Jornalistas&Cia 1491

Edição 1.491 - pág. 5 Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia Parceiro de conteúdo Esta semana em MediaTalks Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. Em um movimento que altera o equilíbrio de forças na indústria global de publicidade e comunicação, o Omnicom anunciou em 9/12 a aquisição do Interpublic Group, em uma transação bilionária. A fusão, já aprovada pelos conselhos de administração de ambas as empresas, resultará no maior conglomerado do setor no mundo. A receita combinada dos dois grupos ultrapassou US$ 25,6 bilhões em 2023, enquanto o atual líder de mercado, WPP, faturou US$ 17,3 bilhões no mesmo período. A fusão deverá impactar o segmento de relações públicas, já que ambas as holdings possuem agências renomadas, algumas operando no Brasil. O Omnicom é proprietário de FleishmanHillard, Ketchum, Porter Novelli e MMC, enquanto o Interpublic controla The Weber Shandwick Collective (incluindo a Weber Shandwick) e Golin. Segundo o Anuário de Comunicação Corporativa 2024, as agências do Omnicom lideram em faturamento entre as internacionais que atuam no mercado brasileiro, com as do Interpublic em terceiro lugar. No domingo (8/12), o The Wall Street Journal revelou que as negociações estavam avançadas. No dia seguinte, o acordo foi oficialmente anunciado, sendo descrito por analistas e publicações especializadas como a maior transformação do setor em décadas. Omnicom e Interpublic são integrantes do grupo conhecido como Big Six, que inclui ainda o britânico WPP, os franceses Publicis e Havas, e o japonês Dentsu. No campo de propaganda e marketing, o Interpublic controla agências como McCann, FutureBrand e MullenLowe, enquanto o Omnicom é responsável por marcas como BBDO e TBWA. A transação será realizada por troca de ações. Após a conclusão, os acionistas do Omnicom deterão 60,6% da nova empresa, enquanto os do Interpublic ficarão com 39,4%. A operação está sujeita à aprovação de autoridades regulatórias nos Estados Unidos, onde ambos os grupos estão sediados e empregam, juntos, mais de 100 mil pessoas. A conclusão está prevista para o segundo semestre de 2025. Omnicom adquire Interpublic Group e redefine a indústria global de publicidade e comunicação Embora o comunicado oficial não mencione cortes, fusões de marcas ou mudanças na operação atual, a expectativa de sinergias anuais de US$ 750 milhões levanta especulações sobre possíveis transformações estruturais. Agências que oferecem serviços semelhantes ou que competem pelos mesmos clientes podem ser impactadas, como ocorre frequentemente em fusões desse porte. Por outro lado, integrações no setor de publicidade e comunicação enfrentam o risco de perda de clientes devido a conflitos entre marcas concorrentes. Assim, cada passo deve ser cuidadosamente estudado para não gerar perdas significativas que afetem as receitas. John Wren, atual presidente e CEO da Omnicom, continuará no cargo, enquanto o vice-presidente e CFO Phil Angelastro também permanecerá em sua posição. Philippe Krakowsky, CEO do Interpublic, e Daryl Simm ocuparão os cargos de copresidentes e COOs da Omnicom. Krakowsky também será copresidente do comitê de integração pós-fusão. A aquisição reforça a estratégia de consolidação das duas empresas em um mercado publicitário e de relações públicas moldado pela transformação tecnológica e pelo avanço da inteligência artificial. “Juntos, Omnicom e Interpublic estarão fortemente posicionados para crescer na nova era do marketing”, destacou o comunicado que confirmou a transação. Sinergias e desafios à frente “Má-fé”: Rupert Murdoch é derrotado em batalha pela sucessão e filho preferido não terá controle total da Fox News. Leia mais Família de repórter americano preso há 12 anos na Síria cobra ação dos EUA para libertá-lo após queda de Assaf. Leia mais TikTok perde recurso nos EUA e pode ser banido em janeiro se holding chinesa não vender a plataforma. Leia mais

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