Jornalistas&Cia 1469

Edição 1.469 - 10 a 16 de julho de 2024 n O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, confirmaram presença no 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Abraji. As sabatinas com o ministro e o senador serão realizadas nesta sexta-feira (12/7), segundo dia do evento. u O ministro Haddad será entrevistado sobre as estratégias do governo para a economia pelas jornalistas Miriam Leitão (GloboNews e O Globo) e Basilia Rodrigues (CNN). A sabatina será às 9h30, no Auditório Castelo Branco da ESPM-SP. u O presidente do Senado será sabatinado às 14h30, no mesmo auditório. Os entrevistadores serão os jornalistas Breno Pires (piauí) e Sarah Teófilo (O Globo). Em discussão, o projeto de regulamentação da Inteligência Artificial, as pautas de costumes no Senado e o debate sobre a Lei Anti-SLAPP (Strategic Lawsuits Against Public Participation), de combate ao assédio judicial contra jornalistas. u O Congresso da Abraji começa nesta quinta-feira (11/7) e vai até sábado (13/7), na ESPM, campus Álvaro Alvim, em São Paulo. n A Fundacão Gabo anunciou em 5/7, em Bogotá, os trabalhos vencedores do Prêmio Gabo 2024. Mais uma vez o Brasil foi destaque entre os premiados, neste ano com as conquistas das categorias Imagem, pela TV Globo, e Cobertura, pelo site InfoAmazonia, este último em parceria com profissionais de outros dez países. u O reconhecimento da TV Globo veio para o documentário Vale dos Isolados – O assassinato de Bruno e Dom, dirigido por Sônia Bridi, com participações de Paulo Zero, Alan Graça Ferreira, Alice Melo, Cristine Kist, Clarissa Cavalcanti, Andrey Frasson, Claudio Guterres, Eulym Ferreira, Marrey Júnior e Flávio Lordello. u A InfoAmazonia, em parceria com os sites La Liga contra el Silencio (Colômbia) e Armando.info (Venezuela), foi premiada pelo especial Amazon Underworld, que expôs casos de crime e corrupção na floresta amazônica. No total, mais de 30 jornalistas, de 11 países, participaram do trabalho. n Para celebrar seu centenário, comemorado em 1º de julho, o Diário do Comércio, de São Paulo, lançou o especial DC, 100 anos. Em 16 páginas, a edição conta a história e momentos marcantes da publicação, lançada em 1924 com o nome de Boletim Confidencial, na época com o objetivo de reunir informações sobre a solvência das empresas do comércio paulistano. u Além do especial, um evento realizado na sede da Associação Comercial de São Paulo, que desde 1976 edita o DC, contou com diversos empresários, dirigentes e jornalistas que passaram pela casa, entre eles Moises Rabinovici, que dirigiu a publicação por 11 anos, até sua transição completa para o digital, em 2014. Atualmente, o DC é comandado pelo editor-chefe Vinícius Prado de Morais ([email protected]). Diário do Comércio (SP) comemora 100 anos TV Globo e InfoAmazonia vencem o Gabo 2024 Haddad e Rodrigo Pacheco serão sabatinados no Congresso da Abraji Na próxima terça-feira (16/7), edição especial de J&Cia sobre Roberto Landell de Moura e os 125 anos da primeira transmissão de voz e música por ondas de rádio da história da humanidade! NÃO PERCAM!

Edição 1.469 página 2 Nacionais n O Superior Tribunal de Justiça Desportiva suspendeu por 15 dias Álvaro de Castro, assessor de imprensa do Atlético-GO, que foi empurrado pelo jogador Felipe Melo, do Fluminense, no final de um jogo pelo Campeonato Brasileiro, disputado em 15/6, no Maracanã. A alegação do órgão para a punição é que o profissional teria invadido o campo antes do fim da partida. u Em nota, o Sindicato dos Jornalistas de Goiás e a Federação Nacional dos Jornalistas alegaram que o jornalista estava fora do campo de jogo e que foi empurrado com violência, invadindo assim o local, mas sem qualquer intenção de o fazer. As duas entidades também ressaltaram o histórico de agressões e truculência do atleta do Fluminense, que no mesmo julgamento, realizado em 3/7, foi punido com apenas um jogo de suspensão. Reprodução Assessor de imprensa agredido em jogo do Brasileirão é suspenso pelo STJD A família +Admirados da Imprensa cresceu Quer saber mais? Vinicius Ribeiro – (11) 9.9244.6655

Edição 1.469 página 3 EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação Larissa Pontes, pesquisadora e coordenadora do site Eficientes, ministrou em 5/7 uma aula essencial sobre acessibilidade na comunicação moderna. O encontro, parte do curso de Diversidade e Inclusão no Jornalismo promovido por Rede JP e a UFRJ, destacou a importância de uma comunicação inclusiva e acessível para todos. Pontes abordou desde o uso de terminologias corretas até técnicas para descrever imagens, enfatizando a necessidade de uma linguagem simples e inclusiva. A palestra reforçou que a acessibilidade não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma melhoria da qualidade e alcance da comunicação. Veja a matéria completa no link. Acessibilidade na comunicação: desafios e avanços Larissa Pontes

