Jornalistas&Cia 1448

Edição 1.449 página 12 100 ANOS DE RÁDIO NO BRASIL Por Álvaro Bufarah (*) (*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo. HÁ 10 ANOS APERFEIÇOANDO O MERCADO DE COMUNICAÇÃO VOCÊ TEM QUE ESTAR AQUI! A MAIOR FERRAMENTA DE ENVIO DE RELEASES DO BRASIL! MAIS DE 55 MIL JORNALISTAS NO MAILING DE IMPRENSA! O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO PARA CONTRATAR? No Dia Mundial do Rádio (13/2), dados divulgados pela multinacional de pesquisa online YouGov revelam que mais de três quartos da população brasileira sintonizam o rádio durante uma semana comum, tornando-o mais popular do que videogames, revistas digitais, revistas físicas e jornais impressos. A pesquisa, conduzida através da ferramenta YouGov Profiles, destaca que o rádio analógico mantém uma popularidade considerável, às vezes até superando seus equivalentes digitais. Cerca de 80,7% dos consumidores brasileiros dedicam tempo para ouvir música em plataformas de streaming, enquanto 77,3% ouvem rádio com a mesma frequência. Além disso, o rádio supera os podcasts em popularidade, com 65,2% dos adultos no Brasil afirmando ouvir esse conteúdo semanalmente. É notável que o rádio seja mais atrativo para o público masculino e jovens de 18 a 24 anos, que são estatisticamente mais propensos a passar mais de três horas diárias ouvindo o meio. A análise também destaca as diferenças entre rádio digital e analógico. Embora a migração para canais digitais tenha sido observada em outras mídias de massa, como TV e conteúdo escrito, o rádio ainda mantém forte presença analógica. Cerca de 48,9% da população brasileira ouviu música por meio de rádio analógico nos últimos seis meses, um número significativamente maior do que aqueles que acessaram plataformas de streaming de música por meio de canais digitais. Em termos de preferências de audição, os brasileiros que optam Mais da metade dos brasileiros ouvem rádio pela experiência tradicional do rádio tendem a sintonizá-lo pela manhã e no início da tarde, enquanto os que preferem dispositivos digitais tendem a fazê-lo à tarde e à noite. Quanto ao perfil dos ouvintes, a pesquisa revela que muitos brasileiros consideram o rádio uma companhia, com 40,8% dos adultos ouvindo-o como fundo quando estão sozinhos. Homens e mulheres têm percepções distintas sobre o rádio, com os homens demonstrando uma preferência ligeiramente maior por estações de rádio locais e uma tendência maior para ouvir rádio online. As diferenças também se estendem às faixas etárias, com adultos de 25 a 44 anos sendo os maiores defensores do potencial de marketing do rádio, enquanto os adultos de 45 a 54 anos parecem desfrutar mais da experiência radiofônica em si. Além disso, os dados revelam que 40,6% da população brasileira consome streaming de música de estações de rádio por meio de canais digitais, indicando que mesmo aqueles que apreciam a experiência única do rádio estão optando por dispositivos analógicos em vez de dependerem exclusivamente da internet. A pesquisa também destaca que o rádio desempenha um papel significativo nas interações sociais dos brasileiros. Cerca de 40,8% dos adultos no País relatam ouvir rádio como um som de fundo quando estão sozinhos, enquanto três em cada dez concordam que às vezes dependem do rádio para se sentirem acompanhados. Esses dados coletados pela YouGov revelam não apenas a popularidade contínua do rádio no Brasil, mas também a complexidade de suas audiências e preferências, demonstrando que o meio continua a desempenhar um papel central na vida cotidiana de muitos brasileiros. Fonte de dados: https://business.yougov.com/pt/content/ 48652-brasil-consumidores-ainda-preferem-radio-analogico Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.

RkJQdWJsaXNoZXIy MTIyNTAwNg==