Especial Manchete ANOS dono de cavalos que disputavam provas no Jockey Club do Rio”, revela Muggiati. Os sinais de alerta começaram a piscar na década seguinte. A semanal fechou 1991 com tiragem total de 7,40 milhões de exemplares 6, 32,7% abaixo do pico histórico, registrado 11 anos antes. A crise instalou-se de vez após a morte de Adolpho, em novembro de 1995. Na sequência, quatro jornalistas tentaram salvar a publicação: Roberto Barreira, Tão Gomes Pinto (1939-2022), o próprio Muggiati 7 e Janir Holanda. Em vão: a última versão semanal de Manchete, a de número 1.519, circulou em julho de 2000. “A edição 1.520, que destacava na capa a primeira vitória de Rubens Barrichello na Fórmula 1, foi finalizada, mas não chegou às bancas”, diz Muggiati. Quase um quarto de século após o desfecho daquele drama, ele, em plena atividade aos 87 anos, não demonstra o menor sentimentalismo em relação à Manchete original. Manifesta confiança no tino comercial de Marcos Salles para relançar o título na próxima semana – “Imagino que não vá dar prejuízo”, assinala – e só lamenta ter deixado escapar a oportunidade de adquirir, em conjunto com seus ex-colegas da Bloch, o acervo fotográfico da revista, que foi a leilão em 2010. “Poderíamos ter feito uma vaquinha para comprar o arquivo, que foi arrematado por uma merreca: 300 mil reais”, lamenta. “A venda das fotos garantiria a fortuna de qualquer um. Só que o vencedor do leilão não fez isso e, para piorar, nem se sabe ao certo o paradeiro daquela fabulosa coleção”. 6 - Ibidem. 7 − Muggiati passou o bastão para Barreira em agosto de 1996 e reassumiu o comando da redação após a saída de Tão Gomes Pinto, em novembro de 1997. Permaneceu no cargo de editor-chefe até maio de 1999, quando voltou a responder pela edição de projetos jornalísticos. Entre 2001 e 2002, participou do conselho editorial da revista, à época produzida pela cooperativa Nova Bloch. Pantanal
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