Edição 1.469 página 4 De Londres, Luciana Gurgel Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. A combinação de fatores que deterioram a liberdade de imprensa e o pluralismo da mídia − uma lista imensa, que inclui dificuldade de assegurar a sustentabilidade econômica de empresas jornalísticas, vigilância de jornalistas, prisões, criminalização e desigualdade racial e de gênero − não está poupando nem a Europa. A edição 2024 do Monitor de Pluralismo de Mídia do European University Institute é mais um relatório a revelar um cenário preocupante. O trabalho avaliou 32 países, dos quais 27 fazem parte da União Europeia e cinco são candidatos a integrar o bloco. Com base em 20 indicadores que resumem 200 variáveis, a análise abrange quatro áreas: Proteção Fundamental, Pluralidade de Mercado, Independência Política e Inclusão Social. Segundo o estudo, a independência editorial na mídia europeia atingiu um nível histórico de alto risco, refletindo pressões dos interesses comerciais e políticos que comprometem a integridade das redações e dos profissionais de imprensa. O Instituto defende proteções para salvaguardar o jornalismo e garantir transparência em relação aos conflitos de interesse. A tendência de concentração de propriedade e as transformações digitais que intensificaram a batalha por audiência e publicidade é outra preocupação, diante da dominância do Google e da Meta no ecossistema de mídia digital e de desafios legais para administrar a chamada “dinâmica complexa” entre plataformas e provedores de conteúdo. O estudo afirma que, enquanto alguns setores, como a mídia audiovisual, mostram melhorias Ameaças ao jornalismo e a jornalistas não poupam nem a segura Europa, mostra novo relatório modestas, os jornais e a mídia local permanecem particularmente vulneráveis. A viabilidade da mídia na região é classificada como de médio risco − o que não é bom, em se tratando de uma parte do mundo economicamente sólida e majoritariamente democrática. A proteção legal para a liberdade de expressão também não é vista com bons olhos. Todos os países analisados têm dispositivos para assegurá-la, mas a aplicação é irregular, segundo o estudo. Isso acontece até em nações bem avaliadas no Global Press Freedom Index da Repórteres Sem Fronteiras, como a França, 21ª no ranking de 2024. A pontuação de risco do país aumentou de 24% para 32% devido a atos de violência, vigilância e prisões arbitrárias de jornalistas e ativistas. O estudo avalia ainda que a moderação de conteúdo nas plataformas digitais continua “inquietante”, com “transparência insuficiente”. As ameaças ao pluralismo da mídia rondam empresas de mídia e também os jornalistas, afetados por questões econômicas da indústria, que levam à precariedade das condições de trabalho. Em muitos países examinados pelo European University Institute é cada vez maior o número de freelancers ou colaboradores regulares sem vínculo, resultando em acesso limitado a benefícios e insegurança quanto ao futuro. Cresceram também na Europa a vigilância e a intimidação por meio de processos judiciais denominados SLAPPs (sigla para Strategic Litigation Against Public Participation, ou Ações Estratégicas Contra a Participação Pública). Em tradução literal, a sigla remete à palavra “tapa” (slap). Prisões de jornalistas estão igualmente se tornando mais comuns na região, e em alguns países bem classificados no ranking da RSF. O estudo destaca três: Holanda, Espanha e Turquia, o único tingido de vermelho no mapa de risco. Não bastasse tudo isso, a igualdade de gênero segue crítica na Europa: 64% na pontuação de risco. É o quarto indicador mais alto, atrás de três relacionados a questões de mercado. Mulheres e minorias são representadas de forma limitada e estereotipada na mídia europeia, de acordo com o estudo. Os desertos de notícias avançam na região, e os esforços contra desinformação e discurso de ódio são fragmentados ou frágeis, sem políticas de longo prazo. Para não esquecer: o relatório refere-se à Europa, região do mundo mais segura para o jornalismo e com economias estáveis, e não a áreas historicamente críticas como o Sul da Ásia e mais recentemente a América Latina, onde a situação tende a ser ainda pior. O documento completo pode ser visto aqui.

Edição 1.469 página 5 conitnuação - MediaTalks HÁ 10 ANOS APERFEIÇOANDO O MERCADO DE COMUNICAÇÃO VOCÊ TEM QUE ESTAR AQUI! A MAIOR FERRAMENTA DE ENVIO DE RELEASES DO BRASIL! MAIS DE 55 MIL JORNALISTAS NO MAILING DE IMPRENSA! O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO PARA CONTRATAR? Entrevista combinada − Primeira a entrevistar Joe Biden após o desastroso debate com Donald Trump na última semana de junho, a apresentadora de rádio Andrea Lawful-Sanders, da Filadélfia, demitiu-se da WURD Radio após admitir em uma entrevista à CNN que algumas das perguntas feitas ao presidente foram fornecidas pelos assessores. Ela apresentava o programa The Source na única estação de rádio comandada por negros na Pensilvânia. Sara Lomax, a CEO, disse que as perguntas combinadas violaram a independência e o compromisso com os ouvintes. O caso deu mais alimento às críticas sobre as condições de saúde do presidente, revelando o esforço de assessores para evitar que ele dê demonstrações públicas de confusão como as que aconteceram durante o debate com Trump. Para iniciante − Estão abertas até 15 de julho as inscrições para a Bolsa Sir Harry Evans, que selecionará um jornalista em início de carreira para desenvolver um projeto de jornalismo investigativo ao longo de nove meses com apoio da agência Reuters e da Universidade de Durham. O bolsista ficará baseado em uma redação da Reuters em Londres, Nova York ou Toronto, sendo orientado pelos principais editores da agência, e terá acesso aos recursos acadêmicos e de pesquisa de Durham, desenvolvendo habilidades de apuração e produção. O programa oferece um subsídio mensal de £ 4,4 mil (equivalente a R$ 30 mil), mais £ 1.250 por mês para despesas e ajuda de custo para a viagem. Aurora “dragão” − Cenas inspiradoras do Sol e da Lua, auroras boreais e galáxias em forma de dragão e tempestades de meteoros lembrando fogos de artifício estão entre as fotos do céu que concorrem ao prêmio Fotógrafo de Astronomia 2024 do Observatório de Greenwich, reveladas em 9/7 em Londres. Fundado em 1675, o observatório é o “lar” da hora média mundial, sob a sigla GMT (Greenwich Median Time). É reconhecido como um dos locais científicos históricos mais importantes do mundo. As fotos escolhidas pelo júri combinam beleza e ciência, registrando fenômenos atmosféricos importantes para a astronomia. Foram inscritas este ano mais de 3,5 mil imagens feitas por amadores e profissionais, provenientes de 58 países. Oito condenados − Oito jornalistas turcos foram condenados a seis anos e três meses de prisão pelo 4º Tribunal de Crimes Graves de Ancara, sob a acusação de pertencerem a uma organização terrorista, como parte de um julgamento em massa de 11 profissionais de imprensa que trabalhavam nos veículos pró-curdos Mezopotamya News Agency e JİNNEWS. Eles permanecem livres enquanto recorrem da sentença. Os outros três jornalistas que haviam sido processados pelo mesmo crime foram absolvidos. Os 11 haviam sido detidos em outubro de 2022 e indiciados em fevereiro de 2023, como parte de uma perseguição de longa data do governo de Recep Tayyip Erdoğan contra profissionais de imprensa curdos. “Deslizamento de terra” − A palavra landslide (deslizamento de terra) dominou as primeiras páginas dos jornais britânicos em 5/7 noticiando a impressionante vitória de Keir Starmer, do Partido Trabalhista, sobre o Conservador nas eleições 4 de julho. A vitória era esperada, de acordo com as pesquisas, mas confirmou-se de forma inequívoca nas pesquisas de boca de urna e depois que os votos foram contados. Os jornais refletiram o resultado usando adjetivos como “esmagadora”, “impressionante” e “histórica”. O Partido Conservador, liderado por Rishi Sunak, perdeu 250 cadeiras no Parlamento e ficou com apenas 121 (menos do que previam as pesquisas de boca de urna). O Trabalhista, de Starmer, ganhou 211 e passou a ter 412, colocando fim a 14 anos do governo dos conservadores e dando ao partido sua pior derrota na história moderna. Esta semana em MediaTalks Carina Letelier Baeza/Chile

