Jornalistas&Cia 1506

Edição 1.506 - pág. 3 ANOS ANOS 30SEMANAS em Ano 6 – Edições 255 a 304 (out/2000 a set/2001) Reputação é resultado e vice-versa A chegada do Século XXI foi um período de intensa movimentações e trocas no comando do Jornal do Brasil, e tudo começou quando Manuel Francisco do Nascimento Brito, então proprietário do jornal, afastou-se do dia a dia da publicação em 2000 e no começo do ano seguinte arrendou o título para o empresário Nelson Tanure. Mas antes mesmo da chegada de Tanure, Fritz Utzeri, então diretor de Redação do jornal, já vinha apresentando novidades em sua equipe, como as contratações de Dirceu Brisola para o comando da sucursal paulista (ed. 257 e 260) e, na sequência, de José Roberto Nassar para o cargo de chefe de Redação (ed. 269). Com a saída de Walter Fontoura do comando da coluna Informe JB (ed. 258), Paulo Fona foi promovido e assumiu o espaço, sendo substituído no cargo de chefe de Redação no DF pelo recém-contratado Hélio Doyle (ed. 261). Além dele, Moacir de Oliveira, o Moa, também foi contratado como secretário de Redação da sucursal (ed. 262). Mas as novidades se intensificaram mesmo quando Mário Sérgio Conti, então repórter especial da Folha de S.Paulo, foi anunciado por Tanure para substituir Fritz Utzeri como diretor de Redação do JB (ed. 273 e 275). A troca no comando resultou imediatamente no corte de quase 20 profissionais da redação (ed. 276 e 277), entre eles Hélio Doyle, contratado havia apenas cinco meses, e na reposição nas semanas seguintes por nomes de confiança de Conti, entre eles Flávio Pinheiro, Plínio Fraga, Ricardo Vilela, Daniela Pinheiro, Maurício Lima e Mônica Wainberg (ed. 278); Ugo Braga e Gustavo Krieger (ed. 281); Sergio Rodrigues e Luiz Fernando Vianna (ed. 282); Regina Eleutério e Fernando Turbilhão no JB, Globo investe em jornal paulista e a imprensa brasileira no 11 de setembro Thompson (ed. 284); Berenice Seara (ed. 285); Roberta Jansen e Eliane Azevedo (ed. 288); Millôr Fernandes (ed. 290); Liana Verdini (ed. 294); Amaury Ribeiro Jr. (ed. 295); e Ricardo Boechat, que havia saído de O Globo após polêmica envolvendo inclusive seu relacionamento com Nelson Tanure (ed. 291A, 293, 294, 295). Com uma equipe reforçada por grandes nomes do jornalismo, e um aumento considerável na folha salarial, também aumentaram as dificuldades para arcar com os salários dos funcionários, que já ocorriam antes de Tanure assumir a empresa. A solução veio em setembro de 2001, quando Augusto Nunes foi anunciado como vice-presidente executivo do JB, tendo como um de seus principais objetivos reequilibrar os gastos da publicação (ed. 302). A chegada do novo executivo resultou na saída de Conti, e de vários profissionais contratados nos seis meses em que ele esteve à frente da publicação, e na nomeação de Ricardo Boechat como novo diretor de Redação do JB (ed. 303). E se as movimentações no JB agitaram o mercado de jornais do Rio de Janeiro, em São Paulo a realidade também não era tão diferente. Enquanto a Gazeta Mercantil, em crise, principalmente após ganhar um concorrente de peso como o Valor Econômico, atrasava salários (ed. 296 e 298) e enfrentava ameaças de greve em sua redação, o Grupo Folha anunciava em janeiro de 2001 o fim do icônico Notícias Populares (ed. 270).

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