Edição 1.514 - pág. 19 ANOS Rio de Janeiro n Nádia Rebouças morreu em 21/5, em Juiz de Fora, Minas Gerais, aos 75 anos. Ela estava internada por problemas respiratórios, que se agravaram. O corpo foi cremado no Cemitério Municipal de Juiz de Fora e as cinzas, conforme seu desejo, foram espalhadas, no último final de semana de maio, no mar do Arpoador, no Rio de Janeiro, sua cidade de adoção. Deixou três filhos. u Paulistana, graduada e pós-graduada em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Políticas da USP, atuou em agências de publicidade e, desde cedo, escolheu o planejamento como ferramenta para seu trabalho. Transferiu-se para o Rio em 1978, prosseguiu com a carreira na publicidade, como diretora, até abrir a própria agência que, anos depois, veio a se chamar Rebouças e Associados. Destacouse, mais uma vez, como consultora de reputação e planejadora de comunicação estratégica. Foi professora do IAG na PUCRio e na ESPM-Rio; organizou seminários sobre planejamento no Centro Cultural Candido Mendes, e recebeu o Prêmio Caboré em 1990. u Sobressai na trajetória de Nádia sua participação como ativista no lançamento da campanha Ação da cidadania contra a fome, a miséria e pela vida, capitaneada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, em 1993, na ONG Ação da Cidadania, por ele fundada. Figura importante na comunicação da entidade, ao lado do amigo, foi personagem do filme No fio da navalha, sobre Betinho, representada pela atriz Andreia Horta. u Por 18 anos, foi colunista da revista Plurale. Nádia levou o ativismo social da publicidade para a imprensa, defendendo a participação e o engajamento sustentável. A revista republicou um artigo, originalmente de 2023, em que ela relata em detalhes essa experiência: “Durante mais de quatro anos, a Campanha Contra a Fome, como ficou conhecida, foi veiculada gratuitamente pelos veículos de comunicação. Sem qualquer custo, foi planejada, criada e produzida pelos publicitários e profissionais de marketing que formaram um comitê”. n O Festival 3i – Jornalismo Inovador, Inspirador e Independente, de 6 a 8/6 na ESPM Rio (Vila Aymoré, na Ladeira da Glória, 26), promete a participação de jornalistas de várias correntes. Realizado pela Ajor – Associação de Jornalismo Digital, tem credenciamento aberto para a imprensa. u Guilherme Amado debaterá o conceito de influência digital e opinião no jornalismo, e Midiã Noelle apresentará seu livro recém-lançado Comunicação Antirracista – Um guia para se comunicar com todas as pessoas em todos os lugares. Entre os comunicadores indígenas está Eric Terena, cofundador do coletivo Mídia Indígena, que exalta a ancestralidade como fundamento para o ativismo. Daniela Arrais, da @Contente. vc, tem um veículo que aprofunda temas contemporâneos em comunidade. u Na área de fomento ao jornalismo, estarão presentes Carolina Oms, do Fundo de Apoio ao Jornalismo; e Ana Soffietto, do Media Development Investment Fund (MDIF). Nas oficinas exclusivas para os inscritos, Ana Paula Valacco, gerente de programa e líder de engajamento na JournalismAI, ministrará Utilizando IA sem comprometer o seu trabalho. E ainda a colombiana Valeria Cortes Bernal, que virá com Criar conteúdo relevante para Youtube e TikTok. Ela é do La Pulla, programa do jornal El Espectador, que já alcançou mais de 1 milhão de inscritos no YouTube, 711 mil seguidores no Instagram e 353 mil no TikTok. u A programação inclui a entrega do Prêmio de Jornalismo Digital Socioambiental, que homenageia Dom Phillips e Bruno Pereira. Festival 3i premiará Jornalismo Digital Socioambiental Daniela Arrais Lucas Viggiani Valeria Cortes Bernal Carolina Oms Ana Paula Valacco Guilherme Amado Morreu Nádia Rebouças, ativista da comunicação a serviço do social Nádia Rebouças
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