Edição 1.469 página 6 Comunicação Corporativa I CONHECA A NOVA QUE UNE TECNOLOGIA, REDE GLOBAL DE PR I I INOVACAO E CRIATIVIDADE. IDEAL AXICOM. n Erica Firmo, head de comunicação no Linkedin, onde está há 6 anos, mudou novamente de País. Deixou Singapura, onde respondia pela comunicação da região Ásia-Pacífico, e foi para Londres, ali assumindo a comunicação para Reino Unido e Irlanda. Ela também já esteve no Japão, como interina, por 1 ano, e em São Paulo, cuidando inicialmente de Brasil, América Latina, Espanha e Portugal, e, na sequência, de Mercados Emergentes. Também ficou por 7 anos e meio na GE. Pará n Thamyris Jucá integrou-se em julho ao time de atendimento da InPress Porter Novelli, contratada como consultora sênior para dar continuidade ao atendimento da Vale, como fez por 1 ano, como funcionária da companhia. Esteve também, por 11 meses, na Temple, período em que atuou no atendimento à Hydro Alunorte, em Barcarena. Rio de Janeiro n Ricardo Saad está de volta ao Cieds e ao Rio de Janeiro, após pouco mais de 2 anos atuando como especialista em comunicação na Veracel, em Eunápolis (BA). Retomou sua jornada na instituição em julho, no cargo de coordenador de programas e projetos. Na passagem anterior, de 12 anos, foi coordenador de projetos e comunicação. n Graziella Lee, head de comunicação corporativa, deixou a Mondelëz em junho, após 1 ano e 3 meses de companhia. Antes, foi por 8 anos e 9 meses do Citi, período em que atuou como gerente e gerente sênior de comunicação corporativa e public affairs. Como executiva esteve também em Novartis, Algar Telecom e Ericsson. E mais... n Adrieli Garzim, que esteve por 6 anos na Edelman, até maio, ingressou na Raízen, como analista sênior. Ela também já foi de XCom e RP1 (atual RPMA). n Amanda Gomes, que foi por quase 2 anos analista de estratégia de conteúdo no Banco Pan, está desde maio em nova jornada, como analista sênior de comunicação na farmacêutica Cimed. n Ana Falchi começou em maio como coordenadora de comunicação na Fundação Casa/SP. Ali chega, após 1 ano e 4 meses na VFR Comunicação (foi sua segunda passagem por lá), período em que atuou no atendimento à Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Internacional Erica Firmo, do Linkedin, muda-se para Londres e assume a comunicação para Reino Unido e Irlanda Erica Firmo Thamyris Jucá Ricardo Saad São Paulo Graziella Lee deixa a Mondelëz Graziella Lee Adrieli Garzim Amanda Gomes Ana Falchi

Edição 1.469 página 7 conitnuação - Comunicação Corporativa n Camila Gagliano Mucin deixou a CTG Brasil, onde esteve por 5 anos e 7 meses, os últimos 6 meses na função de analista sênior de comunicação interna. Antes, foi por quase 3 anos do marketing da Ultragaz. n Daniel Chammas integrou-se recentemente ao time de consultores de comunicação da Loures, contratado para o atendimento das marcas do grupo Aramis Inc. e Share Student. Ali chegou após jornada de 3 anos e 2 meses como assessor de imprensa/RP na Press Pass. n Flávia Guarnieri, especialista de comunicação, que esteve por quase quatro anos na Enel, até março, iniciou em junho nova jornada como gerente de atendimento na GBR Comunicação, para o atendimento à conta da EDP. n Gonzalo Navarrete, gerente sênior de comunicação, despediu-se em maio da Motorola Mobility, companhia em que atuou por quase 16 anos. Em passagens anteriores, esteve na Máquina da Notícia (atual Máquina CW) por quase 2 anos, e na TAM (atual Latam) Linhas Aéreas (2 anos e 3 meses). n Isabela Ambrifi integrou-se em junho, como diretora de Planejamento, ao time da Cappuccino, agência que faz parte do Coletivo Weber Shandwick. Ex-Boehringer Ingelheim e Ajinomoto, ela também atuou em ComSentidoS, Vivenda e Toca Hub. n Kauara Borim, executiva na Index, deixou a agência em março, após 1 ano e meio de casa, e está atuando como jornalista freelancer. n Mariana Bazzoni, ex-Deloitte, que foi gerente de sustentabilidade de Ambev (3 anos e 3 meses) e Danone (1 ano), acaba de chegar à Beon ESG, consultoria em sustentabilidade e estratégia ESG da FSB Holding, como diretora de Operações. Reporta-se ao diretor-geral da Beon ESG, Danilo Maeda. n Melissa Ludovico, gerente de comunicação corporativa, despediu-se em maio da CCR, onde esteve por 2 anos e 5 meses. Seu trabalho anterior foi como gerente de marketing corporativo na Saphyr Shopping Centers, onde ficou por 1 ano e 3 meses. Camila Gagliano Mucin Daniel Chammas Flávia Guarnieri Gonzalo Navarrete Isabela Ambrifi Kauara Borim Mariana Bazzoni Melissa Ludovico n Paula de Lima Santos, que esteve por um ano na Conteúdo Comunicação, até abril, integrou- -se na sequência à equipe da Máquina CW, contratada como executiva sênior para a conta do Hospital Israelita Albert Einstein. n Roberta Nacagami começou em maio como consultora de comunicação e RP na FleishmanHillard. Em jornadas anteriores, esteve por 3 anos e meio na Getup e por 3 anos e 1 mês na MassMedia. n Roberta Sena, que foi por quase 3 anos da InPress Porter Novelli, começou em abril como executiva sênior na And,All. n Tayla Carolina deixou a comunicação corporativa e migrou para o jornalismo, contratada em maio como repórter do Propmark. Estava, até então, como consultora sênior na FSB Holding, organização em que ficou por 1 ano. Também passou por NR7, Sing e BCW. Paula de Lima Santos Roberta Nacagami Roberta Sena Tayla Carolina

