Jornalistas&Cia 1510

Edição 1.510 - 30 de abril a 6 de maio de 2025 ANOS Principal novidade é a criação de uma vertical internacional exclusiva para cases da América Latina. Pág. 15 Jatobá PR abre inscrições nesta sexta (2/5) Intercept afirma que ações de presidente da CBF prejudicaram carreira de repórter Reportagem mostra como diversos processos judiciais de Ednaldo Rodrigues minaram a trajetória de Oscar Paris. Pág. 8 Com 16 livros publicados, ela será a quinta mulher entre os atuais integrantes da Academia Brasileira de Letras. Pág. 6 Míriam Leitão é a mais nova imortal da ABL

Edição 1.510 - pág. 2 ANOS ANOS 30SEMANAS em Ano 10 – Edições 457 a 507 (set/2004 a set/2005) Reputação é resultado e vice-versa O décimo ano de vida de Jornalistas&Cia destacou um mercado que seguia se recuperando, depois um período marcado por uma série demissões em massa nas redações e com novas apostas e lançamentos. O principal destaque ficou por conta do Grupo Bandeirantes, que além de lançar em março de 2005 o canal Terraviva (ed. 496), ainda hoje uma das principais emissoras brasileiras 100% dedicadas à cobertura do agronegócio, montou um time de peso para colocar no ar dois meses mais tarde a BandNews FM. Foram meses de planejamento e de estruturação de uma equipe que fosse capaz de colocar a nova rede de rádio all news em pé de igualdade com a CBN, do Grupo Globo, lançada alguns anos antes e até então a única com esse formato no Brasil. Sob o comando de Marcello D’Angelo, que retornava às redações após comandar as áreas de Comunicação de Wal-Mart e Telefonica, a nova rede foi ao ar em 20 de maio de 2005, com operações em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, e meses mais tarde, também em Salvador (ed. 482, 488, 490, 492, 500B, 500D, 504 e 505). Mesclando nomes consagrados do jornalismo e profissionais de grande experiência no rádio com algumas apostas que começavam a despontar na carreira, a equipe reuniu, entre outros, Ricardo Boechat, Carlos Nascimento, André Luiz Costa, Mário Sérgio Conti, Eduardo Barão, Renato Martins, Luiz Carlos Bernardes, Leonardo Meneghetti, Chiara Luzzati, Rodolfo Schneider, Ana Lúcia Moretto, André Azeredo, Priscilla de Paula, Patrícia Figueiredo, Flávia Cavalcante, Márcio Fernandes, Mauro Silveira, Marcos Almeida, Carolina Coutinho, Luiz Antônio Melo, Vanessa Freitas, Luiz André Ferreira e Adriana França. Foi um período intenso também pelos lados da Editora Abril, que passou por mais uma grande reestruturação. Além de mudanças nos níveis de gestão das revistas e na área de publicidade, a movimentação resultou em ajustes profundos nas Unidades de Negócio do Grupo, uma J&Cia Ano 10: nasce a BandNews FM, reformulações na Abril e uma festa para ficar na história! intensa dança das cadeiras nos comandos e reformulações nas equipes de quase todas as revistas da casa (ed. 471, 472, 473, 476, 482, 493, 494, 497, 498, 500B, 500D e 506). Uma das publicações mais impactadas foi Exame, em que Eduardo Oinegue, de partida para novos desafios profissionais, deu lugar a Claudia Vassalo como diretora de Redação. A mudança resultou também na promoção de André Lahoz a redator-chefe e nas chegadas de Cynthia Rosenburg, Marcelo Onaga e Sérgio Ruiz ao time (ed. 480, 483, 484, 485, 486, 489). Entre outros lançamentos editoriais, destaque para as chegadas das revistas Dinheiro Rural (ed. 457), Wish (ed. 459), Bien’Art (ed. 464), Equipe de Obra (ed. 487), Amiga (ed. 498), Estética Brazil (ed. 498) e Língua Portuguesa (ed. 500A), além de Jornal do Commercio/SP (ed. 461) e Lance/MG (ed. 463), entre os jornais. E para celebrar seu décimo aniversário, comemorado em setembro de 2005, Jornalistas&Cia preparou uma festa inédita em homenagem aos seus leitores. Batizada de É 10! Um show de jornalista, o evento reuniu jornalistas e profissionais da comunicação para apresentações musicais e artísticas em uma grande festa no então tradicional Avenida Club, em São Paulo. Entre as atrações, o encontro reuniu Luís Nassif, com sua banda de chorinho; Ricardo Feltrin mostrando sua habilidade no piano; Maurício Menezes, com uma apresentação de comédia stand up que lembrou momentos cômicos do jornalismo brasileiro; Roseli Loturco soltando a voz para interpretar Nara Leão, com nosso diagramador Paulo Sant’Ana no violão; Róbson Moreira entoando um trecho do monólogo O Ovo, de Clarice Lispector; Sérgio Sister, com uma exposição de seus desenhos e telas; Assis Ângelo declamando Patativa do Assaré, o poeta do sertão; Maurício Guedes, Renata Celani e Cecília Duval, com sua banda de jazz Happy Hour; Lígia Braslauskas mostrando sua arte no violão, tocando pop rock; Mauro Soares, dirigido por Paulo Marra e sua Cia dos Texugos, interpretando Caetano Veloso e Ney Matogrosso; Luís Fernando Ramos e Edson Franco, com sua banda de rock clássico Bad News; além do comando do DJ Luís Patolli (ed; 504, 505, 506 e 507). Edição 508 28 de setembro a 4 de outubro de 2005 EDIÇÃO ESPECIAL E assim se passaram dez anos ■ Quase exatos dez anos atrás, no dia 27 de setembro de 1995, nascia o FaxMOAGEM, informativo criado com o objetivo de manter informados os colegas das redações e assessorias sobre o vaivém do mercado e outras notícias envolvendo profissionais de comunicação. Nasceu como filho legítimo da coluna Moagem, criada em 1991 no jornal Unidade, numa iniciativa idealizada por José Hamilton Ribeiro. A coluna no Unidade permanece até hoje, sempre muito prestigiada pelos jornalistas associados do Sindicato dos Jornalistas de SP, próxima de chegar aos 15 anos de vida, e o FaxMOAGEM virou Jornalistas&Cia e dos pouco mais de 200 leitores, nos primeiros tempos, passou a ser lido por aproximadamente 25 mil profissionais em todo o País e no Exterior. Naquela primavera, a edição 1 do FaxMOAGEM destacava: Matinas na Revista da Folha, Valeika em Paris e CesarTralli em Londres, apontando os novos caminhos de três importantes jornalistas brasileiros. Outros nomes também figuraram naquela edição primeira, entre eles Valter Brunner (atualmente na Philip Morris), Walter Nori (na WN&P), Rosvita Saueressig (no Valor Econômico), Álvaro Buffarah (na Radiobrás), Kaíke Nanne (na Abril), Giancarlo Summa (no Banco Mundial, em Paris), João Wady Cury (atuando como consultor), Beth Cataldo (que deixou há poucos meses a Agência Estado), Cleide Carvalho (na Globo Online), Carmem Munari (na Reuters) e Ricardo Kotscho (atualmente dedicando-se à literatura). ■ Milhares de nomes e notas depois, J&Cia inicia, agora, uma nova etapa, renovando o compromisso com os leitores e com o mercado de continuar nesse permanente esforço de informar com isenção e profissionalismo tudo o que diz respeito ao mundo do jornalismo e da comunicação. ■ Mas como o momento é de festa, renovamos aqui o convite para o espetáculo inédito que colocará no palco feras das letras cantando, tocando, imitando, interpretando e declamando. ■ Prepare-se! Esta será uma noite mais do que especial. Noite de alegria. Noite em que acontecerá o show em comemoração aos dez anos de vida deste Jornalistas&Cia. O Espetáculo do Ano. Por isso, J&Cia recomenda: não marque nenhum compromisso para esta 4ª.feira à noite, feche o jornal ou a revista o mais cedo sada em casa para um banho ou uma maquiagem básica saia com tempo, e aproveite para deixar o baixo astral na primeira esquina. Você é nosso convidado para o É 10! Um show de jornalista para jornalista!, que reunirá em performances artísticas nomes como Assis Ângelo, Lígia Braslauskas, Luís Nassif, Luiz Pattoli, Marco si, Maurício Guedes, HOJE TEM ESPETÁCULO? TEM SIM SENHOR! Respeitável público, vai começar a função Imprensa: 11-3735-7844 Reprodução da edição Edição número 1

