Edição 1.516 - 11 a 17 de junho de 2025 ANOS Mácula à liberdade de imprensa Edição 1.506 - 2 a 8 de abril de 2025 ANOS Nativos digitais no jornalismo brasileiro Lilian Tahan (Metrópoles), Mateus Netzel (Poder360), Murilo Garavello (UOL), com mediação de Maia Fortes (Ajor), participam em 30/6 de ciclo promovido por J&Cia e ESPM-SP. Pág. 4 Votação do TOP Mega Brasil vai até 17/6 Troféu da Onça Pintada homenageia executivos e agências comunicação corporativa. Pág. 20 Condenação dos jornalistas Octávio Costa (ABI) e Tábata Viapiana a pagarem indenização a Gilmar Mendes (STF) abre preocupante precedente. Pág. 6
O presente e o futuro do Jornalismo Nativos Digitais Experiências digitais que estão transformando e revitalizando o Jornalismo brasileiro Convidados: Moderadora: - Insights - Data: 30 de Junho de 2025 Local: ESPM Tech Rua Joaquim Távora, 1.240 , Vila Mariana, São Paulo O ciclo O presente e o futuro do Jornalismo – Insights é uma iniciativa de Jornalistas&Cia, concebida para celebrar seus 30 anos de vida, que conta com a parceria da ESPM e do Portal dos Jornalistas e o apoio institucional de ABI, Abraji, Ajor, Aner, ANJ e Projor. Este, focado em nativos digitais, é o quarto encontro, dos sete programados até setembro (os três já realizados versaram sobre (Des) Inteligência Artificial, COP30 e Fake News. Os encontros acontecem sempre na última segunda-feira de cada mês, no horário das 9h30 às 12h30, no auditório da ESPM Tech (rua Joaquim Távora, 1.240, Vila Mariana). Os encontros serão gratuitos e com vagas limitadas à capacidade do auditório da ESPM Tech, de 120 lugares. As inscrições serão abertas sempre com três semanas de antecedência em relação a cada uma das etapas. Haverá transmissão ao vivo pelo Youtube. Próximos encontros O ciclo Organização e Realização: Apoio Institucional • 28/07/2025 – Jornalismo Investigativo | Os caminhos e avanços das investigações jornalísticas com o Jornalismo de Dados e sob ataque do poder político e econômico • 25/08/2025 – Autoritarismo vs. Democracia | O papel do Jornalismo e da sociedade no combate às ideologias extremistas. Onde estamos errando e onde estamos acertando? • 29/09/2025 – A Imprensa como Quarto Poder | Caminhos para a revitalização e o fortalecimento do Jornalismo no Brasil apresenta o ciclo Lilian Tahan Metróples Mateus Netzel Poder360 Murilo Garavello UOL Maia Fortes Ajor
Edição 1.516 - pág. 3 ANOS ANOS 30SEMANAS em Ano 16 – Edições 764 a 814 (out/2010 a out/2011) O boom dos tablets, que teve início no começo da década passada e que provocou uma verdadeira corrida entre publicações impressas para lançarem nessa plataforma versões digitais de seus produtos, foi assunto recorrente ao longo do 16º ano de Jornalistas&Cia. Para não perderem o bonde de um negócio que parecia ser a salvação para os impressos, veículos tradicionais apostaram suas fichas – em alguns casos todas – na nova e crescente tecnologia, capaz de entregar experiência de leitura similar ao de revistas e jornais, mas sem os altos custos de impressão e distribuição. Esse movimento, inclusive, foi tema do Especial Dia do Jornalista – Do papel ao tablet: desafios da transição (ed. 789A), publicado 7 de abril de 2011. Coordenado por Pedro Venceslau, então repórter do Brasil Econômico, com participação de Karina Padial (exRevista Imprensa), o especial mostrou quanto o avanço da tecnologia vinha mexendo com as empresas, os veículos, a audiência e, em última instância, com a vida dos próprios jornalistas. E seu impacto, de fato, não parava de crescer. Seguindo o exemplo adotado meses antes pelo Jornal do Brasil, O Estado do Paraná, jornal com quase 60 anos de história, anunciou no início de 2011 a total substituição de sua versão impressa para o formato digital (ed. 780). Na Folha de S.Paulo, que já disponibilizava seu conteúdo para tablets, anunciou como parte das comemorações de seus 90 anos o lançamento da versão 2.0 de seu aplicativo para iPad e a digitalização completa de todo o seu acervo (ed. 783). J&Cia Ano 16: a promissora era dos tablets Também O Globo, Extra e Valor Econômico (ed. 786 e 800) anunciaram profundas reformulações em seus modelos de negócio com o intuito de ampliar a integração entre plataformas impressas e digitais. Enquanto isso, em Minas Gerais, com poucos dias de diferença, os jornais Hoje em Dia e O Tempo lançaram as primeiras versões digitais de seus periódicos para tablets (ed. 809). Mas não foram só os veículos tradicionais que apostaram nessa tendência, que também possibilitou o surgimento de periódicos nativos digitais, casos dos jornais Brasil247, lançado por Joaquim Castanheira e Leonardo Attuch (ed. 774, 781, 785, 786, 793, 807 e 808), e do goiano A Redação (ed. 807). Paralelamente, outros lançamentos agitaram o mercado naquele período, com destaque para os nascimentos da rádio Estadão ESPN (ed. 784); do jornal Massa, na Bahia (ed. 765 e 766); da expansão da Rede Bom Dia para as cidades de São José dos Campos e Taubaté (ed. 770); das estreias das revistas GN (ed. 776 e 787), Esquire e Harper’s Bazaar (ed. 803); do relançamento da Status, pela Editora Três (ed. 791); e pela união de Natália Viana (então colaboradora do WikiLeaks) e suas ex-colegas de Caros Amigos Marina Amaral e Tatiana Merlino para fundar a Agência Pública (ed. 788). Mas nem só de boas notícias viveu J&Cia em seu 16º ano. Apesar das novas apostas pelo mercado, foi um período também de muita tensão pelas redações, que viram uma retomada dos casos de grandes demissões coletivas. Destaque para o Grupo Estado, que cortou cerca de 50 vagas em duas
