Jornalistas&Cia 1515

Edição 1.515 - pág. 19 ANOS de verbas do governo e, com isso, quando elas são cortadas, como está acontecendo, nossa vida fica muito difícil. Passamos a sobreviver a duras penas. Vejam, o governo paga os CLTs, ou seja, cerca de 700 pessoas, mas nós somos quase 1.300 funcionários, pois trabalhamos também para a TV Câmara, TV Assembleia, vários produtos que dão retorno financeiro.eSó que esse ano houve corte da verba de custeio e com isso está difícil pagar contas básicas de limpeza, de luz. E como consequência, foi necessário descontinuar programas muito bons, por falta de verba”. “Outro problema também é o desprestígio por parte de agências de publicidade, patrocinadores”, complementou. “O Roda Viva, por exemplo, programa do qual fui uma das criadoras. Tem um super prestígio, imenso reconhecimento do mercado e das pessoas que dele participam. Mas esse interesse não é visto do mesmo jeito por agências publicitárias, que não consideram o programa em suas campanhas. E muitas vezes até vetam. Como fazer então para conseguir dinheiro? Esse é outro problema de difícil solução”. Assista a íntegra do debate no canal do Portal dos Jornalistas no YouTube. “A série de debates sobre o futuro do jornalismo, que o J&Cia está promovendo para comemorar os seus 30 anos, está sendo de fundamental importância para a imprensa fazer uma reflexão sobre os seus rumos e principais tendências. Esse último evento, que discutiu as fake news e a desinformação que grassa na mídia em geral, foi um dos mais relevantes debates no País, que levantou o tema que pode afetar todas as relações da nossa sociedade e no limite, abalar os pilares civilizatórios e a própria democracia brasileira, como foi consenso entre os debatedores. Evento de alto nível e com grande alcance nas principais redações do País. Todos os que trabalham com comunicação deveriam assistir.” − Jorge Görgen, jornalista, consultor e conselheiro em temas de reputação empresarial. “Achei o debate muito interessante, pois o tema é de extrema importância para o mundo de uma forma geral. Sabemos que a desinformação tem trazido diversos prejuízos à sociedade e, necessariamente, é preciso discuti-las nas diversas instâncias. E educação midiática é um dos caminhos para combater as desinformações que, hoje no Brasil, é disseminada em grande volume pelas redes sociais e, principalmente, pelo whatsapp. Acredito que não apenas o governo, mas organizações da sociedade civil, professores e jornalistas devem se unir, cada vez mais, para propor ações que procurem diminuir os prejuízos que as desinformações causam.” − Maria Elisabete Antonioli, coordenadora do curso de Jornalismo da ESPM. E quem assistiu, o que pensa? Jorge Görgen Maria Elisabete Antonioli

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