, o Grupo RPMA faturou R$ 36,5 milhões em 2022 (última informação disponível), desempenho que lhe garantiu a nona colocação no levantamento. Minas Gerais n Fabíola Xavier, coordenadora de relacionamento institucional e com comunidades, deixou em janeiro a Ferro + Mineração S/A, após quase sete anos de casa, e iniciou novo ciclo profissional na função de gestão corporativa de relacionamento com comunidade na Galvani Fertilizantes. Ainda dá tempo: Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação encerra-se no próximo dia 19 Augusto Pinto aposenta-se e deixa RPMA Claudia Rondon e Marcio Cavalieri seguem na liderança do grupo Augusto Pinto Fabíola Xavier Laura Fontoura Rio de Janeiro n Laura Borges C. da Fontoura está em nova jornada profissional. Depois de 17 anos e meio como consultora na Oi, deixou a empresa em dezembro, seguindo para a Better Colective, na função de gerente sênior de comunicação e PR. Ela foi anteriormente da InPress Porter Novelli, para o atendimento da Qualcomm; e da Fundamento, para o atendimento da Nokia. n Danilo Vicente iniciou fevereiro em nova jornada, contratado para liderar a Diretoria de Comunicação do Carrefour. Chega à companhia após cinco anos e meio como sócio e diretor geral da Loures Consultoria e colunista do projeto editorial Bússola, da FSB Holding. Também atuou em outras agências, como Atelier de Imagem e Comunicação, Fator F, Attachée de Presse, e em campanhas políticas, em especial ao Governo de São Paulo e à Presidência da República do atual vice-presidente Geraldo Alckmin. Sobre a mudança, disse no Linkedin: “A hora da despedida chega com a certeza de que estou indo para o meu mais importante desafio − nestes seis anos de Loures e no futuro.“ São Paulo Danilo Vicente assume a Diretoria de Comunicação do Carrefour... Danilo Vicente
Edição 1.447 página 8 conitnuação - Comunicação Corporativa n Adriana Noguti está desde dezembro em nova jornada profissional, contratada como diretora de Comunicação e Marketing da RTSC, holding que atua no desenvolvimento do setor imobiliário e do turismo no Brasil. Além de liderar as duas áreas, também responderá pelas estratégias de conteúdo e construção de reputação/imagem da holding e de todas as suas empresas. Ela ali chegou após quatro anos e três meses de Estadão, onde atuou como head de comunicação, branding, marketing, transformação digital e customer insight. u Publicitária com pós-graduação em Marketing pelo Mackenzie e MBA em Comunicação Empresarial e Negócios pela Aberje, já esteve em Odebrecht e Grupo SHC. E mais... n Adriano Abdalla, diretor executivo de criação, despediu-se em dezembro da FleishmanHillard, agência em que atuou por um ano e meio, e começou em janeiro como Chief Creative Officer da Pros. Em agências de publicidade, passou, entre outras, por VMLY&R (três anos e quatro meses) e Wunderman (12 anos). n Ana Clara Matsuguma, analista pleno, que integrou a equipe da Loures por um ano e meio, até outubro, transferiu-se na sequência para a Balmant Conteúdo, onde atua como especialista em conteúdo. Ela já esteve na F2F por um ano e na liona.ag por oito meses. n Caroline Andrade, que foi executiva de contas da MSL Brasil por um ano e onze meses, até outubro, está atualmente na equipe de comunicação do Grupo Petrópolis, contratada na função de analista pleno. ...e Adriana Noguti, a Diretoria de Comunicação e Marketing da RTSC Adriana Noguti Adriano Abdalla Ana Clara Matsuguma Caroline Andrade n Felipe Perrella começou em dezembro como gerente de comunicação na Agência Blue Chip. Ex-Edelman, onde trabalhou por oito anos e meio, esteve por último, em rápidas passagens, em CDN e Weber Shandwick. n Henrique Vasconcellos, especialista em RP, ex-Motim, onde trabalhou por um ano e quatro meses, até outubro, é hoje analista de comunicação e digital no time da FSB Comunicação. n Heverton Bruno despediu-se da ClickBus, companhia em que atuou por três anos e onde exercia a função de