Jornalistas&Cia 1512

Edição 1.512 - pág. 3 ANOS ANOS 30SEMANAS em Ano 12 – Edições 559 a 610 (set/2006 a out/2007) Conhecido por liderar grandes projetos de reestruturação de empresas em crise, o empresário baiano Nelson Tanure, que havia alguns anos já voltava seus esforços para o mercado jornalístico, ao assumir os comandos de Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil e Forbes Brasil, seguia em busca de ampliar o conglomerado de sua Companhia Brasileira de Multimídia (CBM), com a aquisição agora de duas tradicionais editoras de revistas: a Peixes (ed. 576 e 577), detentora de marcas como Gula, ViverBem e Próxima Viagem, e a Editora Três (ed. 578), proprietária, entre outras, da IstoÉ. Mas se o negócio com a Peixes teve um desfecho positivo para Tanure, o mesmo não pode se dizer da negociação com Domingo Alzugaray. Em grave crise financeira, que se estenderia ao longo das décadas seguintes, até a sua recente falência, a Editora Três vinha sofrendo com um problema que se tornaria recorrente: os constantes atrasos nos pagamentos de salários e diversas situações de greve (ed. 579, 580 e 580A). Curiosamente, durante esse período Tanure chegou a emprestar dinheiro para Alzugaray quitar as dívidas com seus funcionários, permitindo assim que uma das paralisações na Três fosse encerrada (ed. 581 e 583). Mesmo assim, em maio de 2007 a empresa entrou na justiça com seu primeiro pedido de recuperação judicial (ed. 591 e 603). Mas apesar dos esforços em ampliar seu portfólio de marcas jornalísticas, Tanure também vivia internamente um momento de turbulência dentro de sua CBM. Os principais motivos foram o fracassado projeto da TV JB, que chegou a ter em seu quadro nomes como Boris Casoy, Augusto Nunes, Amauri Melo e Clodovil Hernandes, mas que ficou apenas cinco meses no ar. Além disso, as dívidas da Gazeta J&Cia Ano 12: as novas investidas de Nelson Tanure na mídia e a crise na Editora Três Mercantil e do Jornal do Brasil também dificultavam a operação dos tradicionais jornais. Entre as principais novidades envolvendo as duas marcas naquele período estiveram as contratações de Marcello D’Angelo, que havia acabado de deixar da BandNews FM, como novo diretor de Projetos Especiais da Gazeta Mercantil, e de Marcos Troyjo, como diretor-geral da Editora JB (ed. 559, 574A, 582, 583, 585, 586, 588, 595, 607 e 609). Foi também um período bastante intenso no mercado, com movimentações de peso em algumas das principais redações brasileiras. Destaque para Ricardo Gandour, que assumiu a Direção de Conteúdo do Grupo Estado no lugar de Sandro Vaia (ed. 561 e 562); a saída conturbada de Eugênio Bucci da Presidência da Radiobrás e sua substituição por José Roberto Garcez (ed. 566, 569 e 588); a saída de Ismael Pfeifer da Gazeta Mercantil para assumir a Direção de Conteúdo da Elemidia (ed. 580A e 588); mais uma reestruturação no estafe editorial e Unidades de Negócio da Editora Abril (ed. 582 e 583); a investida de Silvia Bassi para assumir empresarialmente a operação do IDG no Brasil (ed. 583); os anúncios de Miguel Jorge como novo ministro do Desenvolvimento e de Franklin Martins como secretário de Comunicação do Nelson Tanure Domingo Alzugaray Reputação é resultado e vice-versa

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