Jornalistas&Cia 1487

Edição 1.487 - pág. 23 Últimas n O fotógrafo Nuremberg José Maria, de 67 anos, foi atingido por uma bomba no domingo (10/11), durante a final da Copa do Brasil entre Flamengo e Atlético Mineiro, na Arena MRV, em Belo Horizonte. Após o gol do time carioca, torcedores do Atlético arremessaram bombas no gramado. O fotógrafo quebrou três dedos, teve lesões nos tendões e no pé e precisou passar por cirurgia. Até a publicação deste texto, o quadro de saúde era estável, mas ele seguia internado em observação. u Segundo reportagem do jornal O Tempo, a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (Arfoc-MG) havia reportado anteriormente ao Atlético Mineiro sobre problemas de segurança que poderiam colocar em risco a integridade física dos profissionais de imprensa na Arena MRV. Em nota, a entidade repudiou a violência e informou que outros profissionais de imprensa também foram afetados. O Atlético Mineiro declarou estar prestando toda a assistência necessária para a recuperação de Nuremberg. n Terminam nesta sexta-feira (15 /11) as inscrições para o Prêmio IREE de Jornalismo, organizado pelo Instituto para a Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE). A premiação tem o objetivo de reconhecer e incentivar trabalhos jornalísticos sobre a importância e o fortalecimento da democracia. u Podem concorrer trabalhos publicados entre 15 de novembro de 2023 e 15 de novembro deste ano. O prêmio tem três categorias: Principal, que concederá R$ 50 mil para o vencedor; e Política e Economia e Negócios, que premiarão cada uma seus respectivos vencedores com R$ 30 mil. Mais informações e inscrições aqui. Nacionais Inscrições ao Prêmio IREE de Jornalismo terminam nesta sexta (15/11) Fotógrafo é atingido por bomba na final da Copa do Brasil Nuremberg José Maria Tuitão do Daniel A arte de escrever histórias em apenas 700 caracteres, incluindo os espaços Por Daniel Pereira (daniel07pereira@ yahoo.com.br), especial para J&Cia (*) Batizado há 46 anos no Grupo Estado, Daniel Pereira passou por Rádio Bandeirantes, TV Record, coordenou a Comunicação do Governo de SP na ECO-92 e foi assessor de imprensa no Memorial da América Latina. Publicou em 2016 O esquife do caudilho e acaba de concluir O último réu. Preto de alma branca Os donos da senzala sempre quiseram ter um preto para chamar de seu. Quase 500 anos depois da chegada do primeiro navio negreiro, a sociedade brasileira continua impregnada de racismo, aberto ou dissimulado. A associação do negro como ser inferior ainda é vista em expressões coloquiais como “um dia negro”, um “lado negro”, a “ovelha negra”, “preto é a cor do pecado”. Ou como aquela que foi perpetrada pelo ex-vereador Arnaldo Faria de Sá, quando se referiu a Celso Pitta como “um negro de alma branca” para justificar seu voto contra o impeachment do ex-prefeito. “Eu me preocupei com um negro que estava escorraçado, vilipendiado. Um negro de verdade, negro de alma branca...”

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