Edição 1.469 página 8 conitnuação - Comunicação Corporativa Dança das contas n A FSB Comunicação é a agência responsável pela assessoria de comunicação da Rio Innovation Week 2024, que será realizada em agosto. O credenciamento para jornalistas já está aberto e deve ser feito no site do evento. Daniela Pereira, Joana Fróes, Isabela Treza, Alice Gomes e Dominique Thomaz estão à frente da equipe de PR. Informações pelo e-mail [email protected]. n A Rebento Comunicação conquistou a conta da Dream Factory, plataforma de negócios centrada em entretenimento ao vivo com eventos proprietários, serviços e gestão de comunidade, fundada em 2001. Entre seus eventos proprietários estão Maratona do Rio, ArtRio, Sertões, e Árvore do Rio e Natal da Lagoa. Na coordenação do atendimento, Marco Antonio Rocha, com gerência de Giulia Amendola. n A Prestige Comunicação passou a atender à Aeskins, unidade de negócios do grupo Medsystems, especializada em injetáveis. Informações com a sócia-diretora Aline Marques ([email protected]). n A Contatto integrou à sua carteira de clientes a conta da Appreach, empresa que atua em campanhas de performance para aplicativos e publicidade digital. No atendimento, Matheus Correa, com coordenação de Vinícius Cavallero. Pelo mercado n A Make Buzz Comunicação anunciou a criação de um braço internacional, que será liderado pelo especialista em marketing e PR Internacional João Manuel. O objetivo é facilitar o ingresso de companhias brasileiras em mercados do exterior. Outras informações com a sócia e diretora de Operações Daniela Loreto ([email protected]) n Cíntia Brand, que é especializada em cultura e marketing e responsável por parcerias de marca, cinema e eventos no Telecine, realiza oficina gratuita de técnicas de comunicação e marketing nesta quinta-feira (11/7), das 14h às 18h, na programação do Festival de Inverno de Diamantina (MG). O workshop foi um convite do Sebrae-MG. Pingos nos is – n Giovanna Maradei é gerente de comunicação da ONG Teto Brasil e não da Construtora Teto, como informado na edição passada. n Victoria Batista despediu-se em julho da Weber Shandwick e da conta da Warner Bros. Discovery, que atendia, após pouco mais de 2 anos de casa. Ela também já foi da SmartPR e da Marqueterie. No Linkedin informa estar atualmente em Lisboa. Licença-maternidade n Pamella Loretti, coordenadora de sustentabilidade no Magazine Luiza, em São Paulo, na empresa desde maio de 2017. Victoria Batista Pamella Loretti João Manuel Cíntia Brand Giovanna Maradei Por dentro da Comunicação Pública A Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública) publicou em 8/7 recomendação com princípios, conceitos e diretrizes para adoção de tecnologias de Inteligência Artificial (IA) nos processos de comunicação no âmbito da administração pública no Brasil. O documento enfatiza a necessidade de que a tecnologia não seja utilizada como substituta do ser humano e sim como ferramenta para o aprimoramento do trabalho dos comunicadores que atuam no setor público e para a ampliação dos serviços prestados aos cidadãos. Entre outras orientações, a ABCPública recomenda que os processos de trabalho que utilizem Inteligência Artificial devem ser supervisionados e revisados por comunicadores. E, ainda, que comitês, comissões ou unidades análogas de governança de IA tenham a participação de profissionais de comunicação social. Confira a íntegra da recomendação da ABCPública sobre IA. Trabalho conjunto – Em 2023, a disseminação da IA generativa – tipo de IA capaz de criar conteúdos – gerou questionamentos entre comunicadores públicos associados à ABCPública sobre limites éticos para o uso dessa tecnologia. Para estudar o tema, a associação instituiu um comitê, Diretrizes da ABCPública para a adoção de inteligência artificial Associação destaca que ferramentas devem auxiliar comunicadores e não os substituir

Edição 1.469 página 9 A regional da ABCPública em Pernambuco, coordenada por Ana Paula Lucena (UFRPE), reuniu os associados para ouvir sobre as tendências e desafios do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) com o Projeto de Linguagem Simples. O Projeto é uma das prioridades do Tribunal para o biênio 2024-25. Sob responsabilidade da Diretoria de Comunicação, tem como objetivo difundir o uso da Linguagem Simples no TCE-PE. As entregas incluem a simplificação de conteúdos jornalísticos e também de documentos típicos do Tribunal, como votos, pareceres, relatórios de auditoria e acórdãos. Saiba mais aqui. Luiz Felipe Campos, diretor de Comunicação do TCE-PE, e Willams Brandão de Farias, gerente do Projeto Linguagem Simples, foram os responsáveis por compartilhar a experiência. Em manifestação durante o encontro virtual, os profissionais agradeceram o convite, ressaltando “a honra de dividir com o grupo da ABCPública de Pernambuco as primeiras impressões, vivências e inquietações com relação à adoção da Linguagem Simples no TCE-PE”. Acompanhe as atividades das regionais da ABCPública através do site e redes sociais. O período pré-eleitoral começou oficialmente em 6 de julho e, com isso, entraram em vigor várias vedações que afetam diretamente quem trabalha na comunicação dos órgãos públicos e, principalmente, o direito dos cidadãos à informação: um apagão, desde áreas de notícias de sites, redes sociais até canais de TV. A ABCPública faz um alerta, em seu site, para as consequências desse apagão, causado, na avaliação da entidade, pela ambiguidade no conceito de publicidade institucional, e defende que haja uma melhor conceituação que a diferencie da informação produzida pelos órgãos públicos que deve continuar disponível para o cidadão em períodos pré-eleitorais. Confira a matéria completa aqui. Em post no LinkedIn, Wilson Bueno, pesquisador e professor sênior da Universidade de São Paulo, elogiou o texto da ABCPública e afirmou que a comunicação pública não pode ser silenciada: “Vamos acabar com essa confusão porque ela não separa o joio do trigo e apenas coloca como propaganda de políticos e governantes tudo o que se comunica na área pública. A democracia exige uma comunicação pública ética, transparente, impessoal, comprometida com o interesse público”. Confira o post aqui. ABCPública faz alerta sobre como a comunicação pública é afetada no período eleitoral que optou pela elaboração de recomendação. Entre o final do ano passado e o início deste ano, o grupo analisou textos com propostas ou versões já definitivas de regulações para uso da IA produzidos no Brasil e no exterior. Também foram consultadas pesquisas e reportagens sobre os impactos provocados pela tecnologia. Após validação, por meio de consultas abertas à participação dos associados, a proposta foi acolhida pela Diretoria Nacional da associação. Múltiplos debates – O rápido crescimento do uso da IA vem sendo objeto de discussão em diversas instâncias, nacionais e internacionais, públicas e privadas. Em 2021, a Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aprovou uma Recomendação sobre a Ética da Inteligência Artificial, definida pela agência da ONU como o primeiro instrumento global de definição de normas sobre a IA. A recomendação foi adotada por todos os Estados-membros da ONU. Em dezembro de 2022, a Presidência do conselho e os negociadores do Parlamento Europeu chegaram a um acordo relativo a seu Regulamento de Inteligência Artificial. A União Europeia divulgou a iniciativa como sendo a primeira regulamentação abrangente sobre IA em todo o mundo. Em março de 2023, a Assembleia Geral da ONU aprovou, por consenso de todos os seus Estados-membros, uma resolução sobre a governança da IA. No Brasil, projetos para um marco legal de IA estão sendo analisados no Senado, pela Comissão Temporária sobre Inteligência Artificial no Brasil (CTIA). Regional PE realiza bate-papo sobre linguagens simples Por dentro da Comunicação Pública

