Edição 1.509 - pág. 3 ANOS ANOS 30SEMANAS em Ano 9 – Edições 406 a 456 (out/2003 a set/2004) Reputação é resultado e vice-versa Depois de um período marcado por duras notícias e demissões em massa nas principais redações brasileiras, o nono ano de Jornalistas&Cia chegou como um alento ao mercado, especialmente pelo lançamento de quase 30 publicações no período. Não que os cortes tivessem cessado de vez – inclusive, foram registrados, entre outros, em Valor Econômico (ed. 406), Meio & Mensagem (ed. 407), Grupo RBS (ed. 410), Estadão (ed. 411), Reuters (ed. 414), Jornal dos Sports (ed. 414), AOL (ed. 415), Tribuna do Brasil (ed. 443), Folha de S.Paulo (ed. 447), Jornal do Brasil (ed. 453), IstoÉ (ed. 453) e Gazeta Mercantil (ed. 453) −, mas certamente diminuíram, tanto em quantidade quanto no número de vagas fechadas. Em um mercado que ainda se adaptava à chegada das publicações digitais − que impactaram não apenas nas vendas e receitas dos impressos, mas também na mudança do consumo de informação, especialmente em tempo real −, os olhares voltaram-se com mais intensidade para as revistas, especialmente por sua característica de oferecer conteúdo mais aprofundado e direcionado, algo ainda pouco aproveitado pela internet. Foram mais de 20 lançamentos no período, entre eles as revistas Discovery Magazine (ed. 409, 410, 431 e 448), Sky (ed. 411), História Viva (ed. 412), Relais (ed. 413), VIV (ed. 414), Foco (ed. 416, 420 e 455), Vidas (ed. 416), Muito+ (ed. 417), Vida Executiva (ed. 429), Viva Saúde (ed. 430), Razão Contábil (ed. 434), Homem Vogue (ed. 435), Fazendo Bagunça (ed. 441), Revista 10 (ed. 441), Negócios do Restaurante (ed. 443), Canal (ed. 444), Revista O Globo (ed. 445), Época Negócios (ed. 446), Flashback (ed. 447), Molde & Cia (ed. 448), Auto Giro (ed. 449), Desafios do Desenvolvimento (ed. 449) e RSVP (ed. 450). No segmento dos jornais, algumas novidades também movimentaram o mercado, especialmente com o relançamento do Shopping News (ed. 421 e 436) e a estreia do DCI Nacional (ed. 431 e 440). Também foi um período marcado pelos lançamentos de publicações regionais, como dos jornais Diário de Betim (ed. 424), Arquibancada (ed. 426) e Gazeta de Ribeirão (ed. 441). Mas um dos destaques das últimas edições do oitavo ano de J&Cia não No nono ano de J&Cia, lançamentos reaqueceram o mercado e a briga IstoÉ x Veja envolveu movimentações ou lançamentos, mas sim uma inusitada briga entre IstoÉ e Veja (ed. 451, 452), na época comandadas, respectivamente, por Hélio Campos Melo e Paulo Moreira Leite. Tudo começou quando a publicação da Editora Três trouxe uma matéria de capa com o ex-presidente da Câmara dos Deputados Ibsen Pinheiro, com a manchete Massacrado. A reportagem mostrava como uma informação errada veiculada 11 anos antes pela revista da Editora Abril resultara na cassação do deputado. Além da entrevista com Pinheiro, a reportagem trouxe depoimentos de Lula Costa Pinto, que era o repórter da Veja na época da polêmica matéria. Como resposta, Veja, em sua versão online, publicou uma réplica intitulada Uma farsa chamada IstoÉ, em que lembrava que a própria IstoÉ também havia publicado tal informação no passado, mas que, ao contrário de Veja, não teria corrigido a informação em sua edição seguinte. E a briga não parou por aí. Na edição da semana seguinte, Veja dedicou seis páginas ao tema, incluindo um artigo assinado por Moreira Leite. Nele, além de contestar as informações de Costa Pinto, que chegou a ser comparado ao jornalista estadunidense Jayson Blair, do The New York Times, desmascarado pouco tempo antes por inventar fontes e personagens em suas reportagens, também atacava Campos Melo, a quem se referia em alguns momentos como “o fotógrafo Hélio Campos Melo”, por seu início na carreira como repórter fotográfico. A briga, é claro, estendeu-se ao longo das semanas seguintes, com novas trocas de acusações e ataques de ambos os lados. Capas de Veja (1993) e IstoÉ (2004)
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