Jornalistas&Cia 1507

Edição 1.507 - pág. 18 ANOS DIA do Jor na lis ta ESPECIAL crítica que tanto discutimos hoje. O que temos que preservar é esse caráter humanístico, de procurar estudar, saber sobre diversos assuntos, mesmo que não estejam ligados diretamente a seu emprego, ao seu cotidiano”. Eugênio Bucci destacou que, para além de saber conviver com essas tecnologias, é preciso pensar e estar bem informado: “Pensando na graduação de Jornalismo, existe uma tendência muito grande, que é quase um adestramento, de aprender a conviver com máquinas, plataformas, programas, ferramentas. E tudo isso é passageiro. Quando eu comandava o Curso Abril, que recrutava novos talentos, sempre brincava de que precisava de jovens que soubessem mexer em duas grandes tecnologias, o lápis e o papel. Se souber mexer com lápis e papel, nós estamos bem. Vi, ao longo da minha trajetória, muitos programas e linguagens desaparecerem. Mas a maior crise que temos na imprensa, hoje, como dissemos anteriormente, é uma crise de pensamento. Likes, edições de vídeo, foto, tudo isso é automático. O que faz a diferença é pensar. Cláudio Abramo, um dos grandes profissionais das décadas de 1950 a 1970, dizia que o mais importante é que o jornalista tenha autonomia conceitual. Essa é a grande diferença. É importante analisar jornalistas que admiramos e perceber o que os diferencia, o que faz eles serem diferenciados. E eu garanto que o que distinguirá essa pessoa é uma visão autoral, uma personalidade, uma formação. É preciso que os alunos saiam das graduações de jornalismo com o mínimo de autonomia conceitual. Nenhuma das histórias, dos casos, das denúncias que foram objeto de debate público nos últimos anos deixaram de serem investigados pela imprensa. /bowler @bowler_oficial /bowlercomunicacao Jornalista, sabe o que você e o Jeito Bowler tem em comum? A inquietude para questionar e sair do óbvio! 07 DE ABRIL, DIA DO JORNALISTA Google DeepMind: www.pexels.com/pt-br

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