Edição 1.467 página 10 Pesquisa ESPM/J&Cia A pesquisa A Inteligência Artificial para Jornalistas Brasileiros mostra que os profissionais de audiovisual, entre as áreas de atuação dos jornalistas participantes do estudo, são os que recebem menos treinamento para uso de IA no trabalho. Os resultados da primeira fase da pesquisa indicam que 85,7% dos profissionais de audiovisual dizem não receber treinamento, índice muito superior ao dos jornalistas que trabalham com educação/pesquisa, 50%, o menor entre as áreas. Os dados revelam ainda que os jornalistas mais jovens, de até 24 anos, são os que apresentam o maior índice de falta de treinamento, 96%, quase a totalidade dos respondentes nessa faixa etária. A pesquisa, realizada pelo grupo Tecnologias, Processos e Narrativas Midiáticas – ESPM, formado por professores de Jornalismo da ESPM-SP, tem apoio do Jornalistas&Cia. O estudo pretende identificar o nível de conhecimento da inteligência artificial generativa por jornalistas no País e conferir o grau de utilização de ferramentas de IA na produção e nos negócios jornalísticos, além das preocupações sobre seu uso na profissão. O estudo foi publicado na edição especial em comemoração ao Dia do Jornalista. Os números da primeira fase mostram que, diante da questão “Recebi/recebo algum tipo de treinamento para utilização de IA no meu trabalho”, a grande maioria dos jornalistas diz não receber ou ter recebido treinamento: 76,3% discordância, na soma de parcial e total. Os que discordam totalmente da afirmação (o que significa que não receberam nenhum treinamento) são 69,2%, quase sete em cada dez respondentes. Uma pequena parcela diz o contrário (15,1% de concordância parcial ou total). Os que concordam totalmente, indicando que receberam de fato treinamento, são apenas 6,6%. Os profissionais de audiovisual (TV/streaming) têm o menor índice de treinamento, com 85,7% de discordância (soma de parcial e total). Em seguida vêm os jornalistas de mídia escrita (impresso/di6Recebi/recebo algum tipo de treinamento para utilização de IA no meu trabalho discordo totalmente – 69,2% concordo parcialmente – 8,5% discordo parcialmente – 7,1% concordo totalmente – 6,6% não concordo nem discordo – 8,5% Visão geral discordo totalmente – 73,5% concordo totalmente – 4,8% discordo parcialmente – 7,2% concordo parcialmente – 7,2% não concordo nem discordo – 7,2% Escrito (impresso/digital) concordo parcialmente – 7,1% discordo totalmente – 78,6% discordo parcialmente – 7,1% concordo totalmente – 4,8% não concordo nem discordo – 2,4% Audiovisual Por área de atuação Jornalistas de audiovisual e profissionais mais jovens recebem menos treinamento para uso de inteligência artificial, aponta pesquisa

Edição 1.467 página 11 Pesquisa ESPM/J&Cia gital), com 80,7%. Os profissionais de mídia sonora (rádio/podcast) vêm na sequência, com 78,5% de discordância, apenas 0,1 ponto percentual abaixo dos jornalistas de outras áreas de atuação, que têm 78,6% de discordância. O menor índice, 50%, aparece entre os profissionais de educação/ pesquisa, única área em que o índice fica abaixo de 70%. A taxa de falta de treinamento em IA é alta (acima de 70% de discordância parcial ou total) em todas as faixas etárias. A situação é mais crítica entre os profissionais de até 24 anos, que atingem o maior índice, com 96%, sendo 84% discordância total. Nessa faixa etária, 4% declaram-se neutros e nenhum jornalista expressa qualquer nível de concordância (parcial ou total), o que indica que ninguém diz ter recebido qualquer tipo de treinamento. Os que dizem receber algum treinamento nas diferentes faixas etárias mantêm-se abaixo dos 20% de concordância (parcial ou total), com exceção dos jornalistas de 45 a 54 anos, em que o índice chega a 20,5%. O grupo de pesquisa Tecnologias, Processos e Narrativas Midiáticas – ESPM, responsável pelo estudo A inteligência artificial para jornalistas brasileiros, é formado pelos jornalistas Antonio Rocha Filho, Cicelia Pincer, Edson Capoano, Maria Elisabete Antonioli e Patrícia Rangel, professores do curso de Jornalismo da ESPM-SP. Os jornalistas Eduardo Ribeiro, diretor, e Wilson Baroncelli, editor executivo, coordenam os trabalhos referentes à pesquisa no Jornalistas&Cia. não concordo nem discordo – 28,6% discordo parcialmente – 14,3% concordo totalmente – 7,1% discordo totalmente – 35,7% concordo parcialmente – 14,3% Educação/pesquisa discordo totalmente – 67% concordo parcialmente – 9,1% concordo totalmente – 11,4% discordo parcialmente – 3,4% não concordo nem discordo – 9,1% de 45 a 54 anos discordo totalmente – 84% discordo parcialmente – 12% não concordo nem discordo – 4% concordo parcialmente – 0 concordo totalmente – 0 Até 24 anos Por faixa etária Congresso da Abraji Integrantes do grupo participarão de uma roda de conversa sobre IA no Brasil, como parte da programação do 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo). O congresso, um dos principais encontros de jornalismo na América Latina, será realizado desta quinta (11/7) até sábado (13/7), na ESPM, campus Álvaro Alvim, em São Paulo. Em sua participação, no sábado, às 16h30, os integrantes do grupo de pesquisa comentarão os resultados do estudo A Inteligência Artificial para Jornalistas Brasileiros e apresentarão alguns dados ainda inéditos. A programação completa do congresso da Abraji pode ser conferida no site do evento.