Edição 1.516 - pág. 4 ANOS Ano 14 – Edições 662 a 712 (out/2008 a set/2009) oportunidades (ed. 782, 783, 784 e 806); para a Editora Abril, que anunciou o fechamento das revistas Aventuras na História e Vida Simples e o consequente corte de 32 profissionais (ed. 784); para a RedeTV, que após reclamação de seus funcionários por melhores condições de trabalho retaliou com a demissão de 22 jornalistas de seu portal de notícias (ed. 786); e para o Grupo Record, que surpreendeu o mercado com anúncio da reestruturação da Rádio Record AM e a demissão de quase toda a sua equipe (ed. 807). Também foram registrados cortes profundos nas redações de Hoje em Dia (ed. 788), Correio Braziliense (ed. 790), Jornal de Brasília (ed. 790), Grupo A Tarde (ed. 793), iG (ed. 799 e 800), Band Minas (ed. 800) e Diário do Grande ABC (ed. 808). Foi um período bastante intenso também aqui pelos lados de Jornalistas&Cia, que em parceria com o HSBC lançou o Prêmio Jornalistas&Cia/ HSBC de Imprensa e Sustentabilidade (ed. 770B e 772); intensificou a campanha de resgate histórico ao Padre Landel de Moura, inventor brasileiro do rádio, com publicações semanais para marcar os 150 anos de seu nascimento, além de uma edição especial sobre o tema (ed. 778A); e anunciou o lançamento do Portal dos Jornalistas (ed. 813 e 814). Primeira versão do Portal dos Jornalistas, lançado para comemorar o 16º aniversário de J&Cia Ciclo O presente e o futuro do Jornalismo – Insigths Reputação é resultado e vice-versa n O quarto encontro do ciclo O presente e o futuro do Jornalismo – Insights, que J&Cia realiza como parte das comemorações de seu 30º aniversário, em parceria com a ESPM São Paulo, está marcado para o dia 30 de junho, das 9h30 às 12h30, no auditório da ESPM Tech (rua Joaquim Távora, 1.240, Vila Mariana). O debate terá como tema Nativos Digitais: Experiências digitais que estão transformando e revitalizando o Jornalismo brasileiro. Participarão Lilian Tahan (diretora executiva do Metrópoles), Mateus Netzel (diretor executivo do Poder360) e Murilo Garavello (diretor de Conteúdo do UOL). A mediação será de Maia Fortes (diretora executiva da Associação de Jornalismo Digital − Ajor). As inscrições, gratuitas, podem ser feitas por este link. Haverá transmissão ao vivo pelo Youtube. Lilian Tahan Mateus Netzel Murilo Garavello Maia Fortes Próximo encontro discutirá experiências digitais no jornalismo brasileiro
Edição 1.516 - pág. 5 ANOS SEGUROS em DESTAQUE Patrocínio A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) promoveu, no último dia 4 de junho, a primeira edição do Fórum de Seguros Brasil-França, realizado em Paris, na sede da CNP Assurances. O evento reuniu executivos e autoridades dos dois países para discutir temas estratégicos para o setor segurador. Para acompanhar a programação, a CNseg organizou uma press trip com seis jornalistas − quatro de grandes veículos nacionais (Broadcast, Valor Econômico, Folha de S.Paulo e Poder 360) e dois representantes da imprensa especializada (Sonho Seguro e CQCS). Segundo a superintendente executiva de Comunicação e Marketing da CNseg, Carla Simões, a estratégia de press trips tem sido adotada com sucesso em diferentes ocasiões e está alinhada com um dos objetivos da entidade, que é o de ampliar o awareness sobre a agenda do setor segurador. “Ao levarmos jornalistas para eventos relevantes como o de Paris, aproximamos a imprensa dos nossos temas relevantes e dos porta-vozes do setor, que estão na linha de frente das discussões com o governo e com os órgãos reguladores”, ressalta Carla. “Ações como essa nos conectam com a imprensa e contribuem para ampliar a compreensão sobre a importância do seguro e os benefícios para a sociedade”, conclui. CNseg organiza press trip para cobertura do Fórum de Seguros Brasil-França Como forma de valorizar os jornalistas que se dedicam a cobrir o dia a dia do setor segurador, a CNseg inicia uma série de textos para apresentar os profissionais que acompanham de perto os desafios, transformações e oportunidades do mercado, contribuindo para uma cobertura qualificada e de interesse público. Oriunda da Gazeta Mercantil, extinta em 2009, a jornalista Denise Bueno carrega a herança de uma das maiores escolas de jornalismo econômico do país. Seu blog, Sonho Seguro, criado há 16 anos, reflete esse DNA editorial com uma premissa clara: "Amigos, amigos, notícias à parte". A publicação é dedicada ao mercado segurador, sendo “econômica em elogios, resiliente à pressão do marketing e focada em oferecer informações relevantes para a tomada de decisão”. Sua credibilidade, conquistada ao longo dos anos, faz com que consiga antecipar movimentos estratégicos, alimentando análises críticas e discussões construtivas – algumas delas a portas fechadas. Desde que se tornou setorista de seguros na Gazeta Mercantil, em 1990, consolidou-se como uma das jornalistas mais influentes do setor. Seu trabalho foi reconhecido com diversos prêmios concedidos por entidades do setor segurador. Para Denise, o seguro é uma proteção essencial, que deveria estar ao alcance de todos, e apresentar esse universo ao maior número possível de pessoas dá sentido ao seu trabalho. O resultado? Mais leitores fiéis e um ciclo virtuoso de informação qualificada e impacto positivo para o mercado. Nas entrelinhas do seguro Dyogo Oliveira, Carla Simões e Clóvis Horta com jornalistas convidados durante evento organizado pela CNseg Denise Bueno
Edição 1.516 - pág. 6 ANOS Últimas n Não foi uma condenação qualquer. Ao determinar que os jornalistas Octávio Costa e Tábata Viapiana paguem R$ 150 mil de indenização ao ministro decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, corrigidos monetariamente desde a publicação da reportagem Negócio Suspeito, na revista IstoÉ em 2017, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) abre um preocupante precedente na história da liberdade de imprensa no País, não só pela decisão em si, mas por tudo que a cerca. u Importante ressaltar que o recurso foi impetrado por Gilmar Mendes ao STJ em maio de 2021, após perder na primeira e na segunda instâncias. Na ocasião, o ministro Villas Bôas Cueva, relator do caso no STJ, rejeitou a apelação em uma decisão monocrática. No entanto, quase quatro anos depois, sem nenhum fato novo, o mesmo Cueva mudou de entendimento e afirmou que a matéria está “permeada de ironias e insinuações” contra o ministro, defendendo a condenação da revista e dos jornalistas, no que foi seguido por outros quatro magistrados. u Ao atingir o presidente da ABI, uma das mais importantes e respeitadas instituições do País, a decisão do STJ atinge frontalmente a própria liberdade de imprensa, já que praticamente passa um recado aos jornalistas e à sociedade de que os membros da corte suprema são intocáveis e podem se voltar contra qualquer profissional que, cumprindo o seu