Edição 1.510 - pág. 3 ANOS SEGUROS em DESTAQUE Patrocínio Em evento que reuniu deputados, senadores, autoridades do Governo Federal e CEOs de seguradoras, a CNseg lançou em 23 de abril, em Brasília, a terceira edição da Agenda Institucional do Mercado Segurador. A publicação traz um resumo dos principais temas trabalhados em 2024 e reúne os projetos prioritários para 2025, que seguem em discussão tanto no Congresso Nacional quanto no Governo Federal. São ações que visam a competitividade, o desenvolvimento e a sustentabilidade do mercado brasileiro de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização. A regulamentação da Reforma Tributária, a efetivação do Marco Legal dos Seguros, as iniciativas do setor junto a estados e municípios e a implementação de uma agenda de ações no campo da sustentabilidade e clima são os destaques do documento. Para Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, o documento é uma importante conquista para o setor, pois apresenta à sociedade, de forma organizada, os temas fundamentais para ampliação do seguro em todo o País: “O setor segurador brasileiro encerrou 2024 com um crescimento expressivo de mais de 12%, arrecadando mais de R$ 751 bilhões, destacando a importância do mercado para a economia e serviços para a sociedade brasileira. A Agenda Institucional traz o compromisso com a transparência e a governança, além do diálogo permanente com os Três Poderes nas esferas federal, estadual e municipal, Setor segurador lança Agenda Institucional e reforça o compromisso de atuar na promoção de soluções de enfrentamento aos danos climáticos, empreendendo práticas sustentáveis”. A CNseg levou para a cobertura do evento jornalistas do trade de seguros (portal Sonho Seguro, Revista Apólice, Revista Cobertura, CQCS) e representantes dos jornais Valor Econômico, A Tarde (BA), Jornal do Commercio (PE) e Diário do Pará. Estiveram ainda presentes profissionais de Brasília, integrantes da CNN, Folha de S.Paulo, Broadcast/Estadão, Correio Braziliense, Rádio Itatiaia, g1 e portal Metrópoles. Para Carla Simões, superintendente executiva de Comunicação e Marketing da CNseg, a decisão de levar jornalistas regionais para os eventos da Confederação vem se mostrando acertada e faz parte de uma estratégia maior de ampliar a comunicação pelo Brasil sobre o tema de seguros: “A CNseg, dentro do Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, PDMS, tem a ambiciosa meta de levar o setor segurador a representar 10% do PIB até 2030. Para que possamos levar a cultura seguradora para além do eixo RioSão Paulo, precisamos estar próximos dos profissionais da imprensa que estão nas redações de todos os Estados. Só assim vamos conseguir mostrar os benefícios do setor para a população”. Da esquerda para a direita: Vinicius Carvalho, Deputado Federal (Republicanos/SP), Arnaldo Jardim, Deputado Federal (Cidadania/SP), Carla Soares, Diretora-Presidente Interina da ANS, Marcos Pinto, Secretário de Reformas Econômicas, Fernando Monteiro, Deputado Federal (Republicanos/PE), Wellington Roberto, Deputado Federal (PL/PB), Mauro Benevides Filho, Deputado Federal (PDT/CE), Hugo Leal, Deputado Federal (PSD/RJ), Dyogo Oliveira, Presidente da CNseg, Carlos Veras, Deputado Federal (PT/PB), Roberto Santos, Presidente do Conselho Diretor da CNseg, Eduardo Gomes, Senador (PL/TO), Reginaldo Lopes, Deputado Federal (PT/MG), Alessandro Octaviani, Superintendente da Susep , Cláudio Cajado, Deputado Federal (PP/BA), Edinho Bez, Deputado Federal (MDB/SC), Tiago Dimas, Ex-Deputado Federal (PODE – TO)

