Edição 1.459 página 21 Cristiane Leite q Na próxima quarta-feira (8/5), o Clube de Leitura CCBB homenageia Lima Barreto no encontro que vai contar com a antropóloga Lilia Schwarcz, recém-eleita para a Academia Brasileira de Letras, e Beatriz Rezende, ensaísta e crítica literária. A história e a importância do autor para a literatura brasileira serão analisadas por duas grandes leitoras de sua obra. Guiará a conversa o livro Contos completos de Lima Barreto, que reúne todos os contos publicados em vida por ele, resgatados por pesquisa em edições originais, jornais e revistas da época, além de inéditos retirados de seus manuscritos. Será às 17h30, na Biblioteca Banco do Brasil, 5º andar do CCBB RJ (rua Primeiro de Março, 66, no Centro), com entrada gratuita. E mais... n A ABI realizou em 26/4 eleições para um terço do Conselho Deliberativo. Venceu a Chapa 1 − Arnaldo César Ricci, do Movimento ABI Luta pela Democracia, que apoia a atual diretoria. Esta obteve 239 votos (77% dos votos válidos), contra 73 votos (23% dos votos válidos) da Chapa 2 – Sem anistia para golpistas, de oposição à atual diretoria. Votaram 317 associados da ABI (66% do colégio eleitoral), sendo 40 presenciais, na sede da entidade, e 277 virtualmente, pela internet. n Mais um leilão da marca Jornal do Brasil está marcado para 20 de maio. O valor da penhora foi estipulado em cerca de R$ 1 milhão para quitar dívidas trabalhistas. Com a decisão, também vão ser penhorados o JB Online, as rádios Cidade e JB FM, como informou a BandNews FM. Se o leilão não tiver arrematantes, está prevista uma nova rodada no dia seguinte. Não é a primeira vez que a marca vai a leilão; o mesmo foi sustado em 2016 e em 2021. n Jansen Oliveira autografa seu primeiro livro, Associação Brasileira de Imprensa – Uma história não contada. Será na sexta-feira (3/5), às 19h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon. Rio de Janeiro Encontro discute obra de Lima Barreto n Ely Azeredo morreu em 23/4, aos 94 anos, de complicações pulmonares. O velório foi no dia 25, no Cemitério São João Batista. u Fluminense de Macaé, Azeredo começou na Tribuna da Imprensa, em 1953, fazendo a cobertura da I Retrospectiva do Cinema Brasileiro, realizada em São Paulo. Ainda na Tribuna, no início dos anos 1960, assistiu ao nascimento de um estilo cinematográfico inspirado no neorrealismo italiano em que despontavam Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e Joaquim Pedro de Andrade, entre outros. Em sua coluna, chamou o movimento de Cinema Novo, que assim passou a ser conhecido desde então. Diz dele o cineasta Cacá Diegues: “Embora nem sempre concordasse com nossas ideias e filmes, ele foi muito importante na formação de aspectos do pensamento do Cinema Novo, com provocações construtivas”. u Azeredo escreveu também para a Gazeta de Notícias, o Correio da Manhã e O Fluminense. Em 1965, foi para o Jornal do Brasil e pela primeira vez um crítico brasileiro participou como jurado do Festival de Berlim. Em O Globo, foi o crítico que por mais tempo conduziu o “bonequinho” do cinema. u Ao longo de 50 anos de carreira, foram mais de 5 mil textos, dos quais reuniu 97 dedicados à produção cinematográfica brasileira em Olhar Crítico – 50 Anos de Cinema Brasileiro, com prefácio de Alberto Dines e editado pelo IMS em 2010. Antes, em 1989, publicou Infinito cinema, pela Unilivros. Participou da criação do Instituto Nacional de Cinema, no qual em duas ocasiões comandou o setor de publicações. Ely Azeredo: foi-se o decano da crítica de cinema no Brasil Ely Azeredo Mônica Imbuzeiro n Chico Otávio e Isabela Palmeira lançaram em 30/4 Queda livre: A história de Glaidson e Mirelis, Faraós dos Bitcoins. A obra, publicada pelo selo História Real, da editora Intrínseca, traz a história de ascensão e queda do casal que ficou conhecido como Faraós dos Bitcoins, responsáveis por um dos maiores esquemas criminosos da história brasileira. u Resultado de três anos de investigação, os autores narram a ascensão e a queda vertiginosas da dupla, atualmente presa, de início da pobreza à riqueza e depois da ostentação às acusações de crimes contra o sistema financeiro, organização criminosa, lavagem de dinheiro e homicídio. Expõem os bastidores do golpe, um dos maiores casos de pirâmide financeira já vistos no País, responsável por movimentar R$ 38 bilhões em seis anos, e enganar quase 90 mil pessoas. u Chico Otávio é repórter, escritor e professor de Jornalismo na PUC-Rio. Iniciou a carreira em 1985, na Última Hora, passou pela sucursal do Rio de Janeiro do Grupo Estado, produzindo reportagens para O Estado de S.Paulo, Jornal da Tarde e Agência Estado. Em 1997, transferiu-se para o jornal O Globo, onde trabalhou até 2023. Ganhou seis vezes o Prêmio Esso, em categorias diversas, além de uma menção por melhor contribuição à imprensa. u Isabela Palmeira é jornalista e roteirista. Foi editora da Globonews e repórter do jornal O Globo, tendo recebido um prêmio nacional de jornalismo pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Em suas imersões no Oriente, nos últimos dez anos, estuda sobre autoconhecimento e meditação, o que a leva a um mergulho no ser humano. Com estas experiências, dedica-se a contar histórias em forma de livros, filmes e séries. Chico Otávio e Isabela Palmeira trazem os Faraós dos Bitcoins Chico Otávio e Isabela Palmeira Rafaela Cassiano Lilia Schwarcz Beatriz Resende
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