ofício, escreva sobre eles, independentemente do motivo. No caso em questão, a partir de reportagem amplamente documentada, como entenderam as instâncias inferiores. u Ironia do destino, Octavio trabalhou por quase um ano no STJ, primeiro Condenação do STJ ao presidente da ABI, Octávio Costa, e à repórter Tábata Viapiana, por reportagem sobre Gilmar Mendes, é mácula à liberdade de imprensa no País como assessor do ministro Edson Vidigal e, depois, chefe da Assessoria de Comunicação, em 2004. u Chama a atenção o valor arbitrado, de R$ 150 mil, com correção monetária e juros moratórios a contar da data da publicação da matéria, podendo superar os R$ 300 mil, o que é excessivo e desproporcional. No caso de Octavio, atinge um profissional de 75 anos, que tem como única fonte de receita a aposentadoria pelo INSS, e que hoje se dedica única e exclusivamente a presidir a ABI, trabalho voluntário e não remunerado. E, no caso da repórter Tábata Viapiana, trata-se de uma profissional que vive do seu trabalho em uma assessoria de comunicação em Curitiba. Ou seja, nem em sonho os dois terão como pagar o que Gilmar quer receber. u Vale também lembrar que a Editora Três foi condenada no mesmo processo, mas que, como massa falida, não será atingida pela decisão. u A este J&Cia, Octavio informou que entrará com embargo no STJ tão logo seja publicado o acórdão com a íntegra da decisão. E que, em não tendo sucesso, apelará ao próprio STF, de Gilmar Mendes, esperançoso de que os demais magistrados da Suprema Corte, defensores intransigentes da liberdade de imprensa, revejam essa decisão absurda, que tantos riscos traz para a democracia e para as liberdades constitucionais, vindos do ministro decano do STF. Para entender o caso n A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu na noite de segundafeira (9/6) condenar a Editora Três e os jornalistas Octávio Costa e Tabata Viapiana por danos morais ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Em 2017, Octávio e Tabata assinaram uma reportagem na revista IstoÉ sobre a venda, em 2013, de uma universidade da família do magistrado para o governo do Mato Grosso por R$ 7,7 milhões. u A matéria em questão, intitulada Negócio Suspeito, abordava Octávio Costa Tábata Viapiana
Edição 1.516 - pág. 7 ANOS uma investigação de improbidade administrativa relacionada ao processo de estatização da universidade, de Diamantino, no Mato Grosso. A instituição foi fundada por Mendes e a irmã, que permaneceu sendo uma das proprietárias até a venda investigada. u Em seu voto pela condenação dos jornalistas, o relator Ricardo Villas Bôas Cueva declarou que a reportagem está “permeada de ironias e insinuações que se voltam nitidamente contra Gilmar, sendo nítido o intuito de associá-lo, de forma pejorativa, à imagem de alguém que se distancia da ética e que visa apenas resguardar benefícios pessoais e favorecer pessoas próximas”. Acompanharam o relator os colegas Humberto Martins, Daniela Teixeira, Moura Ribeiro e Nancy Andrighi. u Mendes havia sofrido derrotas judiciais relacionadas ao caso, em primeira e segunda instâncias, no Distrito Federal, mas conseguiu reverter agora a situação no STJ. Antes da votação, entidades defensoras da liberdade de imprensa haviam alertado para o perigo da decisão sobre o caso, que poderia abrir um precedente de censura judicial contra jornalistas que atuam sem má-fé e em prol do interesse público. O processo também levanta discussões sobre o uso do sistema de Justiça por figuras públicas para intimidar repórteres e veículos de comunicação. A origem de tudo n A origem de tudo foi a compra, em 2013, pelo então governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (MDB), da faculdade União de Ensino Superior de Diamantino (Uned), que pertencia a Maria Conceição Mendes França, irmã de Gilmar, por R$ 7,7 milhões. Ele transformou a instituição num dos campi da Universidade Estadual do Mato Grosso (Unemat), no município de Diamantino, cidade natal do ministro. u Em 2017, conforme informou o jornal Gazeta do Povo, do Paraná, “a IstoÉ teve acesso a investigação do MP sobre a negociação e publicou a matéria Negócio suspeito. A defesa do decano do STF acionou a justiça por considerar que a revista ‘se prestou a tecer uma série de impropérios, com a clara intenção de desabonar a honra e a imagem do Autor e de minar sua credibilidade’”. u Ressalta a Gazeta do Povo: “Gilmar perdeu na primeira e na segunda instância. O juízo de primeiro grau considerou o pedido improcedente e condenou o ministro ao pagamento das despesas processuais e de honorários advocatícios, fixados em 10% do valor da causa. Gilmar apelou, mas a Quinta Turma Cível, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), rejeitou o recurso por unanimidade. Para o TJDFT, a matéria jornalística foi publicada ‘nos limites do direito à livre expressão das atividades de comunicação, assegurado nos artigos 5º, inciso IX, e 220 da Constituição Federal, em que inexistiu ato ilícito por parte do suposto ofensor, não enseja a reparação civil por dano moral.’ Os embargos de declaração de Gilmar, uma espécie de recurso após a decisão, também foram negados. Em um recurso especial, a defesa do ministro argumentou que o tom utilizado pelos jornalistas na matéria continha ‘maliciosa insinuação’ para ‘induzir’ seus leitores a acreditarem que Gilmar ‘exerceria suas atribuições como magistrado em desacordo com a legislação e a Constituição, flertando com ilicitudes das mais repugnantes.’ Em maio de 2021, o recurso foi analisado pelo ministro Villas Bôas Cueva, relator do caso no STJ, que rejeitou a apelação do decano do Supremo em uma decisão monocrática. Em fevereiro deste ano, a defesa de Gilmar apresentou um agravo e o relator reconsiderou e levou o caso para análise da Terceira Turma.” Entidades apontam “precedente de censura judicial” contra jornalistas n A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) destacou a preocupação com a liberdade de imprensa diante da possibilidade de condenação dos jornalistas, apontando para o risco da criação de um “precedente de censura judicial contra jornalistas que atuam sem má-fé e em prol do interesse público”. u “O processo também levanta discussões sobre o uso do sistema de Justiça por figuras públicas para intimidar repórteres e veículos de comunicação”, apontou a Fenaj. A Coalizão em Defesa do Jornalismo (CDJor) reforçou que “as decisões de primeira e segunda instâncias julgaram a ação improcedente, destacando a veracidade das Últimas Gilmar Mendes Marcelo Camargo/Agência Brasil