Edição 1.510 - pág. 4 ANOS Ciclo O presente e o futuro do Jornalismo – Insigths n Jornalistas&Cia e ESPM realizaram nessa segunda-feira (28/4) o segundo encontro do ciclo O presente e o futuro do jornalismo – Insights, cujo tema foi No rastro da COP30: O Jornalismo, o meio ambiente e as catástrofes ambientais – A dura missão de lutar contra o negacionismo e o poder econômico. O evento, no auditório da ESPM Tech, em São Paulo, reuniu jornalistas, estudantes e acadêmicos interessados em jornalismo ambiental e sua importância para o trabalho da imprensa. u A mesa foi composta inteiramente por mulheres, referências na cobertura de pautas climáticas e do meio ambiente: Daniela Chiaretti, do Valor Econômico, Kátia Brasil, da Agência Amazônia Real, e Verónica Goyzueta, correspondente de veículos internacionais no Brasil e professora da ESPM. A moderação foi da professora Maria Elisabete Antonioli, coordenadora do Curso de Jornalismo da ESPM. u “Elas foram escolhidas não por serem mulheres, mas de fato pela relevância e representatividade no tema”, explicou Eduardo Ribeiro, diretor deste J&Cia, na abertura. “É preciso analisar o presente, que dá os caminhos para esse futuro, e nem sempre com muitas alegrias. A mesa debaterá o papel do jornalismo na crise climática, como podemos contribuir para informar e sensibilizar a sociedade frente a esta crise, como combater inverdades e como cobrir catástrofes climáticas de forma consciente e ética”. u Ao longo do debate, foram abordados diversos temas essenciais para o jornalismo ambiental, como a COP 30 (incluindo a preparação para a cobertura do evento, a cobertura em si e o que ocorrerá pós-encontro); a cobertura de catástrofes climáticas; e a importância de não considerar o jornalismo ambiental como uma editoria isolada e separada dos outros assuntos dentro da redação. u Kátia Brasil destacou a importância de relatar o que de fato está acontecendo, valorizando o compromisso do jornalista com a verdade. No começo do evento, ela exibiu um vídeo sobre as consequências de queimadas e secas na Amazônia em 2023. u “Nós, da Amazônia Real, íamos “Jornalismo ambiental não é só sobre Amazônia ou COP30, é sobre a vida” entrevistar ribeirinhos que estavam sem água potável devido à seca. Antes disso, durante a madrugada, eu acordei às 3h da manhã, e havia fumaça por todos os lados. Não dava para enxergar nada. Então, aproveitando que já tínhamos essa cobertura, decidi gravar esse vídeo para mostrar o impacto da fumaça e das queimadas”, explicou Kátia. “Quando o jornalista está contando essas histórias, ele não está sendo ativista, ele está contando a verdade. Pois somos também cidadãos, é preciso contar o que está acontecendo, seguindo nosso compromisso com a democracia. Isso é só um exemplo do que acontece na Amazônia hoje. Daqui a pouco todo mundo esquece tudo isso, mas os sintomas permanecem por muitos e muitos anos, por isso é importante registrar e relatar o que de fato está acontecendo”. u A cofundadora da Amazônia Real também falou sobre a segurança dos jornalistas durante coberturas ambientais e a importância de denunciar ameaças e ataques: “Muitos empresários e grandes empresas acabam processando jornalistas e veículos que cobrem a Amazônia e a crise climática, pois não gostam do que é divulgado. A imprensa tradicional sofre também, mas eles têm departamento jurídico para cuidar do caso, diferentemente da maioria dos veículos de jornalismo independente. É importante relatar ameaças aos jornalistas. A maior parte da imprensa só divulga quando são jornalistas da casa, mas é importante que a mídia dê visibilidade a toda e qualquer ameaça e ataque a jornalistas, ao jornalismo. O Brasil é um dos países que mais ameaça e ataca jornalistas no mundo”, refletiu Kátia. u Verónica Goyzueta falou sobre a importância de apoiar os veículos jornalísticos, principalmente a mídia independente, que faz reportagens de fôlego muitas vezes sem qualquer apoio jurídico ou plano de segurança para seus repórteres: “O jornalismo investigativo, feito em campo, precisa de dinheiro. A imprensa independente, principalmente, está precisando recorrer a instituições para conseguir aportes financeiros, mas se as pessoas doassem mais, esses veículos não teriam tantas dificuldades. O dinheiro também ajuda a pensar em planos de segurança, para garantir a integridade física de nossos repórteres, pois eles cobrem temas delicados, que mexem em assuntos que denunciam corrupção, desmatamento, exploração, e com grandes empresas, com ricos, com poderosos”. u A professora da ESPM também Maria Elisabete Antonioli, Daniela Chiaretti, Eduardo Ribeiro, Verónica Goyzueta e Kátia Brasil

