Edição 1.485 - pág. 25 da imprensa brasileira. Este segundo volume é um mergulho na trajetória de Mino Carta, que compartilhou histórias de sua vida, desde a infância na Itália, em meio à Segunda Guerra Mundial, até a criação de revistas como Veja e Carta Capital. Baixe o livro gratuitamente aqui. Vale lembrar que Carta foi um dos 16 jornalistas entrevistados por este J&Cia na série Protagonistas da Imprensa Brasileira, que conversou entre 2005 e 2012 com expoentes da imprensa nacional. n Vilson Antonio Romero, diretor da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), lançará em 13/11 o livro Nação Desigual e Outras Crônicas, durante a 70ª Feira do Livro de Porto Alegre, às 19h, no Pavilhão de Autógrafos. A obra reúne artigos de opinião publicados entre 2017 e 2023, trazendo análises sobre o cotidiano e temas das áreas em que o autor atua. A agitação em torno da cúpula do G20, marcada para 18 e 19 de novembro no Rio, traz-me à memória a edição de 2011 em Cannes, cujos bastidores cobri ao lado de colegas brasileiros. Em um cenário econômico e político muito diferente do atual, aquele encontro no badalado litoral francês refletia uma mistura de apreensão entre as principais economias globais e episódios curiosos nas cercanias do majestoso Palácio do Cinema. Figuras como Barack Obama (Estados Unidos), Angela Merkel (Alemanha), Nicolas Sarkozy (França), Silvio Berlusconi (Itália), Dilma Rousseff (Brasil), David Cameron (Reino Unido) e Dmitry Medvedev (Rússia) desfilaram pelo tapete vermelho estendido na entrada do prédio-sede do Festival de Cannes. Maior estrela do evento, Obama acenava a fotógrafos enquanto brincava com Sarkozy sobre o recente nascimento de seu filho: “Espero que ele se pareça só com a mãe (a cantora Carla Bruni)”. O extravagante Silvio Berlusconi, então primeiro-ministro italiano, chamou a atenção com seus gestos efusivos ao se aproximar de Michelle Obama, que reagiu com visível reserva, limitando-se a um frio aperto de mãos. No centro das atenções por suas festas “bunga bunga”, Berlusconi enfrentava um turbilhão judicial, agravado em fevereiro daquele ano com revelações da marroquina Karima “Ruby” El Mahroug sobre as orgias envolvendo empresários e políticos na mansão do magnata em Milão. O escândalo culminou em sua renúncia semanas após o G20. Nas baias reservadas aos correspondentes e enviados brasileiros, assistíamos a tudo pelos telões do comitê de imprensa internacional, um espaço amplo e luxuoso. O governo francês aproveitou o evento para exibir seu requinte: fomos presenteados com generoso kit de boas-vindas e degustamos refeições com o melhor da culinária francesa. Nosso grupo era formado por Karla Wathier (TV Brasil), Sérgio Utsch (SBT), Ana Paula Scinocca (RedeTV), Clóvis Rossi (Folha), Assis Moreira (Valor) e Carla Jimenez (Brasil Econômico), além de mim, pelo Correio Braziliense. O G20 de 2011 foi marcado pelos ecos da crise financeira global de 2008, que havia abalado bancos e economias em todo o mundo. Nesse contexto, as economias ricas tentavam incluir as emergentes no esforço de retomada econômica. Mas a tensão se agravou com n O texto desta semana é novamente uma colaboração de Sílvio Ribas (silvioribas@ uol.com.br), jornalista, escritor, consultor em relações institucionais, atualmente correspondente da Gazeta do Povo no Senado Federal. Tragédia grega e “bunga bunga” no G20 Silvio Ribas
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