Jornalistas&Cia 1505

Edição 1.505 - pág. 3 ANOS ANOS 30SEMANAS em Ano 5 – Edições 203 a 254 (set/1999 a out/2000) Reputação é resultado e vice-versa Intenso é uma palavra que define muito bem o quinto ano de Jornalistas&Cia. Se por um lado foi um período marcado por lançamentos que movimentaram o mercado, como os do jornal Valor Econômico e dos portais iG e Globo.com, por outro será sempre lembrado também pelo assassinato de Sandra Gomide por seu ex-namorado Antonio Pimenta Neves, então diretor de Redação do Estadão. Lançado em maio de 2000, o Valor Econômico havia sido anunciado oficialmente ao mercado seis meses antes, em 4 de outubro de 1999 (ed. 204), por João Roberto Marinho e Luís Frias, representantes respectivamente dos grupos Globo e Folha, parceiros no projeto. Com a promessa de gerar até 300 empregos, sendo 150 em redação, o “Globolha”, como o projeto foi apelidado até que o nome Valor Econômico fosse anunciado meses mais tarde, movimentou o jornalismo de economia e criou uma intensa dança das cadeiras no setor. Além de jornalistas que já atuavam em publicações dos dois grupos, algumas dezenas de nomes de peso foram trazidos de outras redações. Entre as principais “vítimas” dessa incursão estavam Gazeta Mercantil, Agência Estado, Estadão e IstoÉ Dinheiro, que também tiveram que correr no mercado para repor os postos. A montagem da equipe do Valor começou ainda em dezembro de 1999, quando Celso Pinto foi anunciado como diretor do novo jornal (ed. 212), e Vera Brandimarte e Carlos Eduardo Lins da Silva, como seus adjuntos. Nas semanas seguintes, foram anunciadas nas páginas de J&Cia as chegadas, entre outros, de Pedro Cafardo, Rosvita Saueressig, Célia Chaim, Milton Gamez, Inês Nassif, Célia Gouveia, Raquel Balarin, Claudia Safatle, Maria Luiza Abott, Mônica Izaguirre, Juliano Basile, Fernando Lopes, Claudia Trevisan, Ângela O nascimento do Valor Econômico e um crime que abalou a comunidade jornalística Bitencourt, Marli Olmos, Cley Scholz, Patrícia Campos Melo, Cláudio Weber Abramo, Angela Klinke, Marcelo Onaga, Cristiano Romero, Ribamar Oliveira, Costábile Nicoleta, Mara Luquet, Orivaldo Perin e Cristiane Barbieri (ed. 212, 215, 216, 217, 219, 220, 221, 222, 225, 226, 227 e 233). Além da intensa movimentação no mercado, o lançamento do Valor “botou água no chope” de outro projeto voltado ao jornalismo de economia que estava em gestação e que mais tarde viria a ser o site Panorama Brasil, do Grupo Diário Popular, de Orestes Quercia (ed. 219, 229, 234, 235, 238 e 239). Fora da editoria de Economia, as principais novidades daquele período, que também teve intensa movimentação no comando de diversas publicações brasileiras, envolveram os lançamentos dos portais iG e Globo.com (ed. 228) e a falência da Bloch Editores (246). Mas a notícia que extrapolou o noticiário sobre o setor e ganhou as páginas policiais de todo o Brasil foi o assassinato de Sandra Gomide, ex-editora de Empresas e Negócios do Estadão. Promovida ao cargo em abril de 2000 (ed. 231), ela ficou pouco tempo nele e foi demitida em julho por Pimenta Neves (ed. 242), decisão que pegou muitos de surpresa na redação. Semanas mais tarde, soube-se que foi porque Sandra havia rompido seu relacionamento com o então diretor de Redação.

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