Edição 1.516 - pág. 8 ANOS informações publicadas e a legitimidade das críticas jornalísticas”. u A CDJor fez um apelo aos integrantes da 3ª Turma do STJ para que siguissem o “já consolidado entendimento do STF de que críticas dirigidas a autoridades públicas podem ser fortes e ácidas sem que isso gere o dever de indenizar”. O caso Rubens Valente n Esse processo de Gilmar Mendes contra jornalista não foi o primeiro. São vários os que ele abriu contra profissionais. u Um dos mais emblemáticos foi contra o repórter Rubens Valente, que, condenado a pagar uma indenização da ordem de R$ 400 mil ao magistrado, em última instância, decidiu recorrer à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em processo acolhido contra o Estado brasileiro. O relatório de admissibilidade é de março de 2025. Valente, representado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), alega que foi condenado a pagar uma indenização a um ministro do STF [Gilmar Mendes] após publicar um livro criticando sua atuação num caso sobre corrupção. Valente também afirma que o Poder Judiciário brasileiro teria determinado a inclusão da condenação em edições futuras do livro. u O caso seguirá para exame de mérito quando a CIDH, após alegações das partes, decidirá se o Brasil violou os direitos humanos da vítima à honra, à liberdade de expressão e à propriedade. u No caso de uma derrota final, Octavio Costa tenderá a seguir o mesmo caminho de Valente. Rubens Valente n Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, está sendo vítima de perseguição judicial devido a um erro processual grave. A Justiça brasileira emitiu um mandado de prisão contra uma mulher, condenada por homicídio no Paraná, mas o CPF que consta no documento não é dela, e sim do jornalista do UOL. Sakamoto chegou a ser abordado pela Polícia Militar em São Paulo. u No mandado em questão, estão registrados os dados da mulher condenada, entre eles RG, data e local de nascimento e filiação, além de uma foto dela. O CPF, porém, pertence a Sakamoto. O documento, datado de 3 de junho e com o cabeçalho do Tribunal de Justiça do Paraná, foi incluído no banco de dados de pedidos de prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Apesar da maioria dos dados pertencer à mulher, a Polícia utiliza como referência o número do CPF em suas buscas. O mandado está assinado pelo juiz Sergio Decker, da vara criminal de Nova Esperança (PR). u Segundo apuração do UOL, o CPF da mulher condenada constava no processo da Justiça paranaense até pelo menos janeiro do ano passado. Depois, o caso entrou em segredo de Justiça. Ou seja, o CPF de Sakamoto foi digitado depois, mas não se sabe com precisão quando nem em qual fase da comunicação entre o Tribunal de Justiça do Paraná e o CNJ a troca foi feita. u “É improvável que tenha ocorrido erro de digitação, porque o CPF tem dois dígitos verificadores, gerados por fórmula matemática, justamente para evitar erros e garantir autenticidade”, diz a reportagem do UOL, assinada por Amanda Rossi. Em São Paulo, enquanto se dirigia à redação do UOL, Sakamoto foi abordado pela Polícia Militar. Os policiais chegaram a lhe apontar fuzis e pistolas. Ao consultarem o registro, verificaram que se tratava de uma mulher de 27 anos, e Sakamoto foi liberado. u Entidades defensoras do jornalismo repudiaram o ocorrido e pediram a apuração do caso. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) afirmou que se trata de um erro processual grave e que pode ter sido motivado pela atuação do jornalista: “A alegação de erro não convence, tendo em vista que os números (de CPF) são muito diferentes”. u O UOL informou nesta quarta-feira (11/6) que o CNJ corrigiu os dados assim que tomou conhecimento do fato. Leia mais no Portal dos Jornalistas. Por CPF errado em processo, Leonardo Sakamoto vira alvo de perseguição judicial Leonardo Sakamoto UOL/YouTube Últimas
Edição 1.516 - pág. 9 ANOS Nacionais n O Portal dos Jornalistas conversou com Rubens Gama Jr., advogado especialista em direito trabalhista que atende a muitos jornalistas, sobre como enfrentar abusos trabalhistas em suas jornadas de trabalho. Ele falou ao repórter Victor Félix sobre o que fazer para impedir ou evitar ao máximo esse tipo de situação, sobre assédio judicial contra o trabalho jornalístico, e o que a imprensa deve ter em mente ao enfrentar esse tipo de situação. Confira a entrevista na íntegra: n O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) respondeu em 4/6 de forma favorável a uma reclamação de Associação Nacional de Jornais (ANJ), a Associação Brasileira das Agências e Veículos Especializados em Publicidade Legal (Abralegal) e a Associação dos Jornais do Interior do Brasil (Adjori), determinando a legitimidade dos jornais como veículos oficiais de publicidade legal. u Segundo as entidades, a decisão traz um avanço institucional que mantém os jornais (em formato impresso ou digital) como meio adequado, confiável e tradicional para a veiculação da publicidade legal, por serem produzidos por empresas jornalísticas que têm compromisso com a credibilidade, a transparência e o interesse público. “Ao preservar essa prática, fortalecemos os princípios da transparência, do acesso à informação e da segurança jurídica – pilares essenciais para a convivência democrática em nossa sociedade”, dizem as entidades, em nota sobre a novidade. u Leia a íntegra da declaração conjunta. n O narrador e apresentador Galvão Bueno é o novo sócio da N Sports, canal esportivo criado em 2018, com forte presença na internet. Ele participará de decisões estratégicas e de conteúdo, e no desenvolvimento de novos produtos. Além disso, a ideia é que Galvão ajude a trazer patrocinadores ao projeto. u “Vamos trabalhar para trazer coisas novas, competições focadas no automobilismo, uma nova linguagem para isso. Seremos fortes neste mercado”, comentou Galvão em entrevista à Folha de S.Paulo. Paralelamente, ele continuará com seu trabalho na Bandeirantes como apresentador e na Amazon Prime como narrador. Galvão Bueno é o novo sócio da N Sports Decisão do CNJ garante jornais como veículos oficiais de publicidade legal “É preciso combater a ‘pejotização’ e cuidar da saúde mental dos jornalistas”, diz advogado trabalhista Galvão Bueno N Sports/Instagram Utsav Srestha/Unsplash Rubens Gama Jr