Edição 1.510 - pág. 5 ANOS Ciclo O presente e o futuro do Jornalismo – Insigths refletiu sobre a forma equivocada como as pessoas (e até a própria imprensa) enxergam o jornalismo ambiental, como se fosse algo focado apenas na Amazônia, catástrofes e cobertura de grandes encontros: “Jornalismo ambiental é muito mais do que isso. É sobre vida, sobre natureza, sobre ciência. A cobertura do clima não pode ser isolada de outros assuntos, pois é algo transversal, que percorre todas as editorias, de saúde, política, economia, entre outros. E isso é fundamental que as direções das redações tenham em mente. Às vezes sinto que muitos veículos colocam notícias sobre meio ambiente só para ter mesmo, cumprir tabela, como uma simples burocracia e não uma necessidade. É preciso mudar a mentalidade da grande mídia”. u Verónica falou também sobre a cobertura de catástrofes. Ela chamou a atenção para uma espécie de “profundidade seletiva”, na qual a imprensa foca e dá mais atenção a determinadas catástrofes, em detrimento de outras: “As enchentes no Rio Grande do Sul, por exemplo. É uma catástrofe avassaladora e foi fundamental ter a cobertura que teve. Mas inúmeras catástrofes também acontecem a todo momento, todo o ano, em diversos lugares do País. Temos problemas muito sérios que ocorrem em todo o Brasil frequentemente. Na grande imprensa, tenho a impressão de que certas crises são mais importantes que outras. Todas essas catástrofes, crises, devem ter a mesma profundidade de cobertura”. u Daniela Chiaretti destacou o compromisso do jornalista que cobre pautas ambientais: mostrar o que de fato está acontecendo, com profundidade, fontes confiáveis e ética, mas, acima de tudo, mostrar para o público as soluções, as alternativas para os problemas relatados. u “O jornalismo deve mostrar os caminhos para a mudança. Outras catástrofes virão, isso é inevitável. Então, como podemos combater esse sentimento pessimista de que tudo vai acabar, o mundo vai acabar?”, questionou ela. “É preciso enfrentar os problemas. Simplesmente tem que mudar. A rota em que estamos é uma rota de desastre. Quando ouvimos cientistas e pesquisadores renomados dizendo que estão apavorados é porque a situação está feia mesmo. Estamos frente a um desafio civilizatório. E não vamos fazer nada? Precisamos mudar. É preciso discutir como quebrar, descobrir outras maneiras, quais são as outras maneiras. Existem muitas respostas por aí. Então, acho que o papel do jornalista, em especial o que cobre meio ambiente, é seguir tentando encontrar soluções e mostrar essas soluções para o público, mostrar que há esperança”. u Daniela afirmou que uma das formas de se conseguir isso é ficarmos atentos à COP30 e seus desdobramentos, focando em temas discutidos no evento que devem ocupar o debate público por muitos e muitos anos: “Será muito importante se o jornalismo conseguir pegar um tema da COP que gerará anos de discussão, algo essencial para nossas vidas e gerações futuras. Um desses temas pode ser o petróleo, por exemplo, e outras alternativas de combustível aqui no Brasil. Nós, como jornalistas, precisamos trazer esses temas para os leitores, principalmente para aqueles que não querem ler mais, pois só leem catástrofes”. u A repórter do Valor Econômico destacou também a importância de maior transversalidade do jornalismo ambiental nas redações e como é preciso que o repórter climático esteja sempre atualizado no que se refere a termos e conceitos científicos que usará em seus textos. u “Nós, jornalistas que cobrimos clima, estamos sempre aprendendo, com cientistas, pesquisadores, referências na área. Precisamos nos atualizar com termos científicos, assuntos, pesquisas, sempre para buscar a verdade nas informações”, explicou Daniela. “Afinal de contas, clima é algo que entra em todas as esferas da nossa vida. No esporte, vemos atletas que perdem performance devido a altas temperaturas, isso afeta Copas do mundo, grandes eventos etc. Na educação, esses temas entram na grade curricular com muita força. Na tecnologia, discute-se a energia solar para abastecer maquinários, e assim por diante. u Assista à íntegra do debate. Próximo encontro debaterá fake news e desinformação n Está marcado para 26 de maio (uma segunda-feira) o terceiro encontro do ciclo O presente e o futuro do jornalismo – Insights, cujo tema será O Jornalismo sob o impacto da desinformação – Qual o tamanho dessa batalha e os riscos para a democracia?. Farão parte da mesa Euripedes Alcântara, diretor de Jornalismo do Estadão; Ana Dubeux, diretora de Redação do Correio Braziliense; e Marília Assef, diretora de Jornalismo da TV Cultura. As inscrições serão abertas na próxima semana.

Edição 1.510 - pág. 6 ANOS n A Academia Brasileira de Letras (ABL) elegeu nesta quarta-feira (30/4), como a mais nova imortal, Míriam Leitão, comentarista de política e economia do grupo Globo desde 1991. Aos 72 anos, ela passa a ocupar a cadeira 7, que pertencia ao cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro passado. Míriam recebeu 20 dos 37 votos possíveis, superando o exsenador Cristovam Buarque, que teve 14 votos. Ela é a quinta mulher entre os atuais integrantes da Academia. u É autora de 16 livros, entre não ficção, romance, crônicas e livros infantis. Suas obras de maior destaque são Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda (2012 − Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Reportagem e Livro do Ano de Não Ficção) e Amazônia na encruzilhada: o poder da destruição e o tempo das possibilidades (2023), com o qual venceu o Prêmio Intelectual do Ano − Troféu Juca Pato de 2024. u Vale lembrar que ela foi muitas vezes eleita a +Admirada da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, eleição anual promovida por este J&Cia, e que também recebeu o Prêmio Personalidade da Comunicação, da Mega Brasil. Míriam Leitão é eleita para a Academia Brasileira de Letras Míriam Leitão Daniel Bianchini Últimas n A ABI realizou na última sexta-feira (25/4) eleição para sua diretoria, no mandato de 2025 a 2028. Venceu a Chapa 1 – Rui Xavier – ABI Luta Pela Democracia, encabeçada por Octávio Costa e Regina Pimenta, reeleitos. A chapa obteve 282 votos, com 24 votos brancos e nulos. u Durante Assembleia Geral Ordinária, na quinta-feira (24/4), véspera da eleição, a Chapa 2 – Sem Anistia para Golpistas, liderada pelo professor Ivan Cavalcanti Proença e por Osvaldo Maneschy, retirou-se do processo eleitoral. Isso depois de divulgar um manifesto expondo suas razões para se opor à chapa concorrente. u Votaram 306 associados (64%) dos 479 que estavam aptos, sendo 56 presencialmente e 250 pelo sistema eletrônico. A abstenção foi de 36%. ABI reelege diretoria Regina Pimenta Octávio Costa n O empresário João Camargo, presidente do think tank Esfera Brasil, adquiriu uma parte da Agência Infra, veículo de notícias especializado em infraestrutura. A participação deve ser anunciada oficialmente em 6 de maio, durante um evento na Casa ParlaMento, em Brasília. O percentual da aquisição e o valor da transação não foram divulgados. As informações são do Poder360. u Fundada em 2017, a Agência Infra é dirigida pelos jornalistas Dimmi Amora e Leila Coimbra. Conforme o expediente disponível no site do veículo, a redação é atualmente composta por 12 profissionais. u João Camargo também possui 30% da CNN Brasil e preside o conselho da emissora. Para ele, “infraestrutura é o chão onde o Brasil pisa e a base de tudo que queremos transformar”, e o acordo representa uma “união entre informação qualificada e ação concreta”. Em 2024, a CNN Money e a Infra já haviam firmado uma parceria editorial. João Camargo, sócio da CNN Brasil, compra participação na Agência Infra João Camargo Reprodução/Redes Sociais

Edição 1.510 - pág. 7 ANOS Últimas n Sérgio Lüdtke, presidente, e Francisco Rolfsen Belda, diretor de Operações, foram reeleitos por aclamação na assembleia geral do Projor − Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo realizada em 25 de abril e tomarão posse na próxima segunda-feira (5/5). Kátia Brasil, cofundadora da Agência Amazônia Real, assume como diretora Editorial, especialmente dedicada à gestão do Observatório da Imprensa, em substituição a Simone Pallone. O Observatório segue sendo editado por Denize Bacoccina, sob supervisão de Kátia. u Além de dar sequência a projetos importantes do Projor, como o Atlas da Notícia, o Observatório, o Codesinfo e o Programa de Indicadores de Compromissos com o Público, a nova gestão, eleita para o biênio 2025/2026, informa que vai abrir cinco frentes no instituto: jornalismo local, diversidade e inclusão, tecnologia, sustentabilidade do jornalismo e desinformação. Sérgio Lüdtke e Francisco Belda são reeleitos no Projor Sérgio Lüdtke Francisco Belda Kátia Brasil Denize Bacoccina Bites, empresa especializada em inteligência de dados e estratégia digital, lançará no dia 13 de maio um estudo sobre o valor estratégico da mídia regional e local para as marcas. A pesquisa revela o poder de alcance dos principais portais regionais e locais – um ecossistema que movimenta mais de 350 milhões de visitas mensais e segue subaproveitado pelas marcas em suas iniciativas de regionalização de conteúdo. O encontro contará com a participação de Eduardo Ribeiro (Jornalistas&Cia), do jornalista e consultor de Comunicação Felipe Patury, da executiva Patrícia Abreu e de Anderson Meneses (ambos da Agência Mural de Jornalismo das Periferias), além de profissionais de comunicação e estudantes que reconhecem o impacto desse segmento na formação de opinião em estados, municípios e bairros de grandes centros urbanos. “A mídia regional é um ativo estratégico para reputação, gestão de crise e geração de negócios”, afirma Manoel Fernandes, sócio da Bites. “Nosso objetivo é oferecer dados concretos para que empresas descubram como dialogar com essas comunidades de forma mais eficiente”. Bites lança estudo nacional sobre o ecossistema da mídia regional brasileira Serviço Data: 13 de maio de 2025, 9h30 Local: Auditório da ESPM – Rua Dr. Álvaro Alvim, 123, Vila Mariana, São Paulo Formato: Presencial Parceiros: ESPM, Enel Brasil, Agência Mural de Jornalismo das Periferias Inscrições gratuitas: https://abrir.link/ouUdJ Sobre a Bites Fundada em 2007, a Bites transforma dados em insights para tomada de decisões de negócios. Contato para a imprensa Assessoria de Comunicação Bites E‑mail: [email protected] Telefone/WhatsApp: +55 11 3814.5928 Evento presencial, em 13 de maio, na ESPM‑SP, reunirá especialistas para debater oportunidades de comunicação e negócios Branded content

Edição 1.510 - pág. 8 ANOS Últimas n O Notícia Preta lançou nesta quartafeira (30/4) o NP Notícias, telejornal ao vivo apresentado por Thais Bernardes, fundadora do veículo e idealizadora do projeto. Na estreia, o programa recebeu Silvio Almeida, jurista, professor e ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, para uma conversa sobre os desafios estruturais do Brasil e o papel das instituições na promoção de direitos e justiça social. u Com edições semanais, sempre às quartas-feiras, às 12h, o NP Notícias vai ao ar pelo canal do Notícia Preta no YouTube. O programa adota um formato dinâmico, com participação do público em tempo real pelo chat, entrevistas exclusivas, análises da cientista política Luciana Barros e os principais destaques da semana no Brasil e no mundo. u Para Thais Bernardes, que também é fundadora da Escola de Comunicação Antirracista, o projeto representa uma aposta no potencial do audiovisual como ferramenta para aproximar a informação das pessoas: “Os convidados confirmados mostram o respeito que o Notícia Preta construiu. Essa aposta não é um tiro no escuro. É uma escolha baseada em visão estratégica: os videocasts são o formato de maior crescimento no mundo, e o público quer informação com agilidade, clareza e conexão”. Notícia Preta lança primeiro telejornal ao vivo da mídia negra Nacionais n O Intercept Brasil publicou a reportagem Inferno Judicial, sobre como Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), prejudicou a carreira do repórter Oscar Paris, que fez trajetória marcante na Bahia, com diversos processos judiciais movidos contra o jornalista. u O texto, assinado por Paulo Motoryn, explica que Paris publicou, em 2008, uma reportagem sobre como os registros federativos do ex-jogador Liédson (exCorinthians, Flamengo e Coritiba) foram adulterados. Os dados falsos teriam garantido mais de R$ 900 mil a um clube do interior da Bahia. Paris entrou em contato com uma ex-funcionária da Federação Baiana de Futebol (FBF), que assinou o documento com informações inverídicas que teria sido alterado por Ednaldo Rodrigues, então presidente da FBF. u Depois da publicação da reportagem, a vida profissional de Paris virou de cabeça para baixo. Ele perdeu o emprego na TVE, televisão pública do governo da Bahia, e no jornal A Tarde. Desde então, nunca mais conseguiu qualquer oportunidade no jornalismo esportivo e teve que se defender dos oito processos abertos por Ednaldo e pela FBF contra ele em diferentes varas e esferas judiciais, por calúnia e difamação. u Apenas em março deste ano, mais de 16 anos depois, Paris comemorou o que considera ser o fim da perseguição judicial. Ele obteve no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a décima vitória judicial contra Ednaldo e a FBF. Entretanto, Paris tem que arcar ainda com as despesas de defesa, que já se aproximam de R$ 1 milhão, nas contas do jornalista e do seu advogado, Gileno Felix. Já a defesa de Ednaldo afirma que as ações “sempre tiveram como único objetivo a reparação de ofensas graves e injustificadas à sua honra e reputação”. u Leia a matéria completa do Intercept aqui. Reportagem do Intercept Basil mostra como presidente da CBF prejudicou carreira de repórter na Bahia Oscar Paris Instagram

Edição 1.510 - pág. 9 ANOS Nacionais n Estão abertas as inscrições para a etapa presencial do projeto Trilhas da Cobertura Climática, realizado pelo Instituto Bem da Amazônia em parceria com a iniciativa Amazônia Vox. A formação, que integra o programa Diálogos de Comunicação, será nos dias 8 e 9 de maio, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), em Belém. O evento contará com painéis e oficinas gratuitas, com a presença de palestrantes de diversas regiões do País. u Um dos destaques da programação é o diálogo com Ana Toni, secretária nacional de Mudanças do Clima e diretora executiva da COP30, que abordará os compromissos do Brasil na área climática e o papel da comunicação no engajamento da sociedade. Haverá também oficinas sobre jornalismo e clima, com ferramentas práticas para a cobertura do tema. As inscrições para as oficinas serão feitas presencialmente no credenciamento. O evento será transmitido ao vivo pelos canais do Instituto Bem da Amazônia e da Jornada COP+. Confira a programação completa aqui. Trilhas da Cobertura Climática abre inscrições para etapa presencial, com palestras e oficinas 100 ANOS DE RÁDIO NO BRASIL Por Álvaro Bufarah (*) (*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo. Na coluna desta semana, Álvaro Bufarah aborda o Spotify, que tem sido uma força inovadora no setor de áudio digital desde sua fundação em 2008. Segundo ele, inicialmente, operava como uma plataforma de streaming de música licenciada, mas evoluiu para um ecossistema multifacetado de áudio digital. Com o tempo, passou a incorporar podcasts, audiolivros e conteúdos gerados por inteligência artificial, reduzindo sua dependência de grandes gravadoras. Sua estratégia foca na hiperpersonalização algorítmica, transformando a experiência do usuário. Leia a íntegra no Portal dos Jornalistas. Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.

Edição 1.510 - pág. 10 ANOS Em um cenário global desafiado pela desinformação e pela urgência de uma comunicação mais diversa e democrática, a jornalista e pesquisadora Marcelle Chagas afirma-se como uma das principais lideranças brasileiras no debate internacional sobre mídia, inovação e justiça racial. Mestre em Comunicação pela UFF, com MBA em Comunicação Online e Marketing Digital, Marcelle atua no enfrentamento da desinformação a partir de territórios periféricos e metodologias participativas. Seu trabalho ganhou projeção com a criação da Rede de Jornalistas Pretos pela Diversidade na Comunicação (Rede JP), que fortalece a atuação de profissionais negros no jornalismo e redesenha os ecossistemas informacionais por meio de formação, articulação e incidência política. Sob sua liderança, a Rede JP conectou mais de 1.000 jornalistas no Brasil e no exterior, realizou três conferências internacionais com profissionais da diáspora africana, lançou o Manual de Boas Práticas Antirracistas para a Comunicação Digital e criou a Red de Periodistas Afrolatinos, em parceria com o El País América Futura. A atuação transnacional da rede já articula vozes de países como França, Uruguai, Burundi, EUA, Colômbia e Brasil. Reconhecida como Mozilla Tech & Society Fellow e integrante da Columbia Leadership Network (Universidade de Columbia), Marcelle também é alumni da Clinton Foundation, onde foi nomeada Changemaker. Seu impacto Branded content Marcelle Chagas impulsiona a Rede de Jornalistas Pretos e consolida sua liderança internacional na comunicação internacional é fruto de um projeto coletivo, que nasceu com um propósito claro: impulsionar a diversidade na comunicação e criar espaços reais de pertencimento e transformação. Marcelle lidera também o Observatório de Gênero, Raça e Territorialidade na Ciência (GERATE), que mapeia a circulação de informação e desinformação em favelas e periferias e influencia políticas públicas baseadas em epistemologias locais. Durante a pandemia, o trabalho do GERATE expôs os impactos das fake news sobre as populações vulnerabilizadas, consolidando Marcelle como uma referência em justiça informacional. Ela também é uma das criadoras da Articulação pela Mídia Negra, iniciativa que incide na formulação de políticas públicas de comunicação com foco em equidade racial. Em 2025, ela lança o Comunihub, uma plataforma digital de conexão entre comunicadores, pesquisadores e projetos voltados à diversidade e combate à desinformação. A ferramenta reunirá bancos de dados, oportunidades e redes colaborativas para quem trabalha com comunicação transformadora. Marcelle é coorganizadora do Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, faz parte do Comitê de Ética do Sindicato dos Jornalistas do RJ e integra o Grupo de Pesquisa em Comunicação Antirracista do Intercom. Já foi finalista do Troféu Mulher Imprensa (2022) e do Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Sustentabilidade (2011). Em 2024, a Rede JP foi finalista do Prêmio Defensorar, da Defensoria Pública do RJ. Seu compromisso é claro: redesenhar o ecossistema de informação com justiça cognitiva, a partir da base. “Não se trata apenas de ocupar espaços − mas de transformar estruturas. Mesmo com tantos avanços, o mercado segue alheio ao investimento na população negra. Por isso, a Rede tem buscado alianças com organizações que tratam a diversidade como pilar estrutural”, afirma Marcelle. Marcelle Chagas

Edição 1.510 - pág. 11 ANOS Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia Parceiro de conteúdo Esta semana em MediaTalks Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. Além da piada: pesquisa mostra como memes visuais nas redes estão alimentando a violência política no mundo. Leia mais No último “vídeo do Papa”, Francisco apelou contra o mau uso da tecnologia: “Olhar menos as telas e mais nos olhos”. Leia mais Nos 50 anos do fim da Guerra do Vietnã, veja a história por trás da icônica foto “Napalm Girl”, um marco no fotojornalismo de guerra. Leia mais World Press Photo 2025: imagens do impacto humano da guerra em Gaza, de migrantes chineses nos EUA e da seca na Amazônia são as grandes vencedoras do ano. Leia mais Em seus primeiros 100 dias na Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump foi muito além de sua já conhecida animosidade contra jornalistas e veículos de imprensa considerados por ele “inimigos do povo”. Ele surpreendeu até os pessimistas com ataques ainda mais violentos e extensos contra a liberdade de imprensa do que os que havia praticado no primeiro mandato. A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou um levantamento com dez números impactantes que ilustram o que chamou de «ataque inconstitucional do governo Trump à liberdade de imprensa e ao direito a informações confiáveis» nos EUA e no mundo. Segundo a RSF, Trump atacou a credibilidade, independência e sustentabilidade da mídia tanto pessoalmente quanto no exercício do cargo. Durante a campanha presidencial, ele já despejava insultos contra jornalistas e ameaçava mobilizar o aparato estatal contra os meios de comunicação críticos. “Nos primeiros 100 dias, ele mostrou que não estava blefando”, afirma a RSF. O levantamento da RSF aborda temas como o bloqueio do acesso da imprensa a eventos oficiais, a remoção de páginas governamentais da internet, a hostilidade verbal contínua em redes sociais, processos judiciais contra veículos de mídia, cortes de financiamento que ameaçaram o jornalismo público e internacional, o perdão presidencial a agressores de jornalistas, além de pressões sobre organizações de mídia por meio da Federal Communications Commission (FCC). A RSF salienta que, além de restringir a liberdade de imprensa internamente, as ações de Trump têm repercussões globais, incentivando práticas semelhantes em regimes autoritários. Para conhecer em detalhes cada número e entender a gravidade dos ataques, confira o artigo completo em MediaTalks. Trump, 100 dias de governo: os ataques à imprensa em dez números, segundo a Repórteres Sem Fronteiras

Edição 1.510 - pág. 12 ANOS Vaivém das redações Édria Caroline n Semana que assinala mudanças na Globo Brasília. Raquel Honorato, repórter que cobria os bastidores do poder no Jornal Hoje, pediu demissão da empresa após dez anos, para morar fora do País. Quem vai para o lugar dela é Isabela Camargo, repórter que já vinha se destacando pela cobertura política na GloboNews. u Com as mudanças, Beatriz Borges, que estava desde 2022 na reportagem local de Brasília, segue para a vaga de Isabela na GloboNews. A emissora ainda não definiu quem substituirá Beatriz no jornalismo local. u Raquel estava na Globo desde 2015. Começou como repórter no Rio de Janeiro e foi transferida para Brasília em 2020. Antes, passou pela Band. Isabela está na Globo desde 2019. Entre 2016 e 2018, atuou em reportagens sobre a Laja-Jato em Curitiba pela RPC, afiliada da Globo no estado, onde ganhou destaque antes de ir para Brasília n Um dos jornalistas mais premiados da Região Norte na história, segundo ranking deste J&Cia, Ismael Machado assinou com a agência de jornalismo independente Amazônia Real para atuar como repórter em Belém. u Ismael atuou como correspondente dos jornais O Globo e Jornal do Brasil na região Norte e como colaborador da Folha de S.Paulo. Foi também repórter especial do jornal Diário do Pará. Venceu diversos prêmios em jornalismo, incluindo duas vezes o Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Brasília Mudanças na Globo e GloboNews: com a saída de Raquel Honorato, Isabela Camargo é promovida e Beatriz Borges, remanejada Raquel Honorato e Isabela Camargo Eduardo Neves Loreena Cordeiro E mais... n Eduardo Neves passa a integrar e equipe da Rádio Frei Galvão FM. Antes, passou por Portal Ponto News, BSB Sports e Esquema do Jogo. Trabalhou também como assessor de comunicação da Paróquia São Sebastião. n Loreena Cordeiro é a nova assessora de comunicação da Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Antes, trabalhou como repórter do Portal Bem Minas e na assessoria do Governo de Minas Gerais. Pará Ismael Machado assina com a Amazônia Real Ismael Machado HÁ 10 ANOS APERFEIÇOANDO O MERCADO DE COMUNICAÇÃO VOCÊ TEM QUE ESTAR AQUI! A MAIOR FERRAMENTA DE ENVIO DE RELEASES DO BRASIL! MAIS DE 55 MIL JORNALISTAS NO MAILING DE IMPRENSA! O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO PARA CONTRATAR?

Edição 1.510 - pág. 13 ANOS Vaivém das redações São Paulo n Beatriz Cyrino foi efetivada na revista AnaMaria e passa a atuar como repórter da publicação, produzindo matérias sobre moda, beleza, saúde da mulher, comportamento, celebridades, entretenimento e atualidades, além de conteúdo para redes sociais. Antes, trabalhou no projeto Sola no mundo, sobre viagens e gastronomia. n Felipe Melo da Silva assinou com a Rádio Frei Galvão FM. Antes, trabalho na TV Canção Nova, na Rádio Monumental AM e na TV Aparecida. Foi também assessor de imprensa na prefeitura de Aparecida (SP). n O Grupo RIC anunciou mudanças em diversos setores estratégicos. Entre as principais áreas está o Jornalismo, que passa a contar com nova Direção de Audiência e Gerência Regional. Ivete Azzolini foi escolhida para assumir o cargo de diretora de Produto, Conteúdo e Convergência (DPCC). Na nova função, terá a missão de direcionar estrategicamente a audiência, gerenciando de forma integrada o portfólio transmídia e multiplataforma da empresa. u Formada em Jornalismo pela PUC-Paraná, Azzolini tem 30 anos de experiência em televisão e atuou por 14 anos como gestora regional de jornalismo em todos os veículos do grupo. Ela substitui a Carlos Aros, que acaba de assumir a Diretoria de Jornalismo da rede de rádios Jovem Pan. Com a mudança, Luana Vasconcelos retorna ao Grupo RIC para ocupar a Gerência Regional de Jornalismo. Paraná Ivete Azzolini assume a Direção de Conteúdo e Audiência no Grupo RIC E mais... n Paola Galiano integra a equipe de conteúdo da Agência BGCOM Marketing. Antes, trabalhou com redação e marketing político na Salish Comunicação e como copywriter na Agência Virtualiti. Rio de Janeiro n Letícia Pinho começou há um mês como narradora nos canais SporTV e Premiere. Ela vem do canal Goat, no YouTube. E deixou seu recado: “Ser uma mulher negra na posição de narradora na TV também é algo inédito e pretendo deixar meu legado para que outras meninas acreditem que nós podemos ter os mais diversos sonhos”. Rio Grande do Sul n Elenise Martins passa a fazer parte da equipe de conteúdo da Eleven, assessoria empresarial e esportiva. Antes, foi assessora do Esporte Clube Novo Hamburgo de 2010 a 2013 e de 2016 a 2020. Trabalhou também na Vale TV e na Rádio Mais Independência. n Leonardo Fister passa a integrar a equipe de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul. Ele trabalhou na comunicação da Federação Gaúcha de Futebol e foi assessor de imprensa do Internacional. Também foi colaborador de Zero Hora. Ivete Azzolini Paola Galiano Letícia Pinho Elenise Martins Leonardo Fister Beatriz Cyrino Felipe Melo da Silva

