Jornalistas&Cia 1497

Edição 1.497 - pág. 7 Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia Parceiro de conteúdo Esta semana em MediaTalks Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. Segundo jornalista sob proteção do Estado é assassinado no México em menos de quatro meses. Leia mais ‘Algoritmo da Anorexia’: YouTube recomenda vídeos sobre transtornos alimentares a meninas, mostra relatório, Leia mais Série sobre colisões de aves migratórias em prédios envidraçados de Nova York vence prêmio internacional de fotografia. Leia mais A desinformação deixou definitivamente de de ser uma preocupação de jornalistas e comunicadores e agora faz parte da agenda de todos os setores da sociedade, incluindo o mundo do dinheiro. Mais uma evidência disso é o , divulgado na semana passada em Davos. O documento descreve um cenário mundial cada vez mais fragmentado, com desafios geopolíticos, ambientais, sociais e tecnológicos que ameaçam a estabilidade e o progresso. Notícias falsas e desinformação se destacam em primeiro lugar entre mais de 30 ameaças de curto prazo (dois anos), superando questões dramáticas como a crise climática e os conflitos armados. Em quarto lugar aparece a polarização da sociedade, um problema relacionado à desinformação e às , muitas vezes disseminadas propositalmente com o intuito de angariar apoio político ou mobilizar para crimes e terrorismo. O relatório divulgado em Davos é resultado da , que captura de mais de 900 especialistas em todo o mundo. A inteligência artificial faz parte das preocupações. Os resultados adversos das tecnologias de IA são um dos itens que mais subiram no de risco de dez anos em comparação com o de risco de dois anos. O documento do refere-se ao papel da IA generativa na produção de conteúdo falso ou enganoso em larga escala e como isso se relaciona com a polarização social. Desinformação, um risco maior do que conflitos armados, aponta Fórum Econômico Mundial RSF quer que anunciantes “assumam suas responsabilidades” Aproveitando o relatório, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou um comunicado convocando os anunciantes a assumirem a responsabilidade pelas ameaças que as principais plataformas online “− especialmente aquelas que incorporam os valores de Elon Musk e Mark Zuckerberg −“ representam para o acesso a informações confiáveis e jornalismo de qualidade. A organização afirma que “as plataformas online não são nada sem os orçamentos dos anunciantes − foi o dinheiro deles que permitiu que se tornassem tão poderosas”. Para a RSF, os riscos tanto para o direito à informação quanto para a reputação das empresas estão crescendo. Daí o apelo aos anunciantes para que “assumam a responsabilidade e pressionem essas plataformas para proteger o acesso do público à informação e a conteúdo jornalístico”. Outro ponto abordado é o dos influenciadores que não produzem informações confiáveis de interesse público, que na visão da entidade de liberdade de imprensa devem ser diferenciados dos jornalistas − uma tarefa cada vez mais difícil. A fim de combater a desinformação, a RSF sugere que o conteúdo deve ser claramente categorizado de acordo com a origem e os influenciadores devem aderir a um código de conduta, garantindo transparência e responsabilização pelo que veiculam. Não é impossível, se as plataformas quiserem. Mas, pela direção dos ventos na nova era Trump, não parece nada provável.

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