Edição 1.516 - pág. 10 ANOS Admirados JORNALISTAS do Brasil + AGUARDEM! ANOS Um presente de Jornalistas&Cia para a imprensa brasileira, nos seus 30 anos de vida O maior prêmio de jornalismo da atualidade n O Ministério Público Federal recomendou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que não aceite um recurso da Globo e obrigue a emissora a renovar o contrato com a TV Gazeta, do ex-presidente Fernando Collor, até 2030. A Folha de S.Paulo teve acesso ao parecer do Ministério Público, assinado pelo subprocurador-geral da República Maurício Vieira Bracks, que acredita que, sem o apoio financeiro da Globo, a Gazeta demitirá muitos funcionários e não conseguirá cumprir o plano de pagamento de credores. u A Globo recorreu ao STJ para romper o contrato de afiliação com a TV Gazeta em Alagoas. A emissora carioca utiliza como argumento casos de corrupção envolvendo Collor e sua emissora. A Justiça do Alagoas negou dois recursos da Globo sobre o caso. A expectativa é de que, até o fim de junho, haja uma sentença definitiva. MPF recomenda que STJ negue recurso da Globo e a obrigue a renovar contrato com TV de Fernando Collor Nacionais
Edição 1.516 - pág. 11 ANOS Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia Parceiro de conteúdo Esta semana em MediaTalks Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. Enquanto a cidade de Nice, na França, recebe durante esta semana a 3ª Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3), um dado inquietante chama atenção: apesar da relevância global do tema, a saúde do oceano não tem o espaço que deveria na cobertura jornalística. Um estudo recente do Pulitzer Center, intitulado Making Waves, traz evidências dessa realidade, que muda quando há um grande evento como o encontro de líderes globais na cidade francesa − mas na maior parte do tempo as questões ligadas ao mar ficam em segundo plano. O relatório revela que, mesmo reconhecendo a importância vital do tema, a mídia ainda trata a saúde do oceano como um nicho ambiental, deixando de conectá-lo com outras grandes questões globais, além de enfrentar dificuldades para a cobertura, que incluem orçamentos limitados e treinamento. Esse cenário de visibilidade limitada preocupa, já que a saúde do oceano está diretamente ligada ao clima, à economia e ao bem-estar humano. Entretanto, segundo o Pulitzer Center, a cobertura jornalística não reflete toda essa complexidade e urgência, oferecendo ao público apenas vislumbres fragmentados do problema. O estudo do Pulitzer Center buscou embasar estratégias para fortalecer a narrativa sobre a saúde do oceano na mídia. Para isso, adotou uma metodologia mista. Na fase qualitativa, foram realizadas 11 entrevistas em profundidade com especialistas de diversas áreas: biologia marinha, economia, conservação, comunicação e ONGs, todos com o oceano no centro de seus trabalhos para impulsionar mudanças. Na etapa quantitativa, jornalistas de um banco de dados interno participaram de um questionário online de cinco minutos, disponível em inglês, espanhol, francês, português e bahasa indonésio. No total, 78 jornalistas de 30 países responderam − 63% freelancers e 37% vinculados a organizações de mídia. A maioria (77%) já havia abordado temas como conservação, impactos das mudanças climáticas, predatória, saúde pública, pesquisa científica, disputas territoriais e crimes ambientais. O estudo analisou ainda a visibilidade nas mídias sociais, usando ferramentas como Brand24, BuzzSumo e Media Cloud. Foram monitoradas palavras-chave relacionadas a aquecimento global, poluição e perda de biodiversidade. Os dados revelaram que a cobertura é pontual, com pouca continuidade e dificuldade de conectar o tema à realidade das comunidades costeiras e ao cotidiano das pessoas. Leia a matéria completa em MediaTalks. Making Waves: estudo do Pulitzer Center aponta baixo espaço na mídia para a saúde dos oceanos Violência contra jornalistas em Los Angeles choca o mundo; vídeos mostram repórter atingida por bala de borracha e policiais investindo contra jornalistas. Leia mais Estudo de Oxford mostra explosão de deepfakes pornô de mulheres feitos com imagens de repositórios de IA. Leia mais Assassinato de jornalistas holandeses em El Salvador: sentença histórica condena militares após 40 anos de impunidade. Leia mais
Edição 1.516 - pág. 12 ANOS Vaivém das redações Édria Caroline Brasília n Davi Vittorazzi (davi.vittorazzi@ cnnbrasil.com.br) começou na CNN Brasil como repórter para a cobertura do Judiciário. Ele vinha atuando nos últimos meses pelo Valor Econômico, onde começou como trainee do Curso Valor de Jornalismo Econômico, e antes passou por Agência Cenarium e TV Centro-América. n Jaqueline Frizon é o novo reforço da Record Brasília. Com passagens, entre outras, por Globo, Band e CNN Brasil, vinha atuando como correspondente do canal de notícias Al Jazeera no Brasil, baseada no Rio de Janeiro. Ela começou em 10/6 no Jornal da Record, apresentado por Christina Lemos e Sérgio Aguiar. Jaqueline vai se dividir entre assuntos políticos e factuais do DF. Minas Gerais n Anna Nunes é o novo reforço do time de jornalismo da CBN BH. Ela antes passou por Rede Minas, Rádio Inconfidência e Band Minas. n Giuliano Marcos e Carlos Camargo assumiram 9/6 os comandos, respectivamente, dos programas Balanço Geral e Cidade Alerta, da RICtv Record Londrina. u Giuliano vinha apresentando até o começo do ano a mesma atração pela TH+ Record, em Campinas, e retorna agora ao Grupo Ric para substituir a Gustavo Parra, que deixou a emissora e o programa após três anos. u Um dos mais conhecidos apresentadores de programas policiais de Londrina, Camargo havia anunciado em março sua aposentadoria desse tipo de atração. Ele retorna agora no lugar de Vinicius Buzanga, que também deixou