Edição 1.510 - pág. 14 ANOS AGRO Patrocínio n Jornalistas&Cia divulgou em edição especial os jornalistas e veículos classificados para o segundo turno do Prêmio +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2025, que reconhece os profissionais e veículos preferidos da cobertura do Agro pela avaliação dos demais colegas de profissão. Classificaram-se para o segundo turno 106 jornalistas e 86 veículos. A segunda fase de votação já está aberta. u A grande novidade desta quinta edição do prêmio é a ampliação no número de jornalistas homenageados. Neste ano, em vez de TOP 30, serão eleitos os TOP 50 +Admirados Jornalistas do Brasil. Entre os 226 indicados, 106 profissionais estão classificados para o segundo turno de votação. “Renovação” é a palavra que define a relação dos jornalistas finalistas. Dos 106 classificados, mais da metade (63 nomes) ainda não haviam figurado na lista de +Admirados nos anos anteriores. Assim, certamente teremos rostos novos entre os TOP 50 em 2025. u E entre os veículos, 86 disputarão os TOP 3 nas categorias Agência de Notícias, Áudio, Canal de Vídeo, Periódico Especializado, Programa de TV Especializada, Programa de TV Geral, Site/Portal e Veículo Geral. Anunciados os finalistas dos +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2025 n Gabriela Costa Lago passa a integrar a equipe do Programa Mundo Empresarial, que vai ao ar em TV Cultura, SBT e Rede TV. Anteriormente, trabalhou por quase dois anos na Secretaria Municipal de Comunicação da Prefeitura de Itu. n Luciene Miranda, apresentadora do UOL Líderes, passa a apresentar também o Pano de Fundo podcast, que mostra histórias de pessoas incríveis, mas que estão fora dos holofotes da mídia. Anteriormente, trabalhou na Record News, na revista Forbes e na Bandeirantes. Gabriela Costa Lago Luciene Miranda Mudou de emprego? Teve alguma movimentação ou novidade recente em sua redação? Envie a sugestão para nós pelo [email protected]. Vaivém das redações

Edição 1.510 - pág. 15 ANOS Comunicação Corporativa I CONHECA A NOVA QUE UNE TECNOLOGIA, REDE GLOBAL DE PR I I INOVACAO E CRIATIVIDADE. IDEAL AXICOM. n O Prêmio Jatobá PR 2025, lançado virtualmente na última segunda-feira (28/4), em uma live com os diretores do Gecom (Grupo Empresarial de Comunicação), abrirá as inscrições nesta sexta-feira, 2 de maio, com preços promocionais e uma série de novidades. A principal é a criação de uma vertical internacional exclusiva para cases da América Latina (de qualquer país do continente, exceção ao Brasil), com cinco categorias: yAssessoria de Imprensa / Relacionamento com a Mídia yCampanha de Comunicação / Campanha Institucional / Utilidade Pública yComunicação Integrada yProjeto Especial yRelacionamento com Influenciadores u As três verticais dedicadas aos cases brasileiros também foram ampliadas e passam a contar a partir de agora com as seguintes categorias inéditas: yAnálise de Dados para Estratégias de Comunicação (que receberá inscrições de Grandes Agências e Agências-Butique); e yComunicação em Liderança de Pensamento – Thought Leadership (exclusiva para as Organizações Empresariais e Públicas) u Desse modo, essas três verticais passam a contar, a partir de agora, com 36 categorias regulares (contra 33 em 2024), sendo 12 para Grandes Agências, 12 para Agências-Butique e 12 para Organizações Empresariais e Públicas. u Houve também uma mudança de nomenclatura em uma das categorias das Organizações Empresariais e Públicas: a denominação Brand Publishing foi substituída por Marca Publisher, mais condizente com a especialidade. u Outra novidade que chega com a edição 2025 é a categoria especial Comunicação para a COP30, que receberá inscrições de todo o mercado latino-americano – agências ou corporações. Julgamento ampliado – A partir deste ano, todos os cases inscritos passarão a ser analisados por cinco jurados, e não mais por quatro, como foi até 2024. Do mesmo modo, a menor nota será sempre eliminada, valendo as outras quatro para a média final. O objetivo, segundo os organizadores, é ampliar ainda mais a competitividade da premiação e dos cases e permitir que cada um tenha média final mais consistente. Clique aqui para ter acesso à ficha de inscrição. Inscrições ao Prêmio Jatobá PR serão abertas nesta sexta, 2 de maio Entre as novidades, estão a criação de uma nova vertical internacional com cinco categorias para cases da América Latina; a inclusão da categoria especial COP30; e as novas categorias Análise de Dados e Comunicação para Liderança de Pensamento

Edição 1.510 - pág. 16 ANOS Comunicação Corporativa n A Dasa anunciou na última semana as contratações das executivas Flavia Drummond e Fernanda Moreira Triches, para ocuparem respectivamente as cadeiras de diretora de marketing e gerente de comunicação. u Flavia, com 25 anos de carreira, já atuou para marcas como Magalu, Habbib´s, Hopi Hari, Multilaser, Vigor, Ri Happy e PagueMenos. Fernanda, 20 anos de experiência, já esteve em Ideal, Governo do Estado de São Paulo e Grupo RBS, tendo, por último e por mais de 5 anos, atuado nas frentes de Employee Branding, Conteúdo e Comunicação com Clientes e Comunicação Corporativa na unico IDTech. n Thaís Pedrazzi está de cargo novo na Ânima Educação, onde atua há quase 4 anos. Até então especialista em comunicação, foi promovida em abril a gerente nacional de comunicação da instituição. Ela também já esteve na Laureate Brasil e no Hospital Mãe de Deus. Internacional n Thaynara Dalcin está de casa nova em Dublin, na Irlanda. Deixou a AstraZeneca, em que atuou por pouco mais de 1 ano como assistente de comunicação, e começou na agência de PR Wilson Hartnell, na função de executiva sênior. No Brasil, teve jornadas em BCW Global (atendendo à AstraZeneca), NR7, LLYC e Conteúdo Comunicação. Amazonas n Roseane Mota, coordenadora de comunicação, deixou a UGPE (Unidade Gestora de Projetos Especiais), onde esteve por 2 anos e 8 meses, até abril, para assumir a Diretoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas. Pernambuco n Jannyne Dornelas começou em abril como analista pleno de comunicação e cultura organizacional no Real Hospital Português, em Recife. Ali chega após 4 anos e 4 meses de atuação como analista na Dupla Comunicação, agência onde havia estagiado por pouco mais de 2 anos. Rio de Janeiro n Fabio Lannes despediu-se do Grupo Eletrobras. Foram 20 anos divididos em duas passagens pela assessoria de comunicação de Furnas e mais duas pela da Eletrobras. No Linkedin, anuncia uma pausa na carreira. Thaynara Dalcin Roseane Mota Jannyne Dornelas Fabio Lannes Rio Grande do Sul Thaís Pedrazzi assume a Gerência de Comunicação da Ânima Educação Thaís Pedrazzi São Paulo Flavia Drummond e Fernanda Moreira Triches chegam à Dasa para liderar as áreas de Marketing e Comunicação Flavia Drummond Fernanda Moreira Triches

RkJQdWJsaXNoZXIy MTIyNTAwNg==