Edição 1.469 página 12 AGRO Patrocínio n Estão abertas as inscrições para o Prêmio de Jornalismo Sistema Faemg, Senar, Inaes e Sindicatos. A iniciativa tem como objetivo reconhecer trabalhos sobre o agronegócio brasileiro e a importância do setor para o País. O tema da primeira edição do concurso é Desenvolvimento Sustentável e Inovação no Campo e o valor total dos prêmios será de R$ 70 mil. Podem concorrer trabalhos nas categorias Impresso, Telejornalismo, Áudio, Jornalismo Digital e Estudante. O prazo para inscrições vai até 3 de novembro, pelo premiojornalismo. sistemafaemg.org.br. Nova premiação reconhecerá reportagens sobre desenvolvimento sustentável e inovação no campo E mais... n A Bosch é mais uma empresa a confirmar seu apoio à eleição dos +Admirados da Imprensa do Agronegócio. Com cerimônia marcada para 12/8, no hotel Renaissance, em São Paulo, a premiação conta com os patrocínios de Cargill, Mosaic Fertilizantes, Syngenta e Yara, apoios de Elanco, Portal dos Jornalistas e Press Manager, colaborações de BRF e Lavoro, e apoios institucionais de Agrojor e Faesp. Mais informações com Vinicius Ribeiro (11-99244-665 ou vinicius@ jornalistasecia.com.br). n A Cerrado Editora e Comunicação, de Antonio Oliveira (638517-3898), migrará o conteúdo do site www.centro-oestefarm news.com.br, criado em 2021, para o domínio da revista digital Cerrado Rural Agronegócios. A partir de 28 de julho, o conteúdo produzido pela equipe da publicação estará disponível no endereço cerradoruralagronegocios. com.br. “Estamos em processo de recuperação do conteúdo da Cerrado Rural − muito rico, por sinal −, juntamente com seu arquivo impresso, sob os nossos cuidados”, explica Oliveira. O novo e-mail para pautas é reda cao@cerradoruralagronegocios. com.br. n O Sistema CNA/Senar está fazendo um trabalho para divulgação de seu banco de imagens. Totalmente gratuito, e com cerca de 50 mil fotos disponíveis em alta resolução, o serviço pode ser acessado pelo Flickr. Na página é possível encontrar, entre outras, imagens de atividades agrícolas, pecuária, integração lavoura-pecuária-floresta, logística, infraestrutura e tecnologia no agro, além da cobertura diária das ações e eventos do Sistema CNA/Senar, e de reuniões de comissões nacionais e da agenda da Diretoria Executiva. Ao utilizar as imagens, basta dar o crédito com o nome do fotógrafo e a descrição “Divulgação Sistema CNA/Senar”. Antonio Oliveira

Edição 1.469 página 13 Por Assis Ângelo PRECIO SIDADES do Acervo ASSIS ÂNGELO Nos anos 1.800 a literatura estava ganhando forma no Brasil. Maria Firmina dos Reis (1822-1917) foi uma professora do Maranhão e a primeira mulher a escrever um romance intitulado Úrsula (1859). Era abolicionista. Amor e paixão misturam-se na história. Bonito, bem movimentado. Personagens negros. Era também poeta. Discretíssima no comportamento pessoal, Maria Firmina abriu o coração para poucas paixões. Um exemplo disso é o poema Ela!, incluído no livro Cantos a Beira-mar: Ela! Quanto é bela, essa donzela, A quem tenho rendido o coração! A quem votei minh’alma, a quem meu peito Num êxtase de amor vive sujeito... Seu nome!... não − meus lábios não dirão! Ela! minha estrela, viva e bela, Que ameiga meu sofrer, minha aflição; Que transmuda meu pranto em mago riso. Que da terra me eleva ao paraíso... Seu nome!... Oh! meus lábios não dirão! Ela! virgem bela, tão singela Como os anjos de Deus. Ela... oh! não, Jamais o saberá na terra alguém, De meus lábios, o nome que ela tem... Que esse nome meus lábios não dirão. Esse poema tem tudo a ver com amor feminino, entre uma mulher e outra. Apesar disso, não chamou a atenção de ninguém. Quer dizer: embora tabu, o tema aqui abordado por Firmina dos Reis não provocou espanto nem polêmica. Essa poetisa morreu pobre e cega na casa de uma amiga no ano de 1917. Outra mulher que também abriu o coração e a mente para o sexo foi a goiana Cora Coralina, de batismo Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (1889-1985). Deixou uma obra pequena, porém resistente. É dela Pouso de Boiadas: Conversa sem sentido. Os homens estirados nas redes e nos forros, assuntam de mulheres... − Fêmea. Erotismo de macho. Palavreado obsceno. (...) Manelão canta sozinho. Manelão canta baixinho. Moda de mulher. ...Dola... Xandrina... ... o chamado obscuro, sexual. (...) Manelão canta em surdina, Manelão canta baixinho, Manelão canta sozinho Toada de mulher. Licenciosidade na cultura popular (LXVII) Dola... Xandrina... O rude chamado sexual. A saga bárbara dos boiadeiros. Quatro anos depois de seu falecimento, foi lançado o LP Cora Coralina com 13 poemas, entre os quais Velho Sobrado, Estas Mãos, O Cântico da Terra, Todas as Vidas e Meu Epitáfio, que diz: Morta… serei árvore Serei tronco, serei fronde E minhas raízes Enlaçadas às pedras de meu berço são as cordas que brotam de uma lira. Enfeitei de folhas verdes A pedra de meu túmulo num simbolismo de vida vegetal. Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos Num dos contos incluídos no livro Contos Novos (1947), o autor Mário de Andrade fala de dois jovens estudantes que sentem atração física mútua. Ainda nesse livro, Mário escreve a história que tem como personagens centrais Nízia e Rufina. Já falamos. O final desse conto é dúbio, como dúbio é o final do conto Frederico Paciência. Enfim, quem transou com quem? Amor e preconceito sexual sempre geraram discussões febris, no Brasil e noutras plagas. A escritora inglesa Jane Austen (1775-1817), mostra isso no livro Orgulho e Preconceito, publicado pela primeira vez em 1813. Nesse livro, Austen conta a história de um casal que tem cinco filhas prontas para se casar. A mãe, Sra. Bennet, faz tudo e muito mais para que suas belas donzelas não padeçam no poço profundo do caritó. A mais nova, porém, de 16 anos, foge de casa com um cara sem futuro. A partir daí o romance ganha força. A leitura de Orgulho e Preconceito nos leva à cena rural, onde tudo se passa. Lá a mulher solteira que saía de casa e não se casava logo caía na boca ferina do povo. Isso, para uma família bem constituída, era o pior que podia acontecer. Orgulho e preconceito