a RICtv. Davi Vittorazzi Jaqueline Frizon Anna Nunes Paraná RICtv Record Londrina anuncia novas bancadas de Balanço Geral e Cidade Alerta Giuliano Marcos e Carlos Camargo Rio de Janeiro n Anna Bustamante foi efetivada como repórter de O Globo após um ano, inicialmente como estagiária e depois como trainee. Ela passou anteriormente por Grupo Bandeirantes e Canal Futura. n Mariene Lino deixou a CBN, onde estava há três anos e meio, e começou neste mês como repórter da BandNews FM. Antes, passou por Metrópoles, Record TV e R7. Rio Grande do Sul n Sabrina Thomazi despediuse da Rádio Mix, onde apresentava o Jornal da Mix, ao lado de Glauco Pasa. Ela seguirá à frente do Âncora de Carreira, podcast independente sobre empreendedorismo feminino e materno. São Paulo n Alexandre Hercules começou há algumas semanas como editor-chefe do portal Brazil Health. Com 38 anos de carreira, acumula passagens por Jovem Pan, Record, Band e Globo. Ele também segue na produtora Infiniti, de Alberto Luchetti, onde dirige projetos especiais em conteúdo audiovisual e digital. Anna Bustamante Mariene Lino Sabrina Thomazi Alexandre Hercules
Edição 1.516 - pág. 13 ANOS Vaivém das redações Mudou de emprego? Teve alguma movimentação ou novidade recente em sua redação? Envie a sugestão para nós pelo [email protected]. EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @ RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação A Rede de Jornalistas Pretos pela Diversidade na Comunicação participou, no dia 8 de junho, do Festival 3i – Jornalismo Inovador, Inspirador e Independente, um dos mais importantes encontros sobre o futuro do jornalismo na América Latina. Durante o evento, a coordenadora da Rede JP, Marcelle Chagas, integrou a roda de conversa sobre diálogos e tendências. O encontro abordou os desafios estruturais do racismo na mídia, a centralidade da representatividade e as estratégias de resistência e inovação na comunicação feita por e para pessoas negras. Confira a cobertura completa no site. Rede JP marca presença no Festival 3i com debate sobre comunicação antirracista n Clayton Freitas deixou o Estadão na última semana, após um ano de atuação no núcleo de produção rápida da publicação. Com quase 30 anos de carreira, ele acumula passagens por Diário da Região, Agora São Paulo, Jornal do Commercio/RJ, Destak, Grupo Folha e Veja SP e pelas assessorias de SulAmérica, Luandre, 2Pró e Weber Shandwick. Em busca de novas oportunidades profissionais, atende pelo 11-95155-8377. n Fabíola Andrade anunciou sua saída do Grupo Globo após quase 15 anos atuando como repórter, apresentadora e comentarista esportiva do SporTV. Antes, passou pelo Grupo Bandeirantes e pela Rede Globo em Belo Horizonte. n Fernanda Perrin anunciou na última semana sua saída da Folha de S.Paulo após oito anos e meio, em duas passagens. Em seu perfil no Linkedin, ela explicou que ainda não definiu seus novos desafios profissionais, mas que pretende em princípio retornar para Nova York para trabalhar como freelancer e desenvolver um projeto de pesquisa de pós-graduação. n Janaína Barros é a nova repórter do programa Brasil do Povo, da RedeTV. Ela vinha atuando até o começo do ano no SBT e antes passou por Canal Rural, SBT Interior e Rede Record. n Matheus Pastori (ex-Jovem Pan, Approach, SBT, Bandeirantes e R7) é o novo diretor de Jornalismo da MyHood, plataforma de licenciamento de vídeos virais. Ele chega para liderar a recém-criada vertical de hard news da startup. Clayton Freitas Fabíola Andrade Fernanda Perrin Janaína Barros Matheus Pastori
Edição 1.516 - pág. 14 ANOS Comunicação Corporativa I CONHECA A NOVA QUE UNE TECNOLOGIA, REDE GLOBAL DE PR I I INOVACAO E CRIATIVIDADE. IDEAL AXICOM. n A FSB Holding anunciou em 9/6 a aquisição da produtora de filmes Santeria. Fundada há cinco anos e com mais de cem trabalhos anuais, firmou-se como uma das produtoras mais premiadas do Brasil internacionalmente, conforme o ranking do Meio & Mensagem. O empresário Edgard Soares Filho e o diretor de criação Felipe Luchi são os fundadores da Santeria, que seguirá sob a liderança executiva de ambos. Eles também conduzirão a expansão e estruturação de um novo grupo dentro da holding, especializado no audiovisual. u “É a nossa estratégia desenhada, de construir um ecossistema mais completo na área de reputação, pois pretendemos chegar a 1 bi em 2027”, definiu Marcos Trindade, CEO da FSB Holding. O grupo detém o maior faturamento bruto – R$ 735 milhões em 2024 – entre as agências brasileiras de comunicação corporativa. Trindade conversou com Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro, sobre mais esse passo. FSB Holding propõe-se a criar grupo audiovisual mais completo do Brasil e começa com a aquisição da produtora Santeria Felipe Luchi (esq.), Francisco Soares Brandão, Edgard Soares Filho e Marcos Trindade Jornalistas&Cia – Por que o audiovisual? Marcos Trindade – A parte de vídeo tem uma demanda grande dos clientes. O vídeo é muito eficiente – uma pesquisa do LinkedIn mostrou que cresceu 52% na comunicação dos CEO, tanto interna como em relatórios para os clientes. É a mídia mais potente e mais autêntica. E estamos aqui para investir em um negócio dentro do projeto de gestão de reputação. Já tínhamos feito uma parceria com a Santeria, que tem sinergia com o que fazemos. Resolvemos, então, adquirir, trazer para dentro. J&Cia – A aquisição foi anunciada como sendo o início de um “novo grupo audiovisual com ambição nacional”. Seria o primeiro passo para ser o maior do Brasil? Concorrer com a Globo? Trindade – Se é para sonhar, vamos sonhar grande. Edgard e Luchi são os dois sócios que vão tocar a operação. Não se trata de concorrer com a Globo, mas de podermos produzir para a Globo. Ter como parceiro uma plataforma de streaming como o Globoplay. J&Cia – Quando começou a negociação? Trindade – Temos parceria há um ano e meio com a Santeria; montaram um bureau dentro do nosso escritório. Essa experiência mostrou-se lucrativa e demandada pelos clientes sob dois pontos de vista. Em primeiro lugar, a realidade de atender à carteira de clientes. Depois, uma necessidade de mercado, de poder construir um hub na área do audiovisual. J&Cia – O anúncio afirma que a FSB pretende ainda “criar e incorporar novas produtoras audiovisuais” e ter uma “estrutura dedicada exclusivamente à produção de conteúdo para entretenimento”. Trindade – Pretendemos adicionar mais produtoras. Na produção de streaming, na área de incentivo fiscal,
