Jornalistas&Cia 1500

Edição 1.500 - pág. 49 LIVROS n O livro Reporting Always, lançado em 2016 pela repórter Lilian Ross, da revista The New Yorker, ganhou uma versão especial em capa dura traduzida para o português. Com o título de Sempre Repórter (Carambaia), a obra traduzida por Jayme da Costa Pinto reúne 32 textos da lendária repórter, que viveu até os 99 anos e dedicou 70 deles ao trabalho na publicação estadunidense. Precursora do jornalismo literário, ela retrata celebridades do mundo do cinema, da literatura e da moda, ao lado de personagens anônimos. n Iniciada com A conquista do Brasil (1500-1600) e seguida por A criação do Brasil (1600-1700), a trilogia Formação do Brasil, de Thales Guaracy, tem sua edição final com o lançamento de A exploração do Brasil (1700-1800), que chega às livrarias pela Editora Planeta. No último século pesquisado, Thales busca reconstituir a história nacional para entender os atrasos que impactaram toda a nação e que, segundo o autor, refletem a fonte dos maiores males, assim como, as incontáveis virtudes do povo brasileiro. Sempre Repórter, de Lilian Ross, ganha versão em português Thales Guaracy lança volume final da trilogia Formação do Brasil Por Plínio Vicente (pvsilva42@ gmail.com), especial para J&Cia (*) Plínio Vicente é editor de Opinião, Economia e Mundo do diário Roraima em tempo, em Boa Vista, para onde se mudou em 1984. Foi chefe de Reportagem do Estadão e dedica-se a ensinar aos focas a arte de escrever histórias em apenas 700 caracteres, incluindo os espaços. Tuitão do Plínio A arte de escrever histórias em exatos – nenhum a mais, nenhum a menos – 700 caracteres, incluindo os espaços Zelia, ribeirinha em Manaus, veio para Boa Vista nos anos 40 do século XX. Cozinheira das boas, a manauara viu na pequena cidade, que ainda fazia parte do Estado do Amazonas, a oportunidade de abrir um pequeno restaurante às margens do rio Branco. Quando as coisas não iam lá muito bem, teve a ideia que alavancou seu negócio. Trazer cachaça de fora custava muito caro por causa do frete, mas o “El Dorado”, um dos runs mais famosos da Guiana, podia ser comprado na fronteira por uma ninharia. Foi então que passou a usar a jenipapada para fazer um licor que virou lenda. Bastava colocar o doce da fruta em meia garrafa, completar com rum e pronto. A bebida faz sucesso até hoje nos bares da capital. Jenipapada − [De jenipapo + -ada1.] − Substantivo feminino − Bras. N. N.E. Cul. Doce feito de jenipapo cortado em pedacinhos e misturado com açúcar, sem ir ao fogo. (Aurélio) O sucesso do “El Dorado”

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