Edição 1.469 página 14 Maria Firmina dos Reis, boa no verso como Cora Coralina, foi a primeira brasileira a publicar um romance no Brasil. Úrsula foi levado à praça em 1859. Três anos depois nascia no Rio de Janeiro Júlia Lopes de Almeida. Júlia, primeira e única mulher a participar das reuniões que resultaram na fundação da Academia Brasileira de Letras (ABL), foi a segunda mulher brasileira a escrever e a publicar um romance: A Viúva Simões. O livro de Júlia, lançado em 1897, conta a história de uma mulher que perdeu o marido e por bom tempo passou a cuidar apenas da filha Sara, enquanto a criadagem cuidava das duas. O isolamento da viúva, Ernestina, dura até o momento em que ela reencontra um namorado da adolescência. Esse, Luciano, de tanto atentar, finda por amolecer o coração da protagonista. O fim beira a tragédia. Júlia Lopes de Almeida foi, até aqui, a escritora que mais contos e romances publicou. Seus títulos andam na casa dos 50. Foto e reproduções de Flor Maria e Anna da Hora Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333 PRECIO SIDADES do Acervo ASSIS ÂNGELO AUTO n Lemyr Martins está relançando, em e-book, o livro Fitt- 1: O Formula 1 brasileiro – Reescrevendo a história. A obra, publicada originalmente em 2005 e com sua edição impressa esgotada, também foi ampliada, trazendo novos detalhes sobre o icônico modelo FD-04, além de passagens com Emerson Fittipaldi falando sobre sua saída McLaren para criar a Copersucar Fittipaldi, em 1976. u Lemyr relata ainda como foi a criação do primeiro carro brasileiro a competir na principal categoria do automobilismo mundial, uma trajetória que envolveu sonhos, empenho, perigo, alegrias, tristezas, vitórias e derrotas. O livro traz também as fichas técnicas de todos os modelos e os resultados da equipe Fittipaldi nas temporadas de 1975-82, o que a colocou no mesmo nível de tradicionais equipes como Williams e Ferrari. u Fitti-1 está disponível exclusivamente na Amazon pelo preço de R$ 29,99 e com versão gratuita para assinantes do serviço Kindle Unlimited. Fitti-1, de Lemyr Martins, ganha versão digital ampliada Iberê e João Pedro E mais... n Depois de três anos atuando no atendimento à imprensa brasileira para a Volvo, pela Inside Out PR, Jessica Alves foi promovida e passará a atender às demandas internacionais da marca. No total, serão 17 países atendidos pela executiva, que antes passou pelas agências LN e Be Brave. n Está no ar o primeiro episódio da série Toyota Explica, com apresentação de Iberê Tenório, criador e apresentador do canal Manual do Mundo, e João Pedro Del Arco, editor do canal A Roda e roteirista e apresentador do podcast Carro Cortes. O especial está dividido em três episódios que explicam o funcionamento dos veículos híbridos, ressaltando seu impacto no meio ambiente e abordando iniciativas que a marca estuda para descarbonizar a mobilidade. Os vídeos serão postados em formato de reels no perfil oficial da marca no Instagram. Jessica Alves

Edição 1.469 página 15 100 ANOS DE RÁDIO NO BRASIL Por Álvaro Bufarah (*) Uma pesquisa realizada por Andy Gladding, professor adjunto na WRHU Radio/Hofstra University e engenheiro-chefe na Salem Media, de Nova York, demonstra a importância das rádios universitárias para o desenvolvimento dos alunos e na visibilidade das instituições. Um estudo abrangente realizado em três estados americanos revela o impacto positivo e surpreendente das estações de rádio FM universitárias na vida dos alunos, na comunidade e na preparação para a carreira. A pesquisa, conduzida por Gladding, entrevistou alunos, gerentes de estações e especialistas da indústria, desvendando um papel crucial do rádio FM no cenário educacional atual. Ao contrário da crença popular, muitos alunos consideram o programa de rádio da faculdade como a peça central de sua experiência universitária, mesmo que a escolha da instituição não tenha sido baseada na presença da estação. A transmissão em FM, com sua abrangência e legitimidade, proporciona aos alunos um senso de comunidade, responsabilidade e crescimento pessoal. A participação na rádio FM impulsiona o desenvolvimento de habilidades de liderança, aumenta a compreensão da mídia e até mesmo contribui para a retenção dos alunos. Os alunos sentem-se motivados a concluir seus estudos devido ao senso de pertencimento e propósito que a estação proporciona. As emissoras oferecem aos alunos a oportunidade de desenvolver habilidades técnicas valiosas em áreas como engenharia de transmissão, comunicação de emergência e sistemas eletrônicos. Essas habilidades são altamente procuradas no mercado de trabalho e preparam os alunos para carreiras de alto nível. As estações universitárias servem como plataformas de comunicação importantes para a comunidade, promovendo eventos locais, debates e informações relevantes. Além disso, parcerias com empresas e organizações regionais enriquecem o programa e ampliam as oportunidades para os alunos. O estudo demonstra que as estações de rádio FM universitárias são mais do que meras plataformas de entretenimento. Elas representam Rádios universitárias impactam positivamente as comunidades Andy Gladding um ativo valioso para as instituições, os alunos e a comunidade, promovendo o crescimento pessoal, o desenvolvimento profissional e a coesão social. Em um mundo cada vez mais digital, o rádio FM continua a ser uma ferramenta poderosa para o engajamento, a educação e a preparação para o futuro. Essa pesquisa serve como um lembrete do impacto crucial das estações de rádio FM. Em vez de considerá-las como desatualizadas ou irrelevantes, vale investir na preservação e no aprimoramento desses programas. As rádios FM universitárias são um investimento no futuro dos alunos e da comunidade. Breve história das rádios universitárias brasileiras As rádios universitárias brasileiras ecoam há mais de meio século como vozes vibrantes no cenário da comunicação, da educação e da cultura. Sua história, entrelaçada com o desenvolvimento do próprio ensino superior no País, é um relato de pioneirismo, desafios e conquistas, tecendo um mosaico rico de experiências e impactos na sociedade. Os primórdios das rádios universitárias no Brasil datam da década de 1950, impulsionados por um movimento nacional de democratização do acesso à informação e ao conhecimento. Em 1952, a Rádio USP foi a primeira a entrar no ar, seguida por outras emissoras pioneiras, como a Rádio UFRJ (1954) e a Rádio UnB (1962). Inicialmente, essas emissoras operavam em AM, com foco principal na divulgação de conteúdo educativo e cultural para a comunidade local. Com o passar do tempo, a FM tornou-se a principal faixa de frequência, expandindo o alcance e a qualidade do som. Essas emissoras se consolidaram como ferramentas essenciais para o ensino superior, complementando a formação acadêmica dos estudantes e promovendo a extensão universitária. Através de programas informativos, debates, entrevistas e produções artísticas, as emissoras proporcionavam aos alunos um ambiente de aprendizado dinâmico e plural. As rádios universitárias também se destacaram por seu papel na democratização da comunicação e na promoção da cidadania. Ao longo dos anos, elas se tornaram plataformas para vozes marginalizadas, dando espaço para debates sobre temas relevantes para a sociedade, como direitos humanos, justiça social e meio ambiente.

