Edição 1.448 página 23 Jornalistas&Cia é um informativo semanal produzido pela Jornalistas Editora Ltda. • Diretor: Eduardo Ribeiro ([email protected]–11-99689-2230)•Editorexecutivo: Wilson Baroncelli ([email protected] – 11-99689-2133) • Editor assistente: Fernando Soares ([email protected] – 11-97290-777) • Repórter: Victor Felix ([email protected] – 11-99216-9827) • Estagiária: Hellen Souza ([email protected]) • Editora regional RJ: Cristina Vaz de Carvalho 21-999151295 ([email protected]) • Editora regional DF: Kátia Morais, 61-98126-5903 ([email protected]) • Diagramação e programação visual: Paulo Sant’Ana ([email protected] – 11-99183-2001) • Diretor de Novos Negócios: Vinícius Ribeiro ([email protected] – 11-99244-6655) • Departamento Comercial: Silvio Ribeiro ([email protected] – 19-97120-6693) • Assinaturas: Armando Martellotti ([email protected] – 11-95451-2539) Presumo que quando o jornalista David de Moraes chegou ao céu o porteiro São Pedro não pensou duas vezes e nem consultou nada para permitir sua entrada no reino de Deus. Nem precisava, até porque São Pedro sabia de quem se tratava. Vocês aí, na plateia, pensem num homem bom, correto e íntegro. David de Moraes era tudo isso e um pouco mais. Sei disso porque convivi e trabalhei com ele na Assessoria de Imprensa da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), empresa administrada pela Prefeitura de São Paulo (dizem que o Itaú tem uma minúscula participação no comando). Confesso que fiquei surpreso quando David chegou à sede da Secretaria Municipal de Transportes, que abrigava a CET, o DSV e outros órgãos de trânsito e transporte público. De fala mansa, aquele homem alto logo de cara conquistou os funcionários. Ou servidores municipais. Motivo da surpresa: David foi diretor da Editora Abril e presidente do Sindicato dos Jornalistas e, de repente, não mais que de repente, como diz o verso de Vinicius de Moraes, foi trabalhar no serviço público quando Erundina era a prefeita de São Paulo. David de Moraes era o chefe da Assessoria de Imprensa. Era pé de boi. Trabalhava mais do que remador do barco do Ben-Hur. Como disse n A história desta semana é novamente uma colaboração de Sandro Villar ([email protected]), radialista e jornalista que por muitos anos atuou como correspondente do Estadão em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. É autor de As 100 Melhores Crônicas de Humor de SV, lançado em 2004 (Editora Alta Books-RJ), que está na lista dos dez mais no segmento crônicas de humor. Ele faz uma homenagem a David de Moraes, que foi presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, falecido em 14 de janeiro. Sandro Villar David de Moraes Silvia de Moraes/Facebook David de Moraes acima, ele conquistou os funcionários e tinha ótimo relacionamento com os jornalistas. Lembro-me que um dia fez rasgados elogios ao Lula, deixando claro que, mesmo sendo quem era, aprendia muito com o líder petista. Falava isso abertamente para quem quisesse ouvir. David de Moraes era uma pessoa doce. Apesar de sua doçura, houve um momento “salgado” entre eu e ele por causa de salário. Para realizar outra tarefa que a Assessoria de Imprensa da Prefeitura me solicitou, eu exigi uma graninha extra. Enfim, uns caraminguás a mais. David estranhou a minha reivindicação e soltou os cachorros: “Você se acha o centro do Universo”, comentou. Fiquei na minha, não contestei. Eu? Centro do Universo? Logo eu, um altruísta de carteirinha. Que eu saiba, estamos quase que na periferia da Via Láctea, longe do centro do Universo. Pensei: “Estou lascado. Ele vai me demitir”. Apenas preocupação boba de minha parte. David não era de demitir ninguém e me manteve na equipe. A escaramuça verbal terminou numa boa. David deu um jeito e, com isso, passei a receber uma graninha extra. Aliás, merecidamente. A nossa amizade continuou firme e forte e dele guardo boas recordações. Parafraseando dom Hélder Câmara, David é uma pessoa que carrego no coração.
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