Edição 1.516 - pág. 15 ANOS Comunicação Corporativa n A LLYC anunciou no início desta semana a aquisição da Digital Solvers, empresa fundada em 2013, com forte presença em healthcare e que atua no desenvolvimento de experiências digitais de comunicação que integram tecnologia, interatividade, criatividade e marketing. u Em comunicado, informa que “com a aquisição, a LLYC reforça a sua proposta de soluções integradas de marketing e inovação e dá um passo a mais na sua estratégia de crescimento no Brasil, mercado no qual está presente desde 2008”. E que, adicionalmente, “amplia o alcance das suas soluções para o setor de healthcare, consolidando uma experiência conjunta em advocacy, comunicação, tecnologia, marketing e criatividade, que ratifica a sua posição como uma das referências no setor”. u Pelos termos do acordo, a LLYC adquire uma participação inicial de 60% do negócio por preço baseado no desempenho do Ebitda nos próximos dois anos. Com isso, a Digital Solvers passa a fazer parte do grupo LLYC e segue a sua operação sob a liderança dos sócios Guilherme Corrêa Neto, Luiz Marcelo Abate de Siqueira e Thiago Leal, agora integrados à área global de Marketing Solutions da LLYC, com reporte aos sócios Juan Carlos Gozzer, CEO da LLYC para a América Latina, e Adolfo Corujo, CEO Global de Marketing. u O negócio, conforme explica o comunicado, “representará um nível de faturamento anual acima dos 6,5 milhões de euros (40 milhões de reais), mais de 90 clientes e uma equipe consolidada de 85 colaboradores, reforçando especialmente a estrutura de marketing, tecnologia e criatividade”. u A operação está em linha com o plano estratégico da LLYC e com o compromisso de investir até 40 milhões de euros no crescimento inorgânico em mercados de grande potencial. Esta aquisição é a décima quarta nos últimos dez anos e a segunda no mercado brasileiro. Outras informações com Dayana Cardoso ([email protected] e 11-99987-0958). tem também muita gente especializada. São produções bonitas, como a do Ayrton Senna. Outro dia vi uma produção muito boa sobre Osama Bin Laden. Na medida em que se consegue viabilizar isso na plataforma de streaming, temos ganhos efetivos. É uma operação casada: projeto, produtor, plataforma, recursos. Uma decisão olhando para a frente no mercado. Mas, em primeiro lugar, essa área passa a atender à carteira de clientes, o institucional, olhando também para o produto de incentivo. J&Cia – Foi divulgada a formação de um conselho consultivo com nomes relevantes do mercado. Quantos serão e com que perfil? Mais voltados para o negócio em si ou para o mercado? Trindade - O conselho que avalia os projetos da Santeria está investindo muito na questão de governança, processo que vai alavancar o crescimento da produtora. Só entra no negócio gente para tocar essas competências. Nosso modelo de crescimento é por meio de partnership na holding e sócio nas operações. São coisas diferentes. No grupo, são 11 sócios da holding e cerca de 20 sócios nas operações. Temos mais de 50 pessoas líderes de negócios de frente. E há muita troca entre as lideranças. Atualmente, só existe o conselho para o grupo dos sócios. O conselho da holding está se formando ainda. A operação ficou grande, precisa de gente participando. Fazemos isso para investir no negócio, dentro do projeto de gestão de reputação. LLYC adquire Digital Solvers e amplia suas soluções em healthcare Em pé: Luiz Marcelo Siqueira (Digital Solvers – esq.), Maíra Fontoura (Marketing Solutions), Thiago Leal Teles (Digital Solvers), Vivian Raffaeli (Marketing Solutions), Guilherme Corrêa (Digital Solvers); sentados: Juan Carlos Gozzer (LLYC) e Carmen Gardier (Marketing Solutions)
Edição 1.516 - pág. 16 ANOS Comunicação Corporativa Brasília n Eudes Benício está de trabalho novo. Deixou a Secom do Governo da Bahia, onde esteve por pouco mais de 8 anos, por último como coordenador geral de jornalismo, e começou como coordenador de relações públicas na Embratur, em Brasília. Ceará n Lindemberg Ferreira, analista na Unimed Fortaleza, deixou a organização e seguiu, em abril, para o Sicredi, na função de assessor de comunicação e marketing. Paraná n Maria Emilia Silveira assumiu em junho a assessoria de comunicação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) após atuação de 1 ano e 4 meses na P+G Comunicação e 11 meses na Mapa360. Rio de Janeiro n Ananda Santos, gerente de Planejamento Estratégico e Inteligência de Dados na Vale, deixou a companhia em março, após 16 anos e meio de casa. Ela também esteve na ID Projetos Educacionais e na Fecomércio-RJ. n Jorge Kreimer, gerente de patrocínios, que esteve por cerca de 21 anos e meio na Eletrobras, deixou a companhia em fevereiro. Nesse período, entre 2019 e 2022 atuou simultaneamente como diretor executivo do instituto Memória da Eletricidade. Santa Catarina n Tatiana Montero iniciou nova jornada em abril como head de sustentabilidade do Grupo Tigre, em Joinville. Esteve, até então, por 5 anos e 9 meses, na Nidec Global Appliance, em cargo semelhante; e antes, por 3 anos na Embraco. Eudes Benício Lindemberg Ferreira Maria Emilia Silveira Ananda Santos Jorge Kreimer Tatiana Montero n Tathiane Barbieri, diretora de atendimento, despediu-se em maio da CDN, após 3 anos e 10 meses de casa, e iniciou nova jornada como gerente de PR e comunicação interna na Samsung Brasil. Antes, esteve em JBS, Ketchum e JeffreyGroup. E mais... n Juliana Damigue e Lorenzo Mendoza estão assumindo novas responsabilidades no Grupo In Press. Juliana, que atua no Grupo há mais de 20 anos – desde 2018 na Diretoria de Novos Negócios –, foi promovida a diretora ...e Tathiane Barbieri, na da Samsung Brasil n Marcelo Cosentino é o novo gerente sênior de comunicação corporativa da Edenred Brasil, marca que atua nas áreas de benefícios e engajamento (Ticket), mobilidade (Edenred Ticket Log, Edenred Repom, PagBem e Taggy) e soluções de pagamento e novos mercados (Edenred Pay e Punto). Ali chega após passagens como gerente da área em Toyota, Volvo e Cummins e como especialista na Renault. Foi também por 2 anos e 9 meses repórter de O Globo, no Rio de Janeiro. Sucede, na função, a Guilherme Almeida, que deixou a companhia após 15 anos. São Paulo Marcelo Cosentino começa na comunicação da Edenred... Marcelo Cosentino Tathiane Barbieri