Edição 1.469 página 16 (*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo. Sudeste São Paulo n Estão abertas até 25/10 as inscrições para o Prêmio Fundação FEAC de Jornalismo 2024. Em sua 24ª edição, com o tema Fundação FEAC 60 anos – Um legado perene de transformação, o prêmio reconhecerá trabalhos jornalísticos sobre iniciativas sociais que promovam bem-estar equitativo e proteção social, apoiadas pela fundação. Elas incluem crianças e adolescentes em situação de violência, inclusão educacional e produtiva, capacitação de profissionais do sistema de promoção e proteção social, além de fortalecimento de entidades sociais. u Podem participar jornalistas registrados no Ministério do Trabalho, profissionais de comunicação, estudantes de graduação em comunicação social e organizações da sociedade civil com trabalhos produzidos por seus profissionais ou beneficiários em projetos de educomunicação. Serão distribuídos R$ 50 mil entre os vencedores das categorias Fotojornalismo, Impresso, Online, Rádio, Televisão e Web-série. u Os trabalhos devem ter sido veiculados de 1º de janeiro a 25 de outubro de 2024 na Região Metropolitana de Campinas ou em ambiente digital que alcance a região. Todos os conteúdos inscritos devem mencionar a Fundação FEAC. O anúncio dos vencedores e a entrega dos prêmios serão realizados em uma cerimônia no dia 13 de dezembro, em Campinas. u Inscrições e mais informações aqui. Vaivém-SP n Gabriela Milanezi deixou a Record TV-RS, onde estava desde fevereiro de 2023 como repórter, e mudou-se para São Paulo, onde vem desenvolvendo alguns trabalhos freelancer para Vozes que inspiram e transformam Ao longo de sua história, as rádios universitárias enfrentaram diversos desafios, como a falta de recursos, a censura durante a ditadura militar e a concorrência com as rádios comerciais. No entanto, sempre demonstraram resiliência, adaptando-se às novas tecnologias e reinventando-se para continuar cumprindo seu papel fundamental na sociedade. Com o advento da internet e das novas tecnologias digitais, as rádios universitárias expandiram ainda mais seu alcance e suas possibilidades. Atualmente, muitas emissoras possuem plataformas online, podcasts e redes sociais, complementando a programação tradicional e atraindo novos públicos. As rádios universitárias brasileiras são mais do que simples emissoras de rádio. São espaços de resistência, criação e transformação social. Elas amplificam vozes diversas, promovem a educação de qualidade e contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e democrática. Através de suas ondas sonoras, as rádios universitárias continuam a inspirar e transformar vidas, conectando o passado ao presente e construindo um futuro promissor para o Brasil. Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link. Abertas as inscrições para a 24ª edição do Prêmio FEAC Gabriela Milanezi

Edição 1.469 página 17 conitnuação - São Paulo a CNN Brasil. Antes, passou por TV TEM, ND TV e Rede Pampa. n Guilherme Lesnok começou em junho no portal iG como repórter. Anteriormente, ele estava na V2mm, como assessor de imprensa, e passou por Diário do Peixe, revista Hotéis e CDN. n João Vitor Revedilho (joao. [email protected]), que desde abril é repórter de política na cobertura dos Três Poderes para o site da IstoÉ,, em Brasília, foi transferido temporariamente para São Paulo, onde atuará na cobertura das eleições. Ele antes passou por TV Clube/Band, CBN Ribeirão, iG e Poder360. n Marina Pinhoni é a nova repórter de dados do DeltaFolha, da Folha de S.Paulo. Ela esteve nos últimos dez anos no g1 e antes passou por Exame e Veja.com. Registro-SP n Faleceu em Bauru em 1/7, aos 73 anos, Maria Dalva Hatore. Pioneira do jornalismo radiofônico feminino na cidade, era conhecida pela defesa do interesse público. Aposentada desde 2011, foi uma das principais vozes do jornalismo radiofônico local, destacando-se por seu trabalho nas rádios Auri Verde e 94FM. A causa da morte não foi divulgada. Guilherme Lesnok João Vitor Revedilho Marina Pinhoni Maria Dalva Hatore Reprodução/Facebook Rio de Janeiro n Nilo Dante Di Giovanni morreu em 6/7, aos 89 anos. Em outubro do ano passado, sofreu um AVC e desde então levava vida vegetativa. u Nascido na cidade fluminense de Barra do Piraí, cedo transferiu- -se para o Rio, movido pela vontade de ser jornalista. Começou em 1954 no Diário Carioca, convidado por Prudente de Morais, Neto. Em depoimento a Aziz Ahmed, no livro Memórias da imprensa escrita, Dante lembra que, como o jornal era pequeno e atrasava o pagamento, havia uma lista dos profissionais e de quanto tinham a receber. Repórteres como Evandro Carlos de Andrade e Janio de Freitas ganhavam cerca de cem cruzeiros mensais. Porém, uma curiosidade: o salário de Maneco Muller, o colunista social que assinava Jacinto de Thormes, era de 3 mil cruzeiros. u Nas palavras de Cícero Sandroni, Dante ostentava uma das mais extensas biografias da imprensa brasileira. Foi o único jornalista que trabalhou em dez jornais e dirigiu cinco deles: Jornal do Brasil, Diário de Notícias, Jornal do Commercio, Última Hora e Tribuna da Imprensa. Entre seus principais trabalhos figura a reportagem A fé tirou o peso da cruz de Euclydes, para a revista Mundo Ilustrado em 1958, e que deu origem à peça de Dias Gomes O pagador de promessas, depois filme ganhador da Palma de Ouro em Cannes. u Além de secretário de Redação do Correio da Manhã, esteve ainda nos jornais A Noite, O Dia, e nas revistas Mundo Ilustrado, Manchete, Fatos & Fotos e O Cruzeiro. Foi correspondente no exterior para Correio da Manhã, Diário de Notícias, Mundo Ilustrado e Jornal do Commercio. Nos anos 1960, Sandroni – hoje na Academia Brasileira de Letras – levou Dante para O Globo e depois para Brasília, na assessoria do então presidente Jânio Quadros. Esta última função durou apenas sete meses, por causa da renúncia, e Dante, ainda nos seus depoimentos, disse ter-se arrependido pelo resto da vida de ter deixado O Globo. u Durante cinco anos, trabalhou em publicidade e na assessoria do Instituto Brasileiro do Café (IBC), voltando depois às redações. Em 2016, lançou o livro O sócio oculto – Uma aventura no submundo do poder, sobre os bastidores da luta pelo controle do Palácio do Planalto e das áreas mais cobiçadas do organograma oficial. Seu mais recente empreendimento foi a produção e organização do livro Gente do Rio, publicado em 2015. u No Correio da Manhã, Dante acolheu Ricardo Boechat para seu primeiro emprego e apresentou-o a Ibrahim Sued, o que marcou a carreira dele. Décadas depois, em 2001, durante a retomada do Jornal do Brasil, que durou apenas um breve período, Boechat convidou Dante para dirigir o jornal, seu último emprego. Nilo Dante, jornalista de múltiplas funções Falecimentos Nilo Dante

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