Jornalistas&Cia 1447

Edição 1.447 página 6 conitnuação - MediaTalks Bolsa ICFJ / Fundação Knight − Jornalistas com pelo menos três anos de experiência profissional podem se candidatar a uma das bolsas oferecidas pelo International Center for Journalists (ICFJ), financiadas pela Knight Foundation e destinadas a apoiar o desenvolvimento de projetos inovadores para o jornalismo. As inscrições estão abertas até 29 de março. O programa tem duração de um ano, com o trabalho desenvolvido no país de origem dos selecionados, sem necessidade de residência nos EUA, onde a organização está sediada. O objetivo é estimular a criação de projetos de mídia inovadores para solucionar desafios locais e compartilhar essas inovações internacionalmente, permitindo que possam ser aproveitadas em outros países. Vazamento de dados − O vazamento de dados pessoais de pelo menos 324 jornalistas credenciados pela presidência do México para cobrir as entrevistas coletivas diárias do presidente Andrés Manuel López Obrador colocou novamente em questão a segurança da imprensa em um dos países mais perigosos do mundo para o jornalismo. Segundo o Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ), citando reportagens na mídia local, um site exibiu os nomes completos dos jornalistas, o código CURP (um código de identidade pessoal semelhante a um número de segurança social) e uma cópia de um documento de identificação pessoal, que contém o endereço. Funcionários do governo disseram que a informação foi extraída de um “site governamental inativo” por alguém usando o nome de usuário e a senha de um ex-funcionário do governo através de um IP registrado na Espanha. Sombra do escândalo − O aniversário de 20 anos do Facebook, em 4/2, foi festejado pelos que reconhecem a revolução na forma como as pessoas se comunicam e se informam, mas lamentado pelos que aproveitaram a data para lembrar problemas como a disseminação de fake news, o impacto negativo sobre a saúde mental dos usuários e o escândalo Cambridge Analytica. Dias antes do aniversário, o criador da rede e CEO Mark Zuckerberg encarou congressistas nos EUA junto com líderes de outras quatro redes sociais e ouviu do senador republicano Lindsey Graham: “Eu sei que vocês não queriam que fosse assim, mas vocês têm sangue nas mãos”. Zuckerberg tentou olhar para a frente. Pediu desculpas a pais que exibiram fotos de jovens mortos após assédio sexual no Facebook e prometeu esforços para evitar que essas situações se repitam – mas tem que conviver com críticas pesadas, ameaças de regulamentação, processos judiciais e o mais importante: perda de audiência jovem. Violações em Mianmar − O golpe militar em Mianmar, que completou seu terceiro aniversário em 1/2, extinguiu a liberdade de imprensa no país asiático, região marcada pela violência e repressão a jornalistas, e também a liberdade de expressão de cidadãos comuns. Um balanço da Repórteres Sem Fronteiras afirma que nesse período, o exército “executou a sangue-frio” quatro jornalistas, e mais de 150 profissionais de comunicação foram presos, e têm sido sentenciados a penas cada vez mais severas. A Access Now, organização que defende os direitos humanos digitais, aproveitou a data para protestar contra o fortalecimento da infraestrutura de vigilância em todo o país e cortes regulares no acesso à internet e à conectividade móvel, instrumentos usados pelos militares para “esmagar a resistência por meio da sua ditadura digital”. Sanções ao Irã − O Reino Unido anunciou sanções a uma unidade da Guarda Revolucionária Islâmica e a sete pessoas acusadas de “ameaça representada pelo regime do Irã, que procura exportar a repressão, o assédio e a coerção contra jornalistas e defensores dos direitos humanos”, segundo comunicado da Secretaria Nacional de Relações Exteriores, comandada pelo ex-primeiro-ministro David Cameron. Os atingidos pela medida são membros da Unidade 840 do Corpo da Guarda Revolucionária (IRGC, na sigla em inglês) denunciados em dezembro em uma reportagem investigativa da emissora ITV como responsáveis por um plano para assassinar dois apresentadores do canal de notícias Iran International em solo britânico. Os apresentadores alvo do plano são Fardad Farazhad e Sima Sabet. As ameaças começaram em 2022, na sequência dos protestos contra a morte da jovem curda Mahsa Amini que desafiaram o regime no Irã Esta semana em MediaTalks Mark Zuckerberg em cena de documentário da Netflix sobre o escândalo Cambridge Analytica (snapshot) Parceiro: Apoio: De Londres e de São Paulo, notícias, ideias e tendências em jornalismo, informação, desinformação e plataformas digitais Oferecimento (MediaTalks Partner):

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