Edição 1.516 - pág. 17 ANOS Comunicação Corporativa executiva de Negócios e Marketing. Lorenzo, que ocupava o cargo de diretor executivo de Negócios & Mercado, é agora consultor de inovação, com o objetivo de acelerar a implementação de novas tecnologias, metodologias e tendências. u O Grupo In Press, vale ressaltar, conta ainda com outras quatro diretorias executivas sob a gestão de Roberta Machado: Produtos & Serviços, com Thaís Szpigel; Métodos & Processos, com Camila Alvarenga; Administrativo/ Financeiro, com Soraya Segantim; e Pessoas & Cultura, com Sheila Farah. Além de Silvia Szarf , que está na Diretoria de Experiência do Cliente. n Adriana Stadella de Oliveira, especialista sênior em comunicação institucional e RP, foi promovida e assumiu em junho a Gerência de Comunicação Externa do iFood, empresa em que está há 3 anos e 4 meses. Trabalhou anteriormente na Ball Corporation por 1 ano e 9 meses e também na Latam Airlines. n Amanda Mastrorosa começou em maio como head de marketing de influência e PR na Mimeria, que atua no segmento têxtil. Foi antes, por 1 ano e 2 meses, da equipe da DezoitoCom PR e por 10 meses, da PiaRGroup. n Antonio Júnior deixou o Grupo Fala, em que estava pela segunda vez, agora como líder de grupo, e seguiu em abril para a Nova PR, na função de assessor de imprensa sênior. n Bruno Badari de Almeida, analista pleno de comunicação corporativa, despediu-se em abril da Siemens, após 2 anos e 10 meses de casa. Antes, foi analista de comunicação e sustentabilidade da Paranapanema por quase 6 anos. n Cintia Beck, ex-FSB, Approach (onde esteve quase 11 anos) e que atuou como gerente de atendimento freelancer na Máquina por 7 meses, começou em junho na mesma função na GBR Comunicação. n Enzo Martins, que passou pelos grupos In Press e Rái e, por último, esteve por 3 anos na Weber Shandwick, começou em fevereiro como coordenador de atendimento e PR na Ideal Axicom. n Fabricio Costa, ex-Janssen, Monsanto e Baxter, que esteve por 4 anos e 8 meses, até março, na AstraZeneca, por último liderando comunicação corporativa e ESG, iniciou na sequência nova jornada na GSK, na função de gerente sênior. n Giuliana Nicastro, gerente de PR e comunicação, despediu-se em março da Pros, agência em que esteve por 10 meses. Antes, foi por 2 anos e 4 meses da Press Pass. n Joyce Magrini começou como supervisora de conteúdo e estratégia na Spark. Ali chega após pouco mais de 2 anos na MField, onde por último ocupou a função de estrategista de conteúdo sênior. Também esteve na NWB – Network Brasil e na Dux Nutrition Lab. Juliana Damigue Lorenzo Mendoza Adriana Stadella de Oliveira Amanda Mastrorosa Antonio Júnior Bruno Badari de Almeida Cintia Beck Enzo Martins Fabricio Costa Giuliana Nicastro Joyce Magrini
Edição 1.516 - pág. 18 ANOS Comunicação Corporativa n Laila Ruis Petrucelli, assessora de imprensa na WGO Comunicação, deixou a agência em fevereiro, após 2 anos e 10 meses de casa. Ela também já atuou como fotógrafa por 4 anos na Eçá Fotografia, em Campinas, e como produtora de conteúdo por 1 ano e 9 meses na Borbolla-baroni. n Ligia Amorim Porto, coordenadora de comunicação corporativa, deixou a Agro Galaxy em dezembro, após 1 ano e 5 meses de casa, e foi para o Grupo CCR, que agora virou Motiva. O cargo que ela ocupa é o de coordenadora de Comunicação, Eventos e Marca − ViaQuatro e ViaMobilidade. Antes, esteve por pouco mais de 8 anos na Azul Linhas Aéreas, no cargo de coordenadora de marketing institucional. n Luísa Dal Mas, gerente sênior de mídia social, deixou a Warner Bros. Discovery, em que atuou por 3 anos e 8 meses, até abril, e na sequência assumiu a Diretoria de Conteúdo da Live The Agency. Também já esteve na The8Agency e na Social Tailors. n Mariana Lima despediu-se em maio da Poiesis Gestão Cultural, onde trabalhou por 3 anos e 8 meses, por último no cargo de analista pleno. Antes, esteve por 2 anos e 7 meses no Observatório do Terceiro Setor, como repórter e roteirista. n Michel Blanco, head de comunicação corporativa e reputação, despediu-se em maio da Natura&Co, companhia em que atuou por quase 5 anos e que sobe a 11 anos, ao se considerar o período em que foi gerente de relações com a mídia da Natura. Ele também deixou o board da Aberje, em que esteve por quase 5 anos e meio. Paralelamente, continua a atuar como professor da ESPM. Laila Ruis Petrucelli Ligia Amorim Porto Luísa Dal Mas Mariana Lima Michel Blanco n Nataly Brito, executiva sênior, deixou a Edelman, em que esteve por 2 anos e 2 meses, atuando no atendimento a Pernambucanas, Mãe Terra (Unilever Foods), isaac (Grupo Arco) e Care Plus, e seguiu para a Index, no cargo de coordenadora de comunicação e PR. n Rafael Stuchi Ferreira, ex-diretor de Comunicação da Companhia Ituana de Saneamento (CIS), onde atuou por pouco mais de 7 anos, até dezembro, está desde fevereiro como assessor de imprensa na Attuale, no atendimento a contas do setor agro. n Renata Jordão começou em março como especialista em comunicação na Psiche Aeroespace. Antes, foi por quase 2 anos analista de comunicação na Poliedro Educação. Sempre, em São José dos Campos. n Renato Rogenski começou como head de Comunicação no Grupo Peed, integrado por Spark (marketing de influência), Resenha Digital Clube (conteúdo esportivo) e Makerz (influenciadores). Ali chega após 4 anos na CDN, onde atendeu a clientes como DM9, GUT e Interbrand. Também já passou por Meio & Mensagem, Propmark e Adnews, além de ter atuado na agência VML. n Sheila Bacega, ex-estagiária deste J&Cia e do Portal dos Jornalistas, está de trabalho novo. Deixou a Aarin Tech-fin, em que atuou como analista de produtos por 2 anos e 3 meses, e foi para o Grupo Moas, como copywriter sênior. Nataly Brito Rafael Stuchi Ferreira Renata Jordão Renato Rogenski Sheila Bacega
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