Edição 1.459 página 6 conitnuação - MediaTalks Rússia prende mais − Mais dois jornalistas da Rússia foram presos sob o argumento de terem feito trabalhos profissionais para a organização anticorrupção fundada por Alexei Navalny, opositor de Vladimir Putin que morreu em uma colônia penal em fevereiro. Sergey Karelin, cinegrafista freelancer que colabora com a agência AP (Associated Press), e Konstantin Gabov, produtor que fez trabalhos na Rússia para a Reuters, foram detidos em 27/4 por “extremismo”. Eles ficarão na cadeia por pelo menos dois meses, até o julgamento, com risco de prisão de até seis anos. A jornalista Antonina Favorskaya, que fez as últimas imagens em vídeo de Alexei Navalny um dia antes de sua morte, foi presa em março sob a mesma acusação. Bolsas de US$ 2,5 mil − A plataforma de jornalismo colaborativo Connectas recebe até 26 de maio inscrições para o seu programa de bolsas, que oferece a jornalistas um subsídio de até US$ 2,5 mil (R$ 12,7 mil) para a produção de reportagens sobre temas sociais da América Latina. Os candidatos devem ter pelo menos três anos de experiência comprovada na atividade e estarem trabalhando atualmente em jornalismo, seja em mídias tradicionais ou independentes. Os escolhidos terão quatro meses para produzir o trabalho, e contarão com mentoria de integrantes do conselho editorial da Connectas. World Press Photo − Fotografias representando as perdas pessoais irreversíveis em Gaza, a demência em Madagascar, a vida dos migrantes no México e o trauma da guerra na Ucrânia receberam os principais prêmios este ano no World Press Photo Contest, principal concurso global de fotojornalismo, cujos vencedores foram anunciados semana passada em Amsterdã. O fotógrafo palestino Mohammed Salem, que vive na região e trabalha para a agência Reuters, foi o vencedor da principal categoria do prêmio, Foto Única, com um dos mais impressionantes registros da guerra entre o Hamas e Israel: o abraço de Inas Abu Maamar ao corpo da sobrinha de cinco anos, morta em um ataque israelense, junto com a mãe e a irmã. Balanço sombrio − A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em inglês) fez na última semana um alerta sobre a situação da liberdade de imprensa na região das Américas, em um balanço divulgado após sua reunião semestral. Com sede em Miami, a SIP é formada por veículos de comunicação de todo o continente e acompanha violações da liberdade de imprensa nas Américas do Sul, Central e do Norte. No alerta, a organização destacou crimes e violações da liberdade em vários países, incluindo o Brasil. Segundo a SIP, sete jornalistas foram mortos em Guatemala, Honduras, Colômbia, Haiti e México, e outros quatro continuam presos em Cuba e na Guatemala nos últimos seis meses. Repressão no Afeganistão − O governo do Afeganistão, sob o comando do grupo Talibã, intensificou nas últimas semanas a repressão sobre a mídia, com prisões e fechamento de dois canais de TV independentes. As redes privadas Noor TV e Barya TV foram suspensas em 16 de abril por ordem da Comissão de Violações dos Meios de Comunicação Social do Ministério da Informação, sob a justificativa de não respeitarem “valores nacionais e islâmicos”, e ficarão paralisadas até o julgamento do caso, que não tem data para acontecer. Também em abril quatro jornalistas de rádio foram presos, dos quais três devido à veiculação de música e de chamadas telefônicas de ouvintes mulheres durante as transmissões, segundo a organização de liberdade de imprensa Repórteres Sem Fronteiras. Esta semana em MediaTalks A família +Admirados da Imprensa cresceu Quer saber mais? Vinicius Ribeiro – (11) 9.9244.6655
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