Jornalistas&Cia 1459

Edição 1.459 página 4 conitnuação - Nacionais n A Justiça de Ponta Grossa (PR) censurou uma reportagem da agência de checagem Aos Fatos sobre venda de imagens de abuso infantil no Telegram, publicada em 13 de março deste ano. A juíza Heloísa da Silva Krol Milak, do 3º Juizado Especial Cível de Ponta Grossa, determinou, em ação provisória, que Aos Fatos remova o nome de uma das pessoas citadas na reportagem sob a justificativa de que a exposição do nome poderia causar “danos patrimoniais e extrapatrimoniais”. A agência cumpriu a decisão judicial e entrou com recurso para reverter a medida. u A reportagem em questão denunciou um esquema em que criminosos utilizavam chaves PIX de terceiros para vender conteúdo de abuso infantil em grupos no Telegram. Aos Fatos explica que esses terceiros emprestaram seus nomes aos criminosos para receber uma parcela dos lucros das vendas, ou foram vítimas de golpes bancários. Após a reportagem, o Telegram removeu os grupos de vendas e suspendeu o perfil de um dos principais criminosos. u A pessoa que teve o nome retirado da reportagem por ordem judicial foi procurada por Aos Fatos antes da publicação da reportagem. A agência entrou em contato com ela, explicando que seu nome e dados bancários estavam sendo utilizados para venda de imagens de abuso infantil. Ela afirmou que iria verificar o que estava acontecendo, mas posteriormente bloqueou Aos Fatos e deixou de atender ligações. A agência consultou juristas especialistas em liberdade de expressão, que classificaram a decisão judicial como equivocada e uma afronta à liberdade de imprensa. Pesquisa ESPM/J&Cia – Pingos nos is – Parte dos leitores recebeu na semana passada uma versão de J&Cia em que o gráfico sobre os resultados da faixa etária de 25 a 34 anos tinha uma linha de texto a mais, indevida, com informações incorretas − concordo totalmente – 23 (26,1%). Por favor, desconsiderem. Justiça do PR censura reportagem de Aos Fatos sobre abuso infantil no Telegram Unsplash EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação Em uma aula enriquecedora e emocionante, Steven Youngblood, professor associado de Comunicação na Park University (Missouri, EUA), liderou uma discussão sobre jornalismo de paz no curso Diversidade e Inclusão no Pós-Jornalismo Digital, promovido pela Rede JP na UFRJ. Com vasta experiência na cobertura de conflitos, Youngblood destacou a importância do jornalismo de paz na promoção do diálogo e na prevenção de conflitos em uma sociedade cada vez mais digitalizada e intolerante. Durante a aula, traçou a origem da expressão “jornalismo de paz” e ressaltou a necessidade de uma cobertura jornalística menos sensacionalista e mais democrática. Ele destacou a importância da linguagem e da semiótica na comunicação de um jornalismo de paz eficaz, e enfatizou a necessidade de respeitar e priorizar as fontes, especialmente em casos de trauma e imigração. A Rede Jornalistas Pretos continua comprometida em desenvolver soluções para problemas sociais por meio da democratização da comunicação, com foco em educação, representatividade e empregabilidade. Saiba mais no link. Steven Youngblood e o jornalismo de paz Steven Youngblood

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