Jornalistas&Cia 1513

Edição 1.513 - pág. 16 ANOS n Quando deixou a revista Exame para, ao lado do parceiro e sócio Eduardo Vieira (hoje no Softbank), montar a Agência Ideal, Ricardo Cesar fez uma ousada aposta, a de buscar na inovação o principal diferencial em relação à concorrência. E ter o Google como cliente número 1 ajudou nessa jornada, que está completando 18 anos e que foi turbinada por duas mudanças fundamentais no caminho: a incorporação, em 2015, pelo Grupo WPP, e a fusão, em 2024, com a internacional Axicom, resultando na criação da Ideal Axicom. u Bem na fita, a agência faturou em 2024, segundo estimativas do recémlançado Anuário da Comunicação Corporativa, pouco mais de R$ 95 milhões, desempenho que a coloca como líder absoluta no ranking das agências que divulgam individualmente suas receitas. E mesmo no ranking geral, que inclui os grupos com faturamentos consolidados, ela fica na quinta posição, apenas duas atrás do Grupo Burson (que também faz parte do WPP e que reúne as marcas Burson, Máquina e JeffreyGroup). u Ao ensejo da celebração dessa maioridade, J&Cia ouviu Ricardo, CEO e fundador da Ideal Axicom, presidente da Axicom para a América Latina e membro do conselho global da Axicom. A íntegra da entrevista está no Portal dos Jornalistas. Comunicação Corporativa ESPECIAL Ideal Axicom celebra 18 anos aprofundando a trilha da inovação Jornalistas&Cia – A Ideal passou por duas relevantes transformações, a última delas, um ano atrás, a fusão com a Axicom. Quais os impactos delas no posicionamento de mercado da agência e que ganhos obteve? Ricardo Cesar – Primeiro gostaria de falar do que não mudou na Ideal ao longo dos últimos anos. Nascemos com uma proposta de fazer um trabalho de comunicação e PR contemporâneo. Basta observar o comportamento de quaisquer jovens − e de muitos nem tão jovens assim – e ver como se informam sobre um produto que querem comprar, como planejam uma viagem, como formam sua opinião sobre uma marca. A reputação passa, sim, pela imprensa, que segue fundamental, mas não mais só por ela. Redes sociais, influenciadores digitais (ou creators), comentários e reviews online, análises em plataformas como o Reddit, troca de informações por redes fechadas como whatsapp e telegram e mais recentemente a inteligência artificial generativa, dentre outros aspectos, também precisam entrar no mix das estratégias de PR. Então, a Ideal nasceu com esse componente de ser inovadora. Isso permanece igual. Sobre as mudanças, ocorre que a WPP está mundialmente em um processo de unir operações para simplificar sua estrutura. Logo ficou evidente que havia duas operações com perfil muito semelhante e culturas também parecidas: a Ideal, forte na América Latina; e a Axicom – igualmente voltada para inovação – que é muito reconhecida nos Estados Unidos e nos principais mercados da Europa. Fez sentido unir as duas. Foi um acerto, como evidenciado por prêmios que já ganhamos juntos, como o de Agência do Futuro e Agência Disruptiva do Ano no Innovation Sabre Awards, dos Estados Unidos, um dos mais prestigiados da nossa indústria globalmente. J&Cia – Como foi o desempenho da agência em 2024 e quais as perspectivas para o ano em curso? RC – O ano de 2024 foi o melhor da história da Ideal em termos de resultados. Crescemos bastante, diversificamos as fontes de receita, ganhamos o reconhecimento de clientes fundamentais em trabalhos tão diversos como grandes crises de imagem empresarial ou o lançamento de produtos de consumo. O ano em curso está mais desafiador por alguns aspectos, inclusive da economia global, mas também vai se firmando como um ano bom. Estou cautelosamente otimista. J&Cia – Do ponto de vista de negócios e de know how, quais os ganhos que a fusão tem proporcionado tanto para a Ideal quanto para a Axicom? RC – O maior ganho, na minha opinião, é conseguir estudar e experimentar a fundo o impacto que a IA pode trazer em nossa operação e sobretudo para nossos clientes. Temos acesso a mais ferramentas e conseguimos entender melhor o Ricardo Cesar

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