Edição 1.500 - pág. 50 Por Assis Ângelo Neste texto, Assis Ângelo explora a influência das musas na inspiração literária, citando Dante e Petrarca como exemplos de amores platônicos. Em contraste, destaca o amor correspondido entre José Nêumanne Pinto e Isabel, celebrando-a através de um poema que exalta sua beleza e importância. O poema descreve Isabel com riqueza de detalhes, combinando referências históricas, literárias e culturais, resultando em uma homenagem apaixonada e sensorial à amada. Leia a íntegra no Portal dos Jornalistas. PRECIO SIDADES do Acervo ASSIS ÂNGELO Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333 Jornalistas&Cia é um informativo semanal produzido pela Jornalistas Editora Ltda. • Diretor: Eduardo Ribeiro ([email protected] – 11-99689-2230) • Editor executivo: Wilson Baroncelli ([email protected] – 11-99689-2133) • Editor assistente: Fernando Soares ([email protected] – 11-97290-0777) • Repórter: Victor Felix ([email protected] – 11-99216-9827) • Estagiária: Hellen Souza ([email protected]) • Editora regional RJ: Cristina Vaz de Carvalho 21-99915-1295 ([email protected]) • Editora regional DF: Kátia Morais, 61-98126-5903 ([email protected]) • Diagramação e programação visual: Paulo Sant’Ana (pr-santana@ uol.com.br – 11-99183-2001) • Diretor de Novos Negócios: Vinícius Ribeiro ([email protected] – 11-99244-6655) • Departamento Comercial: Silvio Ribeiro (silvio@ jornalistasecia.com.br – 19-97120-6693) • Assinaturas: Armando Martellotti ([email protected] – 11-95451-2539) Não conheci pessoalmente o Luiz Carlos Secco, mas foi graças a ele que consegui comprar o meu primeiro carro zero quilômetro, enfim, novinho em folha (o que a folha tem a ver com isso?). No começo dos anos 80, este aristocrata, charmoso e sofisticado cronista (podem rir) era editor de telejornais na TV Cultura e estava disposto a comprar um carro zero nem que precisasse parar de comer para ter o veículo. Vai daí que entrei em contato com o Secco e não me lembro mais quem me deu o telefone dele. Secco era assessor de imprensa da Autolatina, a montadora formada pela Ford e a Volkswagen. A Ford tinha acabado de lançar o Del Rey e o automóvel despertou a minha atenção. Na conversa com o Secco falei do meu interesse pelo carro, observando que não dava para pagar à vista. Ele compreendeu a situação e acertamos a compra do carro por meio de financiamento. Se não me engano, a própria Autolatina financiou em suaves prestações mensais a perder de vista. Também se não me engano parece que houve uma greve dos metalúrgicos e a Ford só me entregou o Del Rey mais de um mês depois. Era tempo de inflação galopante, com taxa mais alta do que boneco de Olinda. Ou mais alta do que a loucura do Trump e do Elão Mosca. “A Ford vai cobrar a inflação do período”, alertou-me um amigo, acrescentando o célebre “fique esperto”. E não é que a Ford me vendeu o carro pelo preço combinado? Nem um Tostão ou um Rivelino a mais. Ô glória! “O carro já está na Catalbiano”, avisou o Secco. Como os mais velhos sabem, a Catalbiano era revendedora da Ford. O Del Rey estava coberto de cera, parecia ter sido atingido por uma enchente. Depois da limpeza, o “trem” ficou lindo. Era vermelho. Diziam que naquela época apenas os mais abastados compravam carros como o Del Rey. Bobagem! Quem não deve não tem, já dizia o Joelmir Beting. “Carro de magnata, hein?”, brincou uma vizinha. Fiquei pouco tempo com o automóvel. Foi roubado, mas ainda bem que tinha seguro. Era uma empresa de seguros do Laudo Natel, que pagou direitinho. Depois o seguro me entregou um Del Rey verde e, além desses dois, tive outros cinco Del Reys usados. Gostei do modelo, sei lá. Pois é, graças ao Luiz Carlos Secco consegui comprar o meu primeiro carro zero quilômetro. Além dele, também agradeço à Ford e − por que não? − a Henry Ford, este sim um capitalista de verdade. (NdaR: Luiz Carlos Secco faleceu em São Paulo, em 30/1, aos 90 anos. Ver J&Cia 1.498) n A história desta semana é novamente uma colaboração de Sandro Villar (sandro.villar@ hotmail.com), radialista e jornalista que por muitos anos atuou como correspondente do Estadão em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. É autor de As 100 Melhores Crônicas de Humor de SV, lançado em 2004 (Editora Alta Books-RJ), que está na lista dos dez mais no segmento crônicas de humor. Sandro Villar Carro zero graças ao Secco
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