Jornalistas&Cia 1514

Edição 1.514 - pág. 7 ANOS Nacionais n Morreu em 23/5 Sebastião Salgado, ícone da fotografia brasileira e mundial, aos 81 anos, em Paris. Ele enfrentava problemas de saúde decorrentes de uma malária que contraiu nos anos 1990. Deixa a esposa Lélia Deluiz Wanick Salgado, os filhos Juliano e Rodrigo e os netos Flávio e Nara. Lélia é arquiteta, curadora, editora, ambientalista e a mente por trás da materialização de muitos projetos que imortalizaram o trabalhado de Salgado. u Nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, Sebastião Salgado formou-se em Economia, mas descobriu a paixão pela fotografia anos mais tarde, em 1973. Durante uma viagem à África, onde coordenava um projeto, ele teve um encontro transformador com a fotografia, e o que era apenas um hobby, se tornou vocação. u Sebastião viajou o mundo registrando temas como a vida humana, a natureza e o trabalho, incitando em suas fotografias reflexões sobre a condição humana e a urgência da preservação ambiental. Com sua obra, de estética marcante em preto e branco, tornou-se uma das maiores referências da fotografia brasileira e mundial. O fotógrafo viajou por mais de 120 países, realizando projetos premiadíssimos como Trabalhadores (1993), sobre o fim da era do trabalho manual em diversas partes do mundo; Êxodos (2000), que retrata migrações e deslocamentos humanos causados por guerras e desastres naturais; e Gênesis (2013), sobre paisagens intocadas e comunidades que vivem em harmonia com a natureza. u Sebastião teve também atuação importante no ativismo ambiental. Em 1998, ao lado da esposa Leila, fundou o Instituto Terra, em sua luta pelo reflorestamento da Amazônia brasileira e do planeta. Em 2024, o fotógrafo aposentou-se do trabalho de campo. Em entrevista ao jornal The Guardian, disse que seu corpo estava sentindo “os impactos de anos de trabalho em ambientes hostis e desafiadores”. Morre aos 81 anos Sebastião Salgado, ícone da fotografia brasileira e mundial Sebastião Salgado1 Lélia Salgado

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