Edição 1.513 - pág. 17 ANOS que está sendo feito nos EUA e na Europa e trazer para cá, por exemplo. Além disso, conseguimos fazer com que alguns dos nossos clientes na América Latina se tornassem clientes nos EUA e na Europa e vice-versa. Começamos a ter algumas experiências internacionais para nossos talentos. Ganhamos notoriedade em Cannes, onde nossa diretora de criação, Lucia Muller, será jurada. A troca com a rede internacional é muito boa – aprendemos com eles e eles aprendem muito conosco. J&Cia – Inovação e tecnologia, como se sabe, sempre estiveram presentes no DNA da Ideal e agora da Ideal Axicom. Como vocês enxergam esse novo ciclo, dominado em especial pela IA generativa, para o mercado da comunicação corporativa, em geral, e para a Ideal Axicom, em particular? RC – O impacto que a IA generativa terá em nosso setor será muito grande e muito rápido. Quem não entender isso estará fora do jogo em poucos anos. Essa é essencialmente uma tecnologia de linguagem – por isso o nome técnico é Large Language Model, ou LLM − e nossa indústria lida exatamente com isso. E quero frisar que sou bastante otimista com as mudanças que a IA generativa trará para quem atua em comunicação e relações públicas e também em jornalismo – “do outro lado do balcão”, como se diz. Sempre achei que a pessoa mais inteligente na sala não é a que explica tudo, mas a que faz as melhores perguntas. Com IA isso se torna ainda mais verdadeiro, pois saber fazer os prompts corretos e a maneira certa de obter as respostas da ferramenta faz a diferença. É também importante saber que em alguns casos mais de 60% do que as principais ferramentas de IA generativa usam como base para suas respostas vem de... material jornalístico profissional. Se sua marca está preocupada em aparecer bem nas respostas que as ferramentas de IA generativa sugerem para determinadas perguntas – e sua marca deveria estar preocupada com isso –, então nada melhor do que aparecer de maneira consistente e correta nas reportagens de veículos jornalísticos. De repente, o que há de mais novo em tecnologia é alimentado por uma prática tradicional que alguns diziam ter perdido a importância. A IA também traz desafios, como as deep fakes, e igualmente as agências de PR precisam estar aparelhadas para lidar com isso e ajudar seus clientes quando um conteúdo desse tipo afetar sua reputação. Por fim, devem ocorrer mudanças nas estruturas das agências e em sua capacidade de prestar serviços cada vez melhores e mais ágeis em função da IA. Tudo isso ainda é incipiente, mas já está batendo à porta. J&Cia – Quais as principais transformações que, na visão de vocês, poderão acontecer em nossa atividade nos próximos cinco ou dez anos? E que impactos poderemos esperar para as empresas e para os profissionais do setor? RC – Não há como fugir da mesma resposta: a grande mudança virá de IA. Por vários motivos. Primeiro, será possível prestar serviços de PR com mais velocidade e com mais qualidade. Segundo, novas entregas que hoje são quase utópicas poderão ser feitas pelas agências para seus clientes. Do ponto de vista da maneira como agências e clientes estão estruturados também teremos alterações. As tarefas mais simples estão sendo automatizadas até com ganhos de qualidade. E o que acontece com isso? Liberamos tempo de bons profissionais para definir estratégias de alto nível, pensar em novos serviços, atuar na criação e cultivar relacionamentos humanos importantes – coisas que IA não pode fazer da mesma forma que nós fazemos. E isso significa subir a régua dos serviços de PR e do impacto que podemos gerar nos negócios dos nossos clientes. J&Cia – Em que o portfólio de produtos e serviços da agência diferencia-se do clássico PR? RC – A Ideal Axicom é uma agência de comunicação integrada, com um portfólio que combina serviços e ferramentas de estratégia e planejamento; gestão reputacional; relacionamento com a mídia e stakeholders; serviços de influência, Comunicação Corporativa ESPECIAL
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