relações públicas, e integrou-se ao time de comunicação do Grupo Petrópolis, na função de analista sênior. Antes, em jornada por agências de comunicação, esteve em JeffreyGroup, Golin, Ideal e NR-7 e Máquina CW. n Júlia Torres está de cargo novo na produtora teatral Aventura, referência em musicais e grandes espetáculos nacionais e internacionais. Na empresa desde 2014, foi promovida neste início de fevereiro de gerente a diretora de Comunicação e Marketing, posição em que passa a liderar diretamente uma equipe com 18 profissionais, além de indiretamente outros 43 colegas, e as 16 agências de comunicação que atendem à organização. n Karen Lerner, coordenadora de projetos e operações, que esteve por cinco anos e nove meses na Ketchum, até julho, iniciou nova jornada em novembro como gerente de projetos digitais no Studio Rx. n Maira Reis, coordenadora digital e de projetos especiais, despediu-se em novembro da House Entertainment, após dois anos e três meses de casa, e foi em dezembro para a ZiYou, como especialista em comunicação e comunidades. Ela atuou anteriormente, por dez anos e meio, na Suporte Comunicação. Júlia Torres Heverton Bruno Henrique Vasconcellos Felipe Perrella Karen Lerner Maira Reis
Edição 1.447 página 9 conitnuação - Comunicação Corporativa n A Ágora incorporou à carteira de clientes as marcas Catupiry, para a qual priorizará conexões digitais e de consumo para os mais de 100 produtos por ela fabricados; e a marca suíça de roupas e tênis esportivos ON, cujo contrato prevê a construção de estratégias de comunicação com a imprensa e influenciadores, além do posicionamento de marca no Brasil. u As duas contas farão parte do núcleo de Brand PR da Ágora, dirigido por Eduardo Zanelato, que reúne marcas de consumo e entretenimento, incluindo Netflix e Havaianas. Rose Pimentel é a country manager da operação brasileira da Ágora. n Nahia Nader, líder de comunicação, despediu-se em janeiro da Astellas Farma Brasil, em que atuou por pouco mais de dois anos e meio, e começou na AstraZeneca, como especialista de comunicação. Antes, foi por quatro anos da Edelman, agência que deixou quando era gerente de contas. n Renata Otaviano, especialista em RP, que esteve por dois anos e três meses na Endeavor, até junho, iniciou nova jornada em novembro, na mesma função, na LG Electronics Brasil. n Renato Coelho, coordenador de relações públicas, deixou a Pros em novembro, após pouco mais de quatro anos de casa, e começou como gerente na Weber Shandwick, onde já tem sob sua responsabilidade a conta ali recém-chegada da Ferrero. n Thiago Sgrillo, coordenador de comunicação interna e endomarketing, deixou a Dasa, em que esteve por 12 anos. Antes, atuou por pouco mais de um ano na comunicação interna da Caterpillar. n Valéria Masson, que foi sócia- -diretora da Pub e ali esteve por cinco anos e meio, até agosto, integrou-se em janeiro ao time da NR-7, na função de diretora de comunicação financeira, reforçando a atuação da agência nesse setor e também em tecnologia e inovação. Valéria tem mais de 20 anos de carreira, tendo atuado prioritariamente nas áreas de comunicação, PR e digital (setores financeiro, de tecnologia e mercado cripto), em passagens por Koch Tavares, Unibanco e agências como Fundamento, FSB Comunicação, Criateria, Golin e Pub. Nahia Nader Renata Otaviano Renato Coelho Thiago Sgrillo Valéria Masson n A FSB Comunicação conquistou a conta da CI&T, companhia brasileira de inteligência artificial que atua globalmente nos segmentos de tecnologia e transformação digital. Fundada em 1995 em Campinas, a CI&T integra a Bolsa de Valores de Nova York desde 2021 e atua em países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Portugal, China, Colômbia, Japão e Austrália. Outras informações com Celso de Souza ([email protected] e 11-99193-1593) ou Luísa Soares (luisa.soares@ e 51-99832-1998). Dança das contas FSB assume comunicação da CI&T... …e Ágora, da Catupiry e da ON E mais... n A Nova PR acaba de anunciar mais uma marca em sua carteira de clientes, o Grupo SYN, que atua com aquisição, locação, venda e operações de imóveis comerciais, abrangendo empreendimentos de alto padrão corporativo, galpões e shoppings centers. A agência cuidará tanto da comunicação institucional do grupo como dos shoppings Cidade São Paulo, Grand Plaza, Tietê Plaza e Shopping D. u No atendimento corporativo, a consultora Letícia Braun (leticia. [email protected]) e no dos shoppings, Thays Corrêa (thays. correa@), com direção de Lucimara Nunes (lucimara.nunes@). n A Sing Comunicação assumiu a comunicação da Körber Supply Chain, empresa global de origem alemã, referência em soluções para cadeia de suprimentos em todo o mundo. Carolina Garcia responderá pela gestão da equipe de atendimento da Sing, com apoio e supervisão de Janaina Leme e Vânia Gracio. O e-mail para envio de solicitações é [email protected] n A Néctar Comunicação fechou com a construtora e incorporadora Even, e será sua agência de PR. No atendimento, os assistentes Marcelo Couto e Lucas Domenico, com gerência de Laís Cavassana e direção da sócia Renata Justi. Informações pelo e-mail [email protected]. n A Bendita Imagem cuidará da comunicação do Energy SumMIT 2024, evento mundial de inovação e empreendedorismo em energia e sustentabilidade, que chegará pela primeira vez ao Brasil de 17 a 19/6, no Porto Maravilha (RJ). Ele é organizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) com o objetivo de fortalecer o ecossistema de inovação de energia e discutir os próximos passos da transição energética e sustentabilidade no mundo. Outras informações com Augusto Pigini (11-99442-9242) ou Diego Palma (13-99636-6169). n A Estrela Comunicação passou a cuidar da comunicação da Felicitá Casa de Brincar, espaço familiar localizado no Jardim Anália Franco, na Zona Leste de São Paulo (SP).
Edição 1.447 página 10 conitnuação - Comunicação Corporativa n A Planin Comunicação anunciou no início desta semana a formalização de parceria estratégica internacional com o Grupo Albión Portugal, presente nos mercados europeu, em cidades como Madri e Lisboa, e latino- -americano (Cidade do México e Bogotá). O acordo prevê a oferta de serviços integrados de comunicação para empresas interessadas em expansão dos negócios e operações de M&A (Mergers & Acquisitions), uma das especialidades do grupo de origem europeia. u As duas organizações somam mais de 100 consultores e capacidade para desenvolver atividades em nove idiomas. u As negociações tiveram na liderança as executivas Alex Moore Mayorga, diretora do Grupo Albión Portugal, e Angélica Consiglio, sócia-fundadora e CEO da Planin. n A Profile anunciou neste início de semana ter fechado parceria com a inglesa Blakeney, sediada em Londres, ambas especializadas em temas da agenda ESG e que já estão colaborando no projeto da Tropical Forest Alliance (TFA), do Fórum Econômico Mundial, desde meados de 2023. A ideia é destacar soluções para restaurar e proteger a região crítica do Cerrado no Brasil, onde o desmatamento cresceu 44% entre 2022 e 2023. u Segundo Rodrigo V. Cunha, fundador e CEO da Profile, este primeiro projeto em parceria dá o tom da colaboração entre duas agências com perfis e histórico semelhantes. Diz ele: “O tipo de expertise e trajetória que temos em sustentabilidade ainda é raro e essa conexão é estratégica para que nossos projetos possam ter um alcance ainda maior”. n A LLYC produziu e acaba de lançar o relatório Forecast Marketing 2024: Conectar-se em uma era de mudanças constantes, que reúne os desafios para o setor no próximo período, desde novidades e possíveis transformações na forma de realizar o trabalho até o impacto que todas essas evoluções têm no mercado e nos consumidores. O relatório destaca que, embora a inteligência artificial tenha sido e continue sendo a protagonista das principais transformações e mudanças desta era, há muitos outros fatores que influenciam o curso da humanidade atualmente, e compila as três principais macrotendências que marcarão a indústria de marketing este ano. u Entre elas destacam-se as tendências ligadas à inteligência artificial (IA everywhere); os comportamentos dos consumidores (Consumidores: eles estão no comando); e o uso de dados e privacidade (First-party: o cliente é o anfitrião). E mais... n O Poupatempo – programa de atendimento ao cidadão administrado pela Secretaria de Gestão e Governo Digital (SGGD) do Estado de São Paulo e operacionalizado pela Prodesp – foi considerado o melhor do Brasil na categoria iniciativa digital em governos estaduais do prêmio iBest 2023. O anúncio foi feito na última semana. n Heloiza Carvalho, sócia-diretora da Tree Comunicação, é agora também sócia-investidora da Armatore Market+Science, que ajuda a transformar dados de clubes, patrocinadores e instituições em comandos assertivos que implicam mais vendas de produtos e ingressos, maior audiência e engajamento em suas redes sociais, mais receitas com sócios-torcedores e patrocínios mais valiosos. Deeptech de Inteligência Artificial voltada para marketing esportivo, a empresa foi criada por Fernando Fleury e Alcides Araújo. Lançamento n Roberto Rodrigues, o Semeador − Quem planta colhe! é o título do novo livro biográfico lançado na última semana por Ricardo Viveiros, sobre a vida do engenheiro agrônomo, professor e ex-ministro da Agricultura no primeiro mandato do presidente Lula. n A Fundação Getulio Vargas lançou o Prêmio FGV de Responsabilidade Social, para destacar boas práticas voltadas à melhoria da qualidade de vida das populações urbanas, em especial as vulneráveis. u No concurso, voltado para projetos de ONGs – incluindo aquelas patrocinadas por empresas – e gestores sociais, os critérios de avaliação serão o impacto e a geração de emprego e renda, replicabilidade, inovação e equidade. u São estes os eixos temáticos, ou categorias da premiação: (1) educação e cultura; (2) saúde e saneamento; (3) sustentabilidade. Serão selecionados três projetos, que receberão R$ 50 mil para o primeiro colocado, R$ 30 mil para o segundo e R$ 20 mil para o terceiro. u O prazo para as inscrições termina em 1º de março. Regulamento e formulário de inscrição podem ser consultados aqui. Outras informações com Vania Santos, na Insight (21-981874127 ou vania.santos@insightnet. com.br). Pelo mercado Planin fecha acordo internacional com o Grupo Albión Portugal... ...e a Profile, com a inglesa Blakeney Rodrigo V. Cunha LLYC lança previsões para o Marketing em 2024 Heloiza Carvalho Prêmio Prêmio FGV de Responsabilidade Social Angélica Consiglio
Edição 1.447 página 11 100 ANOS DE RÁDIO NO BRASIL Por Álvaro Bufarah (*) (*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo. Um novo relatório divulgado pela Triton Digital revela que mais de 40% da população dos Estados Unidos ouviu podcasts no último mês, destacando um aumento contínuo no número de ouvintes. O relatório anual fornece uma visão abrangente do cenário de podcast nos EUA em 2023, abordando hábitos de audição, dados demográficos e insights sobre os principais podcasts, redes e estreias. De acordo com o relatório, houve um crescimento de 12% no número de ouvintes mensais nos últimos dois anos. Além disso, o aumento do interesse em podcasts foi observado em todos os segmentos da população, particularmente entre os americanos mais velhos e as mulheres. Um aumento de 22% foi registrado entre os ouvintes com mais de 55 anos, e um aumento de 19% entre as ouvintes do sexo feminino com mais de 18 anos. Os gêneros mais populares de podcast em 2023 foram Notícias (22% dos downloads), True Crime (18%) e Comédia (15%). Um detalhe interessante é que 67% dos ouvintes de podcasts True Crime eram mulheres, enquanto homens eram 62% dos ouvintes de comédia e 58% dos ouvintes de notícias. As principais redes de vendas de podcast em 2023 incluíram SiriusXM Podcast Network, NPR e Wondery. O podcast principal do ano foi NPR News Now (NPR). O relatório também destacou que o Crime Junkie permaneceu um dos principais podcasts em 2023, com seu episódio Murdered: David Josiah Lawson sendo o mais baixado, e o episódio Infamous: The Todt Family sendo o mais popular nos primeiros 30 dias. Os dados do relatório foram compilados de várias fontes, incluindo Relatório indica crescimento do número de ouvintes de podcasts nos EUA o serviço Triton Podcast Metrics, certificado pelo IAB Tech Lab, que mede dados de log do servidor da plataforma Triton Omny Studio, bem como dados da solução Triton Podcast Metrics Demos+ e pesquisa Demos+, que entrevistou 12.000 ouvintes mensais de podcast nos EUA em colaboração com Signal Hill Insights. Daryl Battaglia, vice-presidente sênior de produtos e estratégia de medição da Triton Digital, comentou: “2023 foi outro ano de crescimento significativo para a indústria de podcast e, com o aumento do público feminino e com mais de 55 anos, podemos esperar mais produção de conteúdo para atender a esses grupos no próximo ano”. Complementando as informações da Triton, usamos os dados da Magellan AI, que lançou seu Relatório Trimestral de Benchmark no final do ano de 2023, analisando mais de 130.000 episódios de podcast para descobrir comportamentos, tendências e insights dos consumidores no último trimestre do ano passado. A estatística principal revela que do terceiro ao quarto trimestre de 2023 a média de anúncios em podcasts aumentou significativamente em 16,8%, atingindo 7,66%. Além disso, os gastos com publicidade em podcasts cresceram 29% no último trimestre do ano passado. Ainda segundo esses dados, sete dos dez principais anunciantes no quarto trimestre de 2023 também estiveram entre os dez primeiros no terceiro trimestre do mesmo ano, evidenciando a continuidade do investimento desses anunciantes nesse meio. Entre eles estão BetterHelp, Amazon, HelloFresh, VGW, State Farm, SimpliSafe e DraftKings. A indústria de presentes testemunhou um aumento significativo nos gastos com publicidade, com um aumento de 509% entre os trimestres. Além disso, empresas de serviços empresariais e de software mantiveram-se como os maiores anunciantes, com 798 marcas dessa indústria investindo em anúncios de podcasts nos últimos três meses do ano. Todos os gêneros experimentaram um aumento nos anúncios no quarto trimestre de 2023, em comparação com o terceiro trimestre do mesmo ano, sendo que os podcasts de True Crime lideraram, com um aumento de 13,2% nos gastos com anúncios. Podcasts esportivos continuam sendo os mais populares para novas marcas anunciarem, com 497 delas investindo pela primeira vez em um podcast esportivo no quarto trimestre de 2023. Um total de 2.268 novas marcas anunciaram em um podcast pela primeira vez no último trimestre. Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.
Edição 1.447 página 12 Por Assis Ângelo PRECIO SIDADES do Acervo ASSIS ÂNGELO Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333 O estupro, além de provocar transtornos emocionais, quase sempre também leva a vítima à prostituição. Isso se acha em narrativas reais e fictícias. Na década de 60 do século 19, na França, uma personagem inglesa do mundo real chamada Emma Elizabeth Crouch (1835-1886) − Cora Pearl, para um público especial − fez estrondoso sucesso se prostituindo. Antes de “cair na vida”, Elizabeth foi internada num convento de freiras na França e ao sair de lá foi estuprada por um desconhecido com mais do dobro de sua idade. À época, ela tinha 15 anos. Perdida, assustada, alugou um espaço em Paris e passou, então, a entregar-se aos homens para sobreviver. Elizabeth Crouch morreu fora do território parisiense, em Monte Carlo, no ano do lançamento do livro no qual conta a sua história: Mémoires d’une Courtisane. História parecida, só que na ficção, teve Madame Bovary. Essa personagem de Gustave Flaubert (1821-1880) era interiorana e apaixonada por leituras românticas. Casou-se com um médico, foi infeliz e suicidou-se depois de cair nos braços de um amante. Algo parecido, muito parecido aconteceu com Anna Karenina. Anna Karenina, uma criação do russo Tolstói (1828-1910), matou-se atirando-se na frente de um trem. Não é incomum nos dias de hoje uma mulher usar o próprio corpo para galgar posições importantes na sociedade. Cristo ainda não havia nascido quando nasceu em Alexandria, então capital do Egito, aquela que seria a mais fulgurante e poderosa mulher do seu tempo: Cleópatra. Cleópatra integrava a dinastia ptolomaica. Seu pai, Ptolomeu XII, era grego. Os homens da família de Cleópatra eram chamados de Ptolomeu I, II, III, IV... Sempre visando o poder, Cleópatra chegou a casar-se com dois de seus irmãos, Ptolomeu XIII e Ptolomeu XIV. Incesto, não? Incesto era uma prática comum e não punível na Antiguidade. Na literatura antiga há muitos registros sobre o assunto. Sófocles, considerado pai do teatro grego, escreveu e levou à cena Édipo Rei. Nessa peça, que Aristóteles classificou de “verdadeira tragédia”, o personagem Édipo casa-se com a própria mãe, Jocasta, sem saber e com ela gera filhos. Quatro: Antígona, Ismênia, Etéocles e Polinice. Ao descobri – surpresa! − o incesto consumado, a mãe de Édipo se mata e ele desesperado fura os próprios olhos e sai zanzando perdido na escuridão. No mundo encantado dos orixás, a chamada rainha das águas Licenciosidade na cultura popular (XILVI) (continuação das edições 1.445 e 1.446) Iemanjá casa-se com um irmão e com ele tem um filho que finda por engravidá-la. É tudo muito louco, não é? Iemanjá, no seu berço africano, era negra. No Brasil, é branca. A obra de Jorge Amado (1912-2001) é toda recheada de personagens ligadas ao mundo dos orixás. Tereza Batista, por exemplo, é filha de Iansã. Essa Tereza é protegida de todos os orixás, a partir do justiceiro Xangô. Bom, o incesto é um tema recorrente nas páginas do Velho Testamento. A história é longa e cheia de surpresas e contradições. Depois de desposar os irmãos, Cleópatra abriu as asas e atirou-se no colo do ditador romano Júlio César, que seria assassinado pelo filho Brutus e senadores comparsas. Com César, Cleópatra teve um filho. Depois de transar com César em busca do poder pelo poder, Cleópatra foi pra cima do general Marco Antônio, com quem teve três filhos. Marco Antônio e Cleópatra perderam feio uma batalha para Otaviano, filho adotivo de César. O resultado disso é que Marco Antônio suicidou-se e Cleópatra também. A respeito desse assunto, de adultério, o satírico Bocage escreveu: Não lamentes, oh Nise, o teu estado; Puta tem sido muita gente boa; Putissimas fidalgas tem Lisboa, Milhões de vezes putas teem reinado: Dido fui puta, e puta d’um soldado: Cleopatra por puta alcança a c’ròa; Tu, Lucrecia, com toda a tua pròa, O teu cono não passa por honrado: Essa da Russia imperatriz famosa, Que inda ha pouco morreu (diz a Gazeta) Entre mil porras expirou vaidosa: Todas no mundo dão a sua greta: Não fiques pois, oh Nise, duvidosa Que isto de virgo e honra é tudo peta. A última rainha do Egito, Cleópatra, entrou para a história como depravada, cínica, fatal e “uma vergonha para o Egito”, nas palavras do poeta Lucano. Marco Aneu Lucano tinha lá uns 20 anos de idade quando chamou a atenção de Nero pelas poesias bravas que fazia. Lucano virou, por pouco tempo, um protegido do incendiário Nero. Nero findou por mandar matá-lo. Plutarco classificou Antônio e Cleópatra como um casal vulgar, libertino e tal. Horácio e Cícero não a viam com bons olhos. Cícero foi um dos maiores oradores do Império Romano. Escrevia com as mãos de Deus. Foi Propércio que, sem rodeios, a chamou de “rainha prostituta”. (Continua na próxima edição) Foto e reproduções de Flor Maria e Anna da Hora Cora Pearl Jorge Amado Cleópatra e César, por Jean Leon